Diante do questionamento de Natália, o segurança não piscou, mantendo uma expressão fria e distante, como se estivesse apenas cumprindo um dever.- Recebemos ordens para protegê-la.Proteção?Natália não acreditava que Douglas seria tão benevolente!- Não preciso da proteção de ninguém. Voltem de onde vieram e não fiquem parados na porta da minha casa.Enquanto falava, ela percebeu que alguns vizinhos começaram a abrir suas portas e a olhar em sua direção.O segurança permanecia imóvel, falando com um tom monótono, como se fosse uma máquina sem emoções:- Sr. Douglas disse que, se você não quiser que fiquemos aqui, ele mesmo virá.Natália ficou sem palavras.Sua vontade de tomar café da manhã desapareceu completamente!Ela fechou a porta com força, fazendo até a parede tremer.Natália tirou o celular da bolsa e ligou para Douglas. Assim que ele atendeu, ela despejou toda sua fúria:- Douglas, mande seus homens embora!- Eles estão aí para protegê-la. - A voz do outro lado soava rouca,
Depois de deixar este lugar de carro na noite passada, Thiago foi ao hospital para tratar de seus ferimentos. Mas agora, encarando o olhar de Natália, ele sacudiu a cabeça de maneira resoluta.- Não.- Tire a máscara, quero ver seu ferimento.Thiago olhou ao redor, vendo as pessoas indo e vindo na entrada do apartamento.- Aqui? Melhor irmos para outro lugar.Aqueles dois atrás claramente eram seguranças, homens de Douglas. Se eles o vissem, não seria o mesmo que ser visto pelo rival no amor?- Não estou pedindo para você se despir. Por que precisamos ir para outro lugar? Quer que eu reserve um quarto de hotel para você?- Não seria uma má ideia...Natália, sem paciência para argumentar, estendeu a mão e arrancou a máscara do rosto dele. Thiago percebeu sua intenção no momento em que ela agiu, levantando a mão instintivamente e então a abaixando forçosamente.Ele era desajeitado, e se acidentalmente usasse muita força e machucasse a mão dela?Ao tirar a máscara, as feridas no rosto de
Douglas abaixou o olhar para Natália, que franzia a testa. Embora relutante em seus braços, seu olhar estava fixo em Thiago. Parecia que só tinha olhos para o homem à sua frente. As mãos de Douglas deslizaram de seus ombros até a cintura dela, apertando-a com força e brutalidade, trazendo sua atenção de volta para si. Seus olhos estavam escuros e impenetráveis.- Vamos.Álvaro já havia posicionado o carro ao lado deles, com perspicácia, pronto para abrir a porta com um simples gesto.- Não...Natália mal começou a recusar, e Douglas já a havia forçado a entrar no carro. Thiago ficou pálido, tentou intervir, mas seu movimento foi bloqueado pelos seguranças à sua esquerda e direita. Num piscar de olhos, Natália foi levada para o carro por Douglas, a porta fechou, e o veículo partiu rapidamente do hospital.Não eram apenas Álvaro e Leandro no carro.A voz de Thiago, misturada ao rugido do motor, chegou até os dois no banco de trás, com expressões variadas:- Douglas, se você ousar forçá-l
O homem abaixou a cabeça, aproximando seu rosto atraente de Natália. Seu nariz era reto, e os lábios, atraentes tanto na forma quanto na cor, estavam agora a uma distância ínfima.Diante dessa proximidade, o coração de Natália acelerou subitamente. Ela estendeu a mão, pressionando contra o peito dele:- O que você está fazendo?Ela estava assustada!Devido à proximidade, Douglas falou com a voz baixa, com sua habitual indiferença, mas um leve tom de riso podia ser ouvido, embora isso não diminuísse o frio intimidante em suas palavras:- Já que não há mais esperança com Isaac, você consideraria ficar com Thiago?Seu hálito caía sobre os lábios de Natália, que inclinou a cabeça para trás, tentando aumentar a distância entre eles. Mas ela já estava prensada contra a porta, sem ter para onde fugir.- Você não ia passar o remédio? Vai se deitar ali.Ela apontou para o sofá, empurrando Douglas, que já estava quase completamente colado a ela.A posição era arriscada, e qualquer descuido poder
Douglas soltou Natália, enquanto a mulher olhava para ele com um olhar feroz, o pescoço ainda marcado pelas mordidas fortes que ele havia dado...Se ela tivesse uma faca em mãos naquele momento, provavelmente a teria cravado nele sem mostrar nenhum sinal de medo.Douglas não respondeu, seu olhar fixo nas mãos de Isaac...Ele havia aberto a porta com sua impressão digital.Filho de uma família nobre, a inteligência emocional era um curso básico, e a primeira lição era observar e entender as palavras e ações das pessoas, por isso, mesmo sem Douglas dizer nada, Isaac imediatamente entendeu o que ele queria dizer.- Desculpe, estava com pressa naquele momento e não tive tempo de deletar.Isaac sabia que o que fez não foi apropriado. Ele abriu a porta, manipulou a tela sensível ao toque por alguns momentos e deletou sua impressão digital do sistema.Douglas, distante, nem sequer sugeriu que ele entrasse para conversar, apenas ficou parado na entrada, com uma expressão sombria:- Tão tarde a
O pé de Natália freou bruscamente ao parar o carro. O funcionário da floricultura, segurando um buquê, notou sua chegada. De forma quase cômica, ele puxou o celular do bolso e comparou-a com a foto no visor. Confirmado que era o carro dela, começou a caminhar em sua direção.Naquele momento, os funcionários do Estúdio Azaleia estavam aglomerados na entrada, curiosos. Quando chegaram, o homem já estava lá, segurando um buquê enorme, impossível não notá-lo.O carro de Natália havia entrado no estacionamento do Estúdio Azaleia e, sob tantos olhares, ela não podia simplesmente ir embora sem mais nem menos. Isso só faria parecer mais suspeito e não resolveria nada. Então, ela apenas assistiu o homem se aproximar.- Desculpe, a senhora é a Sra. Rocha?Sua voz era tão alta que Natália podia ouvi-lo claramente, mesmo com os vidros fechados. Após um momento de silêncio, ela estacionou o carro e saiu.- Sr. Douglas mandou essas flores para a senhora. Por favor, assine aqui para recebê-las.Assim
Neste momento, Natália estava saindo com alguns colegas, que agora lhe lançavam sorrisos maliciosos.Depois de um dia inteiro sendo alvo de brincadeiras, ela já conseguia encarar o olhar das pessoas com naturalidade. Quando Viviane passou ao seu lado, inclinou-se e sussurrou:- Tally, você não cobriu a marca de beijo atrás da sua orelha.Natália, uma mulher que nunca namorou e foi direto para um casamento, onde permaneceu sozinha por três anos, mesmo com toda sua compostura, não conseguia lidar tranquilamente com tal constrangimento. Ela rapidamente cobriu a orelha com a mão, bloqueando o olhar de Viviane.- Não adianta esconder, todos já viram.Natália havia se olhado no espelho pela manhã, cobrindo as marcas no pescoço com corretivo, vestindo uma blusa de gola alta e enrolando um cachecol, até seu cabelo habitualmente preso estava solto. Apesar de todas essas precauções, ainda assim não conseguiu esconder tudo.Viviane, sempre alegre e destemida, vendo o rosto de Natália corar, cumpr
Ao ver Bianca aparecer na porta, e associando às palavras de Natália, não era difícil adivinhar a causalidade.Douglas estreitou os olhos, com uma frieza intensa e indiferença extrema.Ele não demonstrou raiva, mas sua fúria era palpável, apertando a mão de Natália cada vez mais forte, quase violentamente:- Foi você quem a chamou aqui?A dor intensa se espalhou do braço de Natália por todo o corpo, e ela não pôde evitar um grito, mas antes que pudesse se soltar, Douglas já havia soltado sua mão.Ele abaixou a cabeça, olhando para o pulso avermelhado da mulher.- Desculpe, eu não me controlei.Embora Douglas estivesse educado e até se desculpasse por machucá-la, o que soou mais sincero do que a desculpa apática na porta do Estúdio Azaleia, Natália inconscientemente se afastou dele.A atitude dele parecia a de um psicopata de série de TV, especialmente se ele usasse óculos com armação dourada.- Já que foi você quem a trouxe, então cuide para que ela vá embora.Natália chamou Bianca, pr