A dor latejava em meu ombro desde que acordei, mas a sensação de ter Diana em meus braços superava qualquer desconforto. Ela dormia tranquilamente, seu corpo nu contra o meu, uma imagem de beleza e desejo que me deixava sem fôlego. O cheiro de seu perfume ainda pairava no ar, misturado com nossos suores e a doce lembrança de seu sabor em minha boca.Havia muito tempo que uma mulher não me provocava como Diana, e nos últimos dias estava se tornando uma verdadeira provação afastar todos os pensamentos obscenos que eu tinha a respeito dela. Minhas noites quase todas tem sido em claro, a bastante tempo, e por vários motivos, mas a atração crescente por ela se juntou aos meus outros problemas enquanto eu tentava me distrair com charutos e uísque.Ao afastá-la com cuidado, uma onda de desejo percorreu meu corpo, meu pau endurecendo instantaneamente com a ideia de possuí-la mais uma vez. Mas a dor persistia, me lembrando que seria imprudente de minha parte não cuidar disso o mais rápido poss
Me senti feliz após encerrar a ligação com minha prima Giulia. Sylvia Villani, a matriarca respeitada e temida da máfia em Nova York, havia me convidado, juntamente com Bosco, para sua casa naquela noite. Nunca havia participado de uma ocasião como essa fora de Chicago e sabia que poderia haver algumas diferenças. Se fosse pedir conselhos à minha mãe, Charlotte certamente diria que precisaria de um traje distinto, joias de determinada grife, e marcaria mil e um procedimentos. No entanto, tinha a impressão de que, apesar do luxo, as coisas eram mais leves em Nova York.Giulia me tranquilizou, dizendo para não me preocupar. Confiava no meu bom gosto e no meu guarda-roupa, e qualquer escolha para a ocasião estaria perfeita. Conversamos também sobre sua gravidez, e pensei que seria gentil visitá-la, mas tinha receio de que Michael me expulsasse de sua casa. Giulia riu e disse que tudo havia mudado, e que ficaria feliz em me receber quando quisesse. Nos despedimos, e pensei que talvez foss
Levanto-me da cama, os músculos ainda tensos que o sexo com uma mulher mais jovem sempre exige. E Diana, além de sua natureza sensual e clara disposição para uma boa foda, ainda tem a resistência que anos de dança devem ter colaborado, e muito para torna-la bem exigente. Lanço um olhar demorado para Diana, uma promessa silenciosa de que mais está por vir, afinal, a noite mal começou, e não posso negar, não é como se fosse possível que no momento em que estamos, eu volte a simplesmente resistir a ela. Vou ao banheiro para me refrescar. O vapor do chuveiro quente acena, e eu entro sob as duchas todas ligadas, preciso despertar por completo.Minha mente brinca com imagens onde posso claramente ver Diana se espreguiçar luxuriosamente na cama, um sorriso satisfeito brincando em seus lábios. À medida que a água quente percorre meu corpo, parece evidente que algo dela ainda fica. O vapor gira em torno de mim, e ainda posso sentir o perfume de Diana, que depois de misturar-se ao meu shampoo,
Observo Bosco do outro lado da sala, em meio à elegante festa de Sylvia Villani, mesmo que discretamente enquanto converso com Giulia, Linda, Val, e claro, com a anfitriã. Como minha mãe certamente diria numa ocasião como essa, está tudo impecável, e obviamente, não poderíamos esperar menos da senhora Sylvia. Há outras senhoras da máfia, à maioria delas esteve em meu casamento, mas não percebo nenhum tipo de hostilidade, qualquer sinal de desdém pelos boatos que se seguiram sobre a noite de núpcias. — Deveríamos combinar algo nos próximos dias! — disse Valerie, animada. — Sim, poderíamos ir às compras. — Linda concorda. — Morgan teve um estirão de crescimento, e adivinhem? Quase todas as calças estão curtas! — Morgan cresceu mesmo! Do aniversário de Alessa para o meu casamento deu para notar a diferença! — concordei, inclusive, Linda havia comentado nas chamadas de vídeo, que foi sorte ela não ter escolhido o vestido da menina com antecedência, ou teria ficado curto. — Tenho consul
Confesso que estou me sentindo um pouco ansiosa, meu celular toca e vejo o nome de Alessa piscando na tela, e eu a atendo enquanto termino de me arrumar, indecisa sobre o blazer descontraído e o casaco leve que também combinaria perfeitamente com o jeans e a camisa branca. Alessa prefere o blazer e sigo seu conselho, e logo depois a vejo bebendo água, ela certamente acaba de voltar do treino.— Como estão as coisas em Chicago, irmã? — pergunto, enquanto escolho um batom suave.— Está tudo bem! — ela faz uma pausa, e de repente parece se lembrar de algo. — Eu não sei se te contei, na verdade, fiquei sabendo à poucos dias, parece que a mandinga da barra do vestido deu certo!— Oh! Fiorella tem alguém interessado nela? — perguntei esperançosa, pois sei o quanto é importante para ela.— Sim, corre o boato que é alguém da Califórnia! Mas, parece que os Marchese estão mantendo o nome, do provável interessado em segredo. — Alessa conta animada, o rosto ainda corado da atividade física.— Is
A escuridão do quarto envolve-me enquanto meus olhos se acostumam à realidade que me cerca. Respiro fundo, tentando acalmar meu coração que ainda pulsa descontroladamente no peito. Olho para o lado e vejo Diana dormindo profundamente, sua respiração suave e regular é o sinal de que ela não faz ideia dos demônios que me assombram esta noite.Os flashes do pesadelo recorrente ainda persistem diante dos meus olhos, mesclando-se com as lembranças vívidas e dolorosas da noite fatídica em que Chiara foi tirada de mim. As motocicletas rugindo, o fogo crepitando, a música underground alta ecoando pela noite. E o vazio nos olhos de Chiara depois que a executaram, em minha direção, ressoando um pedido de ajuda que nunca veio.Sinto novamente a minha pele queimando, como se o fogo daquela noite ainda estivesse consumindo-me, a imagem da faca deslizando por meu rosto, cortando-me profundamente, a dor aguda e insuportável que quase me fez desfalecer. E finalmente, a voz que ecoa em minha mente, fr
Chegamos à Juilliard numa manhã clara, e meu coração batia tão forte que parecia querer sair pela boca. O prédio era uma imponente estrutura arquitetônica que inspirava grandeza e arte. À medida que adentrávamos no prédio, fomos recebidas por um hall espaçoso e iluminado, decorado com obras de arte e esculturas.Nosso guia nos conduziu por corredores adornados com fotografias de grandes artistas que passaram pela universidade. Passamos por salas de aula equipadas com instrumentos musicais de alta qualidade, onde podíamos ouvir suaves acordes sendo tocados por alunos dedicados.Finalmente, chegamos às salas de dança, onde um workshop de dança contemporânea estava prestes a começar. A música suave ecoava pelas paredes, convidando-nos a entrar em um mundo de movimento e expressão. As janelas amplas permitiam a entrada da luz natural, criando um ambiente acolhedor e inspirador para os dançarinos.Enquanto observava cada detalhe daquele lugar mágico, senti uma mistura de emoções. Estar ali
Nos dias que se seguiram, comecei a frequentar o Broadway Dance Center três vezes por semana, imersa em um mundo de movimento e expressão que me encantava a cada passo. No entanto, as vagas para o ballet clássico estavam todas preenchidas, o que me deixou um tanto desapontada no início. Mas a Srta. Summers, minha professora, sugeriu uma solução maravilhosa: frequentar seu próprio studio, que ficava a poucos metros dali.Após a aula, decidi ir até lá para conhecer e acertar meus horários. Estava feliz por ter essa oportunidade e enquanto caminhava tranquilamente até lá, pensava nas mudanças significativas que estavam acontecendo em minha vida desde que mudei para Nova York. Confiante, cheguei até o studio, observando rapidamente as obras que estavam sendo realizadas do lado de fora. A Srta. Summers havia me assegurado que boa parte do prédio já havia passado pelas reformas necessárias, mas como era um local antigo, ela preferiu que tudo ficasse logo pronto de uma vez. Por isso, estavam