— Certeza?... Eu posso voltar com você se quiser. — se ofereceu o Simpson; e Alana forçou-se a abrir um largo sorriso, balançando a cabeça.
— Não, não precisa. — garantiu ela e mesmo com pressa para que o amigo fosse embora logo, ela não conseguia não ser gentil.
Simon franziu o cenho, como que tentando buscar alguma falha ou sinal de mentira nas palavras dela. Por fim abriu outro largo sorriso, dando de ombros.
— Ok. Uma coca né? — Alana assentiu, e o Simpson assentiu. — Certo. Espero-te espero no refeitório então.
— Obrigada, Simon. — agradeceu a morena, sorrindo para o amigo enquanto se afastava. Ela esperou, pacientemente no lugar, até que ele sumisse de seu campo de visão, sumisse do corredor.
Sua atenção voltou-se ent&
Aquilo era ridículo em sua mais profunda e sincera opinião. Encontros? Quem precisava daquilo? Bom, aparentemente uma garota de cabelo rosa. Mas porque a estava culpando afinal? Não fora ele quem a convidou? Respirou fundo sem que se desse conta do ato; e por mais que sua expressão se mantivesse fria, indiferente como sempre, por dentro algo remexia-se em seu estômago. Não, não eram borboletas. Garotas tinham borboletas no estômago, não ele! Ele tinha apenas aquela sensação de estômago vazio que se revirava, e suas mãos suavam frio. Talvez, fosse à ansiedade daquele encontro, que finalmente acontecia, dando lugar ao nervosismo por estar realmente acontecendo.— Porque eu tenho a impressão de que você não tem muitos encontros? — a voz chegou-lhe aos seus ouvidos soando divertida, só assim o fazendo voltar para a realidade em
Alana observou, em silêncio, o rapaz cinzento ser surrado, enquanto o outro parecia divertir-se. Havia um brilho divertido, vingativo nos olhos daquele que batia, e Alana sentiu todo o corpo gelar com o sorrisinho macabro que havia no canto dos lábios dele. Era aterrorizador, como se ele estivesse deliciando-se com a sensação de causar dor naquele pobre rapaz que já parecia não ter mais forças nem para gemer em dor. Ela deveria ir embora? Sim, deveria. Deveria enquanto ainda podia, enquanto não era descoberta, mas suas pernas não obedeciam. Parecia que havia congelado no lugar. Estava surpresa, estava em choque, e isso não ajudava a ter força, controle sob suas pernas. Sentia algo preso em sua garganta, talvez fosse o sapo que estava tendo que engolir para não gritar. Não era idiota para gritar! Seria o certo, claro, afinal, tinha que ajudar o rapaz que apanhava não? Seria o certo a se fazer. No entanto, ela sabia que sendo o mundo o que era
As pessoas que assistiam a corrida por seus celulares vibravam em expectativa; eles estavam para fazer a última curva.David acelerou, olhando brevemente para Ian no carro ao lado. O amigo não o fitava, estava novamente com aquela expressão lívida e serena de quando estava prestes a dar o golpe final. O Deeper balançou a cabeça negativamente, engatando a marcha e pisando fundo no acelerador. Correr com Ian era perda de tempo, ele sabia. Ainda sim, uma perda de tempo muito divertida, pois a adrenalina de uma corrida – mesmo que esta fosse perdida – era sempre boa para o ego; ainda mais um ego tão grande como o dele. Diferente dele que, embora fosse um grande corredor, quase não corria por não ver muito propósito para si naquilo e diferente de Vincent que só corria quando queria outro tipo de diversão que não sexo ou justamente para conseguir mais sexo; Ian t
Os homens tinham a mesma altura que Ian; talvez o loiro de cabelo longo, preso num rabo de cavalo com uma franja caindo em sua testa, e que por uns instante pareceu uma mulher a Alana, fosse um pouco mais alto. Era mais magro também. O outro era da estatura de Ian, seu cabelo era ruivo. Mas não um ruivo vivo como o de David, mas um ruivo levemente apagado, algo mais escuro e que lhe caia pouco a testa, curto.Alana observou, apreensiva Ian aproximar-se dos dois e dizer algo que pareceu muito irritado. Os dois homens sorriram para o loiro, o que só o irritou por que o Norton cerrou as mãos em punhos fechados, e mesmo de longe Alana pode ver a expressão de Ian tornar-se ainda mais dura, e ainda mais furiosa. E então aconteceu...O ruivo disse algo, algo que pelo mover de seus lábios tão suavemente deve ter saído baixo, mas que com certeza fora al
— Sem empregadas. — Ian torceu os lábios. — Sem frigobar...— Me sinto claustrofóbica nesse cubículo.— Lisandra! — Cassandra repreendeu. — Até você? — A Sheroman riu.— Mas é verdade, amiga! Eu não conseguiria viver uma hora aqui, não sei como vocês conseguem.— Bom, nem todos são podres de ricos como vocês. Nem todos podem morar em mansões, ter carros super potentes ou essas coisas. — disse Alana, voltando da cozinha com gelo enrolado num pano de prato.— Verdade. — os três membros da Trindade disseram juntos, orgulhosos; fazendo Lisandra rir enquanto as outras duas reviravam os olhos.Com exceção de David e Vincent, todos trocaram sorrisos levemente diver
Talvez fosse um pesadelo. Era o que ela desejava pelo menos. Um pesadelo; pois por pior que fosse, ela acordaria no final. Mas não era. E ainda que não quisesse crer, ela sabia disso.“Papai foi embora.” – as palavras da irmã caçula se repetiram em seu sua cabeça.“Como pode, pai?” – foi a resposta que a mente de Alana produziu, mas que não lhe escapou pelos lábios.Nenhuma palavra. Nenhuma lágrima. Ela não conseguia fazer nada que não fosse abraçar a irmã que chorava em seus braços, e sentir o calor de Ian em suas costas; ele a mantinha a pé, estava servindo de apoio a ela, assim como ela estava servindo de apoio a irmã.— O que vamos fazer? — a menina perguntou ainda com os olhos banhados por lágrimas gros
— Au. — Ian reclamou ao sentir o gelo pressionado em suas costelas com força. — Qual o problema de vocês? Não sabem ser delicadas não?Lisandra rolou os olhos para ele.— Cala a boca. — resmungou a Sheroman, os olhos fixos no corredor em que Alana havia desaparecido de seu campo de visão já a bons minutos com a irmã caçula. — O que será que estão conversando?— Quem se importa? — David deu de ombros. Lisandra, Cassandra e Ian o encararam. As garotas com olhos ferozes, e Ian apenas com os olhos estreitos. — O que foi? Ela não significa nada para mim mesmo, não somos próximos. — se justificou o Deeper.— E desde quando isso é motivo pra ser um insensível de merda? — Cassandra perguntou com raiva, ainda andando de um l
Caminhava com passos lentos, quase cautelosos pelo corredor. Os livros segurados com força contra o peito, os olhos baixos, fixos nos próprios pés, e o pensamento longe. Não acreditava que já era segunda; o final de semana havia passado tão rápido. Suspirou. Tão rápido e tão cheio de dúvidas e preocupações; idênticas as que dominavam seus pensamentos naquele momento.Não conseguia parar de pensar em toda aquela situação e em Eva. Como estaria a irmã naquele momento? Estaria bem com a senhora Loren? Estaria chorando como havia feito em praticamente todo o final de semana?Alana mordeu o lábio inferior com força, chegando quase a tirar um filete de sangue dali. O coração palpitava rápido, forte a cada instante em seu peito. Eram tantas as preocupa&c