Heloísa Moura Assim que saio pela porta da frente, encontro Matteo esperando perto da caminhonete do vinhedo. Ele sorri de leve ao me ver. — Tudo certo? — ele pergunta, abrindo a porta do passageiro para mim. — Tudo certo — respondo, entrando no carro. — Agora vá encontrar Isabella. Eu me viro com o resto. Ele ri, ligando o motor. — Você é mais esperta do que eu pensava, Heloísa. — E você mais romântico do que aparenta — retruco, com um sorriso. Enquanto a caminhonete se afasta, sinto a adrenalina percorrer meu corpo. O jantar com Vittorio me espera. E, por mais arriscado que seja, pela primeira vez em muito tempo, sinto que estou exatamente onde deveria estar. O trajeto até o restaurante é pontuado pelo crepúsculo que pinta o céu em tons de laranja e lilás. O vento fresco entra pela janela aberta da caminhonete, bagunçando meus cabelos enquanto meus pensamentos giram em torno do jantar com Vittorio. Não sei se estou mais ansiosa pela conversa em si ou pelo risco que
Vittorio BianchiNo aconchego silencioso do quarto, a penumbra dourada das velas dançava nas paredes, projetando sombras suaves que tornavam o ambiente ainda mais intimista. O ar estava impregnado com o aroma amadeirado das velas e o perfume suave de Heloísa, um misto de baunilha e jasmim que fazia minha respiração vacilar sempre que ela se movia. O silêncio era preenchido apenas pelo som distante das ondas quebrando na praia e pelo compasso ritmado das nossas respirações, entrelaçadas em uma melodia silenciosa de antecipação.Nossos olhares se encontraram no meio daquele universo particular, onde apenas nós dois existíamos. Havia algo na forma como ela me fitava, uma mistura de desejo e hesitação, como se estivesse à beira de um precipício, prestes a saltar. Aproximei-me com cautela, cada passo marcado pelo compasso acelerado do meu coração. Quando minha mão tocou a dela, senti o calor da sua pele aquecer a minha, como se um fio invisível nos conectasse, tornando impossível qualquer
Heloísa Moura Acordo depois da noite maravilhosa que tive com o Vittorio, nem consigo acreditar que me tornei mulher dele. Os braços do Vittorio em volta do meu corpo, um sorriso bobo nasce em meus lábios Mas com a alegria vem o desespero lembro das palavras do meu pai. “Não volte muito tarde pois teremos um encontro com alguns investidores.” — Bom dia, pequena. — A voz do Vittorio me trás de volta. — Maravilhoso dia. Vittorio, preciso voltar para casa. — Pensando nisso, trouxe roupas de corridas para voltarmos para casa. O Hugo vai pensar que dormimos em casa e saímos cedo para correr. — Dou um beijo em seus lábios e falo: — Você pensou em tudo, Vittorio. — Heloísa, por falar nisso queria falar com você para falarmos com seu pai, após o lançamento do espumante o que acha? Sinto um frio na barriga ao ouvir as palavras de Vittorio. Falar com meu pai? Depois do lançamento do espumante? Isso quer dizer que ele pretende levar isso adiante… que não foi só uma noite. Desvio o
Vittorio Bianchi Ao voltar com a Heloísa para casa encontramos com a Ava e vi que ela não engoliu a história que estávamos correndo. Por mim contava tudo logo para Ava e o Hugo, mas tenho que pensar na minha pequena. Vou para o estábulo conversar um pouco com o Ébano, meu cavalo me entende mais que muita gente. Pretendo ter minha pequena ao meu lado para sempre. Volto para casa encontro Hugo, Ava e a Heloísa na mesa de jantar, ela está linda em um vestido soltinho. Me junto a eles e o Hugo me pergunta sobre uma pessoa que nunca mais pensei em falar. Liliane Ribeiro… — Vittorio, encontrei a Liliane, estava em Nova Iorque, e comentou que estava vindo para Itália, pois, estava com saudades de você. — Hugo, a Liliane, foi embora porque escolheu a carreira dela ao invés de ficar comigo. Eu estava disposto a pedi-la em casamento e no dia em que planejei fazer isso ela me falou que ia me falou que ia embora, pois queria conhecer o mundo lá fora e crescer profissionalmente. Pelo can
Heloisa MouraUm som baixo e possessivo escapa da garganta de Vittorio antes dele me prensar contra a porta, tomando meu lábios em um beijo faminto. O gosto dele me intoxica, uma mistura doce e tentadora que me faz querer mais. Minhas mãos percorrem pelas suas costas enquanto ele segue apertando minha cintura, descendo pelas minhas coxas nuas.— Vittorio… — sussurrei contra a boca dele.— Diga….Sua boca segue para meu pescoço, explorando cada centímetro da minha pele exposta. Mordiscou levemente meu ponto sensível abaixo da orelha e então soltei um gemido suave, suas mãos encontram o zíper do meu vestido e, com um movimento firme, deslizou para baixo, deixando que o tecido deslize pelo meu corpo até cair no chão.Minha respiração falha ao ver que eu estava completamente nua diante dele, minha pele arrepiada sob o frio da sala e o calor do seu toque.— Maldição, Heloísa… toda nua, totalmente minha.— murmurou, apreciando a visão.Suas mãos percorrem meu corpo lentamente, gravando ca
Vittorio Bianchi Cada minuto que passo com a Heloísa, sinto que estou cada vez mais viciado em seu sabor, e vê o quanto ela é receptiva ao meu toque, me faz sentir que sempre foi ela. — Pequena, precisamos voltar para o evento, seus pais devem estar a nossa procura, mas te prometo que irei para seu quarto mais tarde. Falo tomando posse de seus lábios mais uma vez. Ajudo ela a se recompor e peço para que ela volte primeiro para o salão. Fico por um tempo tentando me recuperar do que aconteceu aqui. Como se eu quisesse guardar cada detalhe. Depois de um tempo em que a Heloísa já está no salão eu saio da sala indo para o salão. De longe vejo minha pequena conversando com seus pais e um orgulho me toma ao ver que ela está com minha marca próximo a sua orelha que ela esconde discretamente com o cabelo. Apresso meus passos em sua direção quando sou interrompido pela pessoa que jamais queria encontrar novamente. — Vittorio, quanto tempo, estava morrendo de saudades! — fala a
Heloísa Moura Escutar dos lábios do Vittorio que desde o nosso primeiro beijo no meu aniversário de 15 anos ele não ficou com mais ninguém me deixou emocionada. Sem dar margem para mais palavras avanço e busco sua boca com um beijo, sem dar conta que ele ainda estava devidamente vestido com seu belo smoking que não se importou de molha-lo ao entrar no chuveiro comigo. — Heloísa, não quero imaginar nunca mais minha vida longe de você. Seu rosto estava tão próximo ao meu que eu conseguia sentir sua respiração quente misturando-se ao vapor do chuveiro. Meus dedos deslizaram por seus cabelos molhados, enquanto meu coração martelava no peito com uma intensidade que beirava o desespero. Era tão difícil acreditar que, depois de tantos anos, depois de tantas idas e vindas, Vittorio sempre foi meu. — Você não precisa imaginar — sussurrei contra seus lábios, entrelaçando meus braços ao redor de seu pescoço. — Porque eu não vou a lugar nenhum. Ele soltou um suspiro entrecortado, como
Vittorio Bianchi Assim que minha pequena adormece saio de seu quarto, por mais que eu queira falar para o Hugo e a Ava que estou com a Heloísa, não quero que eles descubram da maneira errada. Entro em meu quarto e sinto como se não pertencesse a este lugar, é como se tivesse faltando uma parte de mim, e essa parte é a mais importante, pois se trata da minha pequena. Coloco minhas roupas molhadas na secadora e visto uma cueca boxe, me jogando na cama, lembro das palavras que troquei com minha pequena e não vejo a hora do dia amanhecer e falar logo com o Hugo e resolver isso de uma vez por todas. Meu celular toca o alerta de mensagem, penso em ignorar, mas lembro que pode ser a Heloísa que acordou e não me encontrou na cama e quando abro a mensagem sinto meu sangue fugir das veias. *Se não vir me encontrar no Hotel Royalty amanhã esse vídeo vai parar nas mãos do Hugo e da Ava. Bons sonhos. Liliane.* E logo após essa mensagem abro o vídeo e se trata do momento de prazer que