Stella naturalmente recusou.Matheus ficou olhando fixamente para as rosas em suas mãos e perguntou em tom leve: - Essas rosas foram presente do Tomas?Na verdade, as rosas foram compradas por Stella, mas ela não admitiria isso. Com um tom indiferente, ela respondeu: - Quem as deu não tem nada a ver com você, Sr. Matheus.Esse “Sr. Matheus” fez o olhar de Matheus se aprofundar ainda mais. Ele continuou olhando para Stella, mas suas palavras foram direcionadas ao motorista Heitor: - Por favor, peça à Sra. Stella para entrar no carro.Brigas de casal sempre acabavam sobrando para os outros! Eles se chamavam mutuamente de Sr. Matheus e Sra. Stella, com uma tensão palpável. Heitor, no meio deles, se sentia desconfortável, mas, mesmo assim, desceu do carro para pedir: - Sra. Stella, a neve está caindo forte! Por favor, entre no carro, ou então eu terei problemas.Heitor tinha um certo respeito por Stella, e ela, para evitar que ele fosse repreendido por Matheus, decidiu entrar no carro
Stella pegou o cachecol e, agradecendo em voz baixa, se afastou. Matheus ficou sentado no carro, observando as costas dela, vendo-a caminhar na neve com as rosas nos braços. Ele perguntou suavemente a Heitor: - Será que eu a incomodei?Heitor respondeu prontamente: - De jeito nenhum, senhor! O senhor nunca disse algo assim antes.Matheus sorriu levemente: - Antes, eu também não agia assim!Ele se ajeitou no assento, seu rosto marcante se destacando na penumbra do carro. - Vamos para casa!...Desta vez, a neve começou a cair na véspera de Natal e só parou no dia de Ano Novo. O Ano Novo deveria ser uma ocasião alegre, mas Matheus teve uma febre alta que não cedia. Os empregados ligaram para a secretária Lucinda.Quando Lucinda chegou e viu a situação, percebeu que era grave e chamou imediatamente o doutor Galvão.Quando Galvão chegou, Matheus estava delirante, quase em estado de semi-consciência. Ele aplicou uma injeção antitérmica e deu-lhe medicamentos. Enquanto esperava, chamou
Nestes dois anos, Matheus arranjou para que Nick trabalhasse na sala de correspondência do Grupo Wellfresh, dando-lhe um propósito. Durante todo esse tempo, ninguém descobriu que o homem elegante e de meia-idade na sala de correspondência era o ex-presidente Nick. Nick nunca mencionou isso, levando uma vida simples. Todo mês, ele ia visitar Matheus, mas a relação entre pai e filho continuava distante, sem qualquer progresso significativo. Quando Nick chegou desta vez, Galvão acenou com a cabeça para ele e chamou a secretária Lucinda, deixando-os a sós.Ao ver Nick, Dona Gisele imediatamente se animou. Ela apontou para Matheus e segurou a roupa de Nick, sussurrando raivosamente: - Vê isso? Esse é o seu filho. Se você não tivesse sido egoísta e deixado a família anos atrás, nosso filho não estaria assim. Nick... Por que voltou? Que direito você tem de voltar?Nick, um homem gentil e de poucas palavras, finalmente a rebateu pela primeira vez em anos. Ele falou com dor: - Gisele, amb
Na mansão, ouviu-se o som de um carro se aproximando.Dona Gisele estava sentada no banco traseiro, vestindo um casaco. Seu rosto ainda mostrava vestígios de lágrimas, mas sua postura era impecável, como sempre. Ela valorizava muito sua aparência.Ela estava indo pedir a Stella que fosse ver Matheus.Vinte minutos depois, o carro preto parou diante do portão ornamentado. O motorista estava prestes a buzinar, mas Dona Gisele o impediu.Ela disse suavemente: - Eu vou a pé.O motorista ficou surpreso, mas Dona Gisele já havia aberto a porta do carro e saído, enfrentando o vento da noite.Após ser anunciada pelo segurança, ela foi autorizada a entrar.À luz da lua, Dona Gisele caminhou com seus sapatos de salto alto sobre a neve de vinte centímetros. Em pouco tempo, a neve derretida encharcou seus sapatos e meias, o frio era insuportável...Ela tremia de frio, mas seu rosto mostrava uma determinação inabalável.Ela estava decidida a trazer Stella de volta.Quando chegou à frente da mansão
Stella, ao vê-la, recordava-se das dolorosas memórias de um passado sombrio.Ela ajustou o casaco, mantendo uma atitude fria: - Estou indo porque ele é o pai dos meus filhos, não por sua causa.Ao ouvir isso, Dona Gisele, percebendo que Stella estava disposta a voltar, não conseguiu segurar as lágrimas: - Eu entendo! Eu entendo.Apesar de toda a humildade de Gisele, Stella permaneceu impassível.Mais tarde, quando já estavam no carro, Stella se manteve em silêncio. Dona Gisele tentou falar várias vezes, mas acabou apenas suspirando: - Stella, sei que você me odeia.Stella desviou o olhar para a janela, observando a neve do lado de fora, e respondeu baixinho:- Aqueles dias são inesquecíveis para mim, por isso nunca vou perdoá-la.Dona Gisele cobriu o rosto com as mãos.Talvez pela idade avançada ou pelos traumas sofridos, ela começou a se lembrar de quando Stella era jovem e sempre a chamava carinhosamente de “Sra. Gisele”. Ela realmente gostava de Stella naquela época, mas, após o
Ele disse isso enquanto começava a acariciar lentamente a coxa de Stella.Stella, incapaz de se controlar, deixou escapar dois suspiros curtos, seu corpo respondendo instintivamente, mas sua mente dizia-lhe que aquilo estava errado.Eles não podiam continuar com essa intimidade!Seu corpo era manuseado rudemente, e a porta do quarto não estava completamente fechada. Ela não ousava imaginar a humilhação se alguém entrasse de repente.Sem outra opção, deu um tapa no rosto de Matheus para acordá-lo.Naquele instante, Matheus despertou.Seus olhos sombrios, um pouco confusos, fitavam-na, sem entender o que havia acontecido. Sua mão ainda estava sobre o corpo dela. Quando ele percebeu e a retirou, ambos estavam constrangidos.Ele queria possuí-la, a necessidade era quase dolorosa.E ela se sentia profundamente envergonhada.Ao se afastar, não pôde evitar repreendê-lo baixinho: - Já brincou o suficiente? Se já, me solte.Matheus ficou deitado na cama, vestindo um fino roupão de banho, agora
Sra. Gisele ficou desapontada: - Você vai embora tão rápido? Pelo menos descanse um pouco, não há pressa para sair ao amanhecer.- Não é apropriado. - Respondeu Stella com firmeza, enquanto trocava de sapatos. - Eu vim por causa das crianças, não para relembrar o passado com o Matheus. Não é adequado prolongar isso nem por mais um segundo.Ela parecia ter um coração de pedra, mas quem sabia não estava dilacerada por dentro?Nick, sempre razoável, ponderou por um momento antes de dizer: - Stella, você passou metade da noite aqui, não posso deixar você voltar sozinha! Eu te acompanho!Stella disse que não precisava, que o motorista poderia levá-la.Mas Nick insistiu firmemente. Talvez ele também não quisesse ficar para continuar discutindo com Gisele...Finalmente, Stella concordou.Quando ela entrou no carro, já estava clareando, e ao longe o canto do galo anunciava a chegada de um novo dia.Ao chegar em sua casa, a luz da manhã era suave, o céu já se iluminava.Paula não havia dormid
Ele não o perturbou.Depois de um tempo olhando, ele perguntou: - Foi a Stella que escreveu?Matheus assentiu com a cabeça: - Sim! Ela escreveu isso quando era muito jovem. Uma vez, eu fiz algo errado e disse coisas que não devia. Ela ficou tão brava que queimou o diário, e ficou assim.Depois de falar, ele ficou em silêncio por um bom tempo.Ele pensou que, se sua saúde não melhorasse, passaria o resto da vida olhando para essas coisas e lembrando do passado. Será que Stella encontraria um novo amor?Nick percebeu suas preocupações e tentou confortá-lo: - Se você realmente não consegue esquecer a Stella, cuide bem de sua saúde. Você pode melhorar! Além disso, você e a Stella têm uma história. Ela não vê você como um peso. Matheus, as mulheres não têm muitos anos de juventude. Se você continuar deixando ela esperar, um dia ela pode se tornar apenas uma lembrança dolorosa. E quando isso acontecer, será tarde demais para arrependimentos!A voz de Nick estava um pouco embargada. Ele ol