Deve ter demorado umas três horas até chegarmos o meu bairro, já eram dez horas da manhã e durante toda a viagem eu pensava na Alex e em como tudo isso é surreal, ela não pode ter me deixado, ela não pode ter morrido, e eu não posso acreditar nisso.
Assim que cheguei na minha casa, agradeci ao senhor e sai em direção da porta da frente. Eu estava acabado.
Abri a porta e dei de cara com Kiari, Garbes, Jake, Luiz e Liam parados com cara de assustados me olhando.
Eles não sabiam o que falar e estavam sem reação, eu devo está muito mal mesmo.
Depois da ter uma ajuda para subir no quarto, me tranquei no banheiro, me olhei no espelho e vi o estado em que me encontrava, eu estava destruído, de todas as maneiras possíveis. Me despi com dificuldade, e liguei o registro me pondo em baixo do chuveiro, deixando a água correr pelo meu corpo machucado, fiz algumas caretas ao senti a ardência da água bater contra as feridas. Mas aquilo era suportável, insuportável mesmo era ter que pensar que nunca mais iria ouvir aquela voz, sentir aquela boca me beijar, sentir o seu carinho, ver o seu sorriso, seu corpo no meu.Aquilo tudo tinha acabado.....Meus pais chegaram alguns minutos depois e fizeram uma penca de perguntas sobre o meu estado e todo o resto, apesar de estar muito mal consegui responder todas as perguntas e dá a pior notícia de todas para eles que ficaram em estado de choque por alguns minutos e decidiram acionar a polícia. Eu n&atild
Assim que chegamos no IML todos ainda se mantinham em silêncio como fizeram no trajeto todo, ninguém queria comentar muito sobre aquilo é muito menos imaginar que possa ser a Alex, tudo que eu quero é entrar nesse lugar e sair com a boa notícia de que não é a minha namorada.Pamela nos encontrou e ela estava tão aflita e nervosa como todos nós, parecia que ela tremia de ansiedade e isso estava me deixando preocupado, ela é nova demais para estar num lugar desses e ver um corpo desfigurado que pode ou não ser da Alexandra.- Se você quiser, pode ficar aqui e eu vou sozinho. - Falei enquanto ela andava de um lado para o outro a espera de alguém nos chamar. Eu também estava nervoso e ansioso, mas ela estava a ponto de surta aqui mesmo.- Eu estou bem...eu posso fazer isso. - Ela falou tentando me convencer, mas ao mesmo tempo parecia que ela estava tentando se convencer
1 dia depois.... Tudo estava sendo muito difícil agora, um dia havia se passado desde que eu e Pamela tivemos que identificar o corpo da Alex naquele hospital, eu não conseguia ficar um minuto se quer sem lembrar daquela cena e automaticamente lembrar da Alexandra feliz e sorrindo comigo. Tudo mudou tão rápido, meu destino deu uma virada que eu jamais imaginei, a pessoa à qual eu queria passar o resto da minha vida junto estava morta, e preste a ser enterrada, tudo de bom que eu senti no meu coração se foi junto com ela e nunca mais vai voltar, nunca mais vou amar novamente ou qualquer merda do tipo, não sou capaz de passar por todo esse processo de paixão de novo e muito menos dedicar a minha vida a amar alguém que não seja a Alex. Ela será eterna dentro de mim, e mesmo que um dia eu me case, ou tenha filhos com outra mulher, o que eu acho bem difícil, e
1 mês depois...Um mês sem ela e tudo ainda parecia com o primeiro dia, nada tinha graça e a dor não passava de jeito nenhum, eu não saí de casa desde então, todos voltaram a escola e suas rotinas, menos eu que continuei aqui trancado em casa e às vezes sem nem sair do quarto.Meu contato com os meus pais é pouco e curto, eles tentam me entender mas parecem se preocupar mais com o meu ano letivo perdido do que com todo o resto, Kiari não fala comigo desde o dia que descobriu a morte da Alex, ela deve me odiar muito e me culpar por toda essa desgraça e nem precisava ela fazer isso, todos os dias eu me culpo e me martilho sobre o que eu poderia ter feito para salvar o grande amor da minha vida, o que eu podia ter feito para evitar tudo isso. Eu não tenho mais ninguém que me entenda e me ajude a dividir a dor da perda,
P.O.V Kiari - E olha só não é que você veio. - Ele falou assim que abriu a porta para mim. - Você falou que queria conversar. - Disse colocando a minha bolsa em cima do sofá. - Não consigo falar com você direito lá na escola, então como você está agora? - Suspirei pensando numa resposta menos mal educada do que " minha melhor amiga morreu o que você acha?"- Eu estou melhor, a ca
- Não gosto dessa palavra...- Kaliu falou sério e eu respirei fundo. Foi totalmente espontâneo, senti algo dentro de mim pedir para que eu parasse logo. - Desculpa, mas eu não posso, eu não sei. - Passei a mão na barriga e senti outro calafrio. - Eu vou embora. - Tá achando que é assim? Você quebrou a maior regra daqui e acha que vai sair como se fosse nada? - Ele gritou e eu o olhei assustada. - É só uma palavra, sei que você odeia que falem isso quando você está praticando, mas eu quero parar agora. - Falei seria, mas estava com medo, ele me encarava séri
Lembrei de todas as vezes que a Kiari chegava tarde ou sai sozinha, de quando ela começou a andar com roupas cobrindo o corpo, era tudo culpa dele, ele fez a minha irmã se perder.- P-ara.. -Ele pediu quase como um sussurro e eu levantei rindo.- Não é você mesmo que odeia essa palavra? Para, não é a palavra certa para se usar aqui também. - Rosnei antes de começa a chuta-lo novamente, enquanto ele gritava de dor. Aquilo estava aliviando toda a tensão do meu corpo, parecia que tudo que eu estava sentindo de mau dentro de mim estava saindo através daqueles chutes e socos.Nunca pensei que isso fosse tão bom assim.Senti braços me segurarem, mas eu não estavam nem aí, eu ia acabar o que tinha começado não ia deixar esse cara vivo.- Me solta antes que eu desconte em vocês também. - Gritei para os homens que me seguravam.
Eu estava sem reação para o que eu acabei de ouvir, aquilo não podia ser real e eu não queria que fosse. Mas pela cara que Kiari estava fazendo isso não era uma brincadeira ou piada. E sabia que não era uma coisa que ela estava preparada para lidar. Ela afastava as lágrimas do rosto, enquanto eu só a olhava, sem crer nessa história.- O que você disse? - Perguntei ainda sem reação para aquelas palavras. Eu não podia acreditar que a Kiari, a minha irmãzinha estava grávida e de um cara nojento como aquele. Eu não sabia se sentia raiva por aquilo ou pena. Eu só queria protegê-la de alguma maneira.- Eu estou grávida...de quatro semanas e meia que dá um mês e duas semanas. - Kiari falou e começou a chorar desesperadamente. Eu estava atordoado e confuso com todas essas informações. Aquele filho da puta definitiv