Eu caminhei de volta pra a cabana e o tempo do nada mudou de repente fazia muito frio de estalar os dentes.
Assustada e ferida eu andava perdida naquele homem que estava prestes a nos matar e minha ideia era apenas de ir embora o mais rápido possível. Desejava que todos estivessem bem quando eu chegasse na cabana.
Vi o clarão feito pela janela quebrada e minha família arrumando toda bagunça. Não pude conter meu sorriso de felicidade era um alívio que eles estivessem de fato bem.
Então eu corri o mais rápido que pude queria logo que todos estivessem no carro pronto pra partir dali.
Quando cheguei e minha mãe notou minha presença ela correu até mim e me deu um abraço agoniado.
Filha! Onde você estava? Eu estava morrendo de preocupação esse acidente... ela apontou pra a janela... acho que vem uma tempestade a vovó já disse
Você ficaria comigo mesmo se eu ficasse doente? Olhei no fundo dos seus olhos azuis...Ele estava brincando com meu cabelo antes de eu perguntar ele adorava o cheiro do meu cabelo dizia que tinha cheiro de baunilha.Claro, quantas vezes já cuidei de você doente? Ele sorriu...Ah, aquele sorriso que me tremia as pernas...Sabia que você tem o sorriso mais lindo do mundo? Peguei meu polegar e cutuquei o dente dele fazendo ele se afastar.Com um bom claramente quem não tem né... ele abriu um sorriso falso e soltou uma gargalhada.Era tão leve estar com ele mesmo com todas as pressões do mundo ele era o meu alívio. Autran era meu namorado de escola e nos conhecemos no corredor quando ele caiu em cima de mim enquanto corria da ex furiosa. Ele pediu desculpa com aquele sorriso e não pude deixar de me apaixonar de cara.Me desculpa, linda... com o rosto a cen
O chão frio consumia meus pés.Por que é tão difícil me manter sã?Estava a beira da minha cama, com medo de dormir e não acordar mais... pior, dormir e acordar com todos os mortos.Melhor olhos agora fitava a janela a frente e a floresta agora parecia normal, escura e misteriosa. Será que ele está me observando agora?Sinto calafrios pelo corpo... crio coragem para dormir, mas algo me chama atenção.Viro para lado e uma foto se encontra em cima do criado-mudo.Meu coração dispara, tenho medo de ver o que é e eu não consigo ignorar.Seguro o papel rígido e vejo a mesma foto que estava no banheiro...Agora com um machado descrito.Sinto meu corpo fervilhar... um barulho horrível surge pela janela e um machado atravessar o quarto e crava na parede a frente. Meu grito é involuntário.
Hoje é meu aniversário...Parabéns pra você, nessa data querida...Todos estavam a beira do colchão com um bolo e uma vela acesa cantarolando meio desconfiados como se eu fosse fazer mais uma cena como a de ontem.Dei meio sorriso era gostoso me sentir acolhida, mas nada me faria ficar melhor enquanto não saísse dali.A música parou, assopra a velinha era melhor parte na minha infância era o momento em que todos os meus sonhos podiam se realizar. Mas nunca se realizaram... tirando a boneca veterinária.Obrigada gente... sorri e peguei o bolo nas mãos.Se arrume meu bem tem uma surpresa lá fora... minha avó tirou uma mecha de cabelo do meu rosto e sorriu.Surpresa? O que será?Saíram do quarto inclusive Rosana que parece não ter perdoado o incidente de ontem.Lá estava eu sentada c
*Sons de ambulância*Vai ficar tudo bem meu amor... mamãe disse com a voz engasgada.A minha visão era turva e sentia os olhares julgantes a minha volta. Por que tinha que ser logo na escola?Eu tinha tido um ataque, eu pulei em cima de uma garota chamada Alana gritei e agi grito uma louca. Como sempre então minha pressão caiu e eu desmaiei.Porque você fez isso Matilda?! A voz de Autran ecoava longe.Senti o paramédico por uma máscara em meu rosto estava deitada na maca era mais fácil respirar agora. Tentei abrir os olhos o máximo que pude o vi olhar pra mim com muita preocupação eu sorri e ele logo sorriu de volta. Que lindo...Consegue me dizer seu nome? Me olhou curioso...Matilda...Ouvi minha mãe dizer algo, mas apaguei logo em seguida.Dias atuais...<
Segredos que talvez nunca sejam seus...Eu lembro de ter amado ela mais do que qualquer coisa.Lembro de ter vivido o infinito do amor dela.Mas as coisas mudam...Ela me mudou e eu nunca achei que poderia amar alguém que não fosse a Matilda.Não temos controle por quem nos apaixonamos, certo? Eu espero que não porque penso em Matilda rodas as noites com dor no coração.Talvez seja por isso que vim ao aniversário dela... ou eu queria recuperar o que sei que seria impossível.Vi ela com vestido amarelo e laço no cabelo, ela estava linda como na primeira vez que a vi.Não pude conter o sorriso... E eu sentia falta dela, mas não tanto quanto a minha culpa.Eu podia sentir o cheiro de baunilha de longe como uma menina que ama doces e sempre guarda um no bolso. Eu estava nervoso e não sabia o que poderia
Minha cabeça sempre foi uma confusão sobre meus pensamentos fora da realidade e sempre tiveram comigo. Mas eu sei que aquilo foi real por mais que todos não acreditem em mim e eu mesma duvide do que eu vi.Saio do quarto meio zonza tentando compreender o que havia acontecido eu estava apavorada e sem chão porque sabia que pedir ajuda era em vão e sempre foi assim nessa família.Logo vejo Autran na porta da sala vindo em minha direção sem a menor noção do quanto eh estava desestabilizada eu desabo no chão aos prantos.Essa sensação de impotência de dor por não ter credibilidade de não ser o que queriam que eu fosse isso é dilacerante.Ele corre até mim e me acolhe nos braços no chão como nos velhos tempos.Shhh... vai ficar tudo bem eu tô aqui com você não chora... ele sussurra
Uma raiva descomunal cresce no meu peito e parecia estar tudo claro aquela mensagem foi fita como verídica no meu coração. Como verdade absoluta!Olho em busca de Autran e logo vejo ele abraçado com minha mãe.Meu coração estala como se uma agulha perfurasse lentamente no meu órgão.Não, não pode ser...Mas não pude pensar muito, pois escuto galhos sendo quebrados na floresta e alguém estava se aproximando muito rápido. Meu instinto é gritar...Ele estava vindo...Vamos sair daqui! Entram! Rápido! Corro tentando puxar eles pra dentro de casa.Eles me olhavam sem entender, mas os barulhos ficavam maiores então começaram a me ouvir.Mas que merda é essa Matilda?! Nem pra sua... A voz de Rosana é interrompida pela flecha atravessada em sua cab
O tempo estava frio e a beira da lareira meus olhos fitavam a lenha queimando lentamente como uma vida que tem um começo e um fim.Eu estava apavorada com o que estava por vir, mas, ainda assim, meu coração estava cheio de coragem como nunca tinha sentido antes.Então devíamos ter insistido mais... talvez ela ainda estivesse viva...Dou um sobressalto quando Autran surge ao meu lado.Com tudo que tinha acontecido eu esqueci completamente do irmão de Rosana ele devia ser o que mais estava sofrendo nessa história toda.Autran... eu sinto tanto quando percebi o que ele...Minha voz falha... eu tentei ajudar... as lágrimas finalmente vieram eu ainda não tinha chorado depois de tudo que tinha acontecido eu queria dar força a todos, mas com Autran me senti responsável.Ele pôs a mão no