Heloísa Moura Saio de lá, arrasada, claro que o Vittorio foi para lá porque quis, lógico que aconteceu algo entre eles, e ele deve está cansado, eu que me iludi pensando que ela o drogou. Desde mais cedo o Vittorio estava estranho, arredio, como fui burra em acreditar que ele ia falar com meu pai e assumir o que estava acontecendo entre nós dois. Não passei de uma aventura, de mais uma em sua cama. Entro em casa sem dizer uma palavra para ninguém. Minha mãe me chama da sala, mas ignoro, subo as escadas apressada, sentindo o nó na minha garganta apertar ainda mais. Assim que entro no quarto, fecho a porta e encosto nela por alguns segundos, tentando controlar a respiração, tentando segurar as lágrimas que já me cegam. Como fui tola. Como pude acreditar que Vittorio sentia algo verdadeiro por mim? Desde o começo, tudo foi intenso, mas talvez tenha sido apenas para mim. Ele nunca disse que queria algo sério. Nunca prometeu nada. Fui eu quem se entregou por inteiro, quem acred
Vittorio Bianchi No dia seguinte acordo cedo e sigo para o quarto da Heloísa pois preciso falar com ela mais uma vez. Ela precisa me perdoar, ela não pode ir embora sem que estejamos de bem. Desço as escadas apressadamente encontro o Hugo e a Ava já prontos para irem embora. — Bom dia, cadê a Helô, ela ainda não desceu. — pergunto tentando disfarçar minha dor. — Ela já está descendo, — fala a Ava.— ela precisava arrumar seus produtos de higiene pessoal. — Boa viagem, então. Vou para a vinícola, preciso trabalhar dobrado já que a Helô vai voltar para casa, espero vocês no lançamento. Sem esperar por resposta saio em direção a vinícola, mas no meio do caminho vou em direção a janela do quarto que a Heloísa está, e mais uma vez subo pela árvore que fica próximo a sua janela. — Bom dia, meu amor. Você ia embora sem se despedir? — falo tentando chamar sua atenção. — Vittorio é melhor eu ir embora de uma vez, antes que meu coração se machuque mais. — Não vou deixar isso
Heloísa Moura Um mês… Um mês que não tenho notícias do Vittorio, mas um dia que amanheço na força do ódio pois meus dias estão sendo assim, um dia após o outro. Quando decidi vir embora, estava magoada, ferida, triste e por mais que ele falasse que me amava, eu não conseguia acreditar pois a imagem dele deitado completamente nu na cama dela me quebrou por inteiro. Balanço a cabeça para afastar esses pensamentos, faço minha higiene e desço para o café da manhã. Encontro meus pais conversando alegremente e por um momento ele vem em minha mente, será que se chegasse a me casar com o Vittorio nosso relacionamento seria como o dos meus pais? — Bom dia, família. O que aconteceu para vocês estarem nesta animação logo pela manhã. — Filha, o Vittorio nos mandou o convite para o lançamento do espumante e falou que exige sua presença já que você foi peça importante para que ele não fosse um total fracasso. Ao escutar o nome do Vittorio meu estômago revira e corro para o banheir
Vittorio Bianchi Ela voltou. O simples pensamento faz meu peito se apertar, um misto de alívio e raiva queimando dentro de mim. Passo a mão pelos cabelos, sentindo meu maxilar travar quando Luiz me informa que Heloísa recusou a carona. Teimosa. Orgulhosa. Exatamente como eu lembrava. — Ela disse alguma coisa? — pergunto, minha voz saindo mais dura do que o esperado. — Apenas que sabe se virar sozinha, senhor. Uma risada sem humor escapa dos meus lábios. Claro que disse. Heloísa sempre teve essa mania de me desafiar. Mas o que ela ainda não entendeu é que eu nunca perco. Nunca deixo algo inacabado. E nós… ainda temos muito para resolver. Aperto o telefone na mão, observando a tela. Minhas ligações ignoradas, minha mensagem sem resposta. Durante um mês inteiro, eu aguentei o silêncio dela. Aguentei vê-la desaparecer da minha vida sem poder fazer nada. Mas agora, ela está aqui. E eu não vou permitir que me evite. Me viro para ele, meus olhos cravando os dele. — Me leve até o h
Vittorio Bianchi O quarto do hotel estava imerso em uma luz suave, com as cortinas parcialmente abertas, permitindo que os raios dourados do sol filtrassem pela janela. A atmosfera parecia carregada com tudo o que havia acontecido entre nós. A saudade, a dor e, claro, o desejo que ainda queimava em meu peito. Cada passo que eu dava em direção a ela parecia um pedido silencioso, uma tentativa de reconectar o que a distância havia quebrado. Eu podia sentir os olhos dela em mim, como se quisesse me ler, desvendar as partes de mim que eu mal conseguia compreender. — Heloísa…— minha voz saiu baixa, rouca, carregada de saudade. — Eu senti tanto a sua falta. — As palavras estavam carregadas de sentimentos reprimidos, sentimentos que eu finalmente estava permitindo que tomassem conta de mim. Eu sabia que errei, sabia que a machuquei. Mas ver aquele olhar dela, o calor que emanava, me fazia querer mais. Ela se aproximou lentamente, e a tensão entre nós era palpável. Heloísa olhou
Vittorio Bianchi Heloisa não hesitou.Pegou em minha mão e a colocou sobre sua pele exposta, guiando-o exatamente para onde eu queria sentir seu toque.— Nunca tive tanta certeza de algo na minha vida.O meu olhar queimou sobre ela antes de ele tomá-la nos braços, levando-a para a cama novamente sem nem pensar duas vezes.Me deitei sobre o corpo de Heloísa, deixando trilhas de beijos em sua pele. As minhas mãos de subiram pelas coxas dela, apertando o local, como se quisesse ter certeza que Isso era realmente verdade.— Tão linda, tão gostosa, tão proibida, e tão minha! — sussurrava enquanto beijava o pescoço de Heloísa. — Eu sou sua, por dentro e por fora! - Heloísa disse mordendo os lábios. Escutar isso, me deixou ainda mais excitado. Rapidamente eu tirei o pequeno pano que ainda estava atrapalhando ele (a calcinha dela) . — Você é só minha não é? — Eu perguntei deixando trilhas de beijos sobre a barriga dela. Os beijos foram descendo até a parte interna das coxas dela. Helois
Heloisa MouraAcordo com os braços do Vittorio em volta da minha cintura e a sensação que é a este lugar onde pertenço.Saio do abraço do Vittorio e corro para o banheiro, mal tendo tempo de levantar a tampa antes de vomitar. Meu estômago se revira como se quisesse expulsar algo que nem sei se está lá. Seguro as bordas da pia, tentando recuperar o fôlego.Sinto a presença dele antes mesmo de ouvir sua voz.— Heloísa…Olho pelo reflexo do espelho e encontro Vittorio parado à porta, os olhos escuros carregados de preocupação. Ele se aproxima devagar, como se eu fosse quebrar a qualquer momento.— Você está bem?Respiro fundo antes de responder.— Acho que sim. Foi só… de repente.Ele franze o cenho, claramente sem acreditar, e passa a mão pelo cabelo bagunçado.— Isso já aconteceu antes?Balanço a cabeça em confirmação. Minhas mãos tremem quando abre a torneira e levo um pouco de água à boca para tirar o gosto amargo. Não sei o que está acontecendo comigo, mas uma sensação inquietante s
Heloísa Moura Escutar que o Vittorio sentiu minha falta foi como um alívio que aquietou meu coração, e a certeza que eu precisava para ficar ao seu lado e enfrentar todos os obstáculos que estão por vir. O Matteo, se afasta para resolver os problemas das plantações e a Isabella me olha como se quisesse falar algo, então a encorajo a perguntar. — Isa, quer me perguntar algo? — Ah, dona Helô, tenho vergonha, a senhorita é da cidade e com certeza vai me achar uma garota boba. Ela fala e não consigo entender. — Isa, primeiro vamos deixar as formalidades de lado. Me chame apenas de Heloísa ou Helô. E o que quer saber, se eu puder ajudar faço de coração. — É que estou pensando em… fazer um agrado para o Matteo se é que me entende. Sorrio com a confissão de Isabella, percebendo o brilho nos olhos dela misturado à timidez evidente. Ela torce as mãos no avental, hesitante, como se estivesse prestes a revelar um grande segredo. — Um agrado? — pergunto, arqueando uma sobrance