Sem gracinhas. – Eu repeti. Girei a maçaneta e sai na varanda de madeira, a Patrícia veio logo atrás de mim fechando a porta atrás de si. Antes da porta se fechar por completo pude ver a Sara se abaixando para desamarrar minha menina.Agora vamos! Finalmente poderemos esquecer essas vadias e todo o mal que elas nos causaram, finalmente vamos ser felizes meu amor. – Ela estava animada como uma criança que ganhou um chocolate. Eu estava alguns passos à frente dela, ela ainda estava ao lado da porta com a arma apontada na minha direção. – Eu estou tão feliz que você finalmente percebeu que me ama. – Olhei para a arma na mão dela e ela seguiu meu olhar. – Não se preocupe com isso! – Ela falou se referindo a arma. – É só para garantir que você não vai me abandonar de novo, é só por garantia! Você entende ne meu bem? – Acenei com um gesto positivo em reposta. – Então agora vamos! Continua andando e entra logo no seu carro. – Meu carro estava parado um pouco à frente da varanda onde estávamo
Ponto de vista da Sara.Assim que o Damian saiu pela porta com aquela louca um sentimento ruim preencheu meu peito, algo muito ruim estava prestes a acontecer. - Sara me solta! – Olhei pra Maria que ainda estava no chão amarrada, e foi só então que eu notei que eu tinha congelado no lugar ainda apontando a arma para o nada.- Tá! – Respondi saindo do meu transe. Me abaixei rápido e comecei a desamarrar os pulsos dela. - Nossa! – Ela passou uma mão sobre um pulso, ele estava muito, muito ferido. – Isso dói.- Desculpa por isso. – Falei de forma sincera enquanto desamarrava os pés dela. Ela colocou uma mão sobre a minha e me olhei de forma doce e agradecida. - Não me peça desculpas! Você ajudou a salvar minha vida! E eu espero de coração que um dia possamos nos entender.- Eu não sabia nada sobre a morte dos seus pais. – Senti as lagrimas escorrem pelo meu rosto. – Eu juro que nunca faria algo assim e eu, eu sinto muito por tudo isso, me perdoa? – Senti como se um enorme peso estives
Sinto um cheiro forte que parece ser desinfetante me incomodar, minha garganta está seca e meu corpo dolorido e cansado. Fico ali deitada com os meus olhos fechados, mas, mesmo assim a claridade me irrita os olhos, minha cabeça está doendo e eu sinto um sono muito forte, tento voltar a dormir, mas de repente as lembranças começam a rondar minha cabeça, lembro do sangue e do corpo frio do Luan caído no chão, o sangue da Sara em minhas mãos, o sorriso dela enquanto ela dava o seu último suspiro, o Damian... Meu Deus, o Damian? Abri meus olhos de uma só vez, a luz fez meus olhos queimarem, mas a única coisa que conseguia pensar era ele, me sentei de uma só vez na cama e senti uma tontura forte.- Damian? – Olho ao redor, estou em um quarto de hospital como imaginei pelo cheiro, no meu braço tem um acesso que está ligado a uma bolsa de soro, por impulso tento levantar minha mão para arrancar o acesso e me levantar, mas sinto que alguém está segurando minha mão, olho para ver quem é e me d
Ponto de vista da Maria.Acordei meio atordoada, eu ainda estava no hospital, mas, hoje era o último dia, finalmente ia ganhar alta, pela primeira vez me deparo com o quarto vazio, fico ali deitada olhando pro teto branco do quarto, é incrível o tanto que minha vida mudou nesses últimos anos, conheci muitas pessoas, perdi algumas também, tudo foi tão confuso, é como se uma avalanche passasse por mim, me derrubando e me esmagando. Ouço batidas leves na porta e antes que eu respondesse a Ana entrou como um furacão.- Graças a Deus você vai pra casa. – Ela parecia animada, talvez até mais que eu.- Ainda Bem, como ta a Luna? To com saudade dela. – Ela estava colocando minhas coisas em uma bolsa.- Ela ta bem, tem que ver na animação dela quando eu contei que você ia voltar pra casa hoje!- não vejo a hora da minha vida voltar ao que era antes. – Nesse momento ela parou e se sentou na minha cama.- Amiga, eu acho que nada vai voltar a ser como antes, mas, pode ter certeza de uma coisa, eu
Uma semana se passou, e até agora eu não tive nenhuma notícia do Damian, a Ana está cada vez mais estranha, ela sai quase todos os dias e volta tarde e cansada, se eu não soubesse o tanto que ela ainda ama o Miguel poderia até pensar que ela ta se encontrando com alguém, ela me comprou um celular novo, já que o meu acabou ficando quase todo destruído no acidente que a Patrícia causou, tentei ligar várias vezes pro Damian mas ele nunca me atende, por mais que a Ana diga que não eu sinto que tem alguma coisa de errado em tudo isso. - Maria?? – Ela entrou no meu quarto me tirando dos meus pensamentos. - Cadê a Luna? – Foi a primeira coisa que perguntei, afinal ela saiu Ra levar as meninas no parquinho. Ela pensou por alguns instantes, parecia estar procurando as palavras.-Deixei as meninas com minha mãe, pode ficar tranqüila.- Você está estranha. – Ela parecia muito empolgada.- O que vai fazer?- Eu ia ler um livro até vocês chegarem para eu ficar com a minha menininha, por que?- B
O carro estacionou em frente a uma grande mansão, a casa por fora era totalmente linda, mas o jardim era ainda mais perfeito, ele era de tirar o folego!- Que lugar é esse Ana? – Perguntei curiosa ao sair do carro.- Vamos apenas pegar nossas roupas, ou prefere continuar de roupão? – Só então que eu olhei para baixo e me lembrei que ainda não estava vestida.- Há sim! – Enquanto caminhava pelo caminho de entrada eu reparava na frente da casa e no jardim, tudo era grandioso e perfeito, um barulho começou a me deixar intrigada, era como um ruído cada vez mais constante. – Está tudo apagado, tem certeza que é aqui mesmo? - Tenho sim amiga, está tudo sobre o mais perfeito controle. – Revirei os olhos com a resposta dela, por que sempre que ela dizia que estava sobre controle alguma coisa dava errado. Segui-a até a frete da casa e nós duas paramos em frete a enorme porta, eu confesso que me senti ainda mais baixinha diante ela.- Uau! – Exclamei - Tá, eu vou entrar e você fica aqui! – El
- Que porra é essa? – Quando abri a porta e entrei na imensa casa levei um susto, tudo estava completamente escuro, era como se a luz nunca tivesse adentrado naquele lugar, meus olhos demoraram um certo tempo até se acostumar com a escuridão, tentei olhar em volta tentando achar o rastro por onde a Ana passou, mas nada! De repente senti um frio na barriga, e um calor no meu peito, sensações que geralmente sinto quando o Damian está perto de mim, mas dessa vez não era ele, por que ele estava longe. O celular que ainda estava na minha mão começou a tocar novamente, a tela brilhava com o nome dele, apertei em atender. – Damian? Oque está acontecendo aqui?- Não tenha medo minha menina! - Como assim? Damian? Oque está acontecendo? – Eu estava começando a ficar desesperada. – Por que eu estaria com medo?- Calma, eu quero te contar uma coisa. – Ele fez uma pequena pausa do outro lado. – Posso?- Sim pode! – Respondi com a voz tremula.- Você foi a melhor coisa que aconteceu na minha vid
Olá meu leitores amados!Meus amores, venho aqui agradecer a todos vocês por lerem o meu livro!Agradeço pela paciência de todos aqueles que esperaram o final, que eu sei o quanto demorou, e quão insuportável foi essa espera. Aqueles que desistiram do meu livro, eu peço perdão, e confesso que entendo e talvez até teria feito igual.Eu descobri no ano passado que sofro de depressão profunda, crises de ansiedade severas e pânico, e descobri também que tenho uma enorme dificuldade em terminar as coisas, não sei lidar com o fim por mais benéfico que seja. Depois de descobrir tudo isso comecei a refletir sobre a minha vida e percebi que nunca terminei nem um projeto! Então comecei a lutar contra eu mesma para terminar o meu livro, e esse é o primeiro projeto que termino na minha vida, mesmo com todas as dificuldades.Eu comecei a escrever o capítulo final por vários dias, as vezes eu só conseguia olhar para ele e não escrevia uma palavra, outras escrevia e apagava por não achar bom o sufic