Jessica GreenLágrimas descem em minha face, me limpando de um passado tão doloroso. Balanço a cabeça, preciso enterrar esse trecho da minha vida.Não tem como apagar de vez tudo o que passei, mas preciso deixar com essa parte da minha vida não venha a atrapalhar meus dias. Chega de dar tanta atenção ao que foi! Chega que deixar com que o passado me boicote. Chega de tanta mágoa e dor!De repente, me lembro do “livro de figurinhas”, o que será que Cros quis dizer com isso. Aquele homem foi muito atrevido em vir até mim daquela forma. Me olho no espelho do seu closet e já estou apresentável. Saio do quarto e sigo até a escada, começo a descer e Marcus vem ao meu encontro. Trocamos algumas palavras e vamos tomar o café que Rose gentilmente preparou para nós.Em meio a nossa conversa, sinto a necessidade de perguntar sobre Cros e falo:– O que Cros quis dizer com: “álbum de figurinhas” ?Vejo que ele se remexe muito, o desconforto com minha pergunta é nítido! Mas me mantenho tranqui
Marcus Straus– Mas a verdade é que você mente o tempo todo para você mesmo. Eu achava que estava tudo bem, que eu estava no comando, mas a verdade é que nunca estive!... Depois da overdose, minha ficha caiu, vi que estava refém da droga e não achei que valia a pena seguir nessa, eu tinha planos, objetivos, metas, não queria colocar tudo que lutei, a perder e jogar fora assim… Graças a Deus, eu ainda tinha certa lucidez, fui um ponto fora da curva, normalmente não é assim. As pessoas embarcam e não voltam, perdem tudo, sua identidade, sua vida, passam a ser fantasmas de si mesmo. E infelizmente não voltam a ser quem um dia foram… Foi difícil para caramba me libertar do pó, dia após dia, um passo de cada vez, entre caídas e subidas, entre dias bons e outros bem difíceis, no final, consegui! Foi uma batalha dificílima, mas cheguei ao final. Nunca mais voltei a usar aquela porcaria. Há mais de dez anos estou limpo… No entanto, não pude me livrar assim da agência, o negócio cresce
Marcus Straus– Jesse.Ela olhou para mim, sem expressão nenhuma no rosto, precisava verbalizar o que eu estava sentindo e assim fiz. – Querida, quanto ao que te contei, não irei fazer exigência nenhuma, não me sinto com esse direito, mas preciso que saiba, que depois dessa noite, não poderei ficar sem você. O medo de perdê-la e do quanto será difícil continuar sem você, me corrói a alma… Por favor, se atente a quem sou hoje, meu passado não fala nada sobre mim, pois aquilo ali foi apenas uma experiência pela qual passei e nunca mais irei passar. Nesse momento sinto uma dor tão grande em meu peito e a angústia me consome, quando percebo estou falando em meio às lágrimas. – Não sou perfeito e estou bem longe disso... Mas preciso de você, preciso da sua presença em minha vida. Não sei o que está acontecendo conosco e isso tudo para mim é tão difícil. Sei que tenho meus próprios fantasmas, assim como sei que você tem os seus. Mas por favor, não me julgue pelo que fui, olhe para mim h
Jessica GreenResolvo não ficar pensando nisso, pois preciso desanuviar a cabeça, essa parte da vida do Marcus foi além do que eu poderia sequer imaginar, não esperava ouvir tudo o que ele me contou. Logo, nossas bebidas chegam, a primeira cerveja da noite já estava em nossas mãos. E para minha estranheza, Sam chega acompanhada de ninguém mais ninguém menos, que Teobaldo Straus.Que maravilha!!! Ela percebe minha cara e já emenda.– Sam querida a quanto tempo! – Paul levanta para cumprimentá–la. Sam e Paul se abraçam, é bom ter meus amigos por perto num momento como esse. Mesmo que Paul nem saiba o que está me acontecendo, por mais amigos que sejamos, não achei legal contar para ele o meu affair com o CEO da empresa que trabalho. Sam aproveita e apresenta Paul a Ted. – Paul esse aqui é o Ted, Teobaldo Straus, Ted esse é meu amigo Paul Whait.Os dois se cumprimentam e claro, Ted vem até mim e me beija no rosto.– Oi Jesse, tudo bem com você? Pensei que meu irmão poderia e
Jessica GreenAlguns dias depois Hoje já é sexta feira e todos esses dias passaram, sem nenhuma notícia do Marcus. Tentei depois de muita espera falar com ele, deixei recado no seu telefone, em sua casa e até hoje nada. Sei que ele está na cidade, pedi que minha secretaria checasse isso para mim. Durante todos esses dias, Ben tem me trazido e me levado para casa. Mas não quis perguntar sobre nosso chefe para ele, achei que seria muito inoportuno, mesmo porque, acho que ele não me falaria muita coisa. Optei por deixar as coisas seguirem, sem nos colocar em uma situação chata. Será que o que ele queria mesmo era me levar para cama e tchau! Será?!?Essa ausência, essa falta de notícias, esse silêncio, tudo pode estar me mostrando aquilo que muito provavelmente ele já tenha feito. Começo a acreditar nessa possibilidade, de termos apenas desfrutado de um bom momento e nada mais. Ele não entra em contato comigo, não me liga, não me escreve, não deixa nenhum recado com Benjamim. Ac
Jessica GreenParado, me olhando. Lanço meu braços para o ar, me rendendo, afinal não poderia fazer mais nada. Que merda!!!Que merda!!!Que merdaaaa!!!Permanecemos ali quietos. Marcus não me fala nada e eu ali odiando tudo aquilo. Finalmente ele abre a boca, mas não para falar comigo: – Ben, podemos ir.E percebo o carro entrando em movimento. Não consigo olhar no rosto do Marcus, estou muito furiosa, com muita mais muita raiva, ai que vontade de socá-lo! E ele permanece ali imóvel. Resoluto em si. Essa sua postura só faz minha ira aumentar. Mas se ele acha que vou me render e começar a falar, vamos ver quem resisti mais. Percebo que o carro faz o caminho da sua casa.Agora mais essa, ao invés de ir para casa, estou indo para a casa dele. Que inferno! O que ele está querendo com tudo isso???Será que acha que teremos um replay???Será que está me achando, como as "amigas" pelas quais ele usa os serviços???Ele não perde por esperar. Chegamos a sua garagem. Ele virá na
Jessica GreenBebe mais um pouco do vinho e me diz:– Isso aconteceu há muito tempo… ela não faz mais parte da minha vida… ou melhor, nunca fez!!!Fico olhando para dentro da minha taça, imaginando que num futuro próximo ele estaria descrevendo a nossa “história” com as mesmas palavras, porque tudo indica, que aqui só mude as personagens, o enredo segue o mesmo. Respiro fundo ao constatar essa verdade.– Que maravilha! Você consegue mesmo ser um cretino e tanto!!! Parabéns para você, Marcus Straus!!!Ao ouvir minhas palavras , ele sai em disparada para ocupar o espaço entre eu e a mesa de centro. Tira a taça da minha mão e segura meu rosto entre as suas.Olhando em meus olhos, toma minha boca em sua boca e me beija com tanta fúria, com tanta vontade, com tanta mais tanta urgência!!! Como se precisasse daquilo para continuar vivo, como se isto fosse necessário para mantê-lo. Sou pega pela surpresa, mas o desejo, a vontade, a necessidade fala mais alto em mim também. Fomos, nos
Jessica GreenO tesão aumenta de maneira absurda, já não sinto mais meu corpo, já não estamos mais conseguindo segurar.E quando já não estamos aguentando, Marcus me vira a favor do sofá, enquanto prepara seu amigo com o preservativo, sem avisar me preenche por completo, bem lentamente, olhando em meus olhos para se certificar de como estou me sentindo. Me prendo ao seu corpo, desejosa de senti–lo o mais profundo possível. Tenho urgência!Tenho vontade!Tenho desejo!Ele solta um rosnado quando seu membro já está todo escondido dentro de mim. Da mesma forma que fazia com o dedo, começou a fazer com seu amigo, entrando e saindo, devagar, devagar, rápido, rápido, devagar, devagar, rápido, rápido.Não tenho a menor condição de me segurar. Estou à beira do abismo, prestes a me lançar, queda abaixo. E ouço Marcus, quando ele me diz:– Agora querida… agora… agora, goza para mimm!!!E me desfaço completamente nele, gemendo uma, duas… quantas vezes eu não sei, apenas sei que juntos chega