Zahir Novamente quando entrei no quarto vi que as duas estavam ali, aparentemente incomodadas e desconfortáveis com a minha presença. -Interrompo? -Não, meu filho, claro que não. Venha se aproxime. -Vocês duas falavam alguma coisa tão importante a ponto de ficarem nervosas? -Que isso meu filho? Só estou conversando com minha filha. -Já devo imaginar o teor da conversa. -Zahir!!! - Minha mãe exclamou com bastante indignação. Me virei para Katherine. -É verdade Katherine? Não minta. -Esta me chamando de mentirosa Zahir? -Não mãe, mas eu conheço a senhora muito bem e sei que não muda de ideia tão facilmente. Muito estranho essa mudança de comportamento em relação a aceitação do meu matrimônio com ela. -Já conversamos sobre isso meu filho, não há nada de mais em trocarmos algumas palavras. A olhei bastante desconfiado. Sei que ela está tramando alguma coisa. -Vem. - peguei o pulso de Keith e puxei para fora do quarto. -Zahir , eu... -Se minha mãe estiver te
Keith Finalmente sábado chegou. E eu estava nervosa demais. Me levantei da cama percebendo que Zahir ainda estava dormindo. Nós últimos dois dias ficamos tão próximos, não desgrudamos por nenhum momento. Saímos para passear com os meus amigos, que desde que chegaram aqui, mal consegui dar atenção para eles. Primeiro porque não me sentia confortável com a presença de Aisha, que me olhava Constantemente reparando em tudo o que eu fazia. "-Sua sogra não gosta de você, não é?" Me lembrei que Jessé me perguntou no dia anterior ao vê-la me esnobar por várias vezes. E a velha sempre fazia isso quando o filho não estava perto, pois quando Zahir estava junto ela se fazia de boa senhora, me chamando até de filha. Essa mulher é uma bruxa. Na verdade é o motivo principal para eu querer ir embora, em seguida pela minha liberdade. Eu amo Zahir, mas vejo que essa pressão para ter filho , pelo jeito vai me dar muitas dores de cabeça se eu ficar. Pelo jeito que ele falar, parece que quer me obri
Keith -Agora? - perguntei assustada -Agora!!! - ela respondeu com firmeza e impaciência. -Mas... -Sem mais, não há tempo a perder, sua hora é agora. Se apresse. - ela olhou para a caixa de jóias em cima da penteadeira. - Você não está pensando em levar isso, não é? Me dê. - e puxou a caixa fechando-a. -Mas essas jóias foi o Zahir quem me presenteou. -Por mim você sairia daqui sem nada, e acredite, o dinheiro que dei vai servir muito bem para você se virar, mas bem longe daqui. -Por que a senhora é tão cruel? O que eu te fiz? -Só de se envolver com o meu filho já foi o suficiente para te desprezar. Você é só uma oportunista como tantas outras da sua classe por aí. - ela pegou uma burca preta e atirou em mim. - Anda ponha isso e rápido. -Eu não quero mais, eu não vou. Ela agarrou o meu braço forte. -Olha aqui sua odalisca, nem pense em me enganar para me estorquir, se você não for por bem, me encarregarei de que vá por mal. -Me solta, a senhora está me machucan
Zahir Assim que chegamos a biblioteca Nahan fechou porta. -Senhor, notícias. -Então diga Nahan, hoje é a minha festa de casamento, mas seja o que for diga. -Senhor, Omar Al-Kadar se encontra no Qatar. - ele foi direto. -O quê? - arregalei os olhos. - Ele veio mesmo? -Sim , pelo que parece resolveu vir. -Mas ele disse que não iria vir. -Parece que mudou de ideia. -Os nossos homens já estão preparados esperando por ele? -Sim senhor, todos já posicionados. -Muito bem, é hoje que eu acabo com isso. Neste momento o telefone de Nahan toca novamente, e ele atende. -Por Allah... muito obrigado Tariq , se tudo ocorrer bem, você pode voltar hoje mesmo. - e desligou. -Está tudo certo Nahan? -Bem, senhor Tariq disse que o plano de resgate da senhorita Coop .... digo senhora Al-Samir, sua esposa, ainda está de pé e que vão tentar levá-la hoje também. -Provavelmente Omar está por trás disso, por isso se sentiu livre para comparecer aqui, ele se acha esperto, pois pen
Zahir Chegamos onde o tal helicóptero pousou e vimos que havia um homem caindo e sangrando. Me aproximei e tomei um susto ao me separar com Semal. -Semal?! O que aconteceu, o que faz aqui? Ele balbuciou pausadamente com extrema dificuldade. -A senhora.. Al-Samir... sua mãe.... livrar da ... garota. - dito isso ele caiu desacordado no chão. -Semal? Semal? - gritei sem resposta. -Ele está muito ferido senhor, o pessoal está ali para levarem ele. - Nahan me informou. -Se demorar ele vai morrer .... andem rápido com isso, se ele morrer como vou saber o que se passou aqui? Andem. Imediatamente meus homens vieram e levaram ele. Semal trabalhava como assistente de confiança de meu pai. Mas o que será que ele estava fazendo aqui? Já tem anos que ele se aposentou e estava morando nos Emirados. Me lembrei de suas palavras. "-A senhora.. Al-Samir... sua mãe.... livrar da ... garota. " -Então foi ela, minha própria mãe é quem está por trás disso?- cerrei os meus punhos. O
Keith -O que? - Quando ele disse isso eu senti como se tivesse levado um tremendo golpe. - Não, não... não é verdade, pai ... por amor de Allah pai, acorde, levante. -Infelizmente temos que ir. -Ir? Para onde ? - olhei para ele que já estava em pé. -Temos que sair daqui. - ele olhava constantemente para o redor em estado de alerta. -E deixar o meu pai sozinho aqui? Não, eu não vou, quero ficar com o meu pai. -Menina, olha , infelizmente ele está morto... não há nada que possa ser feito. Devemos ir antes que venham e nos encontrem para matar. -Não. Eu não vou. - me virei para o corpo do meu pai caído. - Pai? Por quê agora? Por quê? Agora que iríamos ficar juntos... por quê? Não, não, não, estou sozinha de novo, não, não. E o homem me agarrou por trás e saiu me carregando, enquanto eu me debatia. -Vamos menina, você agora é minha. - ele sussurrou em minha orelha e eu quase passei pai com o bafo horrível que ele tinha. Parecia que não tomava banho há dias. -Me larga,
LONDRES Outubro de 2014 Katherine Podia ver a imensa paisagem pela janela ao me levantar às sete. Naquela manhã chovia muito. Havia um mês e meio que não sabia nada do meu pai, que sempre dizia viajar a negócios. Geralmente, ele demorava voltar uma semana no máximo, mas dessa vez era tempo demais, tinha algo errado e isso começava a me preocupar. -O que será que deve ter acontecido?- Me perguntava constantemente. Estava beirando às sete e quarenta e cinco da manhã quando terminei de me arrumar para ir trabalhar. Meu pai havia dito que eu não precisaria mais trabalhar e que ao invés disso poderia me dedicar a estudar a minha tão sonhada faculdade de psicologia. Mas não, o meu desejo era ser independente, tinha prometido para mim mesma que bancaria meus estudos e que no próximo ano entraria na faculdade. -Olá Keith, pronta para mais um dia? -Atirou Brenda toda sorridente ao me ver entrar no enorme salão do hotel de luxo em que nós trabalhamos. -Mas é claro que sim, deve
Keith Depois de um dia muito trabalhoso, ao chegar em casa me joguei no sofá e adormeci. Cochilei por umas duas horas e meia, e só acordei com o toque de chamada no telefone.-Papai.Pensava revirando até o fundo da bolsa procurando o telefone.-Alô! Pai é você?-Poxa vida, você estava realmente cansada, mas eu não sabia o quanto. -escutei a risadinha de Brenda, do outro lado da linha.-Ah é você? -pausei bocejando, ainda estava com muito sono. -Eu estava dando um cochilo, mas o que aconteceu para você esta me ligando às oito da noite? - conferi o horário no relógio de parede.-Bom eu sei que você está sozinha em casa já faz duas semanas. Você quer que eu vá lhe fazer companhia?Jesse vai dormir na casa do namorado dela, eu posso ir ai fica com você?-Ah se é assim, então venha que estou te esperando. Desliguei o celular e me apressei para tomar um banho. Eu gostava muito quando Brenda vinha me fazer companhia.Quarenta minutos depois Brenda toca a campanhia.-OI...oi...oi. vou entra