Benjamin ScottDei sorte quando Victor foi até o hotel e pegou as nossas malas. Camilla até tentou encontrar algo para usar, mas nada coube em meu corpo.Já arrumado fiquei olhando Camilla pegando as suas roupas do seu closet e as arrumando nas várias malas que estavam colocadas no chão.Mexia no celular observando cada vez que ela levantava e pegava algo mais colocando na mala.— Querida, não há necessidade de levar tudo isso! — Digo pela milésima vez.— Você já disse isso, mas quero acreditar que pelo menos em casa o clima seja mais ameno.— Tenho certeza que não é tão quente como Roma e nem como em Nova York, mas garanto que os vestidos de alça será complicado de usar! — Digo e ouço passos se aproximando.— Deixa de ciúmes, leve seus vestidos, talvez consiga usar com algum sobretudo! — Carolina entra no comodo seguida por Bruno que me chama com a cabeça.— Quero conversar com você um instante, podemos descer até o escritório? — Ele me chama.Deixo minha esposa na companhia da Madam
Camilla ScottDeixei todo o meu medo sair enquanto ouvia Benjamin espancando Denaro, por tudo o que ele fez comigo durante todos os dias que me manteve presa dentre de maldito lugar. O choro que engolia para que ele não visse a minha fraqueza, saiu livremente enquanto estava agarrada aos braços de minha irmã que como sempre me consolou.Sair daquele lugar foi um alívio enorme para mim, queria começar a viver uma vida longe de tudo aquilo, longe do terror que passei entre essas paredes.Estávamos ainda no voo que nos levava para Lisboa, ao que Benjamin me contou no meio do nosso caminho havia uma tempestade feia e acharam melhor esperar dois dias para poder dissipar para seguirmos viagem.— Quando chegarmos no hotel preciso conversar com Jackson e Oliver! — Ouço-o dizer enquanto mexe em meu celular.— Prepararei tudo senhor! — Victor se pronuncia e levanto o olhar para prestar atenção na conversa que estavam tendo.Sabia que seus primos foram treinados para comandarem a máfia canadense
Camilla ScottDois dias passeando pelas ruas de Lisboa, conhecendo alguns museus e outros pontos turísticos. Benjamin andando sempre ao meu lado sempre de mãos dadas e demonstrando todo o seu carinho a cada toque que me dava.Claro que surgiu muitos olhares de preconceito ao me verem ao lado dele, não me importo de que meu marido já possua alguns fios de cabelos bancos na lateral da sua cabeça, na verdade, acho um charme e adoro saber que de certo modo tenho um homem maduro e que não está disposto a brincar com os meus sentimentos.Todos os dias que ficamos aqui em Lisboa, me mantive no quarto enquanto Benjamin teve reuniões com seus primos e seu tio, assim como a senhora Carolina havia ligado para saber como estava e o porquê ainda não estávamos em Vancouver.Tive que explicar que uma tempestade tropical se tornou um empecilho e não conseguimos seguir viagem, não consegui sorrir ao ouvi-la explicar que poderíamos ter dado a volta na tempestade e já estaríamos em casa. Gostei de ouvir
Benjamin ScottAo pôr os meus pés em terras onde pertence a minha família me sinto relaxado, sei que há olhos de meu tio em todos os lugares aqui e se precisa de algum tipo de ajuda terei onde recorrer.E com o desaparecimento da moça, acho que terei que pedir ajuda de algumas pessoas!Algo que sei muito bem o quanto pode ser perigoso, não apenas para mim. Meu olhar recair sobre Camilla que nos últimos dias tem sido o centro de minha atenção e meu cuidado, até mesmo quando tinha que ser colocado a par de situações que estava acontecendo no território que comandarei.Parava tudo e ia até onde ela estava e fazia questão de fazer alguma refeição com ela ou simplesmente a chamava para dar uma volta por Lisboa e a levava para algum lugar apenas para retirar daquele quarto.O mesmo quarto que mais ficávamos sem roupas do que vestido, não me surpreenderei se já houve um pequenino sendo gerado em seu ventre. Posso ter sido um homem de fé até um mês atrás, mas sei muito bem como crianças são f
Benjamin ScottNo fim do dia todos já haviam ido embora, Camilla havia combinado com Amélia e Sophia de irem no dia seguinte as compras, já que maior parte das roupas que trouxe não serviria. Pelo menos não até que seu corpo esteja adaptado um pouco mais ao frio, que nosso novo país oferece.Havia conversado o dia todo com o meu tio sobre o fato de ter quer encontrar a moça desaparecida, pela localização que recebi da família Carter, a moça atravessou as fronteiras com alguma ajuda já que sozinha seria impossível.Algo que concordo plenamente com eles, com as divisões entre algumas famílias que comandam o submundo na América, é impossível entrar em algum lugar sem ser vista por alguém. — Ela conhece alguém! — Falo ao retirar a camisa próximo à janela do meu quarto.Antes que meu tio fosse embora ele apresentou a casa e mostrou onde era o quarto principal assim como todos os cômodos mais importantes, como os lugares seguros caso aconteça uma invasão, algo que não acredito que acontece
Camilla ScottFique tão surpresa por estar sendo tão bem recebida pela família de Benjamin, mais ainda quando me dei conta do quanto todos eles são divertidos e brincalhões.Com o frio que estava sentindo eles me puxam para a sala e observo enquanto ajustavam a calefação da casa. Sorrio quando começo a sentir o clima um pouco mais ameno, ou pelo menos uma temperatura confortável para mim e eles.— Amanhã iremos fazer compras! — Amélia é a que parecia a mais empolgada.— Creio que nada do que trouxe me servirá. — Digo sentindo o quanto fui tola em não ouvir meu marido.Não que a senhora Carolina quisesse o meu mal, ela apenas não imaginou que meu corpo não estava preparado para o frio. Mas também não imaginei que fosse estar assim tão frio.— Você tem treinamento? — Sophia pergunta e vejo a curiosidade borbulhando em todos eles.— Sim, como já devem saber Denaro não era meu pai e o meu verdadeiro pai é Andreia o segurança que veio nos acompanhando… — Começo a dizer e pelo olhar de todo
Camilla ScottUm exagero medonho do meu marido ao ver que ele e seus primos enviaram cinco carros nos acompanhando enquanto íamos para o shopping. Benjamin colocou quatro homens para cuidar da minha segurança e assim como aconteceu comigo, Sophia e Amélia estavam terrivelmente sufocadas com a segurança desnecessária que nos acompanhavam para as compras.Olho para o banco do passageiro e vejo Andreia com um sorriso de canto no rosto. Parecia satisfeito com a quantidade de homens que havia ao meu redor. Mas não me chamo Camilla Scott se não conseguir despistar a metade deles durante o dia.O percurso até o shopping não foi tão longo e ouvia com atenção cada uma das mulheres ao meu lado dando dicas de onde se ir em Vancouver. Claro que obedecendo a segurança rígida que nossos maridos possessivos e protetores estabeleceram para cada uma.— Benjamin disse que posso escolher algo para estudar! — Digo ao descer do carro com elas.— Fará mesmo moda? — Vejo Sophia franzindo os lábios.— Aí, é
Benjamin ScottPosso ainda não conhecer os perigos em nossa cidade, talvez seja por isso que tanto Jackson como Oliver, colocaram vários soldados ao redor de suas esposas e é claro que faria o mesmo. Não apenas por temer alguma coisa.Mas, porque a minha diabinha é a rainha do submundo ao meu lado e a sua segurança é a coisa mais importante nesse momento para mim.Já havia dado a ordem para meu sogro que não deseja ser conhecido dessa forma, ele pediu que o seu parentesco com a Camilla não seja de conhecimento dos soldados. E de certa forma agradeço, que seja assim, pode evitar que enfrentemos alguns problemas. Que ele mantenha os olhos bem abertos em relação à segurança de Camilla e se desconfiar de algo tem carta-branca para neutralizar qualquer problema.— Acho que só quatro homens é arriscado… — Suspiro ao começar enfaixar a minha mão antes de entrar no ringue.Estava na academia do complexo ao lado dos meus primos, desde ontem eles estavam curiosos para saber como estava a minha