LIZ (ROSA) NARRANDO. Parada em frente ao espelho, amarro o meu cabelo em um rabo de cavalo, coloco um óculos de sol para disfarçar. Coloco o cartão no bolso e saio de casa. Pego um onibus na esquina da casa do Nicolas e me sento no fundo, eu não posso demorar, vou pegar algumas peças de roupas simples mesmo para trabalhar e eu também não posso correr o risco de ser reconhecida por ninguém, com certeza a notícia do meu desaparecimento já estava na boca do povo. Desço próximo ao centro da cidade, onde tem algumas lojas. O que eu queria era simples e objetivo, camisetas brancas e calças jeans. Então nã primeira loja em que eu parei, eu peguei meia dúzia de camisetas brancas, algumas coloridas, paguei e fui embora. Andei mas alguns metros e entrei em uma loja de roupas jeans, peguei algumas calças, shorts e pensei comigo porque não já pegar um par de tênis e algumas calcinhas, não tem nem 40 minutos que estou aqui, então ainda tenho tempo. Entro em uma loja escolho um par de
THALES NARRANDO. — Desgraçada. — Grito ao entrar na minha sala no Royal Cassino. Ela estava ali tão perto, tão próxima e conseguiu fugir. — Não acredito. - Isso me deixa extremamente irritado, porque eu preciso encontrar ela de qualquer forma. Mas agora eu já sei que ela está aqui em Los Angeles, eu só preciso descobrir onde ela está escondida. A minha mente agora está rodando, tentando ligar os fatos e caminhos para achar essa mulher. Cheguei a conclusão de que sozinho não irei conseguir, vou precisar de ajuda e só existe uma pessoa que irá conseguir me ajudar nesse momento. O meu pai, o grande David! Mas preciso ser cauteloso para pedir a sua ajuda, o meu pai não é bobo. Saio da sala batendo a porta, desço as escadas correndo e entro no carro. — Direto para casa. — Ordeno ao Rogério. — Sim, senhor. — Ele responde e liga o carro. Tentarei de todo jeito fazer com que o meu pai me ajude, mas sei que se pedir de forma direta, ele não vai querer porque não
DAVID NARRANDO. Quando Bernadete anunciou que teríamos um filho, não foi um filho como as atitudes que o Thales tem que idealizei. Eu sonhei na verdade em ter um filho que seguisse meus passos e fosse parecido comigo nas suas atitudes. Eu segui os passos do meu pai e eu queria o mesmo do meu filho. O problema foi que o Thales nunca se interessou pela máfia, mas ele sempre teve esse traço maldoso. Ele sempre se mostrou rebelde e essa rebeldia desenfreada fez ele ser o que é. Um pouco dessa mal criação toda do Thales, eu culpo a Bernadete, ela sempre passou a mão na cabeça dele e todas as vezes em que ele fazia merda e eu ia corrigir, ela estava lá defendendo ele e com isso tirava toda a minha autoridade e acabamos criando um '"monstro". Um exemplo claro foi quando ele tinha apenas 15 anos e roubou o meu carro da garagem, foi para uma balada com os amigos e na volta enfiou o meu carro de 50 mil dólares no poste, deu perda total e o pior era ter que escutar da Bernadet
NICOLAS NARRANDO. O Lucas e a Rosa passaram o dia dentro do quarto, como eu tive um almoço importante hoje mal fiquei em casa. Cheguei por volta das 20h e na casa remava um silêncio, parecia até que ninguém morava ali. Isso me fez voltar no tempo, quando a mulher que eu tanto amei enchia isso de luz e vozes de alegria. Sigo para o meu quarto louco para me ver livre dessas roupas tão formais e a vontade era só descontrair depois de um dia cansativo como foi o meu. — Que dia. — Resmungo. Vou até o frigobar e coloco uma dose whisky, tomo um pouco e sigo em direção a sacada do quarto. Tantos momentos bons passei aqui com ela, em noites lindas como essa com essa lua nos guiando. Sinto o vento bater no meu rosto e respiro fundo engolindo outra dose num gole só. Fico alguns minutos olhando para noite. Volto para dentro do quarto, e sigo para tomar um banho. Ligo o chuveiro, e deixo a água escorrer pela minha cabeça, sei lá, essa sensação era como se essa água
LIZ (ROSA) NARRANDO Cheguei bem atrasada depois de toda aquela confusão quando passei de quase ser pega pelo Thales, o Nicolas não gostou e me repreendeu. não fiz por mal, mas tudo bem, no fundo ele está no direito é meu patrão. Vou atrás do meu bebe que falaram que já tinha chorando perguntando por mim. Entro no quarto ele estava deitadinho vendo tv, mas quando me viu deu um pulo da cama e correu junto a mim. — Oi meu amor, que saudades. — Porque você me deixou sozinho, porque não me levou? — Desculpe meu anjinho eu tive que comprar umas roupas para mim. — Mas olha eu aqui — Você promete que não vai mais embora assim? — Tudo bem meu amor, eu prometo. Passamos o resto do dia brincando. Depois que desci um pouco com ele, ele ficou brincando um pouco pela casa. Tem que ter muita energia para lidar com essa avó. Tudo ela briga, tudo chama a atenção. Acho que se um dia eu sair daqui é por causa dela. O resto do dia preferi ficar brincando com ele no quarto antes qu
NICOLAS NARRANDO. Pensei que quando eu deitasse a cabeça no travesseiro eu fosse conseguir esquecer o que aconteceu, mas me enganei redondamente. O meu corpo continuava em chamas, fazia muito tempo que eu não sentia o que eu estou sentindo, porém, estou sentindo pela pessoa errada e amanhã irei dar um jeito de resolver isso afinal a Priscila é uma mulher encantadora, de família rica, o pai dela é meu sócio em algumas coisas, então eu não tenho que estar perdendo o meu tempo com a babá do meu filho. Com muito custo consegui pegar no sono e dessa vez sem pesadelos daquele dia horrível que me assombra até hoje. Levanto cedo, pego o celular e vejo que tem mensagem do Thales, ele virá para o café da manhã. Tomo um banho rápido, me visto e desço, preciso ter uma conversa com a Rosa, infelizmente deixei-me levar pelo calor do momento é preciso deixar isso claro, para que ela não pense outra coisa sobre o que aconteceu. Normalmente esse povo gosta de fantasiar. Depois que chamo ela p
LIZ (ROSA) NARRANDO. Quando ouvi que aquele maldito homem estava vindo para cá, tudo em torno de mim girou, as minhas pernas ficaram fracas e me segurei na cadeira que tinha no escritório para não cair tamanho o meu medo dele me ver. — Rosa está tudo bem? — Sim, foi apenas uma queda de pressão. - Não iria falar para ele o que estava acontecendo de verdade. Saio quase correndo daquele escritório e subo as escadas como se eu tivesse rodas nos pés, abro a porta do quarto e entro desesperada, como se aquilo fosse o meu melhor refúgio, e, na verdade era, bastava eu olhar para aquele serzinho que muito dos meus medos iam embora. — Tia Rosa? O que aconteceu? Você está vermelha. - Ele fala com um olhar questionador. — A tia só subiu as escadas muito rápido, fica tranquilo o meu amor. Está tudo bem viu? - Falo para tranquilizá-lo, mas só eu sabia o que eu estava sentindo naquele momento. — Podemos ir no jardim agora? - A palavra jardim que significava sair daquele qu
LIZ (ROSA) NARRANDO. Sim, aquele homem atiça os meus instintos de uma maneira que não sei explicar, a sua voz próximo ao meu ouvido, me deixa muito perturbada. — Não, não tem nada haver com o que aconteceu ontem. — Respondo com a voz trémula. — Então porque você quer ir embora? — São motivos pessoais, que pretiro ficar para mim. Por favor Sr. Nicolas não me leve a mal. Ele se aproxima, mas um pouco de mim, consigo sentir a sua respiração em meu pescoço. Com uma mão ele coloca um pouco do meu cabelo para o lado. — Rosa, Rosa, Rosa... - Ele fala muito próximo, e o que eu faço? Porque o meu corpo se acovarda e já expressa sinais de entrega. — Nicolas por favo.... — Shiiiu. — Ele me interrompe colocando um dedo na minha boca Viro de frente para ele, olhando nos fundos dos seus olhos, a mão dele acaricia o meu rosto e eu fecho os olhos me deixando levar ao toque daquele carinho, minha pele inflama, todas as sensações provocadas me deixam em transe, estou