Ponto de vista da Maria.Essa noite foi ainda mais longa que as outras, dessa vez não conseguir pregar os olhos, aquela mulher me causou calafrios, a frieza no olhar dela é quase tão intenso quanto o da Patricia, o Luan me pareceu um pouco preocupado com o envolvimento da tal Sara, acho que ele tem medo de ser preso no fim das contas. A Sara é muito familiar pra mim, mas eu não consigo me lembrar exatamente de onde, sei que ela me odeia, mas, porque? Oque eu fiz pra ela me odiar tanto?- Por que ela me odeia? - Comecei a me questionar em voz baixa. - Quem é ela?- Eu posso te responder se você quiser. - Me virei rapidamente e vi a Sara parada encostada na parede, ela estava usando uma calça preta e uma camisa social branca. O fato dela estar ali já me dava medo.- Eu, eu… - Comecei a gaguejar, eu estava com medo dela, com medo da patricia e do luan, eu tinha medo deles fazerem mal a minha filha e ao Damian.- Não se preocupe, não vou te fazer mal algum. Ainda! - Ela caminhou ate mim e
Ponto de vista da Ana.Já tem horas que estou sentada no sofá olhando pro nada, a angústia de não saber o que a Maria está passando me consome, o Carlos e o Damian não querem me deixar participar do resgate dela, eles nem ao menos deixaram eu saber oque eles vão fazer. A Luna e a Laila vão ficar com os meus país esse fim de semana, eles vieram pra casa quando souberam que eu estava na cidade com a Laila, na verdade essa vai ser a primeira vez que eles vêm a neta deles sem ser por chamada de vídeo, eles não sabem oque aconteceu com a Maria, nós não contamos a ninguém, nem mesmo a polícia. Eu espero que minha amiga esteja bem, não consigo nem imaginar pelo que ela está passando longe da filha dela, com aqueles desgraçados fazendo o que bem entendem com ela, só de pensar uma dor imensa enche meu coração, sinto as lagrimas queimando meus olhos. O toque alto do meu celular me tirou dos meus pensamentos, olho a tela do celular e vejo que é o Miguel me ligando.- Alô? – Falei tentando disfar
Ponto de vista da Maria.Não consigo dizer ao certo em qual momento eu dormir, mas, agora me vejo em um sonho mágico do qual não quero mais acordar.“ Desperto em uma cama macia, os lençóis e edredom tem cheiro de lavada, me espreguiço na cama criando coragem para me levantar, olho o relógio do despertador e vejo que já são onze horas da manhã. – Meu Deus, estou atrasada para fazer o almoço da Luna. – Falo assustada enquanto me levanto em um pulo só, mas, quando olho para baixo vejo que o meu corpo está nu. – Estranho! – Vou até o banheiro e pego um roupão preto macio, olho ao redor e noto que o banheiro está diferente do que me lembrava, ele é grande e luxuoso, tem uma banheira gigante, o piso é de marfim e as paredes são de um porcelanato preto, retorno para o quarto e vejo que este também não é o meu quarto, assim como o banheiro o cômodo é luxuoso e bem arrumado, os moveis são sofisticados e em cores escuras, fazendo um contraste perfeito com as cortinas e roupas de cama brancas.
Sinto mãos me sacudindo, mas eu não quero acordar, quero continuar aqui, com o Damian e a Luna, continuo deitada com os olhos fechados, mas de repente sinto um impacto forte no meu rosto seguido de uma forte ardência me fazendo abrir os olhos em resposta ao tapa que eu tomei. A patrícia estava abaixada ao meu lado, o olhar dela sobre mim fazia meu corpo arrepiar, eu conseguia sentir em todo o meu corpo o ódio que ela sentia por mim.- Acorda bela adormecida! – Ela falou entre dentes enquanto me encarava. – Já chegou a sua hora. – Senti o medo percorrer meus ossos com as palavras dela. Será que é isso? Será que chegou ao fim para mim? Estiquei minhas pernas que estava encolhida e dormentes, meus tornozelos ainda amarrados estavam doloridos e eu conseguia ver manchas vermelhas nas cordas. – Levanta logo, eu não quero chegar atrasada no meu encontro com o Damian.- Acha mesmo que ele vai cair nessa sua armadilha ridícula? - Falei entre dentes. – Acha mesmo que ele vai sozinho atrás de mi
Ponto de vista do Damian.O fato de saber que eu estava indo para uma emboscada não me deixou com medo, o Carlos foi muito esperto ao pensar em rastrear o esconderijo deles, isso me deixou um passo à frente, eu fiquei tão perdido sem minha menina, sabendo que ela está tendo que passar por tudo isso por minha culpa, que não estava se quer conseguindo raciocinar direito. Entrei na estrada de terra, já sabendo que essa era a única entrada e saída do cativeiro da minha menina e que a essa altura eles já tinham me visto chegar e provavelmente já estavam me aguardando lá dentro. O Carlos foi muito calculista com tudo, e claro a ajuda do Radie foi fundamental para rastrearmos o celular da Patrícia, agradeço pelo fato dela ser burra o bastante para utilizar o próprio celular para me ligar ao invés de um descartável, isso também ajudou muito.Paro o carro em frente a uma cabana de madeira grande e velha, desço do carro que estacionei a poucos passos da entrada e subo os poucos degraus da escad
Ponto de vista do Damian- Não tem mais! – A Sara estava com os olhos fixos na Patrícia, a arma que antes estava apontada para minha menina agora estava voltada para a Patrícia.- Que porra é essa Sara? – O homem que estava na minha mira estava ainda mais nervoso que a Patrícia.- Então você está do lado dela? – O olhar frio da Patrícia me causava arrepios.- Eu estou do lado do amor dele! Quero ele feliz mesmo que não seja comigo. – A Sara também estava calma, eu nunca imaginei que ambas seriam tão frias assim. Olhei para minha menina, ela tinha parado de chorar e agora me encarava com o olhar confuso e apavorado. – Eu fiz mal demais a eles dois apenas por escutar você! Não posso negar que eu me apaixonei por ele, mas, ele não me ama! E também não ama você porra!! – Ela estava começando a levantar o tom de voz. – Entrar nessa farsa toda era o mínimo que eu podia fazer para compensar a merda toda que NÓS duas fizemos com eles. – Os olhos da patrícia não se desviavam nem por um instant
Sem gracinhas. – Eu repeti. Girei a maçaneta e sai na varanda de madeira, a Patrícia veio logo atrás de mim fechando a porta atrás de si. Antes da porta se fechar por completo pude ver a Sara se abaixando para desamarrar minha menina.Agora vamos! Finalmente poderemos esquecer essas vadias e todo o mal que elas nos causaram, finalmente vamos ser felizes meu amor. – Ela estava animada como uma criança que ganhou um chocolate. Eu estava alguns passos à frente dela, ela ainda estava ao lado da porta com a arma apontada na minha direção. – Eu estou tão feliz que você finalmente percebeu que me ama. – Olhei para a arma na mão dela e ela seguiu meu olhar. – Não se preocupe com isso! – Ela falou se referindo a arma. – É só para garantir que você não vai me abandonar de novo, é só por garantia! Você entende ne meu bem? – Acenei com um gesto positivo em reposta. – Então agora vamos! Continua andando e entra logo no seu carro. – Meu carro estava parado um pouco à frente da varanda onde estávamo
Ponto de vista da Sara.Assim que o Damian saiu pela porta com aquela louca um sentimento ruim preencheu meu peito, algo muito ruim estava prestes a acontecer. - Sara me solta! – Olhei pra Maria que ainda estava no chão amarrada, e foi só então que eu notei que eu tinha congelado no lugar ainda apontando a arma para o nada.- Tá! – Respondi saindo do meu transe. Me abaixei rápido e comecei a desamarrar os pulsos dela. - Nossa! – Ela passou uma mão sobre um pulso, ele estava muito, muito ferido. – Isso dói.- Desculpa por isso. – Falei de forma sincera enquanto desamarrava os pés dela. Ela colocou uma mão sobre a minha e me olhei de forma doce e agradecida. - Não me peça desculpas! Você ajudou a salvar minha vida! E eu espero de coração que um dia possamos nos entender.- Eu não sabia nada sobre a morte dos seus pais. – Senti as lagrimas escorrem pelo meu rosto. – Eu juro que nunca faria algo assim e eu, eu sinto muito por tudo isso, me perdoa? – Senti como se um enorme peso estives