5-OPORTUNIDADE

ALANA

Na segunda-feira de manhã segui para o trabalho como faço todos os dias, sempre sou a primeira a chegar, mas hoje o meu encarregado senhor Levi, já estava lá, e chamou-me a sua sala.

— Bom dia senhor Levi!

— Bom dia menina Alana!

— O que o senhor deseja?

— Olha, desde que você chegou no nosso departamento, que percebi você é bem mais que uma secretária.

A nossa, começou com elogiou, agora é a hora que diz que não sirvo para o cargo e dispensa-me.

-Alana, seu currículo e espetacular, e o que você fez na sexta-feira, chamou a atenção do CEO, por isso a partir de hoje você é a nova secretária do presidente da empresa.

— O senhor está falando sério, serei a secretaria do CEO senhor Maximilian, eu admiro muito o trabalho dele, prometo dedicar-me muito.

— Sim, mas tem um probleminha.

Estava bom demais para ser verdade.

-Qual?

— O senhor Lincon, assistente do CEO, precisou fazer uma viagem com urgência, você terá mais funções devido a isso.

— Tudo bem, eu entendo.

— Agora pegue aqui todas as recomendações feitas por Lincon, e pode seguir para a sala da presidência.

Com o cartão exclusivo da presidência, muito animada, claro, estudei muito para um dia me tornar CEO, mas para isso teria que ter aceitado aquele casamento, prefiro ser uma secretária humilde, que uma escrava.

Trabalhar para o senhor Maximilian vai ser uma realização, ele assumiu as empresas da família aos vinte anos, faz oito anos que comanda os negócios da empresa, onde ela cresceu, se estabelecendo no ramo, alguns o chamam arrogante e frio, povo pequeno, ele é o CEO, ser arrogante e frio faz parte do pacote.

Nem mesmo um acidente o deixou longe dos negócios, ele hoje vive numa cadeira de rodas, mas é independente, claro que a ex-noiva o abandonou e hoje está com o primo dele, traidores na minha opinião.

Na sala, já fui organizando tudo, de acordo com as orientações do senhor Lincon.

Fico a imaginar como o senhor Maximilian é pessoalmente, porque via apenas uma foto dele nas redes sociais, mas foi do acidente, estava deitado numa maca, com sangue por todo corpo, ele sempre preservou a imagem. Na foto pude notar que ele era um homem alto, parecia bonito, será que tem alguma cicatriz no rosto por conta do acidente, se tiver deve ser um charme.

Ligo meu tablet, sou viciada em histórias policiais, e em um deles descobri um aplicativo que mostra, aparelhos de rastreamento, espião, instalei no meu tablet, ele nunca apitou mas vai saber.

Porém, hoje ele apitou, até me assustei, como nunca havia usado, liguei para um dos meus vizinhos, que trabalhou e ainda trabalha com esse assunto, ele foi-me orientando até que consegui achar, era uma peça nova, instalada em baixo da minha nova mesa, consegui tirar e desligar.

Fui para a sala do chefe, quando cheguei lá o equipamento começou a apitar novamente, esse deu mais trabalho, estava colocado num canto da mesa, que era em L.

Abaixei o meu corpo, e fiquei ali, sei lá quanto tempo, e não consegui tirar, mas quando sai de lá assustei-me, o Senhor Maximilian, estava ali, me olhando, claro questionou o que eu fazia ali.

Expliquei tudo, ele parece que acreditou em mim, que bom, fui fazer o seu café, e respirar um pouco, eu precisava.

Que homem é esse, sim, eu esperava um homem de presença, poderoso em todos os poros, mas ele além de tudo isso, e lindo, a cadeira de rodas apenas dá um charme a mais de poder, sem barba, deixando o seu rosto jovial, queixo quadrado, nariz perfeito, lábios bem desenhados, sobrancelhas grossas, e os olhos verdes, e de tirar o fôlego de qualquer mortal.

E os ombros, largos do tipo homem protetor, braços mesmo debaixo do terno da para ver que ele malha, não vi as pernas, pois estava com a pasta no colo.

Alana, onde está a moça pura que viveu toda num convento, disse adeus olhando para aquele homem lindo, mesmo sabendo que nunca que ele vai olhar para uma baixinha com roupas de segunda mão.

Bora focar no trabalho, se ele ao menos perceber o meu trabalho fico na vantagem.

Voltei na sala com o café.

— Como está a minha agenda hoje Alana?

— Hoje o senhor tem apenas alguns papeis para assinar, e analisar alguns contratos.

— Sobre o equipamento que você encontrou, pensei em chamar a equipe de TI, mas não posso confiar em ninguém.

— Devo concordar com o senhor, se me permite dizer tenho uma alternativa, mas vai precisar ser aberto a diversidade.

— Você conhece alguém que poderia resolver isso, ela viria até aqui?

— Sim, se eu ligar Vicente com certeza virá ajudar, basta o senhor pedir que farei.

— Por favor faça, mas antes preciso conversar com você.

— Quais as suas orientações senhor?

— Primeiro, aqui Max e Alana. Segundo, venho sofrendo pequenas sabotagens aqui na empresa, a última não teve sucesso graças a você, descobri que as últimas secretárias estavam passando informações para fora.

— Senhor, quero dizer, Max, se necessário for assino um termo de confidencialidade, admiro muito o seu trabalho, esta sendo a realização de um sonho trabalhar, com um CEO, integro como o senhor, nunca que iria estragar isso vendendo-me e traindo a sua confiança.

— Gostei das suas palavras, não precisa assinar nada, alguma coisa diz-me que posso confiar em você, por favor para Vicente.

— Muito obrigado, prometo não descepciona, só mais uma coisa, quando fui fazer café não achei o pó que costuma ser usado, como hoje de manhã comprei na feira para levar a uma vizinha, usei esse, espero que goste.

Ele levantou o dedo indicando que iria provar, e que mão linda, limpa, unhas bem cortadas, grande essa mão, para Alana, acorda.

-A nossa Alana, me fez lembrar o café que tomo quando vou à fazenda, onde você comprou esse café, por favor providencie mais.

— Pode deixar, irei providenciar.

Sai da sala, feliz, parece que estou no caminho certo.

Liguei para Vicente, contei por alto o que estava acontecendo, ele combinou de vir aqui no horário do almoço, com a desculpa de trazer o meu almoço.

Deixei a entrada deles liberada na portaria, e avisei Max que ele viria.

Pontualmente as onze horas Vicente e sua esposa Laura chegaram, com a alegria de sempre.

— Com licença Max, Vicente chegou, sua esposa Laura veio junto, eles trabalham juntos.

Max ficou surpreso ao ver o casal de idosos, com não acreditando na capacidade deles.

Foi educado, deixando que trabalhassem, claro, precisei entrar novamente em baixo da sua mesa, a coluna de Vicente e Laura, que já passavam dos setenta anos, não ia conseguir fazer o serviço.

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