O sol nascia em Blackwood com uma tranquilidade que há muito não se via. A guerra havia terminado, e com ela, o peso das batalhas diárias começava a dar lugar a uma sensação de alívio. No entanto, para Eleanor, essa calmaria trazia novas responsabilidades, mas também a promessa de um futuro que ela ainda estava aprendendo a aceitar.Os corredores do castelo estavam mais movimentados do que o habitual, mas dessa vez, as vozes não eram de preocupação ou comando. Havia risadas, sorrisos e uma atmosfera de reconstrução. Eleanor caminhava pelo grande salão, acompanhada de Alexander, enquanto os dois observavam as reformas sendo concluídas.— Parece que o castelo está ganhando vida novamente — comentou Alexander, com um leve sorriso nos lábios.Eleanor assentiu, olhando para os trabalhadores que se movimentavam com energia renovada.— É mais do que isso, Alexander. Acho que todos estão redescobrindo o que significa viver sem medo.Ele a observou por um momento antes de responder.— E você?
Os dias que se seguiram à vitória em Blackwood foram preenchidos com uma energia diferente. O castelo e suas terras pulsavam com vida, enquanto todos trabalhavam na reconstrução e nas novas rotinas que marcavam o início de uma era de paz. Mas para Eleanor, as mudanças não se restringiam às suas responsabilidades como líder; seu coração começava a se abrir para um futuro que ela antes achava inalcançável.Naquela manhã, o sol iluminava o salão principal, onde Eleanor se preparava para uma reunião com representantes das vilas vizinhas. Vestida em um traje simples, mas elegante, ela verificava documentos enquanto trocava palavras rápidas com seus conselheiros.— Lady Eleanor, o grupo de Ashfield chegou e espera por você na biblioteca — informou Sir Edward, fazendo uma breve reverência antes de se retirar.Eleanor assentiu, respirando fundo antes de seguir para o encontro.***Na biblioteca, os representantes de Ashfield apresentaram suas preocupações e pedidos. A vila ainda sofria com os
O sol de inverno banhava as terras de Blackwood, trazendo consigo uma brisa gelada, mas revigorante. No horizonte, os campos brancos com geada reluziam sob a luz dourada. A rotina começava a voltar ao normal, e um sentimento de calmaria finalmente tomava conta do castelo e de seus habitantes.Eleanor estava no salão principal, sentada à sua mesa de trabalho. Apesar das demandas diárias, a pressão não parecia tão esmagadora quanto antes. Agora, com Edmund preso e os conflitos encerrados, ela sentia como se uma enorme sombra tivesse sido dissipada.Alexander entrou no salão, carregando um cesto de frutas frescas que havia trazido da vila. Ele sorriu ao vê-la concentrada nos documentos.— Trabalhando tão cedo? Pensei que talvez pudesse convencê-la a fazer uma pausa — disse ele, colocando o cesto sobre a mesa.Eleanor ergueu o olhar, um leve sorriso curvando seus lábios.— Há sempre algo a ser feito, Alexander.— Talvez, mas isso não significa que você precise carregar tudo sozinha.Ela s
O vento soprava levemente, trazendo o aroma das flores recém-desabrochadas no jardim do castelo de Blackwood. Era um raro momento de paz. Com os últimos conflitos resolvidos, o castelo parecia respirar aliviado, refletindo a tranquilidade que começava a se estabelecer na vida de Eleanor.Eleanor estava na biblioteca naquela manhã, sentada perto de uma janela aberta, onde a luz do sol iluminava as páginas de um livro que repousava em seu colo. Apesar de estar imersa em suas leituras, sua mente frequentemente vagava para as últimas semanas. Ela se lembrava dos momentos compartilhados com Alexander durante as viagens e dos gestos silenciosos que aproximavam os dois cada vez mais.Uma leve batida na porta interrompeu seus pensamentos. Antes que pudesse responder, Alexander entrou, com aquele sorriso característico que parecia derreter qualquer frieza que Eleanor tentasse manter.— Interrompo algo importante? — perguntou ele, inclinando a cabeça ligeiramente.— Apenas uma manhã tranquila —
As estrelas pontilhavam o céu como diamantes espalhados sobre um manto de veludo. Eleanor e Alexander caminhavam lentamente pelo jardim iluminado pela luz prateada da lua, suas mãos ocasionalmente se tocando enquanto conversavam. Cada palavra parecia ter peso, cada troca de olhares carregava um significado que não precisava ser dito.— Você sempre soube o que dizer, Alexander — comentou Eleanor, observando as flores noturnas que desabrochavam ao redor deles. — É desconcertante, para dizer o mínimo.Ele deu uma risada baixa, enfiando as mãos nos bolsos de sua jaqueta.— Talvez seja porque digo o que realmente sinto. Com você, Eleanor, não há necessidade de artifícios.Ela parou, virando-se para encará-lo. O brilho da lua destacava seus traços suaves, e os olhos de Alexander refletiam a mesma intensidade de suas palavras.— Isso é o que torna tudo tão... complicado — confessou ela.— Complicado? — Ele deu um passo em sua direção, diminuindo a distância entre eles. — Por que deveria ser
O som da natureza ao redor da propriedade era uma sinfonia tranquila. As árvores balançavam suavemente ao ritmo do vento, e o cheiro doce das flores preenchia o ar, como se o mundo conspirasse para criar o cenário perfeito para os dias que Eleanor e Alexander começavam a compartilhar.Eleanor, acostumada a manter-se ocupada com as responsabilidades da casa e do vilarejo, agora encontrava pequenos momentos em que se permitia viver algo que há muito tempo julgara impossível: felicidade genuína. Alexander estava sempre por perto, fosse para ajudá-la com alguma tarefa ou simplesmente para oferecer sua companhia.Naquela manhã, Eleanor estava no jardim, cuidando das rosas que começavam a desabrochar com a chegada da primavera. Suas mãos, cobertas por luvas, moviam-se habilmente entre os galhos, podando com cuidado as partes danificadas. Foi quando ouviu passos suaves atrás de si.— Não sabia que tinha talento para jardinagem — disse Alexander, sua voz grave preenchendo o espaço com uma fam
As semanas que se seguiram à batalha e à prisão de Edmund trouxeram um período de calmaria à vida de Eleanor e Alexander. A guerra havia deixado marcas profundas em todos, mas também trouxe uma nova perspectiva para aqueles que haviam sobrevivido às adversidades. Com o inimigo derrotado, os laços no vilarejo se fortaleceram, e Alexander e Eleanor começaram a construir uma rotina mais tranquila, focada em reconstruir o que havia sido perdido.Naquela manhã, o sol brilhava intensamente, e o aroma das flores recém-brotadas invadia os corredores da propriedade. Eleanor, sentada à mesa da biblioteca, analisava documentos relacionados às terras que agora estavam sob a administração conjunta dela e de Alexander.— Mais uma escritura corrigida — comentou Eleanor, entregando o papel a Alexander, que estava ao seu lado.Ele aceitou o documento com um sorriso.— Não sei como consegue lidar com esses detalhes burocráticos com tanta paciência.Eleanor ergueu uma sobrancelha, divertida.— Não me su
As semanas seguintes à batalha trouxeram um período de calmaria necessária. O vilarejo estava em reconstrução, e a propriedade Beaumont voltava a exalar a grandiosidade de antes, mas havia algo mais significativo no ar. Era a sensação de que Eleanor e Alexander estavam encontrando um ritmo conjunto. Embora os dois ainda fossem reservados em certos aspectos, havia momentos em que o silêncio compartilhado entre eles dizia mais do que palavras.Naquela noite, Eleanor estava na varanda do quarto principal, observando a lua cheia que pairava no céu. As estrelas brilhavam com uma intensidade rara, e o ar fresco carregava o aroma da lavanda que crescia nos jardins. Ela abraçava um xale ao redor do corpo, perdida em pensamentos, quando ouviu passos atrás de si.— Não consegue dormir? — perguntou Alexander, sua voz grave mas suave na escuridão.Eleanor virou-se para encontrá-lo parado na soleira da porta, os cabelos um pouco bagunçados e as mangas da camisa dobradas. Era um Alexander mais desc