Dario falou sério para Daise:— Eu jamais mentiria para a vovó.Ele se voltou para sua secretária e falou:— Você conseguiu encontrar o médico que eu solicitei?— Sim, já encontrei. Ele é excelente em sua especialidade e está disposto a operar a Sra. Solange.Dario respondeu:— Ótimo, organize tudo para que ele possa vir o mais rápido possível.As duas mulheres ao lado de Dario trocaram um olhar, e Sarah não conseguiu se conter:— Irmão Dario, você não vai deixar o irmão da Viviane operar a vovó? Ouvi dizer que ele é o melhor médico.Dario disse:— Não posso esperar tanto tempo.Ele nunca agia sem estar preparado.Sarah sentiu que algo estava errado, e agora, o que aconteceria com Viviane?Ela precisava contar isso urgentemente a Viviane....Vitória passou a noite em claro em casa, acariciando sua barriga e incapaz de tomar uma decisão.Finalmente, ela ligou para Jacarias, que atendeu prontamente:— Vivi, há algo errado? Você está precisando de dinheiro?Vitória sorriu:— Irmão Jacari
Dario não demonstrou nenhuma expressão extra no rosto: — Você acha que o divórcio vai resolver o problema? — Quanto à vovó, eu vou convencê-la a fazer a cirurgia. — Vitória disse. Os olhos do homem se estreitaram ligeiramente: — Com o que você vai convencê-la? Vitória hesitou por um momento: — Isso não é da sua conta. Nesse momento, a porta do quarto se abriu e Maia apareceu: — Sra. Lopes, a Sra. Solange pediu para que a senhora e o Sr. Dario entrassem, ela tem algo a dizer a vocês. Viviane estava ao lado, sorrindo: — Eu também vim especialmente para ver a Sra. Solange. Maia, com um tom distante, respondeu: — Desculpe, a Sra. Solange não quer te ver. O sorriso no rosto de Viviane se congelou, e, embora estivesse irritada, não podia fazer nada além de ficar lá fora, assistindo Dario entrar no quarto com outra mulher, com um olhar gélido. Vitória entrou no quarto, sentindo o olhar de Viviane sobre ela. Mas ela não tinha tempo para pensar nisso agora. Ela se
Viviane seguiu atrás de Daise e viu Vitória sentada ali, com um olhar sombrio atravessando seus olhos. Vitória sentiu o olhar de Viviane, mas agora não estava com cabeça para se preocupar com isso. Sua sogra, Daise, falou imediatamente, sem rodeios: — Vitória, se levante! E ainda não vai deixar a Srta. Viviane se sentar? Ela é uma convidada importante! — Se sentem! — Disse Solange. Vitória tentou se levantar instintivamente, mas foi impedida pela Solange, e o som de Dario soou aos seus ouvidos:— Não precisa.Daise falou imediatamente: — Filho, o que é isso? A Vitória está em pé há tanto tempo e não aconteceu nada, mas a Srta. Viviane vem especialmente até aqui e nem uma cadeira você vai oferecer? Se isso vazar, será uma grande vergonha. Viviane disse com uma expressão forçada: — Tia, não se preocupe, posso ficar em pé. Solange resmungou e disse: — Agora a Vivi está diferente, ela está grávida, ela precisa sentar. Essas palavras caíram como um raio, se espalhando in
Naquele momento, os olhos de Vitória estavam cheios de uma certa expectativa.Dario também percebeu sua aparência desajeitada e os olhos amendoados de Vitória, negros como tinta, mas com uma sombra de insegurança e expectativa em seu interior.Foi esse olhar que, instantaneamente, fez seu coração amolecer.O homem avançou e segurou a mão de Vitória, estabilizando seu corpo.Vitória achou que, dessa vez, definitivamente cairia no chão. Ela já estava preparada psicologicamente para isso, afinal, entre ela e Viviane, não havia dúvida de quem Dario escolheria.Mas ela não esperava que Dario, dessa vez, a escolhesse!Ela se apoiou nos braços do homem, o olhando, incrédula. Seu coração acelerou e um pouco de medo também a invadiu.Se ela tivesse caído no chão, e algo acontecesse com o bebê, as consequências seriam inimagináveis.Nesse momento, a voz de Viviane, cheia de mágoa, ecoou:—Dario!Vitória então virou a cabeça e viu Viviane ainda sentada no chão, com os olhos vermelhos, parecendo p
"E se ele me fizer abortar o bebê?" O carro de luxo parou à beira da estrada e buzinou. Vitória reconheceu o veículo como sendo o de Dario. Ela viu a janela do carro descer, o homem sentado no banco do passageiro, o perfil elegante e charmoso oculto dentro do carro, seus olhos finos, penetrantes e desafiadores. Os lábios finos do homem se abriram levemente: — Entre no carro. Vitória realmente não queria entrar, mas o tom dele claramente não lhe deu chance de recusar. Ela já havia notado que várias pessoas estavam olhando, então se curvou e entrou no carro. A porta se fechou, isolando tudo o que estava fora. Vitória se encostou na porta, mas ainda sentia a presença imponente e inegável do homem ao seu lado. Ela segurou a respiração, sem dizer uma palavra, como se estivesse esperando seu julgamento final. Após um tempo, a voz dele soou fria e profunda: — Você gosta de crianças? Vitória engoliu em seco: — Mais ou menos... Afinal, o bebê era dela, então, claro q
Dario perguntou como ela iria interpretar uma mulher grávida.Vitória hesitou por um momento. Isso realmente exigiria atuação? Ela já era uma, afinal."Isso conta como uma atuação fiel ao papel?"Vitória respondeu com a maior seriedade:— Isso exige algum tipo de talento para atuar?— É verdade, sua atuação sempre foi excelente. A Maia vai vir cuidar de você como se fosse uma grávida de verdade, então é melhor não pensar demais, para que não acabe revelando o segredo na frente dela.— Fique tranquilo, Sr. Dario. Vou fazer o meu papel da melhor maneira possível. Agora, o senhor poderia providenciar logo a cirurgia?Ela não queria lidar com a Viviane, preferia que Dario fosse direto com ela.Essa mulher falsa sempre se saía bem nas atuações e certamente iria continuar encenando na frente de Dario. Por isso, a cirurgia com a Sra. Solange definitivamente não seria adiada.Vitória desceu do carro e entrou no hall. O homem a seguiu, com um olhar um tanto complicado.Maia já a esperava no hal
No entanto, alguns pratos estavam mais distantes e, após dar uma olhada, ela desistiu.No segundo seguinte, os talheres de Dario caíram à sua frente. Ela parou por um momento e, então, com calma, disse:— Obrigada, querido. Você também tem que comer.Vitória sorriu, pegou um pedaço de comida que ele não gostava e colocou no prato dele.Dario olhou rapidamente, sem alterar a expressão, e retirou os talheres.Ao lado, Maia observava, satisfeita, e acenou com a cabeça, pensando em contar tudo direitinho para a Solange depois.Após a refeição, Vitória esfregou a barriga:— Estou um pouco cheia.— Sr. Dario, que tal acompanhar a Sra. Lopes para uma caminhada? Faz bem tanto para a gestante quanto para o bebê.Vitória parou por um momento:— Não precisa, não.Pedir para Dario acompanhá-la em uma caminhada era mais fácil do que ela sair sozinha.A voz calma do homem soou ao lado dela:— Tudo bem.Vitória forçou um sorriso:— Na verdade, eu posso ir sozinha.O homem colocou o braço ao redor dos
Vitória não esperava que ele ainda fosse lhe fazer essa pergunta; isso complicava as coisas. O homem, de cima para baixo, percebeu a expressão de dificuldade: — Está tão difícil assim de responder? — Não é bem isso. — Vitória hesitou por um momento, olhou para ele e disse. — Então, você quer ouvir a verdade ou a mentira? — Acho melhor você ficar quieta. — Dario disse, se virando e indo embora. Vitória deu um passo à frente, e então viu o grande cachorro ao lado se levantar, abanando a cauda e olhando para ela. Ela imediatamente parou e, instintivamente, deu alguns passos para trás: — Você... Você não vem para cá, né? Ela olhou para o cachorro à sua frente. Embora não tivesse má intenção com ele, o trauma psicológico da infância fazia com que ela tivesse medo da aproximação de cães. — Vem cá. Quando Vitória estava prestes a sair correndo, o homem, que havia desaparecido na escuridão, voltou. Ele estava parado sob a luz do poste, estendendo a mão para ela. Quando