O grito veio de Mariana, e Rivaldo não hesitou em correr para cima.Eduardo olhou sombriamente e o seguiu.- Como você pode ser tão cruel? Ele é seu avô, afinal. Repreendeu Mariana.Os dois subiram correndo as escadas e viram Mariana segurando Sr. Bruno enquanto chorava e culpava Maria.Mas Maria estava com uma expressão fria no rosto. Ela estava acostumada a ver esse tipo de armação e não mostrava nem um pouco de preocupação.- O que aconteceu afinal? Perguntou Rivaldo, olhando para Sr. Bruno caído no chão, com o rosto contorcido.Mariana, entre lágrimas, explicou: - Eu fui procurar a chave do sótão e pedi a Mariazita para esperar aqui. Então, mencionei casualmente ao papai que a Mariazita em casa. Ele ficou muito feliz e disse que queria subir para vê-la. Mas quando voltei com a chave, vi ela empurrando cruelmente o papai escada abaixo. Felizmente, não tinha muitos degraus, mas com a idade dele, com certeza ele não poderia suportar uma queda dessas.Rivaldo, ouvindo isso, ficou fu
Rivaldo ficou surpreso: - Dubu, tu... Tu ainda vais proteger essa desgraçada?!Mariana sentiu-se indignada em seu coração e apressou-se a dizer: - É Dubu, foi ela quem feriu gravemente a tua avó. Até agora, ela ainda não acordou. Por que estás a protegê-la?Eduardo afastou indiferentemente a mão de Rivaldo e disse friamente: - O que aconteceu hoje é tudo culpa minha. Se o Sr. Bruno tiver algum problema real, vocês podem vir procurar-me, mas quanto a ela...Eduardo falou com seu um olhar frio para Maria: - Ela está comigo. Agora eu a levo de volta.Ao terminar, ele puxou a mão de Maria e preparou-se para sair.No entanto, Maria veio até essa casa com dificuldade para pegar os pertences de sua mãe. Agora, ela nem sequer teve a chance de ver os pertences. Como poderia ficar satisfeita?A chave estava nas mãos de Mariana, os pertences de sua mãe estavam atrás daquela porta. Era só uma questão de um pequeno passo, faltava tão pouco para pegá-los, como ela poderia resignar-se a desistir
Dessa vez, Maria não resistiu ao aperto de mão de Eduardo e deixou que ele a conduzisse para fora da Mansão dos Rocha.Ao entrarem no carro, Eduardo, um pouco irritado, afrouxou um pouca a gravata em seu pescoço. Ele olhou para Maria e disse:- Seja honesta comigo, qual é o seu verdadeiro propósito ao vir hoje para a Mansão dos Rocha?Maria segurou firmemente as mãos de Eduardo e de repente, como uma reação espontânea, sorriu com certa frieza. Com os olhos vermelhos, ela olhou para o homem ao seu lado e disse:- Você nunca confiou em mim, nem nunca cogitou confiar. Então, por que está perguntando isso agora? Você já acredita neles, não é?Eduardo rosnou baixinho:- Como posso confiar em alguém que nada me diz??- Nada te diz?Maria riu suavemente.- Então deixe-me dizer a você: foi o Bruno quem caiu de propósito, ele colaborou com a Mariana para encenar aquela patética cena. Acredita em mim?Eduardo claramente não acreditava.- Maria, mentiras não são contadas assim. Bruno tem oitenta
Mesmo sendo primavera, o vento noturno ainda trazia um frio cortante. Maria estava sentada em silêncio à beira do rio, permitindo que a fina chuva gelada tocasse seu corpo.Seu cabelo estava completamente encharcado, o rosto pálido, magro, coberto com lágrimas e gotas de chuva. A marca vermelha e inchada de uma mão em seu rosto esta ainda mais evidente por conta de seu rosto molhado.Ela apertou suas mãos com força, uma reação extintiva para compensar os olhos frios e determinados que se transmitiam em seu rosto. Não importava o que a família Rocha fizesse para prejudicá-la, ela estava determinada a honrar o legado de sua mãe para o resto de sua vida.De repente, ouviram-se passos atrás dela, e logo depois, um grosso casaco foi colocado sobre seus ombros.Seu coração deu um leve salto. Ela se virou apressadamente, mas quando viu o rosto da pessoa à sua frente, uma expressão de decepção passou rapidamente por seus olhos.Era compreensível.Eduardo sempre acreditava que ela estava menti
Rodrigo estava preocupado que algo pudesse acontecer com essa mulher. No entanto, ele esqueceu que o amor dela estava direcionado a outro homem. Não importa o quanto ela tenha sido maltratada ou humilhada, ela só queria encontrar conforto nos braços de Eduardo.Ao lembrar da atitude bajuladora de Maria nos últimos dias, seus lábios se curvaram em escárnio e frieza. Eduardo sabia que toda a gentileza dela tinha segundas intenções, e ele não deveria ter se comovido tanto ou mesmo se abrandado por ela.Eduardo riu friamente, realmente não deveria.No meio da noite, Eduardo voltou para a Mansão da Baía Rasa, com o cheiro de álcool impregnado em seu corpo, cabelos desgrenhados. Os empregados o ajudaram a se sentar quando o viram nesse estado.- Sr. Eduardo, como o senhor chegou a esse ponto, ficando até debaixo da chuva? Se o senhor ficar doente, não será nada bom. Disse o empregado enquanto corria para lhe trazer uma tigela de Caldo de Peixe.Mas assim que Eduardo viu o Caldo de Peixe che
Maria ficou surpresa novamente. Será que ele ainda a via como Teresa? Afinal, palavras tão cruéis como essas só poderiam ser dirigidas a ela, e certamente ele não diria coisas tão pesadas para Teresa.O homem ainda estava com o rosto enterrado em seu pescoço, murmurando em voz baixa:- Se eu te matar, você vai se comportar, não vai mais sair correndo e não vai mais me deixar com raiva... Maria...Ao ouvir seu nome, Maria involuntariamente apertou os lábios, sentindo amargura no coração. Realmente, somente a ela ele diria palavras tão cruéis e implacáveis.Ela sorriu levemente e disse:- Você não precisa fazer isso pessoalmente... Não vai demorar muito até que seu desejo se realize.Eduardo não respondeu mais. Ela não sabia se ele havia adormecido ou não. Maria só sentia o calor pesado da respiração em seu pescoço. Ela se mexeu, tentou se levantar dos abraços dele, mas percebeu que Eduardo segurava sua cintura com firmeza, e não importava o quanto ela se esforçasse, não conseguia se lib
Viviane observou atentamente quando Maria saiu do quarto de Eduardo; sua expressão mudou instantaneamente. Maria, de propósito, empurrou a porta com muito frieza, deixando Eduardo ser visto por Viviane com apenas com uma toalha em volta da cintura. Como esperado, a expressão de Viviane ficou ainda mais desagradável, a inveja em seus olhos não pôde ser disfarçada.Maria sorriu levemente e passou ao lado dela, sussurrando baixinho:- O que eu conquistei, você jamais terá a chance de conseguir.Viviane estava tão irritada que não soube responder; seu rosto delicado estava levemente distorcido. Maria apreciou sua expressão de raiva e então sorriu ao voltar para o seu quarto.No entanto, mal havia retornado ao quarto, Viviane já estava logo atrás.- Vagabunda!Viviane, furiosamente, levantou a mão para bater em Maria.Maria olhou para os empregados que passavam do lado de fora da porta e riu friamente:- Vá em frente e bata, em menos de um minuto, todos saberão que você, Viviane, é apenas
Maria respondeu com indiferença:- Ele já me odiava desde o início, será que ele precisa de mais algum motivo para me prejudicar?Viviane se aproximou dela com satisfação e disse:- Eu disse a ele que você roubou o meu homem, e que se ele me ajudasse a te prejudicar, eu poderia recuperar o homem que amo. Meu avô concordou na hora. Parece que ele realmente me ama muito, e mesmo estando tão velho, ele ainda está disposto a cair em um truque para te prejudicar. Que vida miserável é a sua. Mesmo sendo sua neta, olhe o que seu avô pode fazer contigo. Eu realmente sinto pena por você.Maria riu sem se importar:- Então, ele na verdade é só seu avô, não o meu. Eu não me importo com o afeto dele, nunca o consederei em nada.Com afeto da família Rocha, Maria nunca se importou. Do começo ao fim, apenas sua mãe era é verdaderia família.Ao não ver decepção ou tristeza nos olhos de Maria, Viviane se sentiu impotente. Ela saiu resmungando:- Vou estar esperando por você no aniversário do meu avô.