ISADORA NARRANDO ˜ Eu acordei com um barulho de celular tocando, e era o meu, com uma notificação chegando, e ia se repetindo várias vezes, quando fui ver era do banco. A transferência do site para a minha conta tinha sido feita, fiquei até um pouco impressionada com a agilidade, e fiquei também animada, porque consegui ver que realmente era uma coisa real. Sai daquela notificação e só depois olhei a hora no celular e marcava 07:16, levantei da cama, calcei o chinelo e fui para o banheiro escovar os dentes. Me olhei no espelho e eu estava péssima, em uma das situações mais críticas que já me vi, completamente cansada, com os olhos inchados de tanto chorar, o cabelo parecendo um ninho de passarinho de tão sujo que estava. Então decidi dar um jeito nisso e pelo menos tirar essa cara de quem morreu e só esqueceu de cari, tirei a minha roupa, entrei no chuveiro, fiquei ali por algum tempo deixando a água escorrer pelo meu corpo, como quem precisava daquele momento. Precisava relax
ISADORA NARRANDO ~ Atender as minhas chamadas agora estava cada vez mais difícil porque o Carlos estava me perseguindo, a porta do meu quarto estar fechada era motivo de briga ou discussão, ele é completamente louco. Pra ser mais exata, esse cara é um psicopata. Mas já eram 23:00 da noite e ele ainda não tinha voltado, então provavelmente ele não vem pra casa mais hoje, do jeito que é deve estar bêbado e drogado, jogado pela rua ou até mesmo dentro da casa de uma dessas vagabundas que ele costuma transar. Então tranquei a porta, peguei a camisola que comprei da Vanessa, coloquei a outra azul bebê que eu tinha comprado, porque da última vez usei a de brilho, e quem sabe a mesma pessoa ligasse, ia pensar que eu só tinha uma roupa. Dei uma ajeitada nos meus cabelos, passei um batom e liguei o notebook. Dessa vez eu fiquei um pouco surpresa, não demorou e a primeira chamada começou a tocar. Até fiquei um pouco feliz, as coisas estavam realmente encaminhando muito bem. Início
ISADORA NARRANDO. Depois de pagar tudo o que eu tinha comprado, antes de ir embora eu agradeci a Monique por ter me ajudado com as compras e sai da loja. Eu subi pelas escadas rolantes até o salão que ela tinha indicado. Assim que entrei no salão, eu olhei para todos os lados, isso estava tão longe de tudo o que era realidade pra mim. Nunca tinha nem pisado os pés em um salão de beleza, pra quem não tem o que comer dentro de casa, isso tudo aqui é um luxo que sempre foi colocado em último dos últimos lugares. — Isadora: Aonde eu posso encontrar a Andressa? — Eu perguntei para a recepcionista. — Recepcionista: É aquela loira, apoiada no balcão conversando. — Ela disse apontando para uma moça. Eu fui caminhando até essa moça, ela estava de costas pra mim e então eu toquei no ombro dela. — Isadora: Você é a Andressa? — Andressa: Depende de quem me procura. — Isadora: A Monique, da loja aqui em baixo pediu pra mim te procurar. — Andressa: Ahh claro, a Moni, e então
ENRICO NARRANDO ~ Depois de um dia louco de cansaço e coisa pra fazer, fora todo o estresse que venho passando, resolvi que iria chegar em casa e tomar alguma coisa pra ver se consigo descansar, e também ia ligar para uma das meninas que tem me ajudado bastante nesse momento pra relaxar. Mas primeiro ia tomar um banho na minha hidromassagem, enquanto já tomava um pouco do meu whisky que trouxe de Paris, e depois ia colocar a minha cueca branca que elas amam ver, é disparado a peça que deixam elas mais enlouquecidas do que nunca. Eu conheci esse site das meninas que são chamadas de cam girl em um dia que estava rodando por uma biblioteca de anúncioas procurando por algum produto evidentemente vendável para incluir no meu dropshipping, que ocorre através de uma cadeia de logística onde o revendedor que no caso seria eu não precisa manter os produtos em estoque, mas oferta e comercializa produtos baseando-se no estoque de fornecedores em qualquer lugar do mundo. Eu praticamente f
ISADORA NARRANDO ~ O sono estava pesado, e eu tinha a sensação de que estava sonhando com alguma coisa ou com alguma pessoa que fazia muito barulho. Fui aos poucos caindo de volta para a realidade, e quando acordei percebi que o barulho era real, não era sonho. Era um barulho dentro do meu quarto, eu abri os olhos tentando entender o que estava acontecendo. — Carlos: Que merda de cabelo é esse, e essa roupa pendurada? Onde você arrumou dinheiro para isso sua vagabunda. — Ele disse jogando um copo no chão do meu quarto, que por sinal se quebrou e voou caco de vidro para todos os cantos possíveis, fora que o pouco de café que tinha dentro dele, voou por todas as paredes, que já eram muito bonitas pra ele ficar fazendo esse tipo de coisa. Aquilo me fez ficar com o maior ódio possível, e já levantei gritando com ele: — Isadora: Não é da sua conta Carlos. — Eu disse virando para o outro lado da cama porque ainda estava com sono. — Carlos: Você virou uma puta né? Aonde você pa
ISADORA NARRANDO. Com toda a certeza do mundo, esse é o cliente mais bonito que já atendi aqui. Ele estava em um quarto, vestido com uma cueca branca e o seu peito todo definido de fora. INÍCIO DE CHAMADA ~ - Bilionaire: Seus olhos são lindos . - Ele falou olhando diretamento nos meus olhos. - Isagatinha123: Obrigada. - Eu respondi meio tímida e sem jeito, afinal nenhum cliente tinha reparado em mim assim. Antes mesmo dele falar qualquer outra coisa, entrou um valor na caixinha, mais dessa vez com uma sigla de doláres na frente, o que me chamou a atenção. Ele me pagou antes de falar qualquer outra coisa ao não ser dos meus olhos, e já começou me pagando? Ele é realmente diferenciado. Então eu pensei comigo mesma e depois disse: - Isagatinha123: Mas já vai começar pagando? Eu ainda nem fiz nada pra você. - Eu disse ainda meio acanhada, mas com um sorrisinho a mais no rosto, já que talvez ganhar em doláres seja melhor do que em reais. - Bilionaire: Está tudo bem con
ENRICO NARRANDO ~ Eu fiquei bem puto porque ela desligou o telefone na minha cara, nenhuma mulher faz isso comigo, muito pelo contrário, elas fazem de tudo para que eu atenda. Mas fiquei bravo mesmo porque por mais surpreendente que seja eu tinha a intenção de pedir o número do telefone dela, para que a gente pudesse conversar um pouco mais no particular, quem sabe até pudéssemos marcar de tomar um vinho. Ela carregava muita coisa no olhar, e eu que sempre fui muito sensitivo com as coisas pude perceber isso. Mas essa possibilidade que estava passando pela minha cabeça foi por água a baixo a partir do momento que ela apertão o botão para desligar a chamada. E isso se tornou um pouco menos possível de acontecer justamente por dois motivos: O primeiro é que ela poderia não passar o seu telefone, porque ali ela ganha dinheiro por absolutamente tudo que ia fazendo, em especial comigo esse dinheiro era mais do que dobrado, porque eu pago em dólar. E não fico pagando essas gorjetinhas
ISADORA NARRANDO. Nesses 3 dias, pra ser bem sincera, foram 3 longos e intensos dias, pra ser mais exata cheguei a pensar que nunca ia chegar ao fim , era como se tivesse vivido vários meses em apenas 3 dias.. E por falar em dias difíceis , obviamente que o Carlos me infernizou em todos eles, sempre chegando bebado e drogado, trazendo qualquer uma dessas mulheres sujas pra dentro de casa. Ontem mesmo tinha calcinha suja no chão do banheiro e tudo o que eu tenho pedido pra Deus é que ele me ajude a acabar esse sofrimento logo. Eu andei pesquisando algumas casas aqui próximo ao bairro que já moro, inclusive peguei o contato de uma e deixei anotado porque vou entrar em contato muito em breve. Assim que eu receber o pagamento dessa festa, eu vou sair fora daqui e disso eu não tenho mais dúvidas. Já era a hora do almoço, eu sai de casa e fui pro bar do Seu Antônio. — Isadora: Oi Seu Antônio. — Eu disse enquanto ia sentando no balcão. — Seu Antônio: Oi minha filha, está com f