Narrado por Mason Dasílis:O grito que rasgou a noite me acordou instantaneamente, fazendo meu coração bater acelerado. Eu saltei da cama, o corpo ainda pesado pelo cansaço, e corri para o quarto de Eva sem pensar duas vezes. A viagem tinha sido longa e cansativa, mas a necessidade de verificar se ela estava bem superou qualquer sensação de exaustão.Ao abrir a porta do quarto dela, encontrei Eva assustada e inquieta, a respiração irregular e o suor escorrendo pela testa. A visão dela naquele estado de pânico me fez parar por um instante. Eu podia ver que ela estava lidando com um pesadelo. O olhar dela estava distante, como se ainda estivesse lutando para sair das garras do sonho horrível.— E...stá, tudo bem? — Minha voz colidiu com o controle que tenho tentado até o momento, chama-la pelo o seu nome, ao perceber que a chamaria de Eva, a voz saiu baixa e calma, tentando não assustá-la ainda mais. Sentei-me ao seu lado na cama, observando-a com atenção enquanto tentava se recompor.
Narrado por Eva Solis:Quando Mason me convidou para o evento automobilístico, fiquei dividida. A ideia de passar a noite com ele parecia tentadora, uma chance para nos conhecermos melhor. No entanto, o trabalho na confeitaria era uma responsabilidade que eu não podia simplesmente ignorar. A situação se complicava ainda mais porque Mason já havia mencionado que, com a gravidez, minha capacidade de trabalhar seria limitada em breve. Essa perspectiva de ter que deixar meu emprego mais cedo do que eu imaginava me deixava ansiosa.Estou aprendendo tanto. Enquanto Mason se afastava, a preocupação começou a me consumir. O pensamento de que os funcionários da confeitaria poderiam me ver com Mason no evento automobilístico me deixava inquieta. O que aconteceria se eles descobrissem? Eu temia que essa descoberta pudesse causar um caos que afetaria a estabilidade do meu trabalho. Saí de casa com Isabela e Fátima, tentando controlar o turbilhão de pensamentos que estava em minha mente. Quando
Narrado por Mason Dasíls:Quando cheguei ao escritório, a satisfação de pensar no evento automobilístico com Eva ainda me aquecia. No entanto, essa sensação de bem-estar foi rapidamente substituída pela tensão que surgiu quando Antoni entrou, carregando uma pilha de envelopes e relatórios. A informação que ele trazia estava prestes a mudar o tom do meu dia.Antoni começou a ler os relatórios sobre Eva Solis, e eu o interrompi antes que ele chegasse aos detalhes da infância dela. — Vamos direto ao ponto. O que temos sobre os eventos mais recentes?— Sim, senhor Dasílis,— respondeu Antoni, ajustando seus óculos e passando para a parte relevante dos documentos. — Eva Solis sempre foi uma boa garota, foi obrigada a deixar a casa dos pais. Segundo uma antiga funcionária da família, havia constantes desentendimentos com a madrasta e a irmã, até que um dia, a irmã revelou na mesa durante uma refeição, que o mal estar de Eva era porque ela esta grávida, o pai ficou revoltado com a notícia, ap
Narrado por Eva Solis:A discurssão com Mason foi intensa, eu me senti sufocada com ele exigindo que o motorista estivesse o tempo inteiro no meu encalço, discutimos e no final nos rendemos a um desejo inesperado, sequer pude compreender as sensações no meu corpo por todo o momento, eu me desconheci e a ele também. — Caralho! — Mason solta um xingamento apoiado a mim, estou tremendo e ele também, o que me faz sorri. — Não sabia que você xingava. — O homem a minha frente molha os lábios parecendo estarrecido com o que está acontecendo. — Nem eu! — a voz sai rouca, Mason se afasta tentando se ajeitar, enquanto eu desço da mesa. Até pensar que Isabela e Fátima tinha acabado de sair, e elas poderiam estar atrás da porta. — Meu Deus! — Corro em direção a porta, ignorando o meu corpo, mas chego até a porta encontrando-a vazia do lado de fora, as pernas bambas, um liquido escorrendo entre elas. — Elas não ficariam aí, certamente para evitar que a Isa ouvisse a nossa briga, com certeza a F
Narrado por Mason Dasílis:A manhã se desenrolava com uma serenidade rara, e eu estava perdido em pensamentos, refletindo sobre a noite passada e o desejo de um novo começo. Ao sair do quarto e descer para a sala de refeições, encontrei Eva já em pé, montando a mesa com a calma e dedicação de sempre. —Bom dia,— eu disse, tentando esconder a minha surpresa ao ver a forma como ela se dedicava à rotina matinal.Eva me cumprimentou com um sorriso, um gesto que me fez refletir sobre o peso que ela carregava. — Você deveria aproveitar para descansar um pouco, querida. Hoje é sábado,— eu sugeri, notando a carga de responsabilidades que parecia pesar sobre seus ombros.No entanto, Eva continuou com suas tarefas, sem demonstrar qualquer sinal de cansaço ou desejo de parar. Senti que era um esforço excessivo para alguém que já tinha tanto a administrar: Isabela, a casa, e ainda assim se dedicava a cuidar de tudo com um afinco admirável.Quando Fátima e Isabela desceram, Eva foi para a cozinha,
Mason saiu de casa, me deixando com Fátima e Isabela. A atmosfera estava carregada de tensão, e eu não pude evitar perguntar a Fátima, antes que ele alcançasse o carro: “O que ele queria com você?”Fátima balançou a cabeça em negação. “Nada demais. Ele tem tentado ser gentil conosco.”Seu tom e o semblante fechado não me passaram segurança, e eu ergui as sobrancelhas, um pouco cética. “É, eu sei.” A resposta dela apenas intensificou o sentimento de culpa que eu já carregava.Com Mason fora, eu me senti aliviada, sabendo que Fátima e Isabela ficariam na mansão. Saí de casa com o motorista, Endrick, e ele me pediu para não sair sem ele no futuro. O medo dele de perder o emprego, especialmente devido a Mason, me comoveu e, inesperadamente, acabamos desenvolvendo uma amizade. Sua preocupação genuína e a necessidade de segurança trouxeram uma conexão inesperada entre nós.Cheguei à confeitaria cedo, muito graças à pontualidade e ao cuidado de Endrick. A manhã começou com uma turbulência co
Narrado por Mason Dasílis:Ao chegar ao evento, percebi o comportamento descontrolado da mulher ao meu lado, ela não parecia nada com a mesma que encontro em casa, um jeito doce, calmo, e até mesmo na turbulência ela é silenciosa. Essa estava bebendo, rindo alto e insistindo em dirigir todos os carros luxuosos expostos. O caos que ela estava causando imediatamente me deixou inquieto. Não era apenas a extravagância, mas a falta de respeito pelas normas do evento que me incomodava.Tentei manter a compostura, mas rapidamente me vi tendo que intervir para evitar que ela colocasse as mãos em mais veículos. A situação estava ficando cada vez mais difícil de controlar. Os seguranças não queriam ser grosseiros, a medida que ela entrava nos carros. Era melhor eu me retirar para evitar um embate maior e garantir que o evento não se transformasse em um fiasco completo.Enquanto me preparava para sair, Ezra pediu para ir ao banheiro. Aguardando na área de saída, a frustração de ter que lidar co
Eu não fazia ideia do que Ezra fez no evento, beber tão exageradamente, para mim, já era demais. O cheiro do espumante é agradável, porém apenas foquei no meu trabalho, o que me trouxe um grande alívio, mas porém enorme cansaço.Quando Ezra ligou para mim, eu ainda arrumando a cozinha com Cloud, já que os petiscos a serem servidos eram os finais, e os doces já haviam sido montados nas bandejas, tudo que restavam era trabalho dos garçons, recolhi as louças, deixando apenas as bandejas. Sai me afastando dos funcionários, atendendo a sua ligação, sendo informada, para encontra-la no banheiro.Não era o mesmo banheiro que nós funcionários poderia utilizar. — Chefe...— Cloud olhava para as bandejas enquanto retornei. — Trabalhamos bastante, hein. — Sorri ao ver o cansaço e a alegria impressa em seu rosto. — Sim. — Mas como dizia o meu pai, o sucesso só vem com esforço. — Assenti, imaginando como pediria para sair. — Cloud, estou exausta, se importaria de...— Mas apoiando-se a bancada, o m