Acenei, estava tão cansada que estava quase dormindo, quando Marco beijou minha testa. — Você quer ter uma marca de roupa? — me perguntou. — Porque se você quiser, eu vou te ajudar e não vou parar até você estar acima do topo. — Se eu for fazer isso, quero que seja pelo meu talento, não pelo nome. — Minha voz soou exatamente como eu queria, inflexível. Eu não deixaria Marco ganhar o mundo por mim. De que adianta a vista se não batalhamos para chegar ao topo? — Sei que o sobrenome por si só já ajuda, mas me prometa que você não vai se envolver.
— Beatriz — ele resmungou. — Prometa. — Levantei o dedo mindinho para ele que riu. — O que é isso? — Promessas de dedos mindinhos são para sempre e verdadeiras — respondo bocejando em seguida quase caindo no sono, então Marco coloca seu dedo mindinho no meu. — Prometo, se você prometer não quebrar meu coração — ele sussurrou e eu senti o sono vindo mais forte, eu não aguentaria mais muito tempo. — Mas você falou que não me daria seu co
— Maria sou eu — falo e ela não responde. — Eu vou sujar o vestido se passar por baixo da porta, ou quebrar um braço se tentar pular para dentro. Ela abre a porta e eu a abraço, ela chora pelo que parece um ano. Eu faço uma maquiagem nova depois que seco suas lágrimas, mas nenhuma maquiagem esconde seus olhos vermelhos, e logo hoje eu não trouxe óculos. Saímos do banheiro e vejo Marco e Davi na porta, o último tem punhos cerrados, na certa Marco chamou sua atenção. A menina não lhe olha nenhuma vez. — Maria… — ele começa, mas ela lhe olha com raiva. — Não fala nada. Saímos dali e Marco me catuca. — Será que aconteceu algo entre Maria e Davi? Entramos no carro e Marco dirige. — Davi falou que sente muito pelo que sua acompanhante falou, ela não fez por mal. Ele não sabia que você viria e eu não sabia que ele traria uma acompanhante — ele fala e Maria acena. — Tudo bem, eu não deveria ter vindo — ela diz e eu olho feio para ela dentro do carro, dando-lhe o olhar que falaremos
— Só volto quando a música acabar — brinco colocando os braços ao seu redor. — Beatriz — ele diz meu nome como aviso e eu dou lhe outro selinho, descobri que é uma ótima maneira de fazê-lo calar a boca. — Até mais, meu mafioso. Saio e puxo Maria comigo para o carro. O motorista escolhe uma boate para a gente e por pouco eu não rolo os olhos, Poison é uma das boates da máfia italiana. Eles acham que eu não estou por dentro de tudo, mas sei que essa boate pertence a Marco, uma fachada para prostituição. Durante as minhas pesquisas sobre Marco descobri que ele vinha muito aqui, também descobri que ele tem um escritório no centro da cidade, mas está trabalhando em casa para ficar de olho em mim, ou seja, ele não confia em mim totalmente. Avisto seguranças a paisana me observando e não ligo, isso faz parte da minha realidade. Subimos para a área vip e percebo o olhar de todos em mim, eles sabem quem eu sou. Respiro fundo e desfilo até o bar, nesse meio de gente se você não for forte eles
Acordo me sentindo péssima. Minha cabeça e não menos importante, meu coração está destruído. Desço as escadas e não encontro Marco, estranho, pois mesmo brigados sempre fazemos todas as refeições juntos. Faz parte de manter a figura de casal perfeito como a máfia manda, Marco não pode nem mesmo dormir em outro quarto, isso o enfraqueceria. Ele fez isso aquela vez, sob o pretesto de que eu estava trabalhando no quarto até tarde. Sem ter ânimo para comer sozinha vou para a cozinha e vejo Maria tomando café Alguns seguranças, ao me verem fazem questão de se levantar, mas eu os paro com a mão. — Fiquem. Bom dia a todos — falo dando um beijo na bochecha de Adé que me olha preocupada. — Está tudo bem, menina? — Sim — murmuro sem olhá-la e me sento ao lado de Maria e pego uma torrada. Os homens me olham quase com medo. — Qual o sobrenome de vocês? Não me lembro de ter perguntado. Eles me trouxeram ontem em segurança e Marco disse que seriam os meus seguranças, eu qu
A sobrancelha de Regina se ergue. — E o que ela ainda está fazendo aqui? — Não quero que ele pense que eu estou com ciúme — resmungo. — Querida, aprenda uma coisa: mulheres apaixonadas são capazes de fazerem absurdos. Por esse motivo só tenho empregadas velhas e feias na minha casa e tenho os dois olhos abertos com Victor, não deixarei uma meretrice roubar meu marido. Eu aceno. Penso em Drica que foi capaz de transar com lucas drogado. Na época eu questionei Lucas, mais ele jogou a culpa toda para ela, e eu burra acreditei. Estremeço com isso, nunca fiquei tão indignada em toda a minha vida. — Marco gosta muito do pa*u dele para perdê-lo — falo séria e escuto um arranhar de garganta. — Devo perguntar por que vocês estão falando do meu p*au? Cruzo as pernas e ele olha para elas. — Só estou dizendo a sua tia que arranco seu pa*u se você sair da linha. Marco solta uma gargalhada e eu sorrio, são raras às vezes que ele faz isso e é tão bonito. Ele se senta ao meu lado e
— Beatriz, se acalme. Eu pego meus sapatos e jogo nele, mas ele os pega. Ana ainda está ajoelhada no chão e tem um sorriso no rosto. Então eu corro, preciso sair daqui. Um choro rompe a minha garganta, mas eu não paro de correr, então meu pé escorrega em alguma coisa e a última coisa que escuto antes de cair da escada é Marco gritando meu nome desesperadamente. Então meu mundo cai e tudo fica preto. MARCO: Olho para Beatriz deitada na cama do hospital e me sinto horrível. A cena dela caindo da escada fica gravada na minha cabeça. Seu olhar de dor quando viu Ana tentando ter algo comigo. Eu não trairia Beatriz e estava falando justamente isso com Ana quando ela entrou, eu a demitiria. Desde que Beatriz chegou a casa Ana vem tentando me ter de volta. Não serei hipócrita e dizer que nunca tive nada com ela. Ana era uma das prostitutas que eu saía. Eu sempre preferi pagar as mulheres que eu fo*do, pois assim posso mandá-las a vontade, não são todas as mu
Marco: — Há quanto tempo isso vem acontecendo? Sabe que tem algo suspeito nesse homem, e ainda não o interrogou? Meu pai pergunta irritado. Você é um idiot@ Marco! Deixou que ela dominasse você? E está perdendo a força. Sabe que se sentirem o cheiro de sua fraqueza, você estará morto. - Eu tentei ser forte pai. Tentei me manter longe de Beatriz e viver apenas um casamento de aparências. Mas Beatriz me tentava dia a pôs dia, eu não gostava de vê-la triste quando eu a rejeitava, mas segui o que o Senhor ordenou. — Expliquei que não poderia amá-la e ela aceitou… — Marco, você precisa superar o passado — Até quando o fantasma da Francesca vai perseguir você? Minha mãe fala calmamente.. Meus pais chegaram em nossa casa no exato momento em que Beatriz caia da escada, depois de me ver com Ana. Eu não sabia o que dizer e foi nesse instante que Beatriz abriu os olhos. Depois de quatorze horas esperando ela despertar finalmente respirei tranquilo. Me aproximei
— Vamos sair daqui, alguém pode nos ver. Eles se afastam e do alto da sacada Tia Regina observa, o movimento -Madalena! Davi é o filho do Arthur? Eu me lembro dele menino. Ela fala voltando para o quarto. — É ele mesmo! Ele e marco sempre foram muito ligados, e apesar de eu ter protestado, porque o cargo deveria ser do Dominique, ele escolheu o rapaz, como seu braço de ferro. Falei com Francisco que achava isso um absurdo, mais ele disse que não podia se envolver nas decisões do Marco. Mais porque a senhora está perguntando? — Nada! Só curiosidade. E Maria? Como é a relação dela, com Francisco, eu me lembro que ele achava que você e Marco estavam doidos. Ela fala com um breve sorriso e se sentando em uma poltrona próximo da janela. — Ele não tem uma relação próxima. Fiquei feliz quando Marco decidiu trazer ela para cá. Eu realmente tenho um carinho muito especial por ela. E Marco também. Madalena fala arrumando a cama, para tia Regina, isso é uma tradição, as mulheres mais jovens de
Acordei sentindo minha cabeça latejar, a primeira coisa que vejo quando abro os olhos é Marco dormindo. Nos primeiros segundos eu não me lembro muito bem o que houve, mas depois vem tudo de uma vez. Marco me traiu. Marco me traiu com Ana. Ele me traiu com Ana dentro da nossa casa. Junto com esse pensamento me vem, tudo que aconteceu, Antônio, e tudo que significou para mim. Junto vem também todas as lembranças ruins, sua traição, a humilhação que passei, até o acidente, que é a última coisa que me lembro da minha vida passada. Levanto-me sem fazer barulho para não acordar marco, eu preciso procurar por Antônio, conversar com ele, apesar de tudo, acho que devo alguma coisa a ele. Quando desço meu pai já chegou e conversa na mesa posta de cafe da manhã. Assim que entro ele fica parado por um tempo me olhando. — Meu anjo! Ele vem até mim e me abraça. As, minhas lagrimas rolam. — Eu lembrei de tudo, preciso ir até lá! Precisa me contar o que aconteceu, eu preciso achar Antônio. Eu falo