Enquanto Beatrice se aproximava, Alexander ficou completamente confuso e sem saber como agir. Eu não pude deixar de rir. Ele me fuzilou com o olhar e saiu.
Assim que ela chegou até mim, disse:
- Não acho que ele seja um homem com o qual Vossa Alteza deva brincar.
- Eu não estava brincando com ele, Beatrice.
- Homens como ele são perigosos.
- Eu...
- Sei do que estou falando, Alteza. Conheci muitos tipos assim, acredite.
- De alguma forma eu preciso machucá-lo.
- Não use seu próprio corpo para isso. Pode não conseguir contê-lo da próxima vez.
Me senti completamente envergonhada ao ouvir as palavras dela. Sim, eu sabia que havia ferido ele no fundo do seu coração. Mas ao mesmo tempo aticei ainda mais o fogo e a fúria que ele tinha dentro de si.
- Ele é um doente desgraçado. – falei.
- Cuide par
Eu não acreditava que Sean havia feito aquilo. Se eu tinha um pingo de dúvida sobre a lealdade dele a mim, se acabava naquele momento.Dirigi-me ao carro com Estevan, ainda tentando entender aquele gesto do meu motorista.- Não seria mais fácil termos ido ao seu apartamento? – perguntei.- E perdermos a chance de explorar Avalon juntos? – ele sorriu.Entramos no carro e ele me encarou:- Para onde?Porra, eu não tenho a mínima ideia. Eu não conheço nada deste reino, Estevan. E pasme, eu sou a futura rainha dele. E só para constar, em três semanas vou conhecer o meu futuro marido. Será que conto para você e o obrigo a me roubar de meu pai? Ou continuo tentando ajudar o povo do lado de lá, que precisa que Stepjan Beaumont seja definitivamente desmascarado?- Para onde você quiser. – respondi.Ele ficou pensando um temp
Quem olhava aquele homem na rua não sabia tudo que ele conseguia fazer com o corpo de uma mulher. Ele me deixava completamente entregue a ele... E com o desejo e o tesão a flor da pele. Deve ter sido ensinado por prostitutas, ou pelo próprio diabo... Eu não havia feito amor com nenhum outro homem na minha vida a não ser ele, mas eu duvidava que alguém pudesse superá-lo.Claro que depois que gozei meu corpo ficou um tempo esperando para se recompor e conseguir se mover novamente. Então eu voltei para o meu banco, ao lado dele e decidi que era hora de fazer meu primeiro sexo oral... Hora de devolver todo prazer recebido, segundo por segundo. Também quero sentir você gozando para mim, Estevan...E ele estava com o pau duro o tempo inteiro. Lembrei da noite anterior que ficamos juntos e lembrei das maravilhas que aquilo fazia em mim. Por qual motivo o sexo era tabu para algumas pessoas se era tão b
- Sabe que sempre que estou com você eu não penso no dia de amanhã? – confessei enquanto meus dedos alisavam o peito dele.- E quem se importa com o dia de amanhã?- Eu deveria...Ele me encarou, tirando uma mecha do meu cabelo que tentava ofuscar meus olhos, deixando-a descansar atrás da minha orelha.- Se você imaginasse o que é a minha vida e o quanto eu tenho de compromissos e situações para resolver... Você é o que me faz esquecer tudo. Quando estou com você é como se só nós dois importasse e nada mais.- Sou como suas férias? – perguntei rindo.- Meu oásis no deserto! – ele disse me puxando para ainda mais perto dele.- Espero que Sean fique bem.- Está falando sério? Aposto que ele está deitado num hotel, deitado numa cama confortável, bebendo espumante.-
Eu olhei para ele e achei não ter entendido direito.- Eu... Acho que não ouvi.- Você ouviu... Não torne tudo mais difícil do que já é.Fiquei em silêncio, tentando assimilar a situação. Passamos horas fazendo sexo e juras de amor. Então o dia amanhece, ele decide me levar de volta e me fala que vai casar com outra mulher? Não... Isso não pode ser verdade. Ou ele é completamente louco (e neste caso acho que pode ser até mais que Alexander) ou eu sou a pessoa mais idiota e burra do mundo inteiro.- Satini, meu amor... – ele tocou minha perna.Eu peguei a mão dele e retirei.- Pare o carro. – eu disse em voz alta.- Não, eu não vou parar o carro.- Para a porra do carro agora. – eu gritei.- Eu não vou fazer isso.Eu abri a porta com o carro em movimento. Se eu iria me
Despertei sentindo dor nas costas e com um pouco de dificuldade para respirar, além de tosse.Olhei e vi Léia e Mia sentadas próximas a mim. Assim que perceberam que eu estava acordada as duas se aproximaram da cama.- Como está, querida? – perguntou Léia passando a mão na minha testa.- Bem... Mas com fome.- Está tudo pronto aqui para você, meu bem.As duas me ajudaram a sentar, colocando almofadas e travesseiros atrás das minhas costas. Apesar de tudo, eu me sentia um pouco melhor. Mia trouxe uma tigela com uma sopa e começou a dar na minha boca. Era uma sopa leve e rala, mas estava gostosa. Aliás, com a fome que eu sentia era capaz de comer qualquer coisa.- O que aconteceu? – perguntei. – Acho que tive febre.- Sim, meu bem. Já passa da meia noite. Alexander percebeu que você estava com muita febre. Ele lhe medicou e depois
Sim, meu pai não quis saber sobre mim naquele dia. Mas em nada mudou o domingo “em família”.Embora eu soubesse que ele havia sido informado de eu ter passado mal, estar febril e delirando, não tocou no assunto, nem perguntando se eu estava melhor. Talvez ele estivesse decepcionado por eu estar sentada à mesa naquele momento e não dentro de um caixão. Sorri para mim mesma... Eu era forte, muito forte. Sobreviver 17 anos a Stepjan Beaumont não era para qualquer um. Conversei com Beatrice sobre os preparativos para o baile, que seria em menos de três semanas. Ela contratou uma equipe de decoração indicada por alguém que ela conhecia e me garantiu, entusiasmada, que seria tudo perfeito. Mal ela sabia que não havia a mínima possibilidade de ser perfeito, pois eu não queria conhecer meu futuro marido.Primeiro eu queria evitar o casamento por meu amor a
Eu segui em silêncio, escutando somente o som do carro em movimento. Sabia que havia pessoas do meu lado e eu sentia cheiros diferentes. Tentava ficar calma, embora fosse quase impossível naquele momento. Ninguém dizia nada. O silêncio absoluto pairava no ar. Eu sequer tentei fugir, pois percebi que era impossível. Eles eram muitos. E nós só tínhamos Sean. Eu esperava que ele e Mia estivessem bem. Se acontecesse algo com eles, eu morreria de culpa.O carro parou e me fizeram caminhar. Eu queria fazer perguntas, mas as palavras morriam na minha garganta. O silêncio ainda pairava e eu só escutava os sons dos passos no chão.Fui posta em uma cadeira e me amarraram, com as mãos para trás.- Está... Doendo. – falei com dificuldade e medo.Não pensei que fossem soltar um pouco a pressão da corda. Mas foi o que fizeram. O capuz foi tirado da minha c
Depois de ouvir tudo, minha tia disse:- Não posso dizer que é um plano perfeito. Precisamos fazer alguns ajustes... Não quero uma guerra com Stepjan neste momento, mesmo sabendo que tenho como defender a Coroa Quebrada.- Vocês... Tem como se defender da guarda real?- Sim... Temos alguns guardas infiltrados... Não dentro do castelo, mas nas posições externas. Nem tudo é perfeito na segurança do castelo de Stepjan.- Vocês estão melhores organizados do que eu imaginava.- Sim... Foram muitos anos nos preparando para este momento. E temos muitos aliados na alta cúpula de Avalon, inclusive na Corte.- Na corte? – perguntei completamente estupefata.- Somos bem armados... Mas eu não queria a guarda real aqui dentro da Coroa Quebrada. Não quero a morte dos meus soldados, entende? E não quero assumir uma Avalon onde eu tive que mat