Sentia-me muito dolorida, era como se tivesse sofrido o impacto de uma grande batida, o que de fato havia sim ocorrido. Meu pai havia falecido em um acidente de carro e no momento em que perdi a direção no carro só conseguia pensar nele. Acordar pouco tempo depois com muita dor havia me trago de volta a realidade, não estava vivendo um pesadelo, essa era a minha realidade. O ateliê havia pegado fogo e eu ainda não tinha noção dos danos, mas já havia perdido anos de muito trabalho. Levando em considereção o estoque de tecidos o fogo deve ter se alastrado de forma muita rápida. Eu ainda estava grogue quando o Fernando veio me ver no hospital e comentado que o Henrique havia entrado com o pedido de execução da perícia. Eu não sabia o que havia acontecido, mas não não tinha como ter tido uma falha ali. O dia em que antecedeu o havia sido domingo, e o ateliê não funcionava aos finais de semana. Todas as máquinas de costuras eram desligadas das tomadas a cada fim de expediente e o último h
Esperar era algo que demandava tempo e paciência. Eu admirava as pessoas que conseguiam passar por situações adversas com tranquilidade, o que claramente não era o meu caso. Desde que o ateliê pegou fogo eu sentia que estava atravessando um inferno, não parava de formular as piores teorias possiveis e não parava de pensar em desistir de tudo. Eu estava recebendo um apoio enorme do Fernando e do Felipe, mas a minha mãe e a Ana era quem estavam me colocando de pé todos os dias. Não era fácil ver o seu sonho se transformar em cinzas e assim que vi o estado em que o ateliê ficou eu só quis desistir de tudo. - Carol, aqui está o resultado da perícia. - Henrique fala segurando um envelope pardo nas mãos. Não sabia sequer o que poderia estar escrito ali, mas a minha mente já havia formulado mil teorias. Eu já havia tido muita dor de cabeça com o ateliê esse ano, depois que decidi fazer uma auditoria descobri que a Aline havia me passado a perna, então sem dúvidas, a primeira pessoa em quem
Um mês havia se passado desde o episódio do incêndio, um mês em que eu sofri o acidente e as coisas mudaram drasticamente para mim e comecei a olhar para as coisas de uma forma diferente. Eu havia saído praticamente ilesa do acidente, sem ferimentos e lesões graves, eu havia saído viva e sabia o quanto era sortuda por isso. Milhares de pessoas morriam em acidentes no trânsito por ano, meu pai fez parte dessa estatistica, eu poderia ter feito parte. Estava trabalhando duro para reabrir o ateliê, até porque eu tinha funcionárias que dependiam desse emprego, mas eu não iria mais viver e, função disso, eu queria levar uma vida mais tranquila e aproveitar a infância do meu filho. - Mamãe, vamos ver o papai? - Pedro pergunta após sair da piscina da escola de natação. A professora ajuda ele a tirar o oculos de natação e passa uma toalha sobre o corpo do Pedro. Dou uma olhada no relógio em meu pulso imaginando dirigir esse horário. Eu havia vindo até a escola de natação dirigindo um carro
- Está tudo incrivel, Carol, eu sempre adorei comprar aqui. Quando fiquei sabendo do incêndio, pensei que fosse desistir de tudo, afinal, não é nada fácil recomeçar. - Uma cliente desde que eu abri a loja fala. - Obrigada, Kátia. Não foi nada fácil lidar com tudo isso, mas tenho funcionárias que dependem do meu trabalho e também tenho clientes e amigas incrivéis que me incentivam comprando desde o inicio. - Falo e ela sorri. Finalmente havia chegado o dia da reinauguração do ateliê e havia muita gente aqui. Minha mãe e a Ana estavam me ajudando a receber as clientes já que havia mais gente do que eu realmente esperava, mas eu sabia que tinha clientes fiéis que me acompanhavam desde o incio, portanto todas estavam vindo. - Onde está o Fernando, filha? - Minha mãe pergunta quando a Kátia sai para dar uma olhada nas peças nos manequins. Dou uma olhada em meu relógio e de fato, ele havia combinado que ficaria um tempo comigo na reinauguração, mas ainda não havia chegado. - Deve esta
- Carol, quero que você abra uma segunda loja do ateliê em BH, e quero ser sua sócia. - Ana fala sentada em frente para mim no meu escritório. Olho para ela imaginando que eu iria amar abrir uma sociedade com ela, mas não conseguiria imaginar abrir uma loja em BH. Desde que a Cíntia havia perdido o bebê, o Fernando havia terminado comigo. Eu entendia que não era fácil para ele perder um filho que nem teve a chance de ter nascido e ele preferiu se afastar de mim, mas ainda continuava presente na vida do Pedro. Eu sabia que o Fernando precisava de um tempo para conseguir superar essa situação, mas eu queria ter tido a oportunidade de ter estado ao seu lado e mesmo que eu não gostasse da Cíntia, não conseguia mensurar a dor de uma mãe que era perder um filho com quase seis meses de gravidez. - Ana, seria incrivél trabalhar com você, mas agora não vejo nenhuma razão de abrir uma loja em BH. Quando a Ana havia mencionado que eu poderia abrir a loja em BH era uma possibilidade pois eu e
Pessoal, sinto-me na obrigação de conversar com vocês, afinal, vocês acompanham e gostam muito dessa história. Recentemente minha vida deu um giro de 360 graus, tudo mudou! Eu larguei o emprego, mudei de cidade, mudei de estado e estou tendo que me adaptar a uma nova rotina. Mudar não é fácil, e eu estou me readaptando a tudo, minha mente está a milhão. É muito custoso ver nossos sonhos se tornarem realidade, eu passei em uma universidade pública e larguei tudo para realizar esse desejo. Minha vida mudou completamente, não é sempre que eu consigo atualizar os livros e não estou fazendo isso por mal. Por favor, eu espero que me entendam. Escrever é um trabalho que exige muita concentração e criatividade e minha cabeça não está muito boa ultimamente, mas eu tenho me esforçado. Eu não vou desistir do livro e preciso muito da ajuda de vocês, pois vocês nem sabem, mas eu leio cada comentário e eu “escuto” cada uma de vocês. Por favor, continuem comentando e avaliando a história, eu
A semana tinha sido super corrida, quando chegou a sexta feira a Ana voltaria para Minas gerais e havia pedido para levar o Pedro com eles já que teria um feriadão que se prolongaria até a segunda feira. Eu sabia que o Fernando que deveria ter pedido para ela falar comigo. Apesar de querer me opor e passar mais algum tempo com o meu filho, eu deixei pois sabia que ele gostava muito de lá. - Acho que não preciso fazer nenhuma recomendação, não é, Ana? - Pergunto brincando pois sabia que todos eles cuidavam muito bem do Pedro. - Claro que não cunhada. - Felipe fala e estremeço. - Desculpe, Carol. - Ele fala constrangido.Eu sabia que havia sido apenas um deslize até porque eu e o Fernando estavámos juntos há algumas semanas atrás, então assim como estava sendo dificil para mim me acostumar com esse meu novo status de relacionamento, as pessoas ainda nos imaginavam juntos. - Nós cuidaremos bem do Pedro. - Ele fala. - Eu sei Felipe, ele adora vocês. - Falo e entrego a ele uma mala co
Depois de tomarmos café, decidimos ir passar o dia na praia de castelhanos, pegamos uma embarcação para poder chegar até lá. A paisagem era linda e a praia tinha um formato de coração. Um verdadeiro paraíso. O Henrique não havia vindo com a gente e eu nem ousei perguntar a minha mãe se ela sabia onde ele estaria, não queria deixar as coisas mais esquisitas, dividir um quarto com ele já era estranho o suficiente. - Essa praia é ótima para a prática do surf. Alguém quer se aventurar? - A nossa guia turistica pergunta. Ter um guia durante a viagem era uma ótima decisão, afastava que os comerciantes ficassem oferecendo coisas que não queriamos o tempo inteiro e além do mais, ela nos levava aos lugares que queriamos na ilha e era super simpática e alto astral, eu adorava pessoas assim.- Eu gostaria. - Falo e ela sorri. Minha mãe e suas amigas dizem que não vão e eu decido ir sozinha com a guia. Estavam todos de casal e eu estava sobrando, mas era todo mundo muito gentil e amigável. -