Por fim terminei meu último capítulo, ao olhar o ‘The End’ escrito no final meu coração se alegrou de uma forma sem igual. Acho que eu nunca entendi o quão valioso poderia ser um personagem até encontrar a Isis; até terminar aquela história. Eu estava super animado e quando me dei conta já eram quase duas da tarde, eu precisava comemorar aquele termino, mas estava me sentindo muito cansado! Fechei o notebook, entrei e coloquei sobre a escrivaninha, mamãe estava sentada na sala em uma ligação, coloquei meu almoço e tentei não prestar atenção em sua conversa, mas foi quase impossível; quando ela desligou fingi estar distraído.
— Achei que não sairia mais da tela do notebook filho. — Ela falou olhando alguns artigos que estavam jogados no sofá.
— Ah eu finalmente terminei meu ú
Eu a segui; atravessamos o jardim indo em direção a uma colina que havia depois da floresta, eu havia criado tudo ali, mas tinha a sensação de ser tudo tão novo! A vista da colina dava para um imenso rio e depois do rio havia uma pequena aldeia. De lá de cima dava para ver as pessoas andando pela cidade como se fosse tudo muito real, eu havia criado aquela colina para que o Philipus pudesse ter um lugar para impressioná-la; mas a ordem dos acontecimentos estava mudando e quem estava ali com ela era eu! Eu já não sabia que consequência isso traria, mas a sensação que eu tinha ao ver tudo aquilo me fez esquecer que em parte não era real. Eu não queria saber eu só queria estar ali, porque não? Que mal traria? Ela se sentou bem no topo da colina encarando a aldeia e eu me sentei ao seu lado, por um momento a vi se perder em seus pensamentos e percebi o quanto ela estava s
Quando abri os olhos ela estava lá, sentada de frente para o mar, pensativa. Me sentei ao seu lado e admirei a beleza daquele lugar.— Não faz sentido! — Ela falou olhando para as mãos.— O que? — Falei olhando seu rosto.— Tudo isso, algo não está certo. — Ela falou perdida em sua mente, parecia estar travando uma grande batalha consigo mesma.— Me diz o que você acha que não está certo! — Falei esperando por uma resposta que me fizesse entender que de fato não estava.— Eu olho as crianças da aldeia, e eu não tenho lembranças da minha infância, eu sei que eu não tive uma vida, eu só passei a existir. Um belo dia eu acordei com um destino traçado e eu sempre acreditei que fosse ajudar as pessoas, que eu havia sido criada para isso. Quando eu conheci o Philipus, quando
— Eu fui amiga da mãe dele… Fui preparada para ser a vigilante dele, mas aí encontrei alguém; me apaixonei e iniciamos um romance, e foi muito difícil! Então eu me acovardei e coloquei outra pessoa em meu lugar, mas então essa pessoa morreu e seu pai ficou sozinho no mundo, eu ia olhá-lo de vez em quando, foi quando conheci o Jeremias e falei com ele sobre seu pai. Ele não podia ter filhos acho que você já sabe disso, e ele resolveu ir até esse garoto que eu falei ser tão especial e foi amizade à primeira vista. Seu pai foi crescendo, desenvolvendo melhor os poderes e aí conheceu sua mãe! Ele achava ser apenas destino, mas não era, eles foram predestinados, e então fomos ficando muito próximos e fui o ajudando. — Novamente ela falava como se estivesse numa viagem no tempo. — Como assim predestinados? — Aquilo me chamou muito atenção — Deuses e suas gerações não se apaixonam como os mortais, eles são destinados para alguém. Deus o maior de todos os deuses criou
Uns dois minutos depois a Isis terminou e logo veio se sentar ao meu lado, ela apoiou a cabeça em meu ombro e fitou os olhos no mar pensativa. — O que ele te disse? — Ela perguntou. — Pediu para que eu desistisse de você! — Falei pensativo. — E você? — Ela encarou a areia por um instante. — Não o julgo, sei que é culpa minha, mas não posso. Não vou desistir de você! — Falei a abraçando e chegando-a para mais perto de mim. — Eu queria muito estar em outras circunstâncias. Mas fico feliz de estar aqui, com você! — Ela sorriu e me olhou. — Eu também, você não sabe por quanto tempo esperei por alguém como você. — Nossos olhares se encontraram. — E o que faremos? — Ela perguntou com uma expressão preocupada. — Daremos um jeito. Eu darei um jeito de te tirar daqui e seremos felizes. — Eu sorri. Eu não sabia o que fazer, mas eu faria a
Quando terminei de tomar banho minha mãe tinha dado uma saída e quando cheguei até a porta vi a Ravena sentada perdida em pensamentos. — Está melhor? — Perguntei, me sentando ao seu lado. — Admiro todas essas pessoas, andam como se estivessem despreocupadas com o futuro. — Ela falou com uma expressão completamente dura. — Sei como se sente, não é fácil ser diferente num planeta onde o normal está dentro de um padrão relativamente pequeno. — Falei observando as pessoas passeando nas ruas. — Um dia será diferente, eu sei que sim! Se sua avó estivesse aqui; seria! — Ela sorriu. — Por que? — Falei curioso — O que ela faria para mudar? — Não posso falar, é complicado! — Ela deu de ombros. — Mas o que ela faria se estivesse aqui? Às vezes eu ficava chateado por ter tantos mistérios, nunca sabemos de algo por completo e isso me deixa frustrado. — Falei analisando sua expressão. — Entendo. Su
O resto do dia para mim foi bastante tranquilo, logo chegaria o dia da minha viagem para resolver a questão de novos projetos com a Chloe e me dei conta de que não havia falado sobre isso com a Isis. Queria poder deixá-la orgulhosa, mas não tive tempo para isso, da mesma forma eu estava feliz! Estava revigorado então resolvi dar uma saída; sentar um pouco na praça e analisar as pessoas a minha volta. Eu queria muito acreditar que em pouco tempo ela estaria ali comigo, falando sobre seu dia e animada com outras questões e isso me deixava entusiasmado, me deixava um pouco completo e eu não via a hora de poder apresentá-la ao mundo. Logo o dia de minha viagem para ir ao encontro da Chloe chegou; eu iria ficar três dias na cidade de Heidelberg. Pronto para partir me despedi brevemente da Aradia e da Ravena e tomei o meu rumo. Já era final da tarde e no cam
Quando abri os olhos ela estava lá, parada na janela de seu quarto observando as estrelas. Antes de me aproximar a admirei por alguns segundos; seus cabelos soltos caindo por suas costas e sendo bagunçados pela brisa noturna, a forma com que ela estava perdida em seus pensamentos como se estivesse voando entre aqueles pontos piscantes mentalmente, me aproximei lentamente e sentei ao seu lado despertando-a de seu devaneio.— Olá. — Ela beijou meu ombro e apoiou sua cabeça ainda olhando para o céu.— Olá. — Beijei sua testa. — Como você está?— Estou bem. Só um pouco perdida em pensamentos enlouquecedores! — Ela deu um sorriso meio triste que fez meu coração pulsar de dor.— Por que? — Falei, confuso e aflito.— Sabe tenho medo. — Ela me olhou de soslaio.— Medo
Estávamos perdidos em nossa conversa quando minha mãe entrou em casa com uma cara de birra bem séria.— O que foi mãe? — Falei preocupado.— Quando iria me contar que está namorando? — Ela falou fazendo um bico enorme.— O vovô é um grande linguarudo, eu ia te contar hoje! — Falei indo ao seu encontro e sorrindo.— Você está vendo Ravena? Ele conta para o avô dele primeiro do que para a gente que convive nessa casa com ele! — Ela falou furiosa.— Na verdade, eu já sabia. — A Ravena falou escondendo um risinho descontraído.— Quer dizer então que é assim Merlin, todo mundo sabe da sua namorada menos eu que sou a sua mãe? É isso mesmo; a gente cria dá amor dá carinho para o filho crescer e não nos falar mais nada. &