Ele disse quase com escárnio: - Você acha que ainda vale tanto? Você acha que me importo com o divórcio? Você acha... que eu, Matheus, só tenho você?Stella arregalou os olhos, mas não deixou as lágrimas caírem. Ela não conseguia acreditar no que estava ouvindo!Agora ela percebia o quão desprezível ela era aos olhos de Matheus. Até hoje, ela era apenas uma prostituta para ele... Até mesmo o filho em seu ventre ele tratava com indiferença.Tudo isso porque ele pensou que ela desligou a ligação de Hana.Sua mão foi empurrada por Matheus.Matheus passou sem nem mesmo olhar para ela, sem remorso, indo assim... indo se despedir da pessoa que ocupava seu coração!Ela era o palhaço entre ela e Hana. O mais ridículo era que só agora, hoje, ela percebia isso!Stella riu suavemente! Ela realmente implorou a Matheus, realmente pensou que ele ficaria por ela. Ela sempre disse que ele não seria capaz de amar alguém, sempre disse que ela não queria ser sua cura. Stella, como você era tola, como vo
Dor em todo o corpo! Uma dor que parecia impedir a respiração, uma dor que parecia levar à morte no próximo segundo, mas Stella não aceitava isso... Ela ainda carregava o pequeno Kyle em seu ventre!Kyle tinha oito meses e ela ainda não havia visto esse mundo. Stella odiava a frieza e insensibilidade de Matheus, mas amava profundamente o filho que carregava, ansiava tão intensamente pelo nascimento da criança, ela não podia morrer assim.Ela não podia morrer!Stella respirou fundo, como se isso aliviasse a dor das contrações, ergueu a cabeça e soltou um lamento com toda a força:- Alguém... Alguém ajude meu filho......Ninguém ouviu, ninguém ouviu seu grito de socorro.Lá fora, os fogos de artifício continuavam a iluminar o céu.Stella se apoiou no chão, suportando a dor intensa, rastejando em direção à porta do quarto:- Alguém, alguém me ajude, salvem o meu filho!O sangue escorria do chão até as escadas. Mais sangue jorrava de suas pernas, pingando no luxuoso tapete da escadaria.E
- Quem se atrever a vir aqui, eu a estrangulo! Vou fazer com que vocês, Grupo Wellfresh, virem notícia! Vou destruir a reputação do Matheus! Vocês não têm nenhum orgulho? Por que não vêm aqui? Será que não consideram a Stella humana? - Gritou Kelly....Ao longe, Mylo estava lá, observando silenciosamente Kelly. Observando-a se esforçar para proteger Stella, absorto em seus próprios pensamentos.Após um longo tempo, Mylo se aproximou dela. Ele puxou Kelly de Gisele com força, abraçando-a firmemente, impedindo-a de se mover.Kelly sentiu o cheiro de tabaco nele. Ela ficou paralisada.Mylo! Sem se virar, Kelly sussurrou para a pessoa atrás dela: - Você tem que salvar a vida dela, Stella não pode morrer! Mylo, por favor, eu o imploro, por favor?Mylo segurou Kelly com firmeza. Ele olhou para Gisele e disse com a voz rouca: - Salve a Stella! Senão, senão um dia o Matheus vai enlouquecer, e você vai se arrepender!Gisele ficou atônita! Nesse momento, Paula correu até eles pelo corredor, c
Kyle nasceu. O médico sussurrou suavemente para Stella:- O bebê está bem! Ela só precisa de ficar na incubadora por uma semana antes de receber alta.Stella estava prostrada no travesseiro, seus lábios tremendo incessantemente.Naquela noite, Stella tinha suportado tanta dor, agora estava fraca demais para dizer uma palavra sequer.Kelly segurou sua mão, sorrindo e chorando ao mesmo tempo: - Stella, você ouviu? O bebê está bem!Stella forçou um sorriso.Mas no segundo seguinte, lágrimas voltaram a rolar....A pequena Kyle foi colocada na incubadora.Gisele olhava de fora, sentindo uma alegria imensa, afinal, era o filho de Matheus... ela era uma avó agora!Ao observar aquelas sobrancelhas e olhos, e o narizinho arrebitado, era a cara miniatura de Matheus.Gisele a observou por um longo tempo. Por alguma razão, ela finalmente se lembrou de Stella e, tarde da noite, perguntou à empregada: - Como Stella está agora? Se a sopa de galinha estiver pronta, eu a levarei para o quarto... As
Stella arrastava seu corpo pós-parto enquanto organizava o funeral do pai.Quando Haroldo trouxe as flores, ele expressou profundo pesar e arrependimento, pedindo desculpas a Stella.Stella olhou para a foto do pai com um sorriso triste: - Sr. Haroldo, eu sei que você fez o seu melhor! A família Celeste está assim agora apenas porque Matheus se recusou a ajudar. Quando esse homem gosta de você, não há problema algum, mas quando ele não gosta, você é apenas um detalhe insignificante em sua mente!Lágrimas escorreram suavemente de olhos de Stella: - Ao lado dele, tenho que ser como um cão sem dignidade, implorando por sua aprovação... E isso não adianta! No final, é isso que acontece!Matheus costumava a dizer que ela não tinha nada além de implorar a ele! Agora, ela não vai mais pedir. Porque ela estava quase sem nada!Uma rajada de vento entrou,Stella ficou parada na sala funerária à noite, seu corpo quase sem carne, olhando silenciosamente para a foto do pai, se arrependendo- de nã
Ao ouvir isso, Matheus ficou perplexo:- O estado de saúde da Stella estava bem, como ela poderia ter um parto prematuro?Lucinda falou com a voz contida: - Presidente Matheus, depois que o senhor saiu, o caso do Marcelo foi a julgamento e ele foi condenado a seis anos. Naquela mesma noite, o Sr. Jacarias teve um ataque cardíaco... e faleceu. A Sra. Soares recebeu a ligação e entrou em situação de parto prematuro.Essas poucas palavras ecoaram alto nos ouvidos de Matheus. Marcelo condenado a seis anos, Jacarias falecido, o bebê prematuro... Essas situações se acumulando, ele não ousava imaginar a dor que Stella estava sofrendo, nem ousava imaginar o futuro deles dois.Ele ficou atordoado por um longo tempo e perguntou com voz rouca: - E o bebê?Lucinda respondeu com um tom um pouco mais calmo: - O bebê está bem, amanhã terá alta! Presidente Matheus, para onde devemos ir agora?...No estacionamento, estava um Rolls-Royce Phantom preto, luxuoso e deslumbrante.O motorista deu uma ol
No quarto do hospital, reinou um silêncio profundo.Gisele refletiu por um momento e disse: - Eu vou cuidar da Kyle primeiro! As circunstâncias atuais dela não são adequadas para cuidar de uma criança!Enquanto falava, a porta do quarto foi empurrada aberta.Amanda entrou, com lágrimas nos olhos, e imediatamente se ajoelhou diante de Matheus. Ela falou entre soluços: - Senhor, tudo foi culpa minha. Naquele dia, o telefone fixo tocou no escritório e eu fui atender, com medo de perturbar a senhora enquanto dormia. Mas a pessoa do outro lado falava uma língua estrangeira e eu não entendia, então desliguei e acabei esquecendo de contar à senhora... Fui eu quem atendeu aquele telefonema, não foi a senhora que desligou! A senhora é inocente, eu mereço morrer!Amanda era a empregada da mansão.Stella sempre tratou Amanda bem, mas agora, em seu desespero, Amanda se deu tapas no rosto, enquanto chorava e dizia: - Se não fosse por mim, o senhor não teria mal-entendido a senhora, ela não teria
Stella se virou e o olhou silenciosamente.Após um breve momento, ela falou em um tom cansado e baixo: - Não é necessário! Meu irmão desistiu do recurso... Matheus, você disse que depois de termos o bebê e nos divorciaríamos, eu não tenho mais exigências, só quero a pequena Kyle.Matheus a encarou na escuridão da noite. O amor que ela um dia sentiu por ele era como um fogo ardente, mas agora o fogo tinha se apagado.Com a voz rouca, Matheus se desculpou, dizendo que não podia desistir, que ele estava errado em culpar ela naquele dia, que foi a Amanda quem desligou o telefone.Stella sorriu amargamente: - Matheus, o que mais há para ser dito?Durante uma noite, ela perdeu o pai de seu irmão.Paula, sem o marido. Naquela noite, ela quase perdeu a vida, e a pequena Kyle quase perdeu a mãe... Como podia um simples pedido de desculpas de Matheus resolver tudo isso?Agora, ela não sabia quem culpar, nem quem odiar. Só sabia que não quer vê-lo, não queria falar com ele.Ela tentava ir embor