Quando acordei fui diretamente ver se a Ravena ainda estava no quarto, bati na porta e demorou uns dois minutos até que ela abrisse descabelada e com cara de sono!
— O que houve? — Ela falou bocejando.
— Preciso de sua ajuda. — Falei segurando um risinho ao notar sua cara assustada e sonolenta.
— Espero que seja muito importante para estar me acordando às seis da manhã. — Ela respirou fundo tentando manter os olhos abertos.
— Eu acredito que vou ser pai! — Falei completamente animado.
— Oi? — Ela arregalou os olhos e saiu do quarto me encaminhando ao sofá da sala!
— Acordou né! — Eu ri. — Eu tenho certeza que a Isis está grávida. — Falei agora assustado com minhas próprias palavras.
— Como assim! — Ela sentou no sofá e me encarou.
— Você sabe
Quando entrei a Isis não estava na sala, então chamei seu nome algumas vezes e ela não me respondeu. Meu coração começou a bater forte ao não escutar sua voz em resposta ao meu chamado.— Amor? — Gritei um pouco mais alto, olhei todo o andar de baixo e subi as escadas num surto de adrenalina; ela não respondia, ela não estava ali, aonde ela estaria então? Procurei em nosso quarto e nada! — Amor? — Gritei novamente quase enlouquecendo. Já não tinha mais lugar nenhum que eu procurasse; meu coração estava quase pulando da minha boca quando me lembrei de um lugar.Passei pela porta do quarto em direção ao fundo do corredor, a porta do quarto de hospedes estava meio entreaberta; costumávamos guardar as roupinhas do bebê lá então entrei. Ela estava sentada na cama dobrando as roupinhas e ouvindo m&uacut
De repente a porta se abriu e entrou Philipus e dois homens que eu não conhecia. O encarei assustado e confuso, como ele poderia estar ali?— Como? — Falei intrigado com a sua presença!— Olá para você também, Senhor Merlin! — Ele falou sorridente.— Como você veio parar aqui? — Falei confuso e com raiva.— Olha é uma longa história, mas suponho que terei muito tempo para te contar! — Ele falou se aproximando da minha cadeira.— Cadê a Isis, Philipus? — Perguntei tentando me soltar da cadeira.— Ela está segura e será bem cuidada. — Ele falou dando de ombros.— Ela está grávida, tenha coração! — Falei irado.— Você teve coração quando me escreveu doente? — Ele me encarou! &mdash
— O que você está fazendo? — Ela se aproximou de mim e sussurrou furiosa.— Estou salvando sua vida, meu amor. — Falei triste.— Não vê que isso não vai resolver? Sabe que isso não é possível então não blefe com ele! Quando ele perceber que não está dando certo ele vai matar você e caçar a nossa família nem mesmo que seja no fim do mundo! E outra, ele não vai aceitar ficar sem mim, você o criou assim e sabe que ele me ama o suficiente para não abrir mão.— Se você estiver na realidade, não; eu preciso pelo menos ganhar tempo! — Falei não vendo nenhuma outra alternativa.— E você acha que ele não pensou nisso tendo arquitetado todo um plano com normas e leis do seu mundo? Você acha que ele não vai colocar pessoas
Logo a parteira chegou e iniciaram o processo do parto, ela não estava muito dilatada para a passagem do bebê então tiveram que esperar um pouco mais e fazer alguns exercícios. Ravena encheu uma banheira com água morna e logo Isis se deitou dentro e tentou relaxar... A dor era insuportável, mas ela aguentaria pela filha dela! Logo as lágrimas alcançaram o seu rosto; aquilo estava errado, era para Merlin estar ali, segurando suas mãos, a acalmando, mas ele não estava. Ele estava preso num cativeiro se sacrificando para que aquilo estivesse acontecendo. Ela se emocionou ao pensar nisso, valeria a pena; tinha que valer! Ravena estava fazendo um cafuné em seus cabelos para que ela pudesse relaxar e aguentar a dor, a parteira media sua pressão minuto após minuto, eles nunca optaram pela maternidade no submundo, eram parteiras que faziam os trabalhos pois acreditavam ser melhor para mãe e para
1 Ano Depois...Abri os olhos e pude vê-la deitada sobre a cama com seu olhar perdido no vazio, me aproximei despertando-as de seus devaneios.— Merlin. — Isis cerrou os olhos tentando discernir se era real ou apenas um sonho.— Oi meu amor. — Falei abraçando-a.— Estava com tanta saudade. Por que se arriscou a vir me ver? — Ela falou com seu rosto aninhado em meu pescoço e a voz embargada.—Meu amor, eu não poderia deixar de vir num dia tão especial. Amanhã nossa filha faz um aninho de vida. — Falei sorrindo para ela.— Sim! Eu não poderia estar mais feliz, queria tanto que estivéssemos ao lado dela. — Ela falou limpando as lágrimas que agora caiam sobre seu rosto.— Mas estamos meu amor; estamos aqui por ela, e eu sei que um dia podere
Aradia estava sentada na poltrona da biblioteca aonde trabalhava quando viu um papel diferente na bancada da recepção entre os livros que ela costumava ver, então ela pegou o papel e se sentou em sua poltrona para ler o que havia escrito nele.“Olá mamãe.Nunca estive com tantas saudades. Já fazem dois anos que nós não sentamos e conversamos numa bela tarde ensolarada não é mesmo? Só estou escrevendo essa carta para lhe dizer que estou bem e com muitas saudades, ah dona Aradia que saudade de suas paparicações e da sua comida, não há mulher mais incrível que a senhora sabia? Espero de coração que esteja bem e feliz, e não vejo a hora de voltar para casa. Sei que a senhora não entende porque tive que te deixar tão rápido sem nem ao menos lhe explicar nada, mas, foi por uma causa justa; foi em pro
— Mamãe por que nos mudamos para cá? — Ângela falou olhando para a nova casa de grade na frente e um lindo jardim.— Não meu amor não nos mudamos não; já morávamos aqui só passamos uma temporada em outro lugar! — Ravena falou sorrindo.— Tudo bem então, mamãe. — Ângela sorriu e olhou para o novo jardim.— Meu amor vem cá. — Ravena falou chamando a menina e sentando-se com ela no batente da porta.— Está vendo aquela grade? — Ravena apontou para o portão da casa.— Sim estou. — Ângela disse olhando-a— Não poderá ultrapassá-la até que esteja pronta, tudo bem? — Ravena falou a encarando carinhosamente.— Por que mamãe? Por que não estou pronta? —
7 Anos Depois...Ravena terminou o almoço e foi até o lado de fora procurar por Ângela, que estava observando as pessoas na rua...— O que está fazendo meu bem? — Ravena falou se sentando no batente da porta ao lado da menina.— Por que nós não podemos passear lá fora mãe? — A menina falou olhando para um grupinho de três meninas que passavam na rua. — Por que não posso ter amigas como elas?— Eu já te falei sobre isso meu bem. Atrás dessas grades é perigoso; olha vou te explicar, aqui dentro eu posso te proteger de quaisquer coisas ruins, mas como eu te disse antes, lá fora existem pessoas que gostam de fazer o mal e quando você sair nem sempre poderei te proteger, você é muito especial e precisa estar preparada para se proteger sozinha! — Ravena falou carin