O vento soprava levemente, trazendo o aroma das flores recém-desabrochadas no jardim do castelo de Blackwood. Era um raro momento de paz. Com os últimos conflitos resolvidos, o castelo parecia respirar aliviado, refletindo a tranquilidade que começava a se estabelecer na vida de Eleanor.Eleanor estava na biblioteca naquela manhã, sentada perto de uma janela aberta, onde a luz do sol iluminava as páginas de um livro que repousava em seu colo. Apesar de estar imersa em suas leituras, sua mente frequentemente vagava para as últimas semanas. Ela se lembrava dos momentos compartilhados com Alexander durante as viagens e dos gestos silenciosos que aproximavam os dois cada vez mais.Uma leve batida na porta interrompeu seus pensamentos. Antes que pudesse responder, Alexander entrou, com aquele sorriso característico que parecia derreter qualquer frieza que Eleanor tentasse manter.— Interrompo algo importante? — perguntou ele, inclinando a cabeça ligeiramente.— Apenas uma manhã tranquila —
As estrelas pontilhavam o céu como diamantes espalhados sobre um manto de veludo. Eleanor e Alexander caminhavam lentamente pelo jardim iluminado pela luz prateada da lua, suas mãos ocasionalmente se tocando enquanto conversavam. Cada palavra parecia ter peso, cada troca de olhares carregava um significado que não precisava ser dito.— Você sempre soube o que dizer, Alexander — comentou Eleanor, observando as flores noturnas que desabrochavam ao redor deles. — É desconcertante, para dizer o mínimo.Ele deu uma risada baixa, enfiando as mãos nos bolsos de sua jaqueta.— Talvez seja porque digo o que realmente sinto. Com você, Eleanor, não há necessidade de artifícios.Ela parou, virando-se para encará-lo. O brilho da lua destacava seus traços suaves, e os olhos de Alexander refletiam a mesma intensidade de suas palavras.— Isso é o que torna tudo tão... complicado — confessou ela.— Complicado? — Ele deu um passo em sua direção, diminuindo a distância entre eles. — Por que deveria ser
O som da natureza ao redor da propriedade era uma sinfonia tranquila. As árvores balançavam suavemente ao ritmo do vento, e o cheiro doce das flores preenchia o ar, como se o mundo conspirasse para criar o cenário perfeito para os dias que Eleanor e Alexander começavam a compartilhar.Eleanor, acostumada a manter-se ocupada com as responsabilidades da casa e do vilarejo, agora encontrava pequenos momentos em que se permitia viver algo que há muito tempo julgara impossível: felicidade genuína. Alexander estava sempre por perto, fosse para ajudá-la com alguma tarefa ou simplesmente para oferecer sua companhia.Naquela manhã, Eleanor estava no jardim, cuidando das rosas que começavam a desabrochar com a chegada da primavera. Suas mãos, cobertas por luvas, moviam-se habilmente entre os galhos, podando com cuidado as partes danificadas. Foi quando ouviu passos suaves atrás de si.— Não sabia que tinha talento para jardinagem — disse Alexander, sua voz grave preenchendo o espaço com uma fam
As semanas que se seguiram à batalha e à prisão de Edmund trouxeram um período de calmaria à vida de Eleanor e Alexander. A guerra havia deixado marcas profundas em todos, mas também trouxe uma nova perspectiva para aqueles que haviam sobrevivido às adversidades. Com o inimigo derrotado, os laços no vilarejo se fortaleceram, e Alexander e Eleanor começaram a construir uma rotina mais tranquila, focada em reconstruir o que havia sido perdido.Naquela manhã, o sol brilhava intensamente, e o aroma das flores recém-brotadas invadia os corredores da propriedade. Eleanor, sentada à mesa da biblioteca, analisava documentos relacionados às terras que agora estavam sob a administração conjunta dela e de Alexander.— Mais uma escritura corrigida — comentou Eleanor, entregando o papel a Alexander, que estava ao seu lado.Ele aceitou o documento com um sorriso.— Não sei como consegue lidar com esses detalhes burocráticos com tanta paciência.Eleanor ergueu uma sobrancelha, divertida.— Não me su
As semanas seguintes à batalha trouxeram um período de calmaria necessária. O vilarejo estava em reconstrução, e a propriedade Beaumont voltava a exalar a grandiosidade de antes, mas havia algo mais significativo no ar. Era a sensação de que Eleanor e Alexander estavam encontrando um ritmo conjunto. Embora os dois ainda fossem reservados em certos aspectos, havia momentos em que o silêncio compartilhado entre eles dizia mais do que palavras.Naquela noite, Eleanor estava na varanda do quarto principal, observando a lua cheia que pairava no céu. As estrelas brilhavam com uma intensidade rara, e o ar fresco carregava o aroma da lavanda que crescia nos jardins. Ela abraçava um xale ao redor do corpo, perdida em pensamentos, quando ouviu passos atrás de si.— Não consegue dormir? — perguntou Alexander, sua voz grave mas suave na escuridão.Eleanor virou-se para encontrá-lo parado na soleira da porta, os cabelos um pouco bagunçados e as mangas da camisa dobradas. Era um Alexander mais desc
As semanas seguintes à batalha trouxeram um período de calmaria necessária. O vilarejo estava em reconstrução, e a propriedade Beaumont voltava a exalar a grandiosidade de antes, mas havia algo mais significativo no ar. Era a sensação de que Eleanor e Alexander estavam encontrando um ritmo conjunto. Embora os dois ainda fossem reservados em certos aspectos, havia momentos em que o silêncio compartilhado entre eles dizia mais do que palavras.Naquela noite, Eleanor estava na varanda do quarto principal, observando a lua cheia que pairava no céu. As estrelas brilhavam com uma intensidade rara, e o ar fresco carregava o aroma da lavanda que crescia nos jardins. Ela abraçava um xale ao redor do corpo, perdida em pensamentos, quando ouviu passos atrás de si.— Não consegue dormir? — perguntou Alexander, sua voz grave mas suave na escuridão.Eleanor virou-se para encontrá-lo parado na soleira da porta, os cabelos um pouco bagunçados e as mangas da camisa dobrada
A chegada da primavera trouxe mais do que flores e a promessa de dias mais longos; trouxe também uma mudança palpável na atmosfera da propriedade Beaumont. Depois dos meses difíceis de batalha, reconstrução e incertezas, a vida começava a voltar ao normal. Mas para Eleanor, a primavera trouxe algo muito mais significativo: a sensação de que seu casamento com Alexander estava começando a florescer.Nos dias seguintes à conversa na sala de música, a interação entre eles se tornara mais leve, mas também mais carregada de significados. Pequenos gestos, como um sorriso trocado à mesa ou a forma como Alexander parecia sempre notar quando ela estava prestes a ficar sobrecarregada, começaram a moldar a dinâmica entre os dois.Certa tarde, Eleanor estava no salão de costura, cercada por tecidos e padrões que havia recebido para revisar. Era uma atividade que normalmente a acalmava, mas naquele dia, sua mente estava longe. Seus pensamentos constantemente retornavam a Alexander e às palavras que
O crepúsculo cobria o céu de tons alaranjados quando Eleanor desceu ao jardim. Desde a vitória contra Edmund, os dias haviam sido mais calmos, mas não menos intensos. Alexander passava horas reorganizando os aspectos administrativos das terras que voltaram ao seu controle e garantindo que seus homens estivessem bem recompensados pelo sacrifício na batalha. Apesar disso, Eleanor notava que ele buscava estar presente ao seu lado sempre que possível, como se quisesse compensar os momentos que a guerra lhes roubara.Ao cruzar o corredor que levava ao jardim, Eleanor avistou Alexander sentado em um dos bancos de pedra. Ele estava absorto, o olhar fixo na rosa que segurava entre os dedos. Era raro vê-lo tão despreocupado, e Eleanor não pôde evitar sorrir ao se aproximar.— Perdido em pensamentos, milorde? — ela brincou suavemente, anunciando sua presença.Alexander ergueu os olhos e sorriu ao vê-la.— Apenas admirando a beleza ao meu redor — respondeu ele, com uma leveza que a fez corar.El