Uma semana não foi o suficiente para resolver as pendências do ateliê. A Aline poderia até estar fazendo um bom trabalho ficando a frente dos negócios, mas o empreendimento era meu era meu sonho que estava ali, em jogo. Ninguém jamais cuidaria tão bem de algo como a pessoa que sonhou, perdeu noites de sono imaginando cada peça e cada pedacinho de um sonho e o meu ateliê se tornou realidade, na época com ajuda financeira do Fernando, que sonhou e idealizou cada cada cantinho e fez meu sonho se tornar realidade. Esses quatros anos em que fiquei longe me dei conta da sucessão de erros que cometi, não apenas omitindo que estava grávida e também negligenciando meus negócios, meu sonho. Estava na hora de dar a volta por cima, então iniciei isso assim que cheguei de Portugal, não vendi o apartamento em que comprei lá, mas desocupei e coloquei para uma imobiliaria alugar, estava na hora de tomar as redéas da minha vida e faria isso da maneira que eu achava correta. Por isso, resolvi ligar pro
Ouvir o Fernando deixar claro, que basicamente não gostaria de ficar cruzando comigo, fez com que eu sentisse vontade de pegar o Pedro e sumir da sua vida. Respiro fundo e tento pensar com clareza, eu me mudei para cá, modifiquei a minha todinha para que ele pudesse ter uma convivência com o Pedro. - Carol, pare de pensar bobagens. Isso não é sobre o Pedro, é sobre nós. - Olho para ele e controlo minha vontade de fazer uma careta. - Quando o exame de DNA sair, entrarei com uma ação de reconhecimento de paternidade, vamos resolver tudo judicialmente, já que minha presença te incomoda tanto. Não precisamos nos ver, você pega o Pedro com a minha mãe, e minha mãe trás ele de volta para mim... - Carolina, pare. - Ele pede, mas continuo. - Podemos revezaar os finais de semana, e caso você queira ver ele durante a semana, vai ter que ligar para minha mãe, para alinharmos um horário para isso. - Para, Carolina. - ele diz parecendo irritado. - Meu Deus, eu não quis dizer isso, Carol, olhe
- Preciso falar com a proprietária do estabelecimento. - Um homem da empresa que eu solicitei os serviços entra no estabelecimento. - Carolina Sampaio, eu mesma, tudo bem? - Pergunto mas o homem estreita o olhar em minha direção. Observo a Aline encosta na porta do escritório e me pergunto o por que ela não está na produção.- Carolina, você quem solicitou meus serviços, onde está sua chefe, ou proprietária? - Ele pergunta e estranho. - Do que está falando? Sou a proprietária dessa empresa. - Estamos tendo um mal entendido então, Ellen, você pode confirmar o nome da proprietária para mim? - Talvez tenha sido a mudança de nome, eu me divorciei me apresentava como Carolina Belmonte. - Falo. - O nome da proprietária é Aline Silva. - A moça diz olhando um papel em suas mãos e me seguro no balção da minha mesa, pois eu seria capaz de cair a qualquer momento. - Sou eu mesma. - Minha até então funcionária e amiga de confiança fala e me sinto tonta, o lugar parece que roda comigo e ten
Quando acordei essa manhã, jamais imaginei que enfrentaria um problema dessa magnitude, jamais passou pela minha cabeça que uma pessoa em quem confiei para ser meu braço direito me passaria a perna dessa maneira. - Carol, preciso que me explique o que aconteceu, há quanto tempo fez a procuração pra Aline? - Felipe fala sentado a minha frente com a Ana. - Te muito tempo, desde que fui embora de Sao Paulo. O Fernando já tinha explicado para o Felipe o que havia acontecido, mas ele queria saber dos detalhes.- Eu me mudei definitivamente para São Paulo, resolvi iniciar essa mudança no ateliê com uma auditoria, no entanto, eu jamais desconfiaria da Aline. Ela trabalha comigo desde que abri o ateliê, sempre achei que era uma funcionária de confiança... - Carol, a Aline sempre foi ardilosa, nunca confiei naquela ali, ela se fazia de boa moça pra você, mas assim que você foi pra Portugal, ela foi a primeira a dar em cima do seu marido. - Ana fala e olho involuntariamente para o Fernando.
No dia seguinte, recebi uma mensagem do Fernando, pedindo que eu fosse a empresa. Primeiro, deixei o Pedro na escolinha em que havia matriculado ele, há pouquissimos dias e que ele estava se adaptando super bem, depois, segui para seu escritório. Ele deveria ter atualizações sobre o ateliê, eu estava muito aflita, mal havia dormido essa noite pensando sobre isso.- Carol, como está? - Maria pergunta assim que chego ao escritório.- Estou bem, Maria, e você? - Pergunto. - Também, querida. O Fernando está esperando por você, pode entrar. - Ela fala. - Obrigada, Maria. - Falo e passo por ela, a porta do escritório do Fernando está aberta, então, entro. Noto que parece bem a vontade com sua funcionária.- Acho que podemos acertar esses detalhes hoje, o que acha? - A mulher que estava aqui no primeiro dia que vim aqui, depois de quatro anos longe fala. Fernando levanta o olhar e me vê, ela também se vira em minha direção. - Desculpe, a porta estava aberta...- Tudo bem, Carolina, eu e
Assim que saio da sala, a Ana vem atrás de mim. Como eu poderia fingir um relacionamento com meu ex marido, ainda mais depois de termos ficado quando fui até a fazenda? Eu não conseguiria, ainda tinha sentimentos por ele, não podia fazer isso e tinha o Pedro, como ficaria a cabeça do meu filho no meio de tudo isso?- Vem, vamos tomar um café. - Ana fala me guiando para a copa que eu sabia que tinha nesse andar.Assim que entramos lá, ela serve 2 xicáras de café e me indica o lugar para que eu me sente na mesa, logo em seguida, senta-se ao meu lado.- Carol, vocês não vão se casar, nem nada do tipo. É só fingir um relacionamento para a sociedade, dará mais credibilidade a você, assim a Aline não usa a justificativa que você está atrás de dinheiro, ou que seja louca. O Felipe ja havia conversado com o Fernando sobre isso, ele está de acordo, quer te ajudar.- Não sei, Ana, preciso colocar minha cabeça no lugar. - Falo e e noto que deixei minha bolsa no carro, eu precisava tomar um reméd
- Tem água de coco na geladeira e refrigerante, Carol. Se quiser beber ou comer alguma coisa, sinta-se a vontade. - Fernando fala caminhando até a parte externa da sua cobertura com o Pedro. Vou até lá fora junto com eles e noto que a cobertura era enorme. Dava pra ter uma bela vista da capital paulista aqui de cima. São Paulo era uma metrópole que eu achava encantadora, era a cidade que a vida acontecia, os sonhos aconteciam. Quando vim para cá aos 18 anos, eu sentia que podia fazer tudo aqui, que poderia correr atrás dos meus sonhos diariamente e eles dariam certo com muito trabalho e dedicação e deram, meu ateliê foi um sonho realizado, mal podia acreditar que estava sendo tirado de mim. - Carol? - Fernando chama e me dou conta que estava falando comigo, mas não prestei atenção. - Estava aérea, desculpe. - Falo e vejo que o Pedro assim como o Fernando estão de sunga. Tento não desviar o olhar do rosto do meu ex marido, mas era difícil quando ele estava apenas de sunga e seu corp
Fernando:- Eu pensei que tivessemos uma coisa séria, Fernando. Não que sua ex mulher fosse morar com você, na sua casa. - Ouço a Cíntia falar e observo-a. A Cíntia era minha funcionária e nós ficavamos há algum tempo, ela era bonita e era gostosa, sabia muito bem como me satisfazer. Além do mais, ela era disponível. Nunca conversamos sobre relacionamento, mas ocasionalmente ela jogava algo no ar. -Cíntia, descobri há pouco que tenho um filho, eu preciso ter uma convivência com ele, já perdi muito. - E com a sua ex esposa também, presumo. - Ela fala magoada. Eu não poderia contar a ela que a Carol e eu não estavamos juntos, quando a intenção era que todos pensassem que nós haviamos reatado. Mas eu também não pretendia prolongar uma relação com a Cíntia. Desde que me separei da Carol não estive em um relacionamento sério com ninguém, apenas encontros casuais com algumas mulheres.- Oi, a Maria falou que eu poderia entrar. - Carol fala entrando na sala e assim que ela entra, Cíntia