Antes que alguém pudesse reagir, Petrov puxou Caterine para trás, imobilizando-a. Com um movimento rápido, Dante sacou uma faca e a cravou em seu ventre. Vezes é vezes olhando bem no fundo dos seus olhos arregalados de dor. O grito de Caterine ecoou pelo jardim, seguido pelo som do metal encontrando carne. Don Vittorino levantou-se, horrorizado: — O que você fez?! Dante olhou para ele, com os olhos frios: — Eu só tenho um filho. E será assim até a minha morte. Sem mais palavras, Dante virou-se e entrou na casa, deixando para trás o caos e o sangue. A mansão mergulhou em silêncio e tensão. O grito de Caterine ecoava ainda nos ouvidos dos presentes, mesmo depois que ela foi arrastada por criados para atendimento emergencial. O chão do jardim estava manchado de vermelho. A faca de Dante, ainda quente de sangue, repousava sobre a mesa de mármore. Don Vittorino, fora de si No escritório escuro, Don Vittorino girava um copo de uísque com os dedos trêmulos. Seus olhos, normal
Dante avançou como um animal feroz, empurrando o velho contra a parede. A primeira facada veio direto no estômago. O grito de Vittorino ecoou pela casa, mas ninguém ousou se aproximar. Todos sabiam… ninguém interrompia o demônio em ação.A segunda… a terceira… a décima. Cada corte era uma punição. Um julgamento. Uma promessa.Vittorino tentou implorar, mas Dante o calava com mais aço. "Isso é pelo meu filho.""Isso, por ela."“E isso… por mim."Foram trinta facadas.* Uma para cada momento que passou sem notícias. Cada hora que Unirian passou longe. Cada lágrima que ela derramou.E então, num último movimento brutal, Dante cravou a faca no que restava de resistência, e com a frieza que só ele possuía, separou a cabeça do corpo.Silêncio absoluto.Dante, coberto de sangue, ficou ali, respirando fundo, encarando o vazio como se ainda visse os olhos do avô.O Don estava morto.O trono agora tinha outro nome: Marchesi. Mas não era o herdeiro… era o monstro.E ele estava só começando.A
Após resgatar Unirian das garras de Dmitri Romanov, Dante Marchesi sabia que o tempo era seu maior inimigo. Villano, seu filho, ainda estava nas mãos de Caterine, e cada segundo longe dele era uma ferida aberta. A noite em Zurique estava silenciosa, mas a mente de Dante era um turbilhão. Ele observava Unirian dormir, seu rosto sereno contrastando com as marcas de sofrimento. Ela havia sido sedada por Dmitri, mas agora estava segura. Petrov entrou no quarto, interrompendo seus pensamentos. — Don Marchesi, temos informações sobre Caterine. Dante se virou, seus olhos fixos em Petrov. — Fale. — Ela está em Montenegro, em uma propriedade isolada. Villano está com ela. A segurança é pesada, mas conseguimos infiltrar um dos nossos. Dante assentiu, já se levantando. — Prepare o avião. Partimos ao amanhecer. A propriedade em Montenegro era um verdadeiro fortaleza. Cercada por montanhas e florestas densas, era o esconderijo perfeito para alguém como Caterine. Mas Dante não se intimidav
Dante sorriu. Um daqueles sorrisos raros, que começavam a voltar aos poucos.Dante estava deitado, mas não dormia. Seu corpo estava ali, imóvel, porém a mente... longe, cheia de vontades e desejos acumulados. Seus olhos estavam presos em Unirian, deitada ao seu lado. Ela dormia profundamente, com a respiração suave e rosto sereno, parecendo ainda mais etérea sob a luz da lua que entrava pelas frestas da cortina.Mas não era o rosto dela que capturava sua atenção naquele momento.O pijama de seda curto deixava as pernas torneadas e delicadas à mostra. Um dos tecidos havia escorregado, revelando parte da coxa. Dante engoliu seco, sentindo o desejo ferver. Era sua mulher. Sua esposa. A mãe de seu filho.E ainda assim, ele não a havia tocado como tal.Num impulso contido pela razão, ele se levantou com cuidado, evitando acordá-la. Pegou o celular e foi até a varanda.— Ricci...—sua voz estava baixa, mas firme. — Tudo bem, chefe?— Preciso que fique com Villano esta noite.— Agora? —hou
Villano, agora com um aninho, apareceu na porta segurando com firmeza um dos dedos de Ricci, que caminhava ao seu lado como um verdadeiro tio coruja. O menino vestia um pequeno macacão bege, e seus olhos curiosos se moviam pelo ambiente, até pousarem diretamente sobre a figura de Unirian, que preparava um café leve na ilha central da cozinha. — Mamãe! — disse com sua vozinha doce e orgulhosa, enquanto apontava para ela e soltava uma risada baixa, batendo os pezinhos no chão. Ricci, com um sorriso genuíno no rosto, olhou para Unirian e comentou: — Ele quis vir sozinho até aqui. Me puxou pela mão como se soubesse exatamente pra onde estava indo. Unirian se virou emocionada, com o coração explodindo de ternura. Abaixou-se com os braços abertos e Villano correu até ela, tropeçando levemente, mas alcançando o colo da mãe como se aquele fosse o único lugar no mundo onde queria estar. Dante, que observava da porta sem ser notado, ficou em silêncio. Havia algo naquele momento — aquela si
— Vamos ter outros filhos? — perguntou a Unirian, ainda deitada no seu peito.— Nem pensar, te dividi com um é suficiente, Villano já nos gasta toda energia.— E se for uma menina? — Piorou, ela nunca se casaria, permaneceria ao meu lado até eu morrer…— Que exagerado— ela sorriu.Dante a puxou para sim e a abraçou. — Eu sou egoísta e quero todo seu amor só pra mim.Enquanto os dois desfrutavam do amor, Villano entrou no quarto e pulou na cama dos pais os abraçando.— Oi meu amor, você dormiu bem? — perguntou Unirian.O menino apenas abanou a cabeça em resposta afirmando.— Já veio tirar a sua mãe de mim não foi? — perguntou, não muito animado. Villano sorriu e colocou o dedo na boca.Unirian entendeu que ele estava com fome. Então correu com ele até a cozinha. Os dois estavam cantarolando divertidamente enquanto o Dante preparava a comida dos dois. — Pronto, agora já podem comer a vontade— falou, depois de colocar a comida na mesa. — Isso está com uma cara ótima Dante… já penso
Na festa, estava tudo lindo, era em um salão da incrível mansão de Sokolov. Assim que os viu entrar, ele foi até eles e os saudou. — Minha cunhada, seja bem-vinda ao nosso humilde lar— falou Sokolov. — Humilde? Isso parece um palácio— falou Unirian. — A nossa é muito maior — resmungou Dante. Unirian olhou para ele, estava rabugento. Ela passou a mão pela sua cintura e acariciou a lateral de seu abdômen. Ele olhou para ela que piscou os olhos para ele. — Não entendo porque estás ranzinza, é só um aniversário de criança— sussurrou ela para sua orelha. — estão todos olhando pra ti, eu achou que é do vestido — respondeu. — Tenho certeza que é por ser esposa do perigosíssimo mafioso Italo-Russo… fazes ideia de quem seja? — Ainda acho que é do vestido — teimou ele. Sokolov apresentou Unirian a sua esposa, e aos seus dois filhos. Dante não largava ela nem com o olhar, por momentos tirou V do seu colo.— Não solta a minha mão— falou no seu ouvido.— Nem me passou pela cabeça— ret
Petrov levou Elena e Kevin num outro carro, Villano estava dormindo no banco da trás na sua cadeirinha, e Unirian estava dormindo no banco da frente, recostado para trás. Dante olhou para os dois dormindo e sorriu, era a melhor imagem do mundo. Seu lugar feliz, que não estava disposto a deixar mais ninguém se intrometer entre eles. — Essa Elena precisa sair das nossas vidas— murmurou. Depois de chegar em casa, Dante levou Unirian ao colo para o quarto, Ricci tirou Villano do carro e quando olhou Petrov vindo com uma mulher loira, e no seu colo uma criança, parou confuso.— Petrov ? Quem é? — perguntou ele antes de entrarem.— Depois te explico— respondeu depois de um suspiro longo.Dante estava deitado na cama com sua esposa, Ricci bateu a porta para entregar o pequeno V. — Quer que ele fique aqui com vocês? De certeza? — perguntou Ricci ao entregar V para ele. — Sim! Encontre uma casa para aquela mulher, até então meu filho e minha mulher vão ficar em alta proteção.— Sim senh