Eu estava sem reação para o que eu acabei de ouvir, aquilo não podia ser real e eu não queria que fosse. Mas pela cara que Kiari estava fazendo isso não era uma brincadeira ou piada. E sabia que não era uma coisa que ela estava preparada para lidar. Ela afastava as lágrimas do rosto, enquanto eu só a olhava, sem crer nessa história.
- O que você disse? - Perguntei ainda sem reação para aquelas palavras. Eu não podia acreditar que a Kiari, a minha irmãzinha estava grávida e de um cara nojento como aquele. Eu não sabia se sentia raiva por aquilo ou pena. Eu só queria protegê-la de alguma maneira.
- Eu estou grávida...de quatro semanas e meia que dá um mês e duas semanas. - Kiari falou e começou a chorar desesperadamente. Eu estava atordoado e confuso com todas essas informações. Aquele filho da puta definitiv
Meu pai olhou para a Kiari e deu um meio sorriso, ela sempre foi a princesinha dele a menina que ele esperava um futuro coreto e bom. Era isso que me fazia temer qual seria a sua reação diante dessa situação. - Como está a minha menina, ainda está doendo os machucados? - Meu pai perguntou e a Ki negou. - Não está doendo tanto quanto antes, os remédios tem ajudado. - Ela falou e eu via seu nervosismo enquanto ela se balançava de um lado para o outro e mexia no cabelo continuamente. - Que boa filha, não esquece de tomar o de daqui a pouco. - Meu pai disse e logo voltou a atenç
- Não se mete já falei. - Ele está tentando testar a minha paciência. - Mandei soltar ela. - Falei indo até ele é soltando a Kiari das suas mãos. - Nunca mais pegue nela dessa forma, tá me ouvindo, ela não é mais uma criança. - Ele me olhou e já estava vermelho de raiva. Eu não estou nem aí para a porra do nome que ele tem a zelar, ele vai ter muitos problemas se encostar na Kiari assim novamente. - Você se acha o adulto, acha que pode me enfrentar, mas é só um moleque de dezoito anos. Essa é minha casa e tem as minhas regras, se ela continuar grávida vai sair daqui com uma mão na frente e outra atrá
Três meses depois...Três meses morando num hotel furreca no centro da cidade junto com Kiari, tem se tornado mais difícil de um mês para cá. O dinheiro está acabando, só tenho para mais algumas semanas, eu não pensei em arranjar um emprego aliás eu não sei fazer nada, muito menos Kiari. Não contei com detalhes a Pamela o que está acontecendo até porque ela surtaria e tentaria voltar para Atlanta pra me ajudar e isso só pioraria a situação.Eu passei esses meses pensando no que fazer com a minha vida, pensando na Ki e no bebê dela, pensando na Pamela que daqui a uns três meses está de volta, pensando principalmente na Alex. Apensar de ela está morta, a imagem dela ainda ronda a minha cabeça todos os dias, através de sonhos ou apenas lembranças, eu não queria lembrar mai
- Você é o Ruan? - Parei na frente da mesa deles e todos nela ficaram em silêncio e me encararam. Eles não me assustam.- Sim, e você quem é? - Ele perguntou enquanto dava uma baforada no seu charuto.- Sou Isaac Braz, sobrinho de um do governador da cidade. - Menti. Eles aqui mentem o tempo inteiro sobre quem são para conseguirem algo e eu não colocarei a minha família, ou no caso a Ki, nas mãos deles, já foi o suficiente saberem o meu nome.Ele me encarou dos pés à cabeça, me analisando e encarou os amigos que pareciam tentar entender o que eu fazia ali assim como ele.- E o que você quer aqui? - perguntou petulante e eu me sentei na cadeira na frente da mesa.- Vim apostar, soube que vocês fazem ótimos jogos aqui. - Olhei ao redor e todos estavam concentrados no que faziam, mas pareciam atentos a tudo que acontecia naquela mesa. Prin
Meu coração bati em um ritmo muito intenso e eu estava incrédulo no que estava vendo. Eu ganhei, não acredito que ganhei. Eu apostei a minha vida, coloquei ela em prova nesse jogo para ver se o destino estava mesmo querendo acabar comigo, mas não, ele me deixou vivo, mesmo depois de tirar tudo que eu tinha de mais precioso e destruir a minha vida, a sorte ficou do meu lado, eu não tinha fé que eu pudesse sobreviver e não tinha tanta convicção nisso.Agora, ao ver o corpo já morto de Ruan na minha frente percebi que tinha alguém me protegendo em algum lugar, alguém que não me deixou morrer mesmo que esse fosse meu desejo maior.Levantei da mesa ainda atordoado é estático, eu realmente ganhei isso é surreal. Olhei ao redor e todos os caras me olhavam e suas expressões iam de surpresos ainda e até umas de raiva, alguns pareciam parcial e out
- Claro, Liam. - Jake falou me encarando. - Sem você eles vão falir mais ainda aquela gangue, mas já que temos dois esquentados é um inteligente nada melhor de ter alguém com calma, paciência e cérebro para os momentos difíceis, no caso eu. - Ele sorriu para mim. - Nem pensar. - Garbes falou. - Você tem dezessete anos, jamais vai entrar nisso. - Ela falou séria e ele foi até ela. - Mana, eu posso fazer isso você sabe muito bem, e aliás, alguém precisar da limites ao Isaac certo. - Neguei olhando sério para ele. Esse cara tem a mania de querer sempre se meter no meio dos meus problemas, ele e sua calma estrema que me estressa bastante. Jake se
3 anos depois... A vida é uma caixinha de surpresas não é mesmo? Pois é, em uma noite eu me tornei o grande chefe de uma gangue, ela não era nada quando cheguei para dominá-la, era apenas uma segunda ganguizinha sem valor algum, sem respeito nenhum, ela na época nem poderia ser considerada uma gangue, era mais um grupinho de homens sem nada para fazer. Mas a três anos atrás, eu cheguei para tomar posse dela, e então ela não era mais a mesma, não tinha mais o mesmo nome, ela tinha se tornado a minha identidade, a minha força de vontade e a minha capacidade de vencer. Eu sempre fugi disso, a minha vida toda, nunca me mistur
- E o que está esperando para me levar até esse desgraçando que tá fazendo merda na minha área. - Sai atrás da mesa, e Garbes se levantou.- Está na área externa da boate. - Ele disse sorrindo pra mim, fui até a porta com Luiz e Garbes me seguindo, parei ao abrir. - Você fique onde está, não quero que venha. - disse para ela que franziu o cenho.- Mas porquê? - Perguntou cruzando os braços e me encarando.- É coisa minha, não discuta, Garbes. Vai cuida do casino ou sei lá, ok. - disse, passando pela porta e ouvindo os passos de Luiz atrás de mim.Eu estava puto, tudo que eu queria naquele momento era aquilo. Só era o que me faltava, um drogadinho na minha área fazendo lambança.Quando cheguei na área externa da boate, pude ver o homem amarrado e dois caras altos de preto ao seu lado, pedi para eles