“O que está dizendo?” Perguntou meu pai.
“Eu disse que não foi o Newton. Não foi ele quem colocou uma bomba naquele avião, Justin. Fui EU!”
COMO É???? Senti como se a bomba daquele avião tivesse acabado de explodir bem acima de mim. Por pouco não caí para trás com o choque! E meu pai ficou estagnado, imóvel, parecendo que quase não podia respirar.
“O... O que você disse?” Perguntou ele, perdendo a fala.
Minha mãe continuou com a expressão de antes, como se nada tivesse acontecido. “Isso mesmo, Justin. Eu matei aquela vadia da sua amante e aquela maldita criança bastarda! Eu coloquei uma bomba naquele avião e deixei que ela morresse em silêncio! Está bom assim?” Para surpresa minha e do meu pai, os olhos da minha
Logo no dia depois de descobrir quem minha mãe realmente era e me unir ao meu pai com o plano que pensei, levantei cedo para minha consulta com a Lauren. Era difícil imaginar como seria essa consulta, pois ela poderia muito bem usar as habilidades dela e acabar descobrindo o que se passa dentro da minha casa. Isso se ela já não souber!Além de ser muito amiga da minha mãe, Lauren é também a psicóloga dela. Ela tem sessões com a minha mãe uma vez por semana... E sabe Deus o que elas conversam nessas sessões. O que me intrigava agora era o pensamento de como a Lauren nunca tinha percebido essa “Myung-Hee” que conheci ontem. Como uma psicóloga renomada e experiente como ela não perceberia? Com certeza ela sabia... Talvez até tenha sido ela quem ajudou minha mãe a manter a “Dark Myung” no armário todo esse tem
Tive que interromper nessa hora. “E você não associou os fatos? Não sabia que o tal namorado da Rebecca era o meu pai?”“Não, eu não via uma ligação. Eu até perguntei a ela quem era o homem, mas ela disse que seria surpresa... Mas agora eu entendo que ela queria era esconder isso de mim, visto que ela sabia que eu era amiga da sua mãe e consequentemente tinha contato direto com ele.”Foi nessa hora que me ocorreu de entender o fato que aconteceu na minha última visita ao consultório dela, então decidi logo entregar essa parte do jogo. “Então, naquele dia da minha última visita que você recebeu uma ligação... Era ela ao telefone?”A Lauren fez uma cara de surpresa na hora. “Hã? Como sabe?”“Bem, confesso que
Na manhã seguinte, acordei na casa do Josh e logo que abri os olhos, me dei conta de que ele não estava mais na cama. Eu estava começando a achar que o Josh tinha esse costume de deixar a pessoa acordar sozinha. O sol estava tentando passar pela cortina marrom do quarto. Passei a mão no cabelo e dei aquelas famosas “piscadas” fortes de quando você acaba de acordar. Melhor ainda que eu estava usando uma roupa leve que ele me emprestou, um short e uma camiseta.Por incrível que pareça, na noite anterior não aconteceu nada. Nós apenas jantamos, assistimos a um filme juntos e conversamos bastante. Acho que eu não estava no clima para transar, o que era muito estranho... Eu nunca estava “fora do clima” para uma transa, não importa a situação e o momento. Qualquer problema poderia ser esquecido na cama. Mas por algum motivo nem senti vontad
Coloquei pasta de amendoim numa fatia de pão e enchi um copo de suco de laranja. Enquanto comia, fiquei relembrando o dia anterior e foi então que me dei conta: A hora! Acabei de comer e beber correndo, então subi de volta para o quarto. Tratei logo de entrar no chuveiro da suíte e tomar um banho antes de sair. Durante o banho, sentindo aquela água morna cair, comecei a pensar na Lauren. Fiquei tentando imaginar o que aconteceria se ela contasse para a minha mãe o que ela me contou. Nem imagino como minha mãe reagiria!Acabei o banho e me vesti rápido. Peguei a chave em cima da cômoda e desci de novo para sair da casa. Assim que passei da porta, tranquei pelo lado de fora e coloquei a chave no bolso. A sensação que tive era de estar “em casa”, como se aquela fosse a minha casa. Mas eu não queria pensar nisso naquela hora, apenas corri para o meu carro e
Dizem que você só começa a dar valor a uma coisa depois que a perde, e nos últimos dias tenho visto o quanto isso é verdade. Depois daquela visita que deixou minha mãe encabulada, ela começou a agir como era antes de se revelar. Voltou a ser a “Rainha Benevolente” e boa mãe. Mas pena que eu tinha quase certeza que isso era só mais uma ferramenta dela pra não ser descoberta e presa para pagar o preço. Ela estava totalmente com a corda no pescoço e tinha medo que essa corda apertasse.Levantei cedo para mais um encontro com a Lauren. Dessa vez eu não sabia bem o que esperar. Eu tinha medo de chegar lá e dar de cara com a polícia com um mandado de prisão para mim, e isso não era difícil de acontecer considerando a dor da perda que a Lauren estava enfrentando. O que me consolava era saber que eles não poderia
O nervosismo foi aumentando e aquela sensação de pânico também. Comecei a ficar ainda mais agitado e tentando entender onde eu estava. O cheiro daquele lugar era como se tivesse ficado trancado por um tempo... Tinha cheiro de um porão trancado há tempo. O som daquela goteira ainda estava ali, mas agora eu ouvia também o som da minha própria respiração de pânico.Abri a boca e senti que não tinha nada me impedindo de falar também, então aproveitei isso. “Socorro! Alguém aí? HELP!!!”Como já era de se esperar... Nada! Eu já sabia que ninguém iria me ouvir gritando ali. Aliás, onde era ali? Mas mesmo sabendo que não tinha ninguém para me ajudar, resolvi chamar de novo. “Socor....”Minha voz foi interrompida por outra voz vindo de uma
Depois de ser drogado, sequestrado e levemente torturado, somente um pouco de descanso para a mente era o que eu precisava. Eu ainda precisava pensar em uma maneira de sair daquele maldito cativeiro onde a Lauren me prendeu junto com meu pai. Certamente era necessário um plano bom, até porque estávamos sem comunicação com o lado de fora... E era difícil! Nós tínhamos que dar um jeito de trazer a Lauren para o nosso lado. Mas como?Meu pai chegou a me contar sobre como ele foi parar ali. A Lauren o chamou até o consultório dela na ameaça de entregar aquela história sobre ele ser o culpado para a polícia, caso ele se recusasse. Sob ameaça, ele foi e ela então usou a mesma técnica com ele. Foi assim que comecei a entender o porquê de não ter nenhuma recepcionista ali... Ela não queria testemunhas, certamente. Afinal, pa
Fui até a parte de trás, apaguei a luz e peguei a cadeira esperando pela entrada do cara tatuado. Meu pai então falou de novo no ouvido dela: “Chame agora! E já sabe, sem gracinhas!”Eu não podia ver mais nada, o quarto estava em total escuridão. Acho que nessa hora meu pai tirou a mão da boca da Lauren, mas certamente ele deve ter apertado ainda mais o canivete contra o pescoço dela para evitar dela gritar por socorro. Ela não pode resistir e então gritou: “Ryan, venha aqui agora, por favor! Aqui no quarto!”Logo ouvimos aqueles passos duros andando pelo corredor do lado de fora. Meu pai deve ter apertado a boca da Lauren de novo, pois ela estava em silêncio. Aproveitei para levantar aquela cadeira numa altura suficiente para acertar a cabeça daquele armário ambulante. A cadeira era mais pesada do que eu pensei,