Matheus se ajoelhou no chão, segurando Stella em seus braços. Ela estava coberta de sangue, tingindo suas mãos de vermelho. Matheus tremia enquanto chamava o nome dela.Mas Stella não podia ouvir mais... Ela mantinha os olhos cerrados, seu corpo desvanecendo, sua temperatura se dissipando, todos os sentimentos que ela havia depositado nele também desaparecendo. Uma lágrima escorreu suavemente no coração de Matheus....Na sala de emergência do Hospital Grupo Wellfresh, médicos entravam e saíam, sem descanso algum.Matheus estava parado na porta da sala de cirurgia, olhando para a luz vermelha do centro cirúrgico, com as palavras dos cirurgiões ecoando em sua mente: - Presidente Matheus, esteja preparado psicologicamente. Sua esposa sofreu uma fratura complexa no braço esquerdo e pode não ser capaz de realizar tarefas delicadas no futuro!O que isso significava? Isso significava que Stella não poderia tocar violino novamente? Eles já a sentenciaram antes mesmo de tentarem salvá-la?
Matheus deu um passo para trás involuntariamente.Os lábios de Stella tremiam: - Não me force a machucar seu amor mais precioso!...A garganta de Matheus se contraiu levemente. Depois de um momento, ele falou baixinho: - Naquele momento, eu pensei que você seria capaz de escapar! Eu não gostava da Hana, em meu coração...Ele não terminou a frase. O que ele queria dizer? Ele queria dizer que, na verdade, ele gostava da Stella, que não tinha sentimentos pela Hana. Mas no momento crucial, ele protegeu a Hana em vez da Stella... Não era sua esposa.Quando Matheus saiu, ele estava completamente perdido. Ele sabia em seu coração que acabou entre ele e Stella.Não havia mais possibilidade!O olhar de Stella para ele não era apenas estranho, mas também cheio de ódio... Como ela poderia não odiá-lo? No momento em que seu sonho musical estava prestes a se tornar realidade, Matheus a sacrificou em nome de suposta amante dele.Matheus, naquela noite Stella disse que você não sabia amar verda
Stella estava gravemente ferida, com ferimentos por todo o corpo, exceto pelo braço.Ela precisava de cuidados, mas não queria ter nada a ver com Matheus.Ela se recusava a falar com Matheus, a comer a comida que ele lhe oferecia e a deixá-lo ajudá-la a se limpar... Era como se ela o tivesse excluído de seu mundo.No chão, havia comida derramada.Matheus olhou em silêncio por um tempo e então seu olhar se voltou para a pessoa na cama de hospital: - O que exatamente você quer? Quer se divorciar de mim agora?Stella apertou a garganta, e após um breve momento, sussurrou baixinho: - Eu quero ser transferida para outro hospital! E... quero o divórcio!Matheus a encarou intensamente.Uma enfermeira entrou, recolheu silenciosamente a comida derramada e, sem emitir nenhum som, saiu e fechou a porta.Matheus foi até a janela. Ele ficou de costas para Stella, vestindo uma camisa branca e calças pretas, sua figura transmitindo uma seriedade indescritível. Depois de um longo tempo, ele saiu.Um
Paula colocou uma chave brilhante em cima da mesa do escritório. Ela até conseguiu forçar um sorriso educado e disse: - Quando eu falei com o pai de Stella, já resolvemos a situação. Demos licença para duas enfermeiras e não vamos mais morar naquela casa grande... Vamos nos mudar esta tarde! Quanto ao Marcelo, confiamos na sua consciência, Matheus, mas estamos preparados. Se tivermos sorte, talvez possamos vê-lo voltar quando estivermos velhos!Nesse ponto, Paula engasgou um pouco e continuou: - Quanto à Stella... Você e ela foram casados por alguns anos, também foi uma forma de destino. Deixe Stella em paz! Se ela cometeu algum erro, foi apenas ela ter se apaixonado por você quando era jovem! Matheus, gostar de alguém não é um grande erro, né?O coração de Matheus se contraiu. Ele olhava fixamente para Paula, observando-a com o coração partido. A essa altura do campeonato, ela ainda estava pensando nos filhos... Porque a família Celeste não tinha mais ninguém, Stella também havia
Matheus entrou no quarto do hospital com serenidade.A luz era intensa, o abraço do casal tão deslumbrante, aquela... que costumava ser a ternura exclusiva de Matheus!Em contraste com calma de Matheus, Carlos estava agitado. Ele soltou Stella gentilmente e a levou para o banheiro, proibindo-a de sair, em seguida, ele tirou seu casaco... Seguido pelos botões da camisa.Carlos se movia lentamente, mas cheio de tensão!Matheus também estava assim.Os dois homens se agrediram violentamente, cada soco era direcionado ao outro com toda a força, especialmente quando Carlos ficou com os olhos vermelhos e gritou para Matheus: - O que ela fez de errado para você tratá-la assim? No passado, havia tantos homens que a cortejavam, capazes de encher o campo de música da faculdade. Ela só estava cega para escolher você! Matheus, se você não a ama, por que não se divorcia? Por que não a liberta?- E você? - Matheus respondeu friamente. - Você também a cortejou no passado?Carlos arrumou sua camisa e
Mas já era tarde demais!Stella estava encostada no encosto do sofá, olhando fixamente para a escuridão do lado de fora. Por um longo tempo, ela virou de lado e olhou para ele, dando-lhe um sorriso fraco: - Matheus, você está doente, mas eu não vou ficar aqui para ser sua cura!O rosto de Matheus estava pálido. Na escuridão, ela não conseguia ver suas feridas, e ela também não se importava se ele sentia dor.A mulher que costumava amar a si mesma foi morta pelas próprias mãos de Matheus!Noite escura, silêncio profundo. Matheus estava sentado no sofá, deixando o médico cuidar de seus ferimentos, enquanto Stella estava quieta ao lado da cama, segurando um bilhete de concerto que Carlos trouxe para ela ao entardecer.Na Cidade H, o primeiro concerto de música clássica.Originalmente, era para ser Stella se apresentando! Ela continuava olhando para o bilhete, incapaz de se libertar durante toda a noite. Como ela poderia se libertar... Isso não era apenas o seu sonho, era também a quase
No dia seguinte, às nove da manhã, enquanto o médico tratava de Stella, Matheus estava sentado no sofá ao lado, lidando com documentos. Lucinda bateu na porta e sussurrou no ouvido de Matheus: - Presidente Matheus, o voo da Hana já decolou!Matheus olhou para Stella. Ela claramente ouviu, mas sua expressão era indiferente, como se não se importasse!O olhar de Matheus escureceu levemente, e ele disse baixinho para Lucinda: - Entendi, você pode sair primeiro!Quando Lucinda saiu, deu uma última olhada em Stella.Depois que a equipe médica também saiu, Matheus colocou os documentos de lado e observou a frieza de Stella. Ele disse suavemente: - Ela se foi! Não vai mais interferir na nossa vida! Stella, podemos recomeçar, o que acha?Stella continuou olhando pela janela.O tempo estava frio lá fora, e um filhote de pássaro praticava voar, tremendo várias vezes como se fosse cair... Mas no final, ele bateu as asas e voou para o céu.Quando não pôde mais ver o filhote de pássaro, Stella d
Lágrimas escorriam pelos cantos de seus olhos enquanto Matheus a beijava, provando um gosto salgado e húmido. Ele parou de beijá-la, se apoiando em um braço ao seu lado, olhando-a de cima por um longo tempo antes de dizer suavemente: - Eu não vou a tocar mais! Posso a ajudar a trocar de roupa?Enquanto Matheus a trocava de roupa, Stella não resistia. Seu corpo delicado e claro estava estendido sobre o tecido precioso de cor escura, com uma beleza frágil e desordenada... Matheus perdeu o controle de sua respiração quando a tocou.Ele sempre teve um grande apetite sexual e, além disso, já fazia muito tempo que não tocava uma mulher.Stella observava o lustre acima, sem qualquer ondulação em seu olhar, sua voz parecia distante:- Você não serve para nada, Matheus! Toda vez que você me toca, eu me lembro daquela noite no escritório, de como você foi bruto comigo, de como me forçou a fazer coisas que apenas prostitutas fariam... E eu me lembro ainda mais do momento do acidente e de como