Vitória observava as feições atraentes do homem que se aproximava. Seu olhar era calmo e profundo.

Ela fixou os olhos nos lábios finos e comprimidos dele. Eles estavam muito próximos, seus narizes quase se tocando.

No instante seguinte, Vitória, em pânico, estendeu a mão para empurrá-lo, mas acabou dando um tapa no rosto dele, com um som especialmente nítido.

O ar no carro ficou instantaneamente tenso.

Vitória olhou para sua mão, gaguejando em sua explicação:

— Eu realmente não esperava que as coisas fossem assim, foi só um acidente...

Ela não conseguiu terminar suas palavras, que foram seladas pelos lábios dos dois.

Ela ficou rígida, olhando para ele em choque absoluto. Dario a beijou?

Os lábios finos do homem estavam um pouco frios, macios e gelados como gelatina.

Vitória mal conseguia respirar, afinal, a última vez que estiveram tão próximos foi uma bagunça, e ela nem mesmo conseguia se lembrar daquela noite.

Depois de um tempo, Dario parou e disse com a voz rouca:

— Você não sabe r