Leonardo Pellegrini ficou viúvo quando seus filhos tinham 15 e 13 anos, respectivamente. Isso havia sido um duro golpe para o coração do homem. Martina Pellegrini havia sido seu único amor. Conheceram-se quando ele começava a trabalhar no Grupo Pellegrini e foi sua mão direita quando teve que assumir o controle do Grupo Priego e Associados.Ela havia sido assistente de Franco Amato. Graças à garota, começaram a perceber os maus manejos que esse homem havia feito.Martina Vani era jovem, havia acabado de concluir o ensino médio. Não teve oportunidade de estudar uma carreira devido aos problemas econômicos de sua família. Com um golpe de sorte, uma amiga a recomendou como secretária para o recém-chegado advogado e mão direita do presidente.Martina era bonita e, inconscientemente, graças a isso, conseguiu o posto. Franco muitas vezes quis sair com ela; no entanto, ela cortesmente o rejeitava.Lorenzo Pellegrini era um homem rigoroso no trabalho. Esse tipo de comportamento por parte d
Pietro havia melhorado na atitude com a chegada de sua avó. Começava a trabalhar nas matérias que estava prestes a perder, por isso havia dias em que ficava até tarde na biblioteca da escola.Em um desses dias, passou pelo escritório do professor de artes. A luz estava acesa e saíam dele ruídos peculiares. O professor de artes era bem conhecido pelo submundo entre os estudantes como um assediador e/ou galante entre as garotas. Não havia adolescente que escapasse dele. Por boas ou por más, ele obtinha o que queria.Naquela ocasião, ao ver a luz de seu escritório acesa e ouvir ruídos, entrou e encontrou Alessia nua no colo do professor. Era óbvio o que estava acontecendo.O professor tentou detê-lo, mas estava seminu e não podia sair assim de seu escritório. O rapaz correu e chegou em casa. Quis contar a Massimo o que havia visto, mas naquela ocasião seu irmão mais velho havia acompanhado Leonardo a um jantar de negócios. Seu pai já estava encaminhando Massimo naquele mundo. Precisava
Franco Amato era um juiz implacável, com o passar dos anos havia construído uma reputação que ninguém poderia apagar. Era considerado um cidadão exemplar, portanto sua opinião pesava, tanto no âmbito profissional quanto no familiar.Os pais de Alessia, que por vários anos foram apenas espectadores do relacionamento entre sua filha e Massimo Pellegrini. Hoje, depois de descobrirem pela mídia que sua filha finalmente havia fisgado um dos homens mais ricos de Luceria, queriam conhecê-lo.Lucrezzia De Santis e Franco Amato (Pai) haviam solicitado a Alessia para falar com seu futuro genro, e a moça, emocionada, aceitou e planejou um jantar em um restaurante luxuoso de Luceria. Nessa reunião, obviamente estaria Franco Amato (Avô), do lado de Massimo, estaria apenas ele, já que Leonardo se encontrava em uma viagem de negócios.Naquela ocasião, Massimo se sentiu só, muito só. Teve que manter a expressão fria que sempre utilizava no mundo dos negócios, para que ninguém percebesse as emoções
Enquanto em Luceria várias peças começavam a se mover, em Porto Vento, Pietro levava Guadalupe à sua primeira consulta com o ginecologista.— Olá, Senhorita Priego, Senhor Pellegrini! Foi o senhor quem me escreveu às 12h00, às 2h00 e os outros e-mails, não é?— Olá, Dr. Ángel Romano. Exatamente, surgiram muitas dúvidas sobre a gravidez e eu não conseguia dormir direito.Guadalupe ficou surpresa ao ouvir que Pietro tinha pesquisado sobre a gravidez e, acima de tudo, já tinha agendado uma consulta com um excelente médico.— Dr. Romano, há 3 semanas fiz um exame de sangue que deu positivo, mas a analista me disse que ainda era muito pequeno.— Srta. Priego, como seu marido me escreveu de madrugada, se a concepção acabou de acontecer, deve ser pequeno mesmo, mas é importante começar a acompanhar adequadamente. Vou prepará-la para coletar uma amostra de sangue e também fazer uma ultrassonografia para verificar o tamanho do saco gestacional.Pietro estava corado; não esperava que o méd
Pietro e Guadalupe voltaram para casa. Ela dormiu por um longo tempo enquanto ele dirigia. Durante o caminho, Pietro pensava que havia muitas coisas para resolver; tinha um bebê a caminho e nada seria igual. Precisava contar as boas notícias para alguém e tinha documentos para organizar.Ao chegar em casa, quando parou o carro, Guadalupe acordou e Pietro abriu a porta, oferecendo sua mão para ajudá-la a sair. Quando ela saiu, ele a abraçou e a levantou, dizendo:— Estou tão animado! Consegue imaginar uma cópia sua correndo pelo amplo jardim? Correndo pela praia?— Pietro, ainda é muito cedo!— Sim, mas imagine só! Em pouco tempo esta casa estará cheia de brinquedos e coisas de bebê!— Disseram coisas de bebê, senhor? — perguntou Angostina com curiosidade.— Sim, Angostina, em breve teremos um bebê aqui! Mas, por enquanto, só você deve saber disso. — disse Pietro seriamente.Guadalupe não pôde fazer mais que corar. Era óbvio que Angostina estava surpresa, mas era inegável que em
Desde aquela noite, Pietro pediu a Guadalupe para dormir no quarto principal; esse pedido saiu naturalmente, sem pensar.Naquela mesma noite, depois de jantar, ambos foram para seus respectivos quartos. Pietro tomou banho, vestiu o pijama e deitou-se na cama. Reconheceu que aquele pedido tinha sido precipitado demais; ela mal tinha chegado em casa, acabara de se divorciar e estava grávida. Sentiu-se tolo ao pensar no que havia pedido durante o dia.Depois de pensar um pouco, colocou seus óculos e começou a ler um livro que tinha na mesa de cabeceira. Sua leitura foi interrompida quando ouviu batidas na porta.— Entre! — disse Pietro fechando seu livro e sentindo emoções contraditórias.Guadalupe tinha ido para seu quarto. Ficou parada em frente à janela observando a escuridão da noite, refletindo sobre como sua vida estava mudando. Carregava em seu ventre um bebê, fruto de um amor não correspondido, mas agora a vida lhe apresentava a oportunidade de estar ao lado de alguém que a am
Guadalupe e Pietro foram à consulta com o ginecologista. Tudo caminhava bem, o saco gestacional já havia crescido alguns milímetros a mais e tudo parecia sob controle. Perguntaram ao médico se podiam fazer viagens longas. Pietro se preocupava demais e não queria deixar passar nenhum detalhe. O aniversário da avó Caterina estava chegando e a viagem de carro seria longa.Depois disso, Guadalupe e Pietro saíram e caminharam pelas ruas próximas ao hospital. Ela acordou com um desejo incontrolável por bolo de morango, então estavam em busca daquele lanche que fazia sua mulher salivar tanto. Ultimamente, Guadalupe tinha se tornado muito gulosa, gostava de tudo que fosse doce, muito doce, o que a fez ganhar um pouco de peso. Aos olhos de Pietro, isso era encantador.— Guadalupe, olha! Aqui tem uma confeitaria! — disse Pietro apontando para o local.— Vamos entrar! — disse Guadalupe entusiasmada.Já dentro do estabelecimento, havia uma variedade de bolos de diferentes sabores e, embora Gua
O dia do aniversário da avó Caterina havia chegado. Pietro verificou sua agenda e eles podiam sair desde sexta-feira para não irem com pressa, pois estava ciente de que não podia mais dirigir em alta velocidade. Prepararam as malas e Angostina lhes preparou uma pequena mala cheia de doces e frutas para o caminho, pois Guadalupe não devia ficar sem se alimentar no seu estado.Naquele dia, Guadalupe se sentia um pouco ou muito nervosa. Hoje a avó descobriria que eles haviam começado um relacionamento, e não um relacionamento qualquer. Ambos tinham consciência de que não era um namoro, já estavam vivendo como um casal, então deixava seus nervos à flor da pele só de pensar que teriam que contar tudo à avó.Pietro entrou no quarto e viu Guadalupe parada em frente à janela. Ela parecia perdida em seus pensamentos, então ele não fez mais que chegar por trás e dar-lhe um abraço caloroso.— Calma! Vai dar tudo certo! Você verá que a vovó não vai desaprovar nosso relacionamento. Se desaprovar