Após um incidente como esse, Maria não ousava acreditar em mais nada, nem sequer se atrevia cogitar a pensar detalhadamente sobre o ocorrido.Helena ficou assustada ao ver seus olhos vermelhos.- Mariinha, o que aconteceu com você?- Quando Rodrigo subiu, você o viu?Helena, institivamente, balançou negativamente a cabeça:- Eu segui suas instruções e me escondi naquele canto. Até Viviane subir com toda aquela renca, eu não tinha visto ninguém, nem Rodrigo. A expressão de Helena era sincera.Se o que Helena disse fosse verdade, então Rodrigo e os repórteres provavelmente já estavam escondidos no andar de cima, esperando por ela. Isso significa que a armadilha foi preparada antecipadamente.Não importava se ela iria disfarçada de empregada ou se iria como convidada normal. Contanto que ela tentasse recuperar os pertences de sua mãe, cairia na armadilha.Pensando nisso, um arrepio percorreu seu corpo.Afinal, ela sempre soube, desde do convite que Viviane a fez, que essa armadilha estava
Uma lâmpada amarelada iluminava o quarto.Eduardo estava em pé, perto da janela, mãos nos bolsos, com uma postura altiva que transmitia certa solidão.Maria torceu as mãos, e nervosamente foi se aproximando.- Eduardo, você... Você está disposto a me ouvir?Eduardo não disse nada, o silêncio do ar era gelado.Maria apertou os lábios e sussurrou:- Fui enganada por Viviane, não tive nenhum envolvimento com Rodrigo. No sótão da Mansão dos Rocha, eu só queria recuperar as lembranças de minha mãe.Finalmente, Eduardo se virou e a encarou em silêncio. A expressão de decepção e desgosto em seus olhos causou uma dor aguda no coração de Maria.Ela mordeu o lábio econtendo a tristeza que aflorava, disse ansiosamente:- Eu me disfarcei de empregada na Mansão dos Rocha apenas para recuperar as lembranças de minha mãe. Só que Viviane e Michael já haviam planejado tudo antecipadamente. Eles subornaram Rodrigo, fê-lo ficar escondido no andar de cima, para que ele assim pudesse desempenhar toda aque
- Estou realmente curioso... - Eduardo inclinou-se, apoiou as mãos na beira da cama, segurando-a em seus braços. - Será que eu realmente não sou tão bem quanto aquele Rodrigo?- Não, não é isso... - Maria balançou a cabeça em pânico. - Não acredite nas especulações da mídia, não há nada entre mim e Rodrigo, de verdade mesmo.- Se não há nada entre vocês, então por que você me arrastou para esse circo midiático? Maria, ele é tão incrível assim? Tão incrível a ponto de você se submeter a ele dessa maneira! - Eduardo disse, puxando sua própria gravata.Maria ficou completamente nervosa: - Eduardo, o que você vai fazer?- Fazer o quê? - Eduardo riu suavemente, seus olhos gelados não mostravam nenhum traço de emoção, apenas escárnio. - Há cinco anos você me manipulou e me controlou, e agora...- Não! Percebendo o que o homem estava prestes a fazer, Maria tentou desesperadamente escapar, mas estando com pouco espaõ, logo ele a puxou de volta pelos pés.- Não, Eduardo... Ela gritou, só pod
- Chega! Eduardo falou com uma voz pesada e olhos em brasas. - Amanhã, você convocará uma coletiva de imprensa, e eu mesmo me desculparei com os meios de comunicação.- Presidente Alves, isso não pode ser...- Não há nada que não possa ser feito, contanto que possamos restaurar a reputação do Grupo GK, elee podem ficar zombando de mim à vontade.Do lado de fora, Maria apertou o jornal com força, um olhar feroz brilhava em seus olhos. Ela sempre foi alguém que distinguia claramente amigos e inimigos. Para aqueles que lhe tratavam bem, ela estaria disposta a retribuir com sua vida, mas para aqueles que a enganavam e a usavam, ela os devolveria com juros.Vila Mar Atlântico era uma vila em desenvolvimento, com estradas precárias e poucas lojas, além de ser muito afastada do centro. Maria sentou-se silenciosamente perto da janela de uma cafeteria. O lugar estava vazio. Além dela, não havia mais ninguém. A música suave não a ajudou a relaxar, ela segurava o telefone firmemente, com o olha
Ele franziu os lábios com frieza:- Você nunca pretendeu acreditar em mim, não é?Maria riu com desdém:- Eu acreditei em você. Desde o começo, decidi acreditar em você. Só que infelizmente, na segunda vez, sua aliança com a Viviane foi óbvia demais.Enquanto falava, um traço de tristeza apareceu em seu rosto.- Sempre pensei que éramos amigos. No início, estava disposta a arriscar até minha vida para ajudá-lo a recuperar sua posição profissional. Mas você acabou se unindo à Viviane para me prejudicar. Sua traição me desapontou, e não foi por falta de vontade de acreditar em você.O rosto de Rodrigo instantaneamente mostrou um misto de emoções, como se estivesse arrependido e culpado:- Mariinha, eu...- Você acha que se juntar à Viviane e Michael trará realmente benefícios para você?Rodrigo ficou surpreso:- Você também conhece o Michael?Maria balançou a cabeça e sorriu:- Claro. Após esses dois escândalos, sua fama realmente cresceu muito. Quase todo mundo conhece seu nome agora. M
Ela pensou que ele ficaria na Mansão dos Alves nos últimos dias. Depois do que aconteceu ontem à noite, ao vê-lo novamente, seu coração estava em uma mistura estranha de amargura, desconforto e ressentimento.- Se... Senhora, a senhora voltou.Disse timidamente.O escândalo de ontem tornou sua identidade um segredo que não poderia ser mantido. Mesmo as pessoas nesta mansão olhavam para Maria de forma estranha, seus cumprimentos soavam especialmente forçados pelos outros.Eduardo estava encostado no balcão da janela fumando, mesmo ouvindo a presença de Maria, ele nem olhou para ela, a tratando como uma completa desconhecida.Maria apertou os lábios e continuou subindo as escadas. Se não fosse pela sua avó, preferiria não ficar aqui.Mas quando deu alguns passos, Viviane saiu inesperadamente do banheiro e, ao vê-la, exclamou com alegria:- Irmã, você voltou?Ela não esperava que Viviane também estivesse aqui. Depois de um breve choque, continuou subindo as escadas. De qualquer forma, tud
- Você fica protegendo ela agora, certamente vai se arrepender um dia!Eduardo olhou friamente para Maria e com sua voz calma disse:- O maior arrependimento da minha vida foi ter te conhecido. Se não fosse por você, nenhuma tragédia teria acontecido.Uma sensação de acidez subiu pelo seu nariz, sua visão começou a ficar embaçada.Maria, com seus olhos indignados, com as veias estridentes e indignada pelo o que acabou de ouvir, riu sarcasticamente.- Eu também, todos os meus infortúnios começaram quando te conheci.- É mesmo?Eduardo riu ironicamente, não a encarou mais e seguiu com Viviane para fora.Somente depois que eles foram embora de carro, Maria tentou se levantar do chão.A dor em suas costas era aguda, cada movimento que fazia, sentia como se estivesse se desmontando.Ela foi devagar até a mesa, pegou o caderno de sua mãe que estava danificado e o abraçou. Depois de um tempo, Maria subiu lentamente as escadas.Ela caminhava devagar, cada passo a fazia sentir uma dor nas cos
Quando Michael termina de falar, rindo bem alto, ele aponta repentinamente para uma pessoa que está afastada no canto.Pelo som e altura de sua risada, os outros jovem também acabam gargalhando com ele. Eduardo apagou o cigarro e se levantou lentamente.Emergindo das sombras, ele pareceu com um semblante frio. Também por conta de sua altura, os jovens começaram a sentir certo medo de sua presença, e todo aquele riso alheio se dissipou.Michael sorriu friamente, mordeu os lábios, mexeus os dedos por de dentro dos bolsos e, com um pé apoiado na mesa, ele olha para Eduardo e o provoca sorridente: - Presidente Alves, como se sente ao ser traído?Eduardo olhou para ele silenciosamente, sem dizer uma palavra.Vendo que Eduardo não estava enfurecido e considerando a reputação do Grupo GK em perigo, os jovens seguiram as palavras de Michael para zombar o mesmo.- Sim, Presidente Alves, a Senhora Alves até se interessou por um artista, será que ela está faminta ou é porque o senhor não está à