Instintivamente, ela levantou a cabeça e viu Michael e Viviane.A tristeza e a fragilidade em seu rosto desapareceram instantaneamente, sendo substituídas por uma expressão fria.Ela se levantou e encarou friamente o homem e a mulher à sua frente.Ela sabia que Michael certamente se vingaria dela pelo que aconteceu em Cidade A, mas não esperava que Viviane estivesse se aliando a ele.Viviane parecia muito satisfeita, como se tivesse ganhado uma batalha.- Achei que o Dudu convocasse esta coletiva de imprensa para te ajudar a se livrar das suspeitas e sair ilesa, mas não imaginei que ele estaria usando você como bode expiatório. É realmente hilário.Maria ficou em silêncio, enquanto Viviane ria ainda mais satisfeita.- Minha querida irmã, sinto pena de você. Se o Dudu tivesse um pouco de afeição por você, ele não a trataria assim. Veja como ele é cruel, te deixando sozinha para enfrentar as acusações dos jornalistas. Se eu fosse você, estaria tão triste...- Se ele te trata assim, qual
O homem falou, empurrando-a com força:- Vadia, hoje vou deixar você viva. Você vai ver como o Michael vai acabar com vocês!Maria rolou pelo chão, incapaz de se mexer devido à dor intensa em todo o corpo. De repente, algo frio tocou seu rosto - flocos de neve começaram a cair do céu. Ela olhou fixamente para o céu cinza e sentiu que sua vida estava tão sombria quanto o céu, sem nenhum raio de luz. Estava tão cansada, exausta mesmo.Ela realmente queria dormir profundamente e, ao acordar, voltar a ser criança, depender de sua mãe e nunca ter conhecido Eduardo, nunca ter experimentado tanta dor e desespero. Seria tão bom. Depois de adormecer, ela não precisaria se preocupar com nada, não haveria mais dor ou sofrimento. Então, dormir, apenas dormir assim, sem precisar mais suportar tanta dor...Não! De repente, ela abriu os olhos abruptamente e começou a rir estridentemente no chão. O caso do passado ainda não havia sido esclarecido, os vilões ainda não haviam sido punidos, como ela pode
Seu corpo magro foi puxado com força para o estúdio por um homem.Eduardo segurou a gola dela com malícia:- O que o Rodrigo te deu afinal? Ou será que ele foi tão bom na cama a ponto de te fazer se apaixonar por ele, a ponto de você estar disposta a assumir toda a culpa e protegê-lo? Hein?O homem não conseguia esconder sua humilhação.Maria começou a rir de repente:- Eduardo, foi você quem me expulsou primeiro, então, o que te dá o direito de me interrogar dessa maneira?Se não fosse por Eduardo ter expulsado ela sem piedade, como ela teria chegado àquele ponto?Claramente, ele forçou ela a se apresentar, então, por que questioná-la agora? Por quê?- Não começa com essa história de que foi eu quem te expulsou. Você ousa dizer que, mesmo se eu não tivesse te expulsado, você não estaria disposta a se sacrificar, até mesmo manchar a reputação de todo o Grupo GK para protegê-lo?Eduardo disse com raiva, como se ela tivesse feito algo terrível contra ele.Olhando para o homem furioso à s
Num instante, os movimentos do homem e os esforços da mulher cessaram simultaneamente. Maria olhou fixamente para as marcas de sangue em suas unhas, tremendo violentamente por todo o corpo. Enquanto isso, Eduardo massageava o pescoço ardente e, de repente, lhe deu um tapa."Pah!"O som ressoou e Maria sentiu seu coração se quebrar em pedaços. Pedacinhos que nunca mais poderiam se juntar. Ela o encarou com um brilho nos olhos e disse:- Você... simplesmente não é como ele.Sem saber se foi por causa de sua raiva excessiva ou por algum outro motivo, mas a mão que ele usou para bater nela tremia o tempo todo. De repente, ele a empurrou com força para o chão e gritou com uma voz extremamente abafada:- Saia daqui!Maria, mesmo suportando dores intensas, levantou-se com os dentes cerrados. Ajeitou suas roupas desarrumadas e partiu sem olhar para trás. Disse friamente:- Eduardo, eu te odeio.Assim que essas palavras foram pronunciadas, as lágrimas começaram a correr incontrolavelmente. Ela
Miguel franziu a testa:- Se você não está me pedindo para te curar, então o que você quer...?- Eu gostaria que você me receitasse um medicamento especial.Maria fixou o olhar nele, surpresa estampada em seu rosto. Ela falou lentamente:- Os analgésicos que tomei antes não estão fazendo efeito. Não consigo encontrar esse medicamento especial nas farmácias, e o hospital se recusa a me receitar. Eu sei que você deve ter algum jeito.Ao ouvir isso, Miguel ficou sério.- Você precisa entender que, embora o medicamento especial seja muito eficaz para aliviar a dor, ele é altamente viciante e causa sérios danos ao corpo. Você já tem menos de um ano de vida e, se continuar tomando esse tipo de medicamento, provavelmente só terá mais seis meses.- Não importa.Respondeu Maria com calma, de uma maneira incomum diante da morte iminente.- Seis meses ainda é bastante tempo. Se eu não tomar esse medicamento, posso cair a qualquer momento. Além disso, prefiro evitar ser zombada e humilhada por Edu
Maria levantou-se instintivamente e saiu para fora.Logo que saiu, viu um vaso de flores quebrado no chão, com terra e mudas espalhadas por toda parte.Luísa, já do lado de fora, estava agachada recolendo os pedaços do vaso e limpando toda a terra espalhada. Maria se apressou em ajudar.- Você está bem?Luísa sorriu e confirmou com a cabeça: - Estou bem, eu só queria mover este vaso de flores para lá. Ela apontou para uma fileira de vasos que fica na entrada do pátio. - Mas acabei escorregando e quebrando o vaso.- Está tudo bem, podemos trocar o vaso.Maria disse, olhando ao redor e percebendo que não havia sequer um empregado na casa.Confusa, ela volta seu olhar para Luísa: - Miguel não contratou nenhum empregado para você?Luísa apressadamente negou com a cabeça: - Fui eu que não quis empregados, gosto de viver essa vida a dois com ele, sozinhos, sem empregados, nos sentimos mais à vontade.Maria ficou atordoada, com um leve aperto no coração.- Sim, a vida a dois é tão boa, n
Neste momento, Miguel não sabia o que dizer. Ele sempre se preocupava muito com sua esposa, e Maria era uma incógnita aos seus olhos, não importava se era boa ou má. Ao ver Lúisa ferida e Maria segurando uma tesoura, ele naturalmente interpretou erroneamente a situação.Ele queria pedir desculpas, mas ao olhar para a expressão indiferente de Maria, ele até abriu a boca, porém não conseguiu dizer nada.Luísa, vendo o sangramento contínuo na mão de Maria, ficou desesperada:- Srta. Juliana, sua mão está sangrando por demais, deixe que o Miguel cuide disso para você.- Realmente não é necessário. Maria sorriu com um pouco de fraqueza, olhando novamente para Miguel. - Eu quero o que pedi!Miguel apertou os lábios e entregou a ela duas caixas de remédios embaladas em um saco. Ele normalmente não tinha nenhum sentimento de culpa, mas, naquele momento, sentiu que devia algo a essa mulher, ao ponto de lembrá-lo de outros erros que cometeu no passado e que deveria pedir desculpas pelo que fez
- Vá investigar o que a Viviane estava fazendo naquela noite, quando minha avó sofreu o acidente há cinco anos atrás.Ao ouvir isso, Fernando arregalou os olhos como se acabesse de ver um espírito.- Por que precisa investigar isso? Você suspeita...- Apenas faça a investigação para mim. Não se esqueça de que temos um contrato entre nós. Disse Maria friamente.Fernando engoliu em seco, olhando-a seriamente:- Senhora, quer dizer que a senhora não foi a responsável pelo ferimento da Dona Júlia?Maria sorriu levemente:- Você acha que alguém acreditaria no que eu falar? Agora, só quero provas.Maria olhou seriamente para Fernando e continuou:- Vá e investigue a Viviane para mim. Além disso, não conte nada disso ao Eduardo.Fernando assentiu:- Pode ficar tranquila, não direi nada ao Presidente Alves.Logo após a partida de Fernando, Eduardo retornou.As marcas vermelhas em seu pescoço já haviam formado crostas, mas ainda pareciam assustadoras.Ao ver aquelas hematomas, ela se lembrou d