Mas havia apenas uma linha vermelha ali. Stella ficou atordoada por um momento e lentamente se sentou no vaso sanitário ao lado. Ela estava tendo dificuldades em aceitar... Mas ela não tinha escolha a não ser encarar essa realidade. Ela não estava grávida!Isso significava que ela e Matheus tinham mais dois meses, e nesses dois meses ela precisava engravidar.Stella estava sob pressão. Ela ficou no banheiro por um longo tempo antes de sair. Matheus estava brincando com Kyle e, ao ouvir os passos, olhou para cima e fixou o olhar no rosto de Stella, observando-a por alguns segundos. No entanto, eles eram pais agora e algumas coisas não eram adequadas para serem discutidas na frente da criança.Quando Kyle adormeceu, Matheus tomou um banho e, ao sair, encontrou Stella sentada em frente à penteadeira, penteando os cabelos longos.Sob a luz amarelada, seu corpo era esbelto, parecia que ela nunca havia dado à luz.Matheus se aproximou e se apoiou na penteadeira, perguntando suavemente: - Vo
Matheus segurou o queixo dela e a beijou intensamente, sua voz rouca e sedutora: - Estamos no estacionamento subterrâneo, esta é minha faixa exclusiva, ninguém virá aqui... Mas se você não gostar, podemos ir para o escritório ou para um hotel.Matheus falou com calma, mas seu corpo não demonstrava isso. Ele estava quase impaciente! Ele até segurou a mão dela para desabotoar o próprio cinto, naquele momento não era pelo bebê, era apenas pelo desejo deles, pelo anseio de seus corpos um pelo outro.Ele sussurrou em seu ouvido, dizendo que pensava nela com frequência, que a desejava todos os dias. Ele disse que nos últimos anos, costumava pensar nela durante a noite... As palavras seguintes não eram adequadas para se ouvir, mas quando um homem diz essas coisas durante o ato sexual, isso pode ser bastante excitante. Aconteceu tantas vezes, ele sentiu que ela estava especialmente ávida desta vez.- Matheus...Stella mordeu o ombro dele através da camisa, impedindo-o de continuar falando...
Mesmo depois de vários anos, mesmo que tinha se passado tanto tempo, como Kelly poderia esquecer do filho que ela já havia carregado? Como ela poderia esquecer o quão trágico foi o aborto daquela criança... E agora, Mylo e Renata tinham um filho! Kelly não conseguia superar isso.Stella também viu o casal na entrada e segurou suavemente a mão de Kelly, confortando-a em silêncio.Renata entrou... Provavelmente as coisas estavam indo bem entre ela e Mylo, ela estava repetindo velhos hábitos.Renata olhou para Kelly e ainda ressentida com a presença desta mulher no coração de seu marido, falou de forma sarcástica: - Que coincidência, Srta. Kelly, nos encontramos novamente!Kelly a encarou com ódio, desejando devorar seu sangue, comer sua carne.Stella estava mais calma do que ela, olhou para Renata e sorriu levemente: - Que coincidência, parece que o Sr. Pires está indo bem ultimamente.O rosto de Renata ficou tenso. Ela teve problemas com Mylo recentemente e não estava muito satisfeita
Mylo se virou e saiu, Renata ficou em choque por um momento e o seguiu: - Mylo!Ela o encontrou no corredor dos bombeiros. Mylo estava fumando no final do corredor e, quando ela se aproximou, viu que seus olhos estavam vermelhos de raiva.Renata ficou tremendo de raiva: - Ela vai se casar, você está triste, não é? Mylo, vocês se separaram há anos, por que ainda está pensando nela? Você teve tantas mulheres na sua cama, por que é só ela que ocupa seus pensamentos? O que ela tem de tão especial para você, é porque ela é uma safada na cama?Uma bofetada estalou no rosto dela! Renata olhou para ele incrédula, por um momento, e depois, quase histérica, falou: - Você me bateu por causa dela? Estou grávida!- O que está em seu ventre não é da minha semente!A voz de Mylo era gélida. Renata ficou paralisada, murmurando: - Você enlouqueceu? Mylo, o que você está dizendo?Mylo olhou para o cigarro entre seus dedos, sorrindo calmamente: - Fiz uma vasectomia há três anos! Então, Srta. Pires,
Na verdade, Stella se lembrava de Nick. Quando era pequena, as duas famílias tinham contato e ela ocasionalmente acompanhava seus pais para visitar a família Soares. Em sua memória, Nick sempre foi gentil e cavalheiro. Se ele não tivesse partido naquela época, Matheus provavelmente teria sido um cavalheiro como o pai.Nick foi o primeiro a falar. Ele falou com a mesma suavidade que ela lembrava: - Stella, podemos conversar um pouco?Stella abriu a porta do carro e desceu... Os dois estavam frente a frente, mesmo que não se conhecessem bem, eles tinham parentes em comum.Nick não mencionou o passado deles, ele apenas perguntou sobre Matheus e Kyle, e também sobre a Sra. Noemi.Stella ficou em silêncio por um momento e, com amargura, falou: - A Sra. Noemi esperou por você a vida inteira. Até o último suspiro, ela chamou pelo nome de Nick. Depois, ela passou a considerar Matheus como você e só então conseguiu passar! Quando tiver a oportunidade, vá e leve um buquê de flores para a Sra.
Stella recuou os documentos e continuou a ler, com voz suave: - Essas coisas não são trabalho deles, não há motivo para sobrecarregar os outros... Com o tempo, certamente haverá ressentimentos. Além disso, Matheus sempre foi uma pessoa que separa o público do privado.Sua expressão era serena, o que encantou Matheus. Depois de um momento, ele sorriu e perguntou em resposta: - Além de separar o público do privado, como eu costumava ser?Stella colocou os documentos de lado: - Você costumava nem ser um humano!Matheus ficou surpreso por um instante e então abaixou a cabeça e a beijou. Embora seu beijo fosse suave, Stella o deteve: - Kyle está aqui.Matheus não insistiu e olhou profundamente para ela: - Ela está ocupada brincando e eu não vou deixá-la nos ver.Stella não se importou e continuou a ler seus próprios documentos na mesma posição. Matheus gostava daquele clima e encontrou algo para dizer: - Paula fez coxinhas para mim agora pouco.Stella nem mesmo levantou a cabeça e sua
Num abraço apertado, tudo parecia tão distante e diferente.- Irmão! - Stella o abraçou firmemente, com a voz embargada. - Como você voltou tão cedo?Paula, ao lado, enxugava as lágrimas:- É o seu aniversário, então ele voltou antes.Stella sabia em seu coração que sem a ajuda do Matheus, Marcelo não teria voltado tão cedo. Matheus queria lhe dar uma surpresa... Por isso Matheus havia saído de Vila Candando mais cedo. Stella não mencionou Matheus, e Marcelo também não.Paula acendeu uma fogueira especialmente, para que Marcelo passasse por cima e queimasse toda a má sorte que a prisão trouxera.Marcelo não acreditava nessas coisas, mas por causa da paz de espírito de Paula, ele deu um passo por cima... Ao terminar, Paula segurou sua mão e não conseguiu conter o choro: - Você finalmente voltou, agora eu posso dar um relato ao seu pai!Marcelo a abraçou para consolá-la... Após um tempo, Paula se recuperou, enxugou as lágrimas e disse: - Vá ver o seu pai! Ele deve estar com muita sauda
À noite, Stella levou Marcelo de volta para casa. Ele morava no apartamento onde Stella costumava morar, numa ótima localização, com todas as comodidades. Mas isso era apenas temporário.A noite estava envolta em sombras quando o carro parou em frente ao prédio do apartamento. Marcelo segurou suavemente a mão da irmã. Mesmo após seis anos separados e mesmo Stella ficando mãe de Kyle , o sentimento entre eles não tinha mudado. Para Marcelo, Stella ainda era a irmãzinha que o seguia por toda parte.- Irmão! - Sussurrou Stella baixinho. Naquele momento, só os dois estavam presentes, e todas as palavras íntimas poderiam ser ditas, incluindo as sobre Matheus e Haroldo.Marcelo olhou para frente, com expressão neutra:- Na época em que papai comprou aquela empresa, ele agiu de forma brusca, o que indiretamente levou à falência do outro lado! O responsável legal da empresa foi à ruína, e os filhos ficaram depender um do outro para sobreviver.... Papai se sentiu culpado e secretamente os ajud