Muitas vezes, ele relutava em admitir que Cláudio era superior a ele. Mas neste momento, ele precisava reconhecer que Cláudio era realmente melhor. Cláudio tinha habilidades diversas, inclusive enfaixar um ferimento com extrema precisão. Enquanto ele próprio mal conseguia preparar uma refeição decente.Bem, não podia pensar nisso agora, só o ato de ponderar o deixava desconfortável. Ele silenciosamente colocou o macarrão na mesa e chamou os dois pequenos para comer.- Papai, parece que a tia está sofrendo muito, ela até chorou agora pouco. - José se aproximou sussurrando.- É mesmo? - Eduardo ouviu isso e se sentiu ainda pior. Aquela mulher nunca tinha chorado de dor na sua frente, mas na frente de Cláudio, ela não tinha problema em expressar suas emoções.José não sabia o que seu pai estava pensando, apenas segurou o seu braço e disse: - Papai, quando o tio mais velho sair, você deve consolar a tia. Se fizer isso, a tia certamente vai gostar mais de você.- O irmãozinho está certo, p
Maria soltou um suspiro e, de repente, se dirigiu a ele com palavras firmes: - Não importa se eles são amigos ou não, isso é um assunto privado do Cláudio. Você questioná-lo com essa atitude é inapropriado, não acha?Eduardo apertou os dentes com raiva. Maldita mulher, sempre defendendo Cláudio quando ele estava por perto!- Está tudo bem, deixe ele perguntar o que quiser. - Cláudio apenas sorriu levemente. A atmosfera na sala ficou cada vez mais tensa. José terminou rapidamente sua tigela de macarrão e, em seguida, se virou para Cláudio com uma voz suave: - Tio, você mora perto daqui? Gostaria de visitar sua casa, pode ser?- Claro, moro do outro lado da rua. - Cláudio sorriu e colocou o copo de água de lado. Ele se levantou e pegou José pela mão, começando a sair.- Eu também quero ir. - Ana terminou rapidamente sua sopa e correu atrás deles.Em um instante, apenas Maria e Eduardo permaneceram na sala. Um com um rosto sério e o outro com uma expressão sombria e irritada. Maria se
Maria estava tão furiosa que tremia por todo o corpo.- Para mim, você está cheio de pecados, assim como eu. Se você quer que eu me redima ao seu lado, também quero que você se arrependa para mim. Se você não vai me deixar em paz, eu também não vou deixar você em paz! - Ela disse com raiva. Como ela poderia esquecer o profundo ódio entre ela e esse homem? A criança que ficou roxa e sem vida, sem ar, era o obstáculo que eles nunca superariam em suas vidas! Ela olhava com aversão para o homem diante dela, um ódio que parecia capaz de destruir o mundo. E ao olhar para o ódio em seus olhos, Eduardo não ficou com raiva. Pelo contrário, ele sorriu de maneira misteriosa.De repente, ele se inclinou, chegou perto do ouvido dela e disse com a voz mais suave as palavras mais cruéis: - Maria, nesta vida, nós estaremos entrelaçados até a velhice!- Sim! - Os olhos de Maria estavam vermelhos enquanto ela o encarava. - Esta noite... Vou ficar aqui. - Eduardo riu friamente e se afastou dela, mudan
- O tio mais velho está aqui para contar histórias para vocês. - Cláudio se sentou no meio do sofá, com as duas crianças de cada lado, ouvindo com prazer enquanto narrava histórias.- Tio mais velho, você é tão legal, igual ao meu pai. Ana gosta muito de você. Posso vir brincar aqui com você com frequência no futuro? - Ana estava quase cochilando de tanto ouvir. Cláudio olhou fixamente para o sorriso no rosto dela por um momento, como se tivesse um breve momento de distração. A maneira como ela sorria era exatamente igual à Maria quando era jovem. - Claro, o tio mais velho sempre dará as boas-vindas a você e ao José aqui. - Ele acariciou gentilmente a cabeça dela. Enquanto isso, do lado de Maria, ela ainda estava zangada com Eduardo. Ele, por sua vez, já tinha ido tomar banho, agindo como se o lugar fosse sua própria casa. Maria estava sentada no sofá com os braços cruzados, com o rosto ficando vermelho de raiva. Quando Eduardo saiu do banho, ele tinha apenas uma toalha enrolada na
- Helena não partiu por sua culpa, não é? - Ela lançou um olhar gélido para Eduardo. À medida que ela refletia mais, isso parecia suspeito. Por que esse homem tinha tido uma conversa secreta com Helena e, em seguida, ela anunciou que teria um amigo a visitando? O que era ainda mais intrigante era que, assim que Helena saiu, o homem decidiu ficar para passar a noite.- Eu dei um milhão para que ela pudesse ficar fora por alguns dias. - Eduardo respondeu calmamente.- Você é repugnante! - A raiva dentro de Maria era indescritível. - Repugnante? Bem, julgue por si mesma. Somos um casal, é apropriado ter uma terceira pessoa presente? Além disso, dei a ela um milhão, e ela está feliz com isso. Isso é o que chamamos de negócio justo. - Eduardo riu de repente. Não era de surpreender que Helena, que parecia temê-lo, estivesse tão radiante depois de conversar com esse homem. Aparentemente, ele realmente havia dado um milhão para ela. Ele valorizava o dinheiro mais do que a amizade, sem dúvid
Maria nunca esperava encontrar aquele homem do lado de fora da porta. Como normalmente não havia homens na casa, ela costumava sair do banho envolta apenas em uma toalha, a ponto de ter esquecido de pegar suas roupas antes. Ao notar os olhos ardentes daquele homem fixados nela, o coração de Maria deu alguns saltos involuntários. - O que foi? Nunca notou como uma mulher fica após o banho? - Ela ria com sarcasmo.Eduardo sorriu com um canto da boca e se aproximou dela, prendendo-a entre a parede estreita e seu peito. Sua respiração quente tinha um toque de frescor: - Diante de Cláudio, você á fez isso?Maria riu friamente, quase com um toque de malícia, e sussurrou: - Adivinha!Eduardo, na verdade, detestava a aparência sedutora dela, mas teve que admitir que essa aparência tinha um certo charme. A sensação de calor em seus corpos estava ficando cada vez mais intensa, ele não conseguia se controlar. Então, a encarou intensamente e, de repente, se inclinou na direção dos lábios dela. N
Ela mal teve a chance de terminar de falar quando Eduardo de repente sorriu suavemente: - Você não acha que sua explicação está um pouco exagerada? Afinal, somos marido e mulher, mesmo que tenhamos feito alguma coisa, acho que o irmão mais velho não verá problema, certo, irmão mais velho? - Eduardo olhou para Cláudio em busca de confirmação.Cláudio assentiu levemente com um sorriso.Eduardo pegou José de seus braços e de repente se dirigiu a ele novamente: - José e Ana nunca se aproximam das pessoas voluntariamente, exceto você e a Maria.- É verdade? Parecem gostar muito de mim, então acho que é uma honra para mim. - Cláudio sorriu. Depois, olhou para Maria. - Já está tarde, vou descansar. Você também deveria deitar cedo.Maria assentiu com a cabeça, observando suas costas e se sentindo culpada. Afinal, ela havia prometido vingança a Eduardo. Neste momento, ela só pensava que Cláudio provavelmente estava desapontado com ela. Não apenas Cláudio, mas até ela estava desapontada consig
- Seria melhor se aquele homem já tivesse ido embora. - Ela pensou consigo mesma. No entanto, assim que teve esse pensamento, viu Eduardo saindo da cozinha com duas tigelas de macarrão nas mãos. Seu bom humor matinal desapareceu instantaneamente. Com um rosto frio, ela se dirigiu ao banheiro. Mas quando entrou no banheiro, sua raiva só aumentou. Ela notou que havia muitos produtos de higiene pessoal na pia. Toalhas, pasta de dentes e escova de dentes, copos e até uma navalha! Aquele homem sem vergonha estava realmente agindo como se fosse o dono da casa.Enquanto estava furiosa, Eduardo apareceu de repente na porta: - Vamos tomar café da manhã.Maria o ignorou e apenas lavou o rosto com água fria. Ela precisava acalmar essa raiva, caso contrário, poderia afetar seu humor durante as filmagens mais tarde.Quando finalmente saiu do banheiro, Eduardo estava sentado à mesa lendo o jornal, as duas tigelas de macarrão intocadas na frente dele. Ele parecia estar esperando por ela para comer j