— Só volto quando a música acabar — brinco colocando os braços ao seu redor. — Beatriz — ele diz meu nome como aviso e eu dou lhe outro selinho, descobri que é uma ótima maneira de fazê-lo calar a boca. — Até mais, meu mafioso. Saio e puxo Maria comigo para o carro. O motorista escolhe uma boate para a gente e por pouco eu não rolo os olhos, Poison é uma das boates da máfia italiana. Eles acham que eu não estou por dentro de tudo, mas sei que essa boate pertence a Marco, uma fachada para prostituição. Durante as minhas pesquisas sobre Marco descobri que ele vinha muito aqui, também descobri que ele tem um escritório no centro da cidade, mas está trabalhando em casa para ficar de olho em mim, ou seja, ele não confia em mim totalmente. Avisto seguranças a paisana me observando e não ligo, isso faz parte da minha realidade. Subimos para a área vip e percebo o olhar de todos em mim, eles sabem quem eu sou. Respiro fundo e desfilo até o bar, nesse meio de gente se você não for forte eles
Acordo me sentindo péssima. Minha cabeça e não menos importante, meu coração está destruído. Desço as escadas e não encontro Marco, estranho, pois mesmo brigados sempre fazemos todas as refeições juntos. Faz parte de manter a figura de casal perfeito como a máfia manda, Marco não pode nem mesmo dormir em outro quarto, isso o enfraqueceria. Ele fez isso aquela vez, sob o pretesto de que eu estava trabalhando no quarto até tarde. Sem ter ânimo para comer sozinha vou para a cozinha e vejo Maria tomando café Alguns seguranças, ao me verem fazem questão de se levantar, mas eu os paro com a mão. — Fiquem. Bom dia a todos — falo dando um beijo na bochecha de Adé que me olha preocupada. — Está tudo bem, menina? — Sim — murmuro sem olhá-la e me sento ao lado de Maria e pego uma torrada. Os homens me olham quase com medo. — Qual o sobrenome de vocês? Não me lembro de ter perguntado. Eles me trouxeram ontem em segurança e Marco disse que seriam os meus seguranças, eu qu
A sobrancelha de Regina se ergue. — E o que ela ainda está fazendo aqui? — Não quero que ele pense que eu estou com ciúme — resmungo. — Querida, aprenda uma coisa: mulheres apaixonadas são capazes de fazerem absurdos. Por esse motivo só tenho empregadas velhas e feias na minha casa e tenho os dois olhos abertos com Victor, não deixarei uma meretrice roubar meu marido. Eu aceno. Penso em Drica que foi capaz de transar com lucas drogado. Na época eu questionei Lucas, mais ele jogou a culpa toda para ela, e eu burra acreditei. Estremeço com isso, nunca fiquei tão indignada em toda a minha vida. — Marco gosta muito do pa*u dele para perdê-lo — falo séria e escuto um arranhar de garganta. — Devo perguntar por que vocês estão falando do meu p*au? Cruzo as pernas e ele olha para elas. — Só estou dizendo a sua tia que arranco seu pa*u se você sair da linha. Marco solta uma gargalhada e eu sorrio, são raras às vezes que ele faz isso e é tão bonito. Ele se senta ao meu lado e
— Beatriz, se acalme. Eu pego meus sapatos e jogo nele, mas ele os pega. Ana ainda está ajoelhada no chão e tem um sorriso no rosto. Então eu corro, preciso sair daqui. Um choro rompe a minha garganta, mas eu não paro de correr, então meu pé escorrega em alguma coisa e a última coisa que escuto antes de cair da escada é Marco gritando meu nome desesperadamente. Então meu mundo cai e tudo fica preto. MARCO: Olho para Beatriz deitada na cama do hospital e me sinto horrível. A cena dela caindo da escada fica gravada na minha cabeça. Seu olhar de dor quando viu Ana tentando ter algo comigo. Eu não trairia Beatriz e estava falando justamente isso com Ana quando ela entrou, eu a demitiria. Desde que Beatriz chegou a casa Ana vem tentando me ter de volta. Não serei hipócrita e dizer que nunca tive nada com ela. Ana era uma das prostitutas que eu saía. Eu sempre preferi pagar as mulheres que eu fo*do, pois assim posso mandá-las a vontade, não são todas as mu
Marco: — Há quanto tempo isso vem acontecendo? Sabe que tem algo suspeito nesse homem, e ainda não o interrogou? Meu pai pergunta irritado. Você é um idiot@ Marco! Deixou que ela dominasse você? E está perdendo a força. Sabe que se sentirem o cheiro de sua fraqueza, você estará morto. - Eu tentei ser forte pai. Tentei me manter longe de Beatriz e viver apenas um casamento de aparências. Mas Beatriz me tentava dia a pôs dia, eu não gostava de vê-la triste quando eu a rejeitava, mas segui o que o Senhor ordenou. — Expliquei que não poderia amá-la e ela aceitou… — Marco, você precisa superar o passado — Até quando o fantasma da Francesca vai perseguir você? Minha mãe fala calmamente.. Meus pais chegaram em nossa casa no exato momento em que Beatriz caia da escada, depois de me ver com Ana. Eu não sabia o que dizer e foi nesse instante que Beatriz abriu os olhos. Depois de quatorze horas esperando ela despertar finalmente respirei tranquilo. Me aproximei
— Vamos sair daqui, alguém pode nos ver. Eles se afastam e do alto da sacada Tia Regina observa, o movimento -Madalena! Davi é o filho do Arthur? Eu me lembro dele menino. Ela fala voltando para o quarto. — É ele mesmo! Ele e marco sempre foram muito ligados, e apesar de eu ter protestado, porque o cargo deveria ser do Dominique, ele escolheu o rapaz, como seu braço de ferro. Falei com Francisco que achava isso um absurdo, mais ele disse que não podia se envolver nas decisões do Marco. Mais porque a senhora está perguntando? — Nada! Só curiosidade. E Maria? Como é a relação dela, com Francisco, eu me lembro que ele achava que você e Marco estavam doidos. Ela fala com um breve sorriso e se sentando em uma poltrona próximo da janela. — Ele não tem uma relação próxima. Fiquei feliz quando Marco decidiu trazer ela para cá. Eu realmente tenho um carinho muito especial por ela. E Marco também. Madalena fala arrumando a cama, para tia Regina, isso é uma tradição, as mulheres mais jovens de
Acordei sentindo minha cabeça latejar, a primeira coisa que vejo quando abro os olhos é Marco dormindo. Nos primeiros segundos eu não me lembro muito bem o que houve, mas depois vem tudo de uma vez. Marco me traiu. Marco me traiu com Ana. Ele me traiu com Ana dentro da nossa casa. Junto com esse pensamento me vem, tudo que aconteceu, Antônio, e tudo que significou para mim. Junto vem também todas as lembranças ruins, sua traição, a humilhação que passei, até o acidente, que é a última coisa que me lembro da minha vida passada. Levanto-me sem fazer barulho para não acordar marco, eu preciso procurar por Antônio, conversar com ele, apesar de tudo, acho que devo alguma coisa a ele. Quando desço meu pai já chegou e conversa na mesa posta de cafe da manhã. Assim que entro ele fica parado por um tempo me olhando. — Meu anjo! Ele vem até mim e me abraça. As, minhas lagrimas rolam. — Eu lembrei de tudo, preciso ir até lá! Precisa me contar o que aconteceu, eu preciso achar Antônio. Eu falo
Chegamos em casa, e eu subo direto para o quarto nem cumprimento os que estão na sala. Marco sobe atrás de mim. Eu entro no quarto e ele entra atrás batendo a porta. — Vamos lá Marco estou aqui! Agora pode começar a dizer, pera! Eu vou te ajudar. Eu vi, ninguém me contou! Eu vi você e Ana. — Eu já te disse que não te trai com ela. — E por que ela estava de joelhos? Vai dizer que ela estava rezando para você? — ironizo com raiva. — Não vou mentir para você, já transei com Ana, mas foi antes de me casar com você, por Deus, antes de estarmos noivos. — Eu o olho esperando ver qualquer traço de mentira, mas nenhum aparece. — Ana era prostituta como Maria e… — Ana era a menina que Maria falou que ajudou ela— completo sentindo raiva por me sentir agradecida a ela. — Por que você deixou ela trabalhar aqui? — Ela implorou… — Você adora que te implorem né Marco?! — rosno e ele dá um pequeno sorriso para mim. — Não ria, estou morrendo de raiva. Esp
Meu interior está agitado, fiquei o dia inteiro com Maria no escritório e depois do jantar e eu estou quase andando pela parede com o olhar quente de Marco enquanto tomamos café na sala. O jantar inteiro ele ficou com uma mão na minha perna a acariciando devagar, algumas vezes subindo para o fino tecido encharcado da minha calcinha, mas um simples toque. Joguei a minha frustração furando a carne do meu prato, fazendo Maria perguntar se eu estava bem. Sim, foi constrangedor. Mas nada foi tão constrangedor do que quando eu estava bebendo água e Marco me olhava com aquele olhar de fome, então Maria pergunta se ele quer mais comida, pois ele parece com fome. Tia Regina engasgou. E todos riram. Subimos e quando a porta finalmente se fechou e estávamos sozinhos eu tremi. Marco tinha esse olhar predador e eu era a sua presa. Calmamente ele abriu o paletó e os botões da camiseta. Seu olhar nunca deixando o meu. — Fique nua e deite-se de costas para cama — ordenou com uma voz calma me deixan