O jornal deslizou pelo chão, revelando a cena em que ela estapeava Viviane com uma expressão gélida e cruel. Agora, ela percebeu que, como Eduardo havia dito, era excessivamente ingênua perante todo essa polêmica. Ela estava cheia de fervor e indignação, mas quando confrontada com uma situação assim, só sabia reagir com raiva, chegando até a recorrer à violência.No entanto, ela nunca compreendeu por que as pessoas sempre deveriam dar a ela uma explicação. Era apenas porque ele era Eduardo que ela se sentia tão furiosa e injustiçada? Ela sempre achou que ele deveria lhe dar uma explicação ou uma justificativa? Mas, afinal de contas, quem ela era para Eduardo? Por que ele deveria se explicar para ela? Como ele disse, será que se fosse outra pessoa, ela também iria se aproximar com tanta raiva exigindo todas essas explicações?Rindo de si mesma, ela olhou para o homem à sua frente e disse com ironia:- Você está certo. Agradeço pela lição que deu.Ela o culpou por ser cruel e inse
Ao despertar, a primeira visão que teve foi a de Miguel. Ele trajava um avental branco, com as mãos nos bolsos, inclinado de forma relaxada junto à janela.- Não faz muito tempo desde que você voltou a ser minha paciente - Observou Miguel.Maria varreu o quarto com os olhos e imediatamente reconheceu que estava na Mansão dos Alves, mais precisamente, no quarto de Eduardo. Em um instante, o aroma dele impregnou as cobertas.Sem hesitação, Maria as jogou de lado e tentou se erguer da cama. No entanto, seu corpo ainda se encontrava debilitado, e ela cambaleou várias vezes antes de conseguir se manter de pé.Miguel a observou preguiçosamente, sem oferecer qualquer ajuda. Ele apenas esboçou um sorriso sarcástico e comentou:- Apesar de sua recuperação da doença, você ainda está bastante debilitada. Eu sugiro que fique na cama.Aquela era a cama de Eduardo, ela não podia permanecer ali de forma alguma.- Agradeço por me salvar - expressou Maria enquanto saía da cama. Ela sentia que não
Eduardo vestia um avental enquanto saía da cozinha. Em suas mãos, segurava um prato, que estava acabando de colocar cuidadosamente sobre a mesa. Maria observou uma variedade de pratos. A comida tinha uma aparência realmente deliciosa. Ela franziu a testa, quase incapaz de acreditar que Eduardo tinha preparado tudo aquilo. Em sua memória, ele nunca soubera cozinhar.- Dudu, que surpresa ver você cozinhando. - Miguel disse, lançando um olhar significativo para Maria. - Desta vez, é realmente por causa de alguém importante aqui presente que o levou a cozinhar tudo isso. É algo raro de se ver aqui. Mais tarde, vou garantir que vou comer mais.Eduardo nem sequer olhou para eles, apenas retirou o avental e disse:- Bem, vamos comer.Miguel ajudou vovó Diana a se sentar, enquanto José e Ana acompanharam Maria até a mesa.Quando Eduardo estava prestes a se sentar, José e Ana o seguraram e o fizeram sentar ao lado de Maria. Maria franziu a testa com constrangimento, sem entender o que aqu
- Nossa... De repente lembrei que tenho uma cena para gravar ainda, preciso sair.Enquanto dizia isso, ela repentinamente se recordou de algo.Por que a equipe de filmagem não se comunicou com ela hoje?Como protagonista, ela costumava receber notificações diárias. Além disso, seu celular estava estranhamente silencioso.Ela não voltou para casa durante a noite, e nem Bel ou Cláudio ligaram para verificar como ela estava.Enquanto estava prestes a inventar uma desculpa para partir, Eduardo disse com calma:- Já informei à equipe de filmagem sobre você. Falei que está com febre e não poderá ir hoje.José estava particularmente contente e rapidamente puxou Maria para se sentar novamente.Maria deu um sorriso de constrangimento.- Então eu... Ainda assim, devo voltar para casa, para que meus amigos não fiquem preocupados.- Seus amigos? - Eduardo sorriu de canto. - Você está falando de Cláudio e sua assistente, não é? Eu já falei com eles sobre a sua situação ontem à noite.- Olha tia,
- Tia, você pode nos buscar na escola amanhã, por favor? - José fez um pedido inesperado, deixando Maria surpresa.Ela lançou um olhar para a avó Diana, e percebeu que a senhora estava com uma aparência sombria. Depois ela espondeu a José:- Desculpe, querido, estive muito ocupada ultimamente e não acho que conseguirei buscá-los na escola.Os olhos de José se entristeceram. Ana, sempre sensível, começou a soluçar:- Papai disse que a tia não gosta de buscar a gente na escola porque está ocupada filmando. Tia, você não gosta de nós?Maria ficou cada vez mais confusa com os pensamentos de Eduardo. Como ele ousava mencionar o horário das filmagens para as crianças?Com Ana chorando, a avó Diana largou os talheres e a repreendeu com frieza:- Deixar as crianças esperarem que você as busque na escola é uma forma de respeito. Algumas pessoas nem têm essa chance. Não seja ingrata!Maria zombou silenciosamente em seu coração. “Ela estava se referindo a Viviane, não estava?” – Pensou.Nesse
Maria finalmente compreendeu por que esse homem não era simpático. Com palavras desse jeito, todos sabiam o que estava acontecendo, mas ele teimava em dizê-las e nos irritar mesmo assim! Maria o olhou com um sorriso irônico:- É mesmo? Então, eu realmente te causei dificuldades agora!José e Ana perceberam que a situação estava ficando desagradável e rapidamente intervieram para falar bem de Eduardo.- Tia, papai sempre fala desse jeito, não leve a sério.- É verdade, tia. Papai estava pensando em te levar de volta. As vezes ele gosta de falar o oposto para as pessoas que gosta.Maria ficou sem palavras. Essas duas crianças estavam elogiando Eduardo na frente dela com tanto empenho. Ela acariciou a cabeça dos dois e sorriu:- Estou indo embora agora, entrem na casa.- Então, tia, lembre-se de vir nos buscar na escola amanhã.José e Ana olharam para ela com expectativa. Maria assentiu firmemente.- Claro, a tia vai lembrar sim.Depois disso, ela se aproximou de Cláudio, que já tinh
José ponderou por um momento e, de repente, teve uma ideia.- Tenho um plano. - Sussurrou ele ao ouvido de Ana. - Amanhã, depois da escola, nós...Do lado de fora do pátio, Cláudio estava prestes a entrar no carro quando vovó Diana o interpelou de repente.- Cláudio, quando tiver um tempinho... Se puder, venha aqui para uma refeição.Cláudio respondeu com indiferença e entrou no carro. Vovó Diana observou-o, ela notou que ele tinha uma expressão complexa e triste no rosto. Ela nunca mais o ouviria chamá-la carinhosamente de "vovó" novamente. O "bem" que ele acabara de dizer era apenas uma formalidade. No final, ela tinha perdido o seu neto. Neste momento, ela começou a questionar-se se as suas ações do passado tinham sido certas ou erradas.Lá em cima, Eduardo observava o carro afastar-se rapidamente, com as mãos apertadas. Quando a mulher entrou no carro, Cláudio foi gentil e atencioso, abrindo a porta para ela e assegurando-se de que ela não batesse com a cabeça na parte superi
Ela ficou surpreendida no fundo do coração e, por instinto, abraçou Helena para se proteger. Um som de "pá" ecoou quando algo atingiu o chão, revelando sérum ovo. - Mariinha, olha só para eles... - Helena exclamou.Maria virou o olhar para ela e viu um grupo de pessoas se reunindo perto do canteiro de flores não muito longe dali. Eles seguravam ovos e vegetais. Um deles, o que segurava um ovo em suas mãos, lançou-o na direção delas. Rapidamente, os outros também começaram a atirar os alimentos em ambas, gritando, frenéticos.- Você é uma mulher malvada, sendo uma figura pública, você não merece o reconhecimento do nosso público.- Vá embora, leve a sua Estrela Comunicações e saia de Cidade C.- Uma pessoa com uma personalidade tão má como a sua não merece ser uma estrela. Vá embora, saia de Cidade C!- Não vamos assistir aos seus filmes. Vá embora, saia de Cidade C!Ovos, folhas de vegetais e insultos voaram na direção delas. Maria e Helena se esquivaram desajeitadamente, mas apó