Narrado por Mason Dasíls:Quando cheguei ao escritório, a satisfação de pensar no evento automobilístico com Eva ainda me aquecia. No entanto, essa sensação de bem-estar foi rapidamente substituída pela tensão que surgiu quando Antoni entrou, carregando uma pilha de envelopes e relatórios. A informação que ele trazia estava prestes a mudar o tom do meu dia.Antoni começou a ler os relatórios sobre Eva Solis, e eu o interrompi antes que ele chegasse aos detalhes da infância dela. — Vamos direto ao ponto. O que temos sobre os eventos mais recentes?— Sim, senhor Dasílis,— respondeu Antoni, ajustando seus óculos e passando para a parte relevante dos documentos. — Eva Solis sempre foi uma boa garota, foi obrigada a deixar a casa dos pais. Segundo uma antiga funcionária da família, havia constantes desentendimentos com a madrasta e a irmã, até que um dia, a irmã revelou na mesa durante uma refeição, que o mal estar de Eva era porque ela esta grávida, o pai ficou revoltado com a notícia, ap
Narrado por Eva Solis:A discurssão com Mason foi intensa, eu me senti sufocada com ele exigindo que o motorista estivesse o tempo inteiro no meu encalço, discutimos e no final nos rendemos a um desejo inesperado, sequer pude compreender as sensações no meu corpo por todo o momento, eu me desconheci e a ele também. — Caralho! — Mason solta um xingamento apoiado a mim, estou tremendo e ele também, o que me faz sorri. — Não sabia que você xingava. — O homem a minha frente molha os lábios parecendo estarrecido com o que está acontecendo. — Nem eu! — a voz sai rouca, Mason se afasta tentando se ajeitar, enquanto eu desço da mesa. Até pensar que Isabela e Fátima tinha acabado de sair, e elas poderiam estar atrás da porta. — Meu Deus! — Corro em direção a porta, ignorando o meu corpo, mas chego até a porta encontrando-a vazia do lado de fora, as pernas bambas, um liquido escorrendo entre elas. — Elas não ficariam aí, certamente para evitar que a Isa ouvisse a nossa briga, com certeza a F
Narrado por Mason Dasílis:A manhã se desenrolava com uma serenidade rara, e eu estava perdido em pensamentos, refletindo sobre a noite passada e o desejo de um novo começo. Ao sair do quarto e descer para a sala de refeições, encontrei Eva já em pé, montando a mesa com a calma e dedicação de sempre. —Bom dia,— eu disse, tentando esconder a minha surpresa ao ver a forma como ela se dedicava à rotina matinal.Eva me cumprimentou com um sorriso, um gesto que me fez refletir sobre o peso que ela carregava. — Você deveria aproveitar para descansar um pouco, querida. Hoje é sábado,— eu sugeri, notando a carga de responsabilidades que parecia pesar sobre seus ombros.No entanto, Eva continuou com suas tarefas, sem demonstrar qualquer sinal de cansaço ou desejo de parar. Senti que era um esforço excessivo para alguém que já tinha tanto a administrar: Isabela, a casa, e ainda assim se dedicava a cuidar de tudo com um afinco admirável.Quando Fátima e Isabela desceram, Eva foi para a cozinha,
Mason saiu de casa, me deixando com Fátima e Isabela. A atmosfera estava carregada de tensão, e eu não pude evitar perguntar a Fátima, antes que ele alcançasse o carro: “O que ele queria com você?”Fátima balançou a cabeça em negação. “Nada demais. Ele tem tentado ser gentil conosco.”Seu tom e o semblante fechado não me passaram segurança, e eu ergui as sobrancelhas, um pouco cética. “É, eu sei.” A resposta dela apenas intensificou o sentimento de culpa que eu já carregava.Com Mason fora, eu me senti aliviada, sabendo que Fátima e Isabela ficariam na mansão. Saí de casa com o motorista, Endrick, e ele me pediu para não sair sem ele no futuro. O medo dele de perder o emprego, especialmente devido a Mason, me comoveu e, inesperadamente, acabamos desenvolvendo uma amizade. Sua preocupação genuína e a necessidade de segurança trouxeram uma conexão inesperada entre nós.Cheguei à confeitaria cedo, muito graças à pontualidade e ao cuidado de Endrick. A manhã começou com uma turbulência co
Narrado por Mason Dasílis:Ao chegar ao evento, percebi o comportamento descontrolado da mulher ao meu lado, ela não parecia nada com a mesma que encontro em casa, um jeito doce, calmo, e até mesmo na turbulência ela é silenciosa. Essa estava bebendo, rindo alto e insistindo em dirigir todos os carros luxuosos expostos. O caos que ela estava causando imediatamente me deixou inquieto. Não era apenas a extravagância, mas a falta de respeito pelas normas do evento que me incomodava.Tentei manter a compostura, mas rapidamente me vi tendo que intervir para evitar que ela colocasse as mãos em mais veículos. A situação estava ficando cada vez mais difícil de controlar. Os seguranças não queriam ser grosseiros, a medida que ela entrava nos carros. Era melhor eu me retirar para evitar um embate maior e garantir que o evento não se transformasse em um fiasco completo.Enquanto me preparava para sair, Ezra pediu para ir ao banheiro. Aguardando na área de saída, a frustração de ter que lidar co
Eu não fazia ideia do que Ezra fez no evento, beber tão exageradamente, para mim, já era demais. O cheiro do espumante é agradável, porém apenas foquei no meu trabalho, o que me trouxe um grande alívio, mas porém enorme cansaço.Quando Ezra ligou para mim, eu ainda arrumando a cozinha com Cloud, já que os petiscos a serem servidos eram os finais, e os doces já haviam sido montados nas bandejas, tudo que restavam era trabalho dos garçons, recolhi as louças, deixando apenas as bandejas. Sai me afastando dos funcionários, atendendo a sua ligação, sendo informada, para encontra-la no banheiro.Não era o mesmo banheiro que nós funcionários poderia utilizar. — Chefe...— Cloud olhava para as bandejas enquanto retornei. — Trabalhamos bastante, hein. — Sorri ao ver o cansaço e a alegria impressa em seu rosto. — Sim. — Mas como dizia o meu pai, o sucesso só vem com esforço. — Assenti, imaginando como pediria para sair. — Cloud, estou exausta, se importaria de...— Mas apoiando-se a bancada, o m
Narrado por Mason Dasílis:Eva saiu correndo do escritório, e eu fiquei paralisado, sem saber o que fazer. O choque me atingiu com uma força que eu não esperava. Eu não queria machucá-la; minha intenção não era causa-lhe dor. Mas, naquele momento, eu perdi a cabeça.Ver ela sair daquele jeito, desesperada e com lágrimas nos olhos, me deixou profundamente abalado. Ouvir os passos dela correndo pelo corredor, fugindo de algo que eu não consegui controlar, foi como um golpe direto no estômago.Eu me sentia preso entre a culpa e a confusão, lutando para entender o que exatamente tinha desencadeado essa reação tão intensa. Cada passo que ela dava em direção à saída parecia um lembrete cruel de como as coisas haviam saído do controle. Eu passei um bom tempo no escritório, tentando reprimir meus sentimentos e a raiva que eu sentia de mim mesmo. Eu sabia que havia agido de forma impulsiva e descontrolada, e a dor que eu causara a Eva se misturava com o desgosto que eu sentia por minha própri
Narrado por Eva Dasílis:A situação com Mason havia passado do limite para mim, liguei para Ezra no domingo, mas seu telefone deu fora de area diversas vezes. Evidente que ela ia aprontar comigo e me deixar sofrer as consequências, do contrário não seria Ezra. A manhã de segunda inicia me revelando as marcas de mão de Mason em meu pescoço, doendo mais que fisicamente, uma mancha fora deixada na alma, insistir ligando para Ezra, mas em nenhum momento fui atendida, cabendo a mim ir a mansão Muller, mas nem Ivone, tampouco Ezra estavam, o que me pareceu estranho, tão cedo, e Ivone não está em casa. Meu pai sequer me deixou passar do portão, mesmo sabendo que eu estou no lugar de Ezra, pelas caixas, móveis sendo carregados, percebi que eles estão de mudança. Ao chegar ao trabalho, eu quis relaxar nele, mas aquele momento não saiu da minha mente. Os olhos de Mason, a força exercida, Ezra não ia me liberar, porque eu iria continuar ligando? Após um dia de trabalho leve, onde discutimos