HannaA noite estava frenética, como todas as outras em que Hazel e eu organizávamos um evento de alto nível. O noivado de um magnata não era algo trivial, e o cliente exigia perfeição em cada detalhe. Hazel, como sempre, estava no controle dos doces, enquanto eu corria de um lado para o outro nos salgados. Nossa equipe não era grande, mas era eficiente. Apesar do caos, sentia uma certa adrenalina. Era o tipo de pressão que eu adorava.Porém, algo estava errado naquela noite. Um pressentimento incômodo pairava sobre mim, como se algo estivesse prestes a acontecer. “Deve ser o cansaço”, pensei, tentando afastar aquela sensação enquanto finalizava os últimos pratos.A festa estava impecável. O salão brilhava com luzes douradas e velas estrategicamente posicionadas. Os convidados, vestidos de forma deslumbrante, conversavam e brindavam ao som de uma orquestra ao vivo. Tudo seguia conforme o planejado. Ainda assim, Hazel e eu não tínhamos visto os noivos. O protocolo era que eles fizessem
KevinQuando meu pai me chamou para ficar ao lado dele, desconfiei, mas não imaginava que ele ia acabar com a minha vida.Ao anunciarem meu noivado com Ashley, simplesmente paralisei, perdi os sentidos na hora… não estava acreditando que eles foram capazes de arquitetar para mim. Quando escuto um barulho, volto a mim e lá estava ela… o amor da minha vida me encara com dor e raiva nos olhos.Demorei um pouco para reagir, ainda estava atordoado com o que estava acontecendo. Quando percebo que ela está caminhando para fora do salão, eu começo a ir atrás dela, alguém segura o meu braço, mas empurro a pessoa sem olhar e corro para alcançar Hanna.Óbvio que ela não quis falar comigo, estava muito chateada e com razão, eu a entendo, no seu lugar faria o mesmo, ou até pior. Sei que ela tem que esfriar a cabeça, mas ver a porta do salão se fechar atrás dela doeu muito. O som da festa continuava abafado ao meu redor, com sussurros e risadas. Meu coração disparava, e o peso das palavras de Hann
KevinHazel estava parada na porta da cozinha chorando, ela dá um passo em minha direção e a única coisa que consigo é dizer:— Desculpa, eu juro que não sabia disso, eu fui convidado para um evento de caridade. Faça a Hanna entender. Eu te imploro, Hazel.Ela não consegue dizer nada, apenas afirma com a cabeça e entra na cozinha.A noite fria me envolveu, mas minha raiva não diminuía. Talvez eu tivesse perdido tudo. Mas se era para viver sem Hanna, então eu não queria mais nada mesmo.Estou caminhando para o meu carro quando sinto uma mão em meu ombro, olho para trás e me deparo com Luigi.— O que você quer? — Falo irritado.— Eu vi o que fez e falou. — Ele fala, e sinto um receio em sua voz, talvez vergonha, porque ele não acreditava no meu amor por Hanna.— E daí? — Dou mais um passo, então ele começa a falar:— Conheço a Hanna, ela deve estar muito chateada e entendeu tudo errado, você tem que correr para a casa dela, nestas situações ela age impulsivamente e pode…— Ela pode o qu
HannaNunca fui tão humilhada na minha vida. Saí daquele salão com a cabeça erguida, mas o coração... em migalhas. Cada passo que eu dava parecia pesar uma tonelada. Talvez fosse o salto, talvez fosse o orgulho esmagado.Levantei a mão e parei o primeiro táxi que passou. Entrei como quem carrega o peso do mundo nos ombros.— Para onde, moça? — perguntou o taxista, me encarando pelo retrovisor com um olhar que misturava curiosidade e preocupação.— Rodoviária, por favor. — minha voz saiu firme, embora tudo dentro de mim estivesse prestes a desmoronar.O carro mal começou a andar e, como boa indecisa dramática que sou, comecei a repensar tudo. Rodoviária? E se Kevin ou Hazel me acharem? Preciso ser mais esperta que isso!— Senhor, mudei de ideia. Pode seguir para minha casa. — disse,
HannaFinalmente, ela abre os olhos. Estão cheios de pavor, arregalados, como os de alguém que viu o próprio inferno.— Estou aqui agora, vou te soltar. Fique calma. — Tento dizer com firmeza, mas minha voz treme, assim como minhas mãos.Enquanto desfaço as cordas com dedos trêmulos, ela começa a chorar. Cada soluço dela parece uma facada em mim.— July, o que aconteceu? Quem fez isso?Ela me olha com olhos marejados, os soluços dificultando as palavras. Mas então ela diz exatamente o que eu mais temia.— Eles a levaram… — A voz dela sai fraca, entrecortada pelo choro. — Desculpe, Hanna… Eu tentei, mas eles levaram a Kat…Meu corpo parece congelar. As palavras dela ecoam na minha mente, se repetindo como um pesadelo do qual não consigo acordar.“Eles levaram a Kat&hellip
HannaOlhei para o Kevin sem saber o que fazer. A confusão de dor e raiva me sufocava. Dor ao lembrar o que ele fez, raiva pela sem-vergonha aparecer aqui, como se tivesse o direito de estar ao meu lado naquele momento.— O que você está fazendo aqui? — Minha voz saiu mais firme do que eu queria. Ele não respondeu de imediato, seus olhos cravados nos meus, sinceros, mas carregados de culpa. Isso só aumentou minha raiva.— Vai embora, Kevin. Você não tem nada para fazer aqui! — Cuspi as palavras, tentando afastá-lo, mas ele deu um passo à frente, enquanto dei um para trás.— Não vou a lugar nenhum. Deixe-me ajudar. — A voz dele era firme, mas havia um quê de desespero ali. — Eu não tenho culpa, Hanna, você sabe disso.Quis gritar que ele estava errado, que ele tinha culpa, que tudo isso foi consequência das escolhas dele, das nossas escolhas… mas as palavras morreram na minha garganta.— Kevin… — sussurrei, sem forças para continuar a discussão.Ele deu mais dois passos, encurtando a d
Hanna— Meu Deus, quem está com a minha filha? Se ele foi capaz de matar os seguranças, o que ele fará com a minha menina? — Minha voz sai entrecortada pelo desespero, cada palavra me queima por dentro, eu tremia sem conseguir controlar meu próprio corpo.Kevin me puxa para um abraço firme, suas mãos deslizam de leve pelas minhas costas numa tentativa de me acalmar. Eu enterro o rosto no seu pescoço, incapaz de conter as lágrimas que caem em soluções compulsivas.— Calma, meu amor. Nós vamos encontrá-la, eu prometo — ele murmura com firmeza, mas o tom gentil entrega a preocupação que ele tenta esconder.Antes que eu possa responder, um polícia aproxima-se com passos rápidos.— Boa noite. Quem foi o responsável pela ligação? — A voz grave do policial me faz levantar o rosto.— Fui eu, senhor — respondo, limpando as lágrimas com a manga da blusa. — Sequestraram a minha filha.O policial franze o cenho, avaliando a situação.— Como você pode ter certeza de que foi um sequestro? Ela não po
Peço desculpas, eu pulei o capitulo 138, mas já atualizei na plataforma.Assim que for atualizado, aviso pelas minhas redes sociais e pelo capítulo do dia....HannaKevin me olha por um segundo, como se buscasse permissão, mas acaba respondendo:— Namorado da Hanna.Viro o rosto para ele, lançando um olhar fulminante. Minha atitude não passa despercebida pelo policial.— Algum problema, senhorita Hanna?— Não, senhor. Ele é, sim, meu namorado — digo, a contragosto, deixando claro que aquele não era o momento para discutir.O policial anota algo no bloco e continua:— Ele estava com a senhorita quando chegou em casa?— Não, senhor. Eu cheguei sozinha. Vim de táxi, direto de um evento que estava organizando.— Evento?— Sim. Sou proprietário