Uns dois minutos depois a Isis terminou e logo veio se sentar ao meu lado, ela apoiou a cabeça em meu ombro e fitou os olhos no mar pensativa.
— O que ele te disse? — Ela perguntou.
— Pediu para que eu desistisse de você! — Falei pensativo.
— E você? — Ela encarou a areia por um instante.
— Não o julgo, sei que é culpa minha, mas não posso. Não vou desistir de você! — Falei a abraçando e chegando-a para mais perto de mim.
— Eu queria muito estar em outras circunstâncias. Mas fico feliz de estar aqui, com você! — Ela sorriu e me olhou.
— Eu também, você não sabe por quanto tempo esperei por alguém como você. — Nossos olhares se encontraram.
— E o que faremos? — Ela perguntou com uma expressão preocupada.
— Daremos um jeito. Eu darei um jeito de te tirar daqui e seremos felizes. — Eu sorri.
Eu não sabia o que fazer, mas eu faria a
Quando terminei de tomar banho minha mãe tinha dado uma saída e quando cheguei até a porta vi a Ravena sentada perdida em pensamentos. — Está melhor? — Perguntei, me sentando ao seu lado. — Admiro todas essas pessoas, andam como se estivessem despreocupadas com o futuro. — Ela falou com uma expressão completamente dura. — Sei como se sente, não é fácil ser diferente num planeta onde o normal está dentro de um padrão relativamente pequeno. — Falei observando as pessoas passeando nas ruas. — Um dia será diferente, eu sei que sim! Se sua avó estivesse aqui; seria! — Ela sorriu. — Por que? — Falei curioso — O que ela faria para mudar? — Não posso falar, é complicado! — Ela deu de ombros. — Mas o que ela faria se estivesse aqui? Às vezes eu ficava chateado por ter tantos mistérios, nunca sabemos de algo por completo e isso me deixa frustrado. — Falei analisando sua expressão. — Entendo. Su
O resto do dia para mim foi bastante tranquilo, logo chegaria o dia da minha viagem para resolver a questão de novos projetos com a Chloe e me dei conta de que não havia falado sobre isso com a Isis. Queria poder deixá-la orgulhosa, mas não tive tempo para isso, da mesma forma eu estava feliz! Estava revigorado então resolvi dar uma saída; sentar um pouco na praça e analisar as pessoas a minha volta. Eu queria muito acreditar que em pouco tempo ela estaria ali comigo, falando sobre seu dia e animada com outras questões e isso me deixava entusiasmado, me deixava um pouco completo e eu não via a hora de poder apresentá-la ao mundo. Logo o dia de minha viagem para ir ao encontro da Chloe chegou; eu iria ficar três dias na cidade de Heidelberg. Pronto para partir me despedi brevemente da Aradia e da Ravena e tomei o meu rumo. Já era final da tarde e no cam
Quando abri os olhos ela estava lá, parada na janela de seu quarto observando as estrelas. Antes de me aproximar a admirei por alguns segundos; seus cabelos soltos caindo por suas costas e sendo bagunçados pela brisa noturna, a forma com que ela estava perdida em seus pensamentos como se estivesse voando entre aqueles pontos piscantes mentalmente, me aproximei lentamente e sentei ao seu lado despertando-a de seu devaneio.— Olá. — Ela beijou meu ombro e apoiou sua cabeça ainda olhando para o céu.— Olá. — Beijei sua testa. — Como você está?— Estou bem. Só um pouco perdida em pensamentos enlouquecedores! — Ela deu um sorriso meio triste que fez meu coração pulsar de dor.— Por que? — Falei, confuso e aflito.— Sabe tenho medo. — Ela me olhou de soslaio.— Medo
Estávamos perdidos em nossa conversa quando minha mãe entrou em casa com uma cara de birra bem séria.— O que foi mãe? — Falei preocupado.— Quando iria me contar que está namorando? — Ela falou fazendo um bico enorme.— O vovô é um grande linguarudo, eu ia te contar hoje! — Falei indo ao seu encontro e sorrindo.— Você está vendo Ravena? Ele conta para o avô dele primeiro do que para a gente que convive nessa casa com ele! — Ela falou furiosa.— Na verdade, eu já sabia. — A Ravena falou escondendo um risinho descontraído.— Quer dizer então que é assim Merlin, todo mundo sabe da sua namorada menos eu que sou a sua mãe? É isso mesmo; a gente cria dá amor dá carinho para o filho crescer e não nos falar mais nada. &
Quando voltei para casa minha mãe e a Ravena estavam sentadas no sofá conversando sobre algo.— Aonde você estava? — Perguntou Aradia.— Adivinha? — Falei me sentando no meio delas completamente sorridente— Não sei. — Ela disse dando de ombros.— Eu consegui! Estava lá no outro mundo com a Isis. — Falei animado!— Conseguiu levar a Isis para aquele lugar? — Ravena falou pensativa.— Sim, precisavam ver o sorriso encantador dela admirada com a praça, as pessoas demonstrando seu poder ao ar livre. — Falei lembrando do quanto a Ísis tinha ficado feliz.— Você estava na praça? — Ravena falou confusa.— Sim. — Eu disse animado.— Eu também estava lá, mas não vi vocês! — Ela falou um pouco perdida.
Quando acordei fui diretamente ver se a Ravena ainda estava no quarto, bati na porta e demorou uns dois minutos até que ela abrisse descabelada e com cara de sono!— O que houve? — Ela falou bocejando.— Preciso de sua ajuda. — Falei segurando um risinho ao notar sua cara assustada e sonolenta.— Espero que seja muito importante para estar me acordando às seis da manhã. — Ela respirou fundo tentando manter os olhos abertos.— Eu acredito que vou ser pai! — Falei completamente animado.— Oi? — Ela arregalou os olhos e saiu do quarto me encaminhando ao sofá da sala!— Acordou né! — Eu ri. — Eu tenho certeza que a Isis está grávida. — Falei agora assustado com minhas próprias palavras.— Como assim! — Ela sentou no sofá e me encarou.— Você sabe
Quando entrei a Isis não estava na sala, então chamei seu nome algumas vezes e ela não me respondeu. Meu coração começou a bater forte ao não escutar sua voz em resposta ao meu chamado.— Amor? — Gritei um pouco mais alto, olhei todo o andar de baixo e subi as escadas num surto de adrenalina; ela não respondia, ela não estava ali, aonde ela estaria então? Procurei em nosso quarto e nada! — Amor? — Gritei novamente quase enlouquecendo. Já não tinha mais lugar nenhum que eu procurasse; meu coração estava quase pulando da minha boca quando me lembrei de um lugar.Passei pela porta do quarto em direção ao fundo do corredor, a porta do quarto de hospedes estava meio entreaberta; costumávamos guardar as roupinhas do bebê lá então entrei. Ela estava sentada na cama dobrando as roupinhas e ouvindo m&uacut
De repente a porta se abriu e entrou Philipus e dois homens que eu não conhecia. O encarei assustado e confuso, como ele poderia estar ali?— Como? — Falei intrigado com a sua presença!— Olá para você também, Senhor Merlin! — Ele falou sorridente.— Como você veio parar aqui? — Falei confuso e com raiva.— Olha é uma longa história, mas suponho que terei muito tempo para te contar! — Ele falou se aproximando da minha cadeira.— Cadê a Isis, Philipus? — Perguntei tentando me soltar da cadeira.— Ela está segura e será bem cuidada. — Ele falou dando de ombros.— Ela está grávida, tenha coração! — Falei irado.— Você teve coração quando me escreveu doente? — Ele me encarou! &mdash