Domingo, 14 de julho de 2013 Acordei com olhos inchados e doloridos. Mas não me levantei da cama. Carol apareceu ao meio-dia com uma bandeja com um copo de suco e um sanduiche – Você precisa comer alguma coisa Sam.─ Eu estou sem fome, Carol. Obrigada mesmo assim. – Eu digo-lhe.─ Coma amiga, coma tudo. – Ela ordenou. Eu comi a contragosto e quando terminei resolvi sair da cama e cuidar da minha vida. Essa não sou eu. Tomei um banho longo e relaxante, separei roupas para o meu primeiro dia de trabalho. Em seguida fui para o computador analisar os últimos documentos enviados por Carol. As meninas vieram ao quarto me chamar para dar uma volta com elas e os seus namorados, mas eu recusei. Precisava ficar sozinha. Passei o resto do dia trabalhando. No final do dia decidi olhar o telefone e havia uma série de outras mensagens de Jake. Me pedindo para conversar com ele. Mais uma vez eu ignorei. Mais ou menos duas horas depois que as meninas haviam saído chegou uma mensag
Segunda-feira, 15 de julho de 2013 A minha ansiedade é tanta que acordo bem antes do despertador. Sinto-me uma criança eu seu primeiro dia de aula em uma escola nova. Levanto e vou direto para o banheiro tomar um banho caprichado, visto a roupa que escolhi no dia anterior: Uma saia lápis cinza escuro, uma blusa branca de mangas curtas e um terninho feminino combinando com a saia. Um sapato peep toe com 10cm de altura na cor preta combinando com a bolsa. Vou para a sala e preparo um café. As meninas apareceram em seguida e eu as atualizei sobre o telefonema de Jake. – É complicado namorar uma pessoa como Jake. Eu não quero toda aquela bagagem.─ Eu entendo, amiga. – Disse Carol – Eu acho um pouco cedo pra você ter que decidir algo tão sério. Por que se for só um caso não vale a pena toda a bagagem, mas se ele for mais, se ele for o seu felizes para sempre, será que ele não compensa toda a bagagem? Porém, como eu disse, é cedo demais pra decidir.─ É isso que eu não entendo g
─ Vamos jantar?─ Sim, estou faminta.Ele ri – eu adoro esse seu apetite, é contagiante – ele me puxou até a cozinha e Bertha simplesmente apareceu, do nada – Eu franzi a testa me perguntando se ela estava escutando a nossa conversa, senão, de que modo ela poderia aparecer no momento oportuno. Como se pudesse ler o meu pensamento ele explica apontando para um discreto botão embaixo do balcão da cozinha – Quando precisar dela e ela não estiver aqui na cozinha basta apertar esse botão. – Eu arqueio as sobrancelhas em surpresa. – Sra. Davis, gostaríamos de jantar agora – Nós vamos para a mesa de jantar que já está meticulosamente arrumada e Bertha nos serve, retirando-se em seguida.─ Jake, gostaria que Bertha me chamasse de Samanta e não de Srta. Miller. – Ele franze o cenho e eu continuo ─ Na verdade lá no Brasil, costumamos nos tratar pelo primeiro nome, com algumas exceções é claro. E eu ficaria mais à vontade aqui se ela fizesse isso.─ E por que você não pede isso a ela?─ Porque e
Terça-feira, 16 de julho de 2013 ─ Querida, acorde. Você precisa se apressar – ouço a voz de Jake.─ Hummm?─ Você precisa levantar baby – Ele acaricia meus cabelos.─ Essa não é uma boa ideia pra me acordar – digo abrindo meus olhos e me deparando com um Jake lindo e perfumado ─ Mexer no meu cabelo me dá sono. E você está um gato essa manhã, aliás, todas as manhãs que eu te vi você está um gato, embora tenham sido poucas manhãs.Ele sorri – Você está bem falante esta manhã, apesar de ter demorado muito pra despertar. Venha, baby. Precisa se apressar ou vai se atrasar ─ Eu me levanto abruptamente, mas ele me tranquiliza – São 7:30 ainda. Você pode se arrumar com calma. Apenas não volte a dormir, ok? – Eu aceno com a cabeça – Te espero lá embaixo – Ele me beija e sai do quarto.Vou até o closet e escolho uma saia lápis preta e uma blusa de cetim bege. Usarei a mesma bolsa e sapato pretos do dia anterior. Tomo um banho rápido, me visto rapidamente, amarro o cabelo em um rabo-de-cavalo
Cerca de vinte minutos depois ele entra na sala e, ao me ver, um sorriso quase divide seu rosto em dois.─ Oi, Sam – ele vem em minha direção – Eu sinto muito por deixá-la esperando.─ Não tem problema ─ Eu fico de pé e dou-lhe um abraço que ele retribui e eu deito a minha cabeça em seu ombro. Quando me afasto ele olha pra mim desconfiado e pergunta se tá tudo bem? ─ Sim. Tudo bem. Só senti sua falta.Ele sorri com ternura pra mim – também senti sua falta, baby – E me beija – Você gostaria de jantar aqui ou em casa?─ Acho melhor na sua casa. Quero terminar o que começamos ontem. Então acho que será mais rápido irmos para casa. Eu dei uma olhada hoje e já tenho muita coisa pra você. Também tenho algumas perguntas.─ Por falar nisso, Johnson me disse que você estava correta sobre tudo. Ele me perguntou quem era a pessoa perspicaz da qual eu falei ontem. Eu disse-lhe que era minha namorada.─ E o que ele disse?─ Ele me perguntou quando você viria trabalhar comigo. E eu disse: em breve.
Sexta-feira, 19 de julho de 2013 Quando saíamos do prédio para ir ao trabalho o Bentley estava estacionado na calçada e Ethan estava de pé com a porta aberta como de costume. Eu franzi a testa.─ Bom dia, Srta. Miller. Vim buscar a sua mala e levá-la ao trabalho. Permita-me. – Ele fez um gesto para pegar a minha mala e eu a entreguei para ele – Não precisa nos levar ao trabalho Ethan, você não tem que levar Jake para o Hotel?─ Ele irá mais tarde hoje, Senhorita.─ Tudo bem, então, eu acho. – Eu entro no carro com Carol e Abby.Assim que chegamos ao trabalho envio uma mensagem pelo Whatsapp para Jake.“O que há com os homens dessa cidade que vivem em função de encantar as mulheres com seus modos gentis.” Poucos minutos depois chega uma resposta.“Não são OS HOMENS dessa cidade, nem AS MULHERES. É apenas EU e apenas com VOCÊ.”Eu me derreto com essas coisas que ele fala. Como pode um único homem ser ao mesmo tempo tão doce e tão mandão, tão inseguro e tão confiante, tão simp
Logo que aterrissamos Ethan surge de algum lugar do avião e se junta a nós no desembarque. Descemos do avião e rapidamente passamos por todo o processo de desembarque. Outro Bentley está parado na saída com um homem de meia-idade. Ele entrega as chaves para Ethan e vai embora. Ethan abriu a porta para que entrássemos, em seguida guardou a minha bagagem no porta-malas. Jake não trouxe nenhuma bagagem. Com exceção da sua pasta de executivo. ─ Você não trouxe roupas? – perguntei-lhe. ─ Eu tenho roupas em todas as casas e hotéis – ele reponde distraidamente enquanto mexe em seu celular. ─ Você tem tantas casas assim? ─ Algumas. Tem a de Nova York, a de Las Vegas, tenho uma em Bervely Hills, acho que você vai gostar dessas duas últimas. Tenho alguns prédios de apartamentos alugados em diversos países. Os outros imóveis são comerciais. No futuro eu quero construir alguns resorts no Brasil e construir uma casa lá, mas só vou fazer isso quando você vier trabalhar pra mim, pois quero que cu
Sábado, 20 de julho de 2013 Acordo sozinha no quarto. Olho em volta em busca de algum relógio para ter ideia das horas e encontro um no móvel ao lado da cama. É quase meio-dia. Eu me levanto e vou até o banheiro. Tomo um banho, escovo os dentes e vou até o closet em busca da minha mala. Ela já estava vazia, então abri as portas e em uma delas encontrei minhas roupas todas passadas e arrumadas. Como o clima de Las Vegas nessa época do ano é absurdamente quente, muitas vezes superando o calor que temos no Brasil, eu havia escolhido roupas leves para trazer. Coloco meu vestido branco com flores amarelas, de alças finas e um pouco acima dos joelhos e sandálias rasteiras amarelas. Deixo meus cabelos soltos. Passo um batom cor de boca e desço para procurar Jake. Ao começar descer as escadas ouço vozes e instintivamente paro. ─ Você está cometendo os mesmos erros que eu, Jake. Será que você não percebe que isso não vai dar certo? – disse uma voz masculina que parecia pertencer a