Após resgatar Unirian das garras de Dmitri Romanov, Dante Marchesi sabia que o tempo era seu maior inimigo. Villano, seu filho, ainda estava nas mãos de Caterine, e cada segundo longe dele era uma ferida aberta. A noite em Zurique estava silenciosa, mas a mente de Dante era um turbilhão. Ele observava Unirian dormir, seu rosto sereno contrastando com as marcas de sofrimento. Ela havia sido sedada por Dmitri, mas agora estava segura. Petrov entrou no quarto, interrompendo seus pensamentos. — Don Marchesi, temos informações sobre Caterine. Dante se virou, seus olhos fixos em Petrov. — Fale. — Ela está em Montenegro, em uma propriedade isolada. Villano está com ela. A segurança é pesada, mas conseguimos infiltrar um dos nossos. Dante assentiu, já se levantando. — Prepare o avião. Partimos ao amanhecer. A propriedade em Montenegro era um verdadeiro fortaleza. Cercada por montanhas e florestas densas, era o esconderijo perfeito para alguém como Caterine. Mas Dante não se intimidav
Dante sorriu. Um daqueles sorrisos raros, que começavam a voltar aos poucos.Dante estava deitado, mas não dormia. Seu corpo estava ali, imóvel, porém a mente... longe, cheia de vontades e desejos acumulados. Seus olhos estavam presos em Unirian, deitada ao seu lado. Ela dormia profundamente, com a respiração suave e rosto sereno, parecendo ainda mais etérea sob a luz da lua que entrava pelas frestas da cortina.Mas não era o rosto dela que capturava sua atenção naquele momento.O pijama de seda curto deixava as pernas torneadas e delicadas à mostra. Um dos tecidos havia escorregado, revelando parte da coxa. Dante engoliu seco, sentindo o desejo ferver. Era sua mulher. Sua esposa. A mãe de seu filho.E ainda assim, ele não a havia tocado como tal.Num impulso contido pela razão, ele se levantou com cuidado, evitando acordá-la. Pegou o celular e foi até a varanda.— Ricci...—sua voz estava baixa, mas firme. — Tudo bem, chefe?— Preciso que fique com Villano esta noite.— Agora? —hou
Villano, agora com um aninho, apareceu na porta segurando com firmeza um dos dedos de Ricci, que caminhava ao seu lado como um verdadeiro tio coruja. O menino vestia um pequeno macacão bege, e seus olhos curiosos se moviam pelo ambiente, até pousarem diretamente sobre a figura de Unirian, que preparava um café leve na ilha central da cozinha. — Mamãe! — disse com sua vozinha doce e orgulhosa, enquanto apontava para ela e soltava uma risada baixa, batendo os pezinhos no chão. Ricci, com um sorriso genuíno no rosto, olhou para Unirian e comentou: — Ele quis vir sozinho até aqui. Me puxou pela mão como se soubesse exatamente pra onde estava indo. Unirian se virou emocionada, com o coração explodindo de ternura. Abaixou-se com os braços abertos e Villano correu até ela, tropeçando levemente, mas alcançando o colo da mãe como se aquele fosse o único lugar no mundo onde queria estar. Dante, que observava da porta sem ser notado, ficou em silêncio. Havia algo naquele momento — aquela si
— Vamos ter outros filhos? — perguntou a Unirian, ainda deitada no seu peito.— Nem pensar, te dividi com um é suficiente, Villano já nos gasta toda energia.— E se for uma menina? — Piorou, ela nunca se casaria, permaneceria ao meu lado até eu morrer…— Que exagerado— ela sorriu.Dante a puxou para sim e a abraçou. — Eu sou egoísta e quero todo seu amor só pra mim.Enquanto os dois desfrutavam do amor, Villano entrou no quarto e pulou na cama dos pais os abraçando.— Oi meu amor, você dormiu bem? — perguntou Unirian.O menino apenas abanou a cabeça em resposta afirmando.— Já veio tirar a sua mãe de mim não foi? — perguntou, não muito animado. Villano sorriu e colocou o dedo na boca.Unirian entendeu que ele estava com fome. Então correu com ele até a cozinha. Os dois estavam cantarolando divertidamente enquanto o Dante preparava a comida dos dois. — Pronto, agora já podem comer a vontade— falou, depois de colocar a comida na mesa. — Isso está com uma cara ótima Dante… já penso
Na festa, estava tudo lindo, era em um salão da incrível mansão de Sokolov. Assim que os viu entrar, ele foi até eles e os saudou. — Minha cunhada, seja bem-vinda ao nosso humilde lar— falou Sokolov. — Humilde? Isso parece um palácio— falou Unirian. — A nossa é muito maior — resmungou Dante. Unirian olhou para ele, estava rabugento. Ela passou a mão pela sua cintura e acariciou a lateral de seu abdômen. Ele olhou para ela que piscou os olhos para ele. — Não entendo porque estás ranzinza, é só um aniversário de criança— sussurrou ela para sua orelha. — estão todos olhando pra ti, eu achou que é do vestido — respondeu. — Tenho certeza que é por ser esposa do perigosíssimo mafioso Italo-Russo… fazes ideia de quem seja? — Ainda acho que é do vestido — teimou ele. Sokolov apresentou Unirian a sua esposa, e aos seus dois filhos. Dante não largava ela nem com o olhar, por momentos tirou V do seu colo.— Não solta a minha mão— falou no seu ouvido.— Nem me passou pela cabeça— ret
Petrov levou Elena e Kevin num outro carro, Villano estava dormindo no banco da trás na sua cadeirinha, e Unirian estava dormindo no banco da frente, recostado para trás. Dante olhou para os dois dormindo e sorriu, era a melhor imagem do mundo. Seu lugar feliz, que não estava disposto a deixar mais ninguém se intrometer entre eles. — Essa Elena precisa sair das nossas vidas— murmurou. Depois de chegar em casa, Dante levou Unirian ao colo para o quarto, Ricci tirou Villano do carro e quando olhou Petrov vindo com uma mulher loira, e no seu colo uma criança, parou confuso.— Petrov ? Quem é? — perguntou ele antes de entrarem.— Depois te explico— respondeu depois de um suspiro longo.Dante estava deitado na cama com sua esposa, Ricci bateu a porta para entregar o pequeno V. — Quer que ele fique aqui com vocês? De certeza? — perguntou Ricci ao entregar V para ele. — Sim! Encontre uma casa para aquela mulher, até então meu filho e minha mulher vão ficar em alta proteção.— Sim senh
— Eu não te amo de um jeito calmo. Eu te amo como se cada segundo longe de você fosse um crime contra o meu próprio sangue. Eu te amo com a fúria de quem destruiria reinos, queimaria pontes e quebraria juramentos antigos... só pra ouvir seu nome outra vez. Eu sou perigosamente apaixonado por você. Porque perto de você, eu esqueço de ser racional. Eu esqueço das leis, das consequências, dos limites. Eu seria capaz de desafiar o próprio céu e perder — se isso significasse manter seu sorriso por mais um minuto. Eu não prometo paz. Eu não prometo segurança. Eu prometo a você guerra, caos e o tipo de amor que ferve na carne, marca na alma e não morre nem quando o último suspiro se apaga. E mesmo assim... se você disser uma só palavra, eu destruo o mundo inteiro e ainda sorrio no meio das cinzas.Eu sou louco por você, pianista Unirian James Marchesi. Ela sorriu. — Eu te amo Dante Marchesi— sussurrou antes de um beijo doce, que foi interrompido por um gemido, quando Dante, colou seu me
Dante abriu o envelope às pressas. Quando viu o teste 99,8% de compatibilidade. Seu rosto ficou branco. Ricci estava a sua frente, surpreendido com a reação dele. Nada nunca pegava Dante de surpresa. Até ao momento. — Você repetiu isso? — 7 vezes — falou.— Como isso aconteceu? Eu nunca dormi com ela…— Talvez, lembra da garota na boate em Milão? Ela sumiu do nada e ninguém mais a conseguiu encontrar, você deve tê-la confundido com a Unirian por causa do cabelo. — Droga! Como isso pode ter acontecido? Vocês não tinham tratado daquilo? — Não! Você estava tão embriagado que não se lembrava do rosto, e ficaram no seu carro, não tinham câmeras a volta. — Você precisa confirmar se é aquela mulher ou não.— Tudo indica que sim, quer que eu vá perguntar pra ela? — Traga ela pra cá a força— falou entre os dentes. Ricci assentiu e saiu logo. Momentos depois estava arrastando Elena pelos braços. — Hey, está me magoando — falou ela, choramingando. — Entra logo — Ricci entrou com ela