capítulo 6

Dove Giovanna

Nós nos despedimos de familiares e amigos e fomos para o aeroporto, antes de ir eu havia trocado o vestido de noiva por um mais confortável também branco, ele é curtinho, vai até as coxas e é solto .

Como iríamos de avião particular não tínhamos que nos preocupar tanto com a hora, já que pegamos um pequeno engarrafamento até o aeroporto.

Ainda não sabia para onde iríamos, Daniel disse que queria fazer surpresa, então logo assim que embarque tome um calmante, pois eu tinha medo de altura, então simplesmente capotei, só acordei com Daniel dizendo que havíamos chegado.

— Por favor apertem os cintos, iremos pousar! — diz a aeromoça.

Aperto o cinto e espero.

Quando descemos me surpreendi ao constatar que estou no Brasil, No meu tão amado Rio de janeiro,sei que mencionei que morava em Belo Horizonte, mas isso foi depois que meus pais morreram e fui morar com a minha tia, antes disso morava no Rio, no morro do Alemão.

— Não acredito que você me trouxe para cá! — falo.

— Por quê, não gostou?

— Não eu não gostei — sua expressão muda — Eu amei! Obrigada! — grito me jogando em seus braços.

Ele me segura ainda surpreso.

— Vamos ? Quero ir para praia! — falo me soltando dele.

— Vamos! — fala.

Saímos do aeroporto, pegamos um táxi , iríamos ficar em um hotel

—É a primeira vez no Brasil? — pergunta o taxista .

— Sim !— ele responde animado .

— Eu morava aqui ! — falo .

— sério? qual lugar do Rio ? — pergunta .

— No morro do alemão ! — falo .

— Sinto muito ! — diz o taxista .

— Por que,você sente ? Lá é tão ruim assim ? — Daniel pergunta.

— Não , Como eu digo isso apenas perigoso ! — falou o taxista — hã estamos indo para onde afinal ? Vocês ainda não disseram para onde irão ! — pergunta .

— Para Copacabana! — Daniel diz .

O taxista assente, minutos depois já estamos registrando e subido para o quarto,iríamos dividir o mesmo quarto, como era grande eu não reclamei, até porquê eu nem pretendia ficar no quarto, acho que Daniel penso o mesmo que eu , por quê assim que chegamos no quarto, ele pegou uma muda de roupa e foi para o banheiro, ao sair de lá estava todo arrumado e cheiroso.

— Vai sair? — pergunto.

— Não é óbvio? — pergunta grosso.

— Por que está falando comigo desse jeito? Eu só te fiz uma pergunta!

— Eu não te devo satisfação da minha vida, devo? Não ache que só porque eu fui bonzinho com você esses dias, pôde me controlar! Não se esqueça que é só um contrato, foi tudo encenação para a mídia não desconfiar de nada e vim caçar o quê não é nada conta deles! — fala frio.

— Desculpe aí se eu fui estúpida de pensar que poderíamos ter uma boa relação como você disse há um mês atrás, que pensei que poderíamos ser o quê? Talvez amigos! Vai lá , não vou mas te incomoda! — falo e entro para dentro do banheiro, para que ele não me veja chorando.

Ouço a porta bater, tiro a roupa e entro dentro do chuveiro, ligando o mesmo na água gelada,é disso que eu preciso, um banho de água fria para parar de sonhar com o impossível, Daniel Hall é impossível para mim, está na hora de aceitar isso.

Depois do banho coloco um conjunto de moletom e deito na cama indo dormir, quando acordo passa das nove e meia da noite, me levanto , separo uma roupa, decidir quê não vou ficar aqui chorando enquanto ele deve estar se divertindo com alguma puta por aí, tomo banho e me arrumo, coloco o vestido preto e Saltos, passo uma make básica, confiro quê peguei tudo e saio do quarto, antes de sair para beber todas, passo no restaurante do hotel para com comer alguma coisa, não quero passar mal pra ter bebida de estômago vazio.

Janto e depois pego um táxi para o morro do Alemão,hoje é dia baile no morro, o táxi me deixa na subida do morro, por quê não dar para ele subir, vou andando ,vejo alguns meninos na barreira, os conheço desde pequena, alguns estudei junto.

— Não brincar porra! Dove ? — Samuel é um deles.

— Oi Samuca! A quanto tempo hein? — falo o abraçando.

— Tá fazendo o quê aqui novinha ? — um cara todo tatuado pergunta.

— Vim me divertir um pouco e rever os velhos amigos! — falo sem abaixar a cabeça.

— Se ligar! Não quero problema aqui no meu morro não! — fala sério.

— Ouvir! Pôde deixar quê não vou arrumar confusão, pelo menos não à toa! — falo.

— Deixa ela, ela tá comigo Dg! — Samuel fala.

— Qualquer quê merda que ela fizer a responsabilidade será sua! — fala frio.

— Já é mano! Vamos senhora encrenca! — Samuel saiu me puxando morro acima.

— Vai com calma ai maluco, estou de salto viado! — falo.

— Quem mandou colocar um troço desses no pé? — ri.

— Idiota! — falo.

Ele ri, no caminho encontramos sua namorada uma negra linda, se chama Kauane, descobri que Samuel é o sub do dono do morro por isso ele pôde falar com o cara daquele jeito.

Chegamos no baile , só deu tempo de beber uma cerveja , pois começo a tocar " ela tá movimentado, de Kevin o Chris" é a doida da Kauane me arrasto para dançar com ela , danço , bebo e fico bêbada.

— Vamos para casa novinha, cê já tá bêbada ! — diz Dg , o dono do morro.

— Por que ele tem que ser tão babaca? — pergunto.

— Quem ?

— Meu marido! — falo.

— Ah! Então aí bonequinha é casada?

— Sim, casei hoje!

— É já estão assim? — pergunta surpreso.

— Afim! — falo errado e caio na gargalhada.

— Porra mulher! Se controla! — fala me levando para fora.

— Me beije! Você é bonitinho! Me beija, gosto do formato da sua boca!

Ele ri e nega com a cabeça.

— Aquele merda não me ouviu,agora tenho que tomar conta de uma bêbada doida! — fala ainda rindo.

— Ei não ri de eu! Quero te beijar ! — falo fazendo cara de brava.

— Já chega bonequinha! Agora diga aonde você mora! — fala sério.

— Olha uma vaca ! — aponto.

— Isso é um poste sua doida! — diz.

— Ah!

Começo a chorar porque ele gritou comigo,odeio quando gritam comigo, principalmente sem eu ter feito nada.

— Porra! Agora, por quê está chorando caralho?

— Você gritou comigo! — falo.

— Tá desculpa! — diz bufando.

— Parar! — grito, ele freia o carro com tudo.

— O quê? Tá passando mal ? Quer vomitar? — pergunta preocupado.

— Não!

— Então porque mandou parar? — pergunta acho que irritado.

— Ali ! Eu quero! — aponto para a açaiteria.

— Fala sério porra! Eu correndo o risco de ser preso , é você pensando em açaí! — fala realmente irritado.

Ameaço chorar novamente, meia hora depois estou comendo meu delicioso açaí e Dg está com uma expressão de morte enquanto dirige, com certeza alguém vai morrer hoje,espero que não seja eu.

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