**— Luceria —**— Vovô, o que pode ser tão importante a ponto de você me fazer deixar Massimo ir sozinho? — disse Alessia irritada.— Minha querida, esta notícia vai alegrar sua vida. Alberto está na casa de Caterina e vamos pegá-lo... — disse o Juiz Amato.— Como? Na festa de aniversário? — Alessia respondeu surpresa.— Claro! Se não o pegarmos lá, onde mais? Além disso, você estará lá e poderá ver com seus próprios olhos a queda de Guadalupe Priego. — disse o Juiz com um sorriso sinistro.— Está bem! Não pensei que isso aconteceria tão rápido.— Com quem você acha que está falando? A ideia é enviá-los hoje mesmo à tarde. Já entreguei a declaração na embaixada, agora eles sabem que esse homem está na casa de Caterina, só esperam minhas ordens.Alessia soltou um leve suspiro. Por um momento, sentiu uma estranha sensação no estômago; não sabia o que era, mas seu nível de maldade ainda não alcançava o de seu avô. Poderíamos dizer que se tratava de remorso, mas preferiu não dizer n
Pietro e Guadalupe chegaram ao jardim, onde os avós e seu pai estavam tomando café.— Meus queridos! Estávamos esperando por vocês, mas vimos que não saíam do quarto, então começamos o café da manhã. — disse a avó envergonhada.— Desculpe, vovó! Eu estava trabalhando e Guadalupe estava descansando. — respondeu Pietro tranquilamente, abraçando-a.— Sim, vovó, não tem problema! Vamos tomar café agora. — disse Guadalupe enquanto abraçava seu avô.— Não comam muito, pois vamos almoçar cedo. — disse a avó apontando para o jardim da frente que estava sendo arrumado para o almoço de seu aniversário.— Pietro... — ouviu-se uma voz rouca.— Sim? — respondeu Pietro levantando a vista.— Gostaria de conversar com você no escritório depois que tomar seu café. — disse Leonardo com um pouco de nervosismo na voz.— Entendo. Deixe-me tomar café e iremos ao escritório. — respondeu Pietro tranquilamente.A conversa que Pietro tinha tido com o avô Alberto o deixou pensando no que ele disse: "Log
Enquanto Leonardo e Pietro se reconciliavam como pai e filho, tentando deixar o passado para trás, a avó Caterina, muito a contragosto, tinha que mostrar um rosto amável. Pensava que, se não mantivesse uma relação cordial com a futura esposa de seu neto, teria que dizer adeus à convivência com seu bisneto. Sentia-se de mãos atadas, mas faria a tentativa. Ela realmente apreciava que sua família estivesse crescendo, por isso um bebê era a única coisa que continha sua ira.— Alessia, quanto tempo tem o bebê? — disse a avó com hesitação, tentando quebrar o gelo.— Vovó Caterina, o bebê tem 16 semanas, já está muito grande. — disse Alessia com alegria.— Já vejo! Fico feliz em saber que já passaram as semanas críticas, isso é muito importante.— É o mesmo que minha mãe diz!— A que se referem com isso, vovó? — perguntou Massimo com dúvida.— Massimo, meu querido, você precisa se preparar mais sobre este assunto. As semanas críticas são os primeiros 3 meses, é quando a gravidez apresen
Pietro passou direto pela mesa onde Massimo e Alessia conversavam, procurando um lugar onde não pudessem ouvi-lo ou interrompê-lo.— Marco, o que acontece? Me surpreendeu o e-mail que você enviou ontem durante a madrugada.— Pietro, há algo que preciso te dizer... — disse Marco deixando um longo silêncio.— Diga...— Franco Amato me localizou em Altocéu, por isso tive que me mudar...— Como isso pôde acontecer?— Não sei! Mas uma coisa é certa, ele está nos caçando...— A quem? Não consigo entender! — disse Pietro preocupado.— Federico me disse que ele tem investigado a família Priego, especialmente o avô de Guadalupe Priego. Você deve ter cuidado com o que diz e faz. — Marco soltou o tema em tom de advertência.— Marco, Alberto Priego está aqui e você sabe!— Seria preferível que ele retornasse para onde estava. Não quero que tenham uma surpresa.— Amigo, não se preocupe! A casa é muito segura e a reunião é meramente familiar.— Eu sei, Pietro! Mas não se esqueça que dent
Pietro, depois de alguns minutos dirigindo, que pareceram eternos, chegou à emergência. Filipo Serra o estava esperando. Quando o viu chegar e abrir a porta do passageiro para tirar sua mulher, interceptou-o e disse:— Sua avó já me passou os detalhes! Vamos! Não há tempo a perder!Pietro colocou Guadalupe numa maca onde enfermeiras começaram a cercá-la para verificar seus sinais vitais e prepará-la para um exame exaustivo. Filipo deteve o avanço de Pietro, ele não podia entrar além do permitido.— Pietro, sei que está preocupado, mas agora ela está em nossas mãos, deixe-nos fazer nosso trabalho.Ao dizer isso, Filipo entrou na sala de emergência e desapareceu da vista de Pietro. Este se encontrava como um leão enjaulado, dando voltas de um lado para o outro, nada podia acalmá-lo. Jamais teria esperado a grande reviravolta nos acontecimentos de hoje. Sem mais o que fazer, pegou seu celular, procurou um contato e ligou.— Marco, aconteceu algo... — Disse Pietro com a voz entrecorta
Pietro desligou a ligação com a avó Caterina e entrou no quarto onde Guadalupe estava sentada. Ele sentiu como se seu coração estivesse sendo esmagado quando viu o rosto de sua amada cheio de lágrimas, aquele mesmo rosto que hoje pela manhã irradiava felicidade em seus braços.— Meu amor! Estou aqui! Tudo vai ficar bem! — Disse Pietro enquanto a abraçava fortemente.— Pietro... Não, nada está bem! Meu avô se foi...!— Eu sei, amor, e lamento profundamente! Mas não quero que você se machuque. Se acontecer algo com vocês, não sei o que faria. Vocês são minha prioridade! Não poderia viver sem vocês!— Pietro... É que eu...— Amor, sei que não é fácil, mas pense no bebê... Eu amo vocês! Sempre estarei com você, não gosto de te ver assim...— Dói muito ter perdido meu avô desta maneira! Ele merece um funeral. Por favor, Pietro, me ajude com isso! — Disse a moça suplicante.— Meu amor! A vovó Caterina já está cuidando disso. Ela me disse que seu avô queria ser cremado. O funeral farem
Pietro e Guadalupe permaneceram no hospital aquela noite. De momento, o cansaço vencia a moça e ela adormecia. Despertava minutos depois e voltava a chorar. Pietro se sentia angustiado, não queria que sua amada caísse no mesmo buraco de dois meses atrás.— Por favor, amor, precisa descansar! Não podem lhe dar calmantes por causa do bebê.Guadalupe soluçava e tentava se acalmar, mas de repente tudo o que viveu neste dia voltava à sua mente e começava a chorar.— Amor... Calma, por favor, calma, pense no bebê...Pietro teve uma longa noite. Embora houvesse uma poltrona onde pudesse descansar, preferiu acompanhar Guadalupe na cama. Ela finalmente sucumbiu ao cansaço nos braços de Pietro.Pela manhã, Filipo visitou o casal e permitiu que deixassem o hospital, com a promessa de que ela não faria esforços e tentaria não caminhar. O bebê se agarrava à vida, mas ela também precisava fazer sua parte.Pietro havia pedido a Leopoldo que mandasse uma muda de roupa para Guadalupe. Ajudou-a a
Massimo, ao ver o casal, sentiu-se desconfortável e preferiu se retirar. Não estava no lugar nem no momento adequado para falar com Guadalupe, por isso foi procurar Alessia em seu quarto.— Alessia? Posso entrar... — Disse Massimo enquanto batia à porta.Ao não ouvir resposta, entrou imediatamente, deparando-se com o rosto da moça coberto de lágrimas.— Massimo, o que você está fazendo aqui? Vá! Vá com sua ex-mulher! — Disse Alessia furiosa.— A que você se refere? — Disse Massimo consternado.— Acabei de ver como você carregou sua ex-mulher! Vai procurá-la. Por acaso não sou eu a futura mãe do seu filho?— Você é! Mas o que isso tem a ver?— Hoje, você nem sequer veio me ver, e saio para procurá-lo só para me deparar com uma cena terna entre você e sua ex-mulher. Não sei por que você me trouxe aqui...— Alessia, eu... Só a ajudei a se aproximar do banco que está no jardim. Entenda!— O que tenho que entender? Que você continua procurando sua ex-mulher? Ela já está com Pietro!