Parte 1
Vitor não conseguiu falar com ela logo cedo. Teve que sair ainda de madrugada.
Um dos funcionários foi até seu quarto e o acordou. Precisavam de ajuda com a cerca do fundo que tinha sido rompida.
O sol tinha acabado de se mostrar e ainda estava friozinho, mas ele tinha que fazer o trabalho. Levantou e o seguiu.
Ao chegarem no local, não demorou para entender que a cerca tinha sido cortada de propósito.
_ Mande o pessoal reunir o gado, fazer uma contagem por pasto e separar de acordo.
_ Acha que algum pode ter fugido? - o colega perguntou.
_ Se fugiram menos mal - ajeitou o chapéu na cabeça _ Pior vai ser se tiverem sido roubados - apontou para o arame _ Isso foi coisa feita por alguém. O arame não iria quebrar desse jeito.
Saíram de volta para a sede. Teriam que acordar Joel antes de seu horário normal, que já era bem cedo, para conversa
Parte 1Vitor não teve muito tempo para procurar Juliana e achou melhor enviar mensagem direta.“Ju, preciso falar com você. Por favor, vem ao meu quarto hoje à noite”.Ela viu a mensagem, mas estava chateada e não quis responder. Antes queria pensar no que havia descoberto. Tinha muita coisa envolvida.Ligou para Flor, sua amiga mais calma e sensata e a chamou para vir até em casa para conversarem.Flor não demorou para chegar e as duas saíram à cavalo na direção do milharal. Pararam embaixo de uma árvore de copa frondosa e sentaram embaixo.Juliana levou uma grande toalha de piquenique com uma cestinha._ Pode começar a falar - Flor deitou ao lado dela _ Qual o problema agora?Ela contou sobre a descoberta._ Tá, mas e daí amiga? Vocês mal começaram o relacionamento e recém casaram, aos pouco
Parte 2Ela saiu de novo à cavalo e seguiu na direção onde os homens estavam trabalhando no fundo do terreno.Só Joel e três funcionários estavam no lugar, ainda olhando se havia mais algum ponto da cerca quebrado._ Cadê o Vitor?_ Ele deve estar no escritório da sede com Jessé - respondeu _ Já tive uma conversa com ele._ Vocês brigaram? - abriu bem os olhos._ Não - deu um risinho _ Mas se prepare para ter um casamento adequado, com vestido branco e tudo._ Que? - franziu a testa._ Depois a gente conversa.Ela saiu atrás de Vitor. Também não estava no escritório. Foi até o quarto dele e bateu na porta com força três vezes._ Vai arrombar? - ele abriu a porta e ela passou depressa _ O que foi? - fechou assim que ela passou._ Você se machucou? - perguntou afobada _ Onde?
Parte 1Juliana não queria, mas tinha que confessar, mesmo com receios._ Eu... Também me apaixonei por você - disse baixinho.Ele sorriu e a apertou forte._ Repete - pediu._ Ah... Eu também amo você - disse mais forte _ Ouviu agora? - o apertou de volta e se sentiu livre _ A fazendeira ama o peão.Ele sentou na cama e a colocou em seu colo, lhe fazendo carinho no rosto. Por um instante apenas ficaram calados.Depois trocaram outro beijo e ela deitou a cabeça em seu ombro._ Então eu vou vestir branco?_ Vai sim - disse sorrindo _ E eu vou adorar ver você assim._ Onde vamos nos casar? - entrelaçou os dedos aos dele._ Hum... Que tal na capela da nossa nova propriedade?_ Mas ela está abandonada._ E daí? - brincou com seus dedos _ A gente pode fazer uma reforma completa rapidinho._ Seria ótimo -
Parte 1Juliana não se aguentava mais de ansiedade. A unha do polegar já estava tão comida que chegava na pele.Foi um susto enorme, mas que ela precisava contar a Vitor.Ele estava fora com os irmãos, fazendo uma compra grande em um leilão e só voltariam no final da tarde, talvez à noite.Não queria falar por telefone e nem enviar mensagem, então teria que suportar a ansiedade até ele voltar.*******_ Tia, por que você tá “ruendo” unha?Ela sorriu para a sobrinha que sentou ao seu lado no banco embaixo da árvore._ Estou pensando, amor._ Em que? - colocou a boneca no colo._ Coisas da vida - a beijou e ela riu._ Quando eu ficar grande, vou pensar na coisa também?Ela riu e a puxou para o colo, mexendo com a boneca que faltava um sapato._ Quando você for grande, vai ter uma fa
Parte 2_ Amo sim - segurou seu rosto _ Nem sei como, mas eu amo._ Então pronto, está tudo perfeito.Antes de a beijar, ele pegou sua mão e colocou em seu peito e colocou a mão em sua barriga e parou aí._ Feliz? - ela perguntou._ Muito, muito feliz!Deitou a levando com ele. Não fizeram amor, só carícias e conversaram baixinho, como para ninguém mais ouvir suas declarações de amor e promessas do futuro.* Três semanas depois...Juliana e Vitor quase não pararam.Tudo o que ela queria fazer, ele deu um jeito de realizar.Ela queria apelidos carinhosos que fossem só deles. Depois de rirem muito, acabaram ficando mesmo com Ju e Vi.A falta de acordo resultou no mais simples. As iniciais dos nomes. Embora muitas vezes ele a chamasse de “mô” e ela o chamasse de “meu cowboy”. Era carin
Juliana andava de um lado para outro no quarto._ Ju, assim você vai ficar suada antes mesmo de entrar na igreja.Briana segurou sua mão._ Por que tanto nervosismo, criatura?_ Eu vou me casar - balançou o véu._ Ué... Mas você já é casada - riu._ Sim, mas agora vou me casar de véu e grinalda, na frente de todos. É diferente._ Ah, que bobagem - segurou seus braços _ Tem um homem que te ama te esperando ansioso. Não pode fazê-lo esperar mais do que já fez._ Não estou tão atrasada assim._ Vinte minutos - Analice disse _ Já estão todos na capela e lembre-se de que depois tem a recepção._ Melhor a gente ir logo - Briana ajeitou seu vestido _ Está começando a ventar frio.Juliana respirou fundo duas vezes, mexeu os ombros para relaxar e saiu acompanhada das
Resumo Sem Querer: livro 1Após ficarem juntos depois de uma bebedeira, Juliana e Vitor se envolvem em uma grande mentira, cada um com seu motivo e acabam se enrolando cada vez mais.Ela quer sair de casa e ter sua vida própria, mas a família é contra. Ele quer ter um lugar onde possa refazer sua vida.Juntos e por motivos particulares começam a procurar o melhor modo de organizar as coisas e diminuir a confusão e o prejuízo causado pela farsa que inventaram.Enquanto familiares e amigos esperam que haja apenas um caminho para eles, os dois já estão em busca de seu plano ideal, mesmo que isso incomode aos demais.
Parte 2Tinha tirado a virgindade dela.Ele tinha decência e não faria a loucura de deixar que saísse de seu quarto sem ao menos conversarem direito. Até que Jessé entrou como um doido e a pegou em sua cama. Saiu do pensamento quando o chamou._ Ei, o que tem na cabeça?Jessé perguntou ao ver sua expressão._ Me diga uma coisa, com honestidade, pode ser? - se virou para ele de modo sério._ Sempre fui honesto, homem - meneou a cabeça e entrou na estrada principal._ Você está