Eita que o Natal veio trazendo muitos presentes para vocês. Estou escrevendo mais um capítulo, se o concluir ainda hoje, posto para vocês. Não deixem de comentar entre os parágrafos e no capítulo, isso ajuda a engajar o livro na plataforma.
Benjamim ScottEra para ser rápido. Um recado simples. Estava há algum tempo naquele espaço que fedia a sangue enquanto o observava se contorcer, preso à cadeira, respirando com dificuldade. Oleg sempre com boca cheia de palavras me xingando assim que cheguei, mas agora estava fechada. O silêncio, que impusera, cortava o ar de maneira cruel.A sala estava fria, sem os gritos abafados, o único som que se ouvia ali era o rangido das correntes que prendiam Oleg, seus olhos buscando algo, talvez alguma chance de escapar. Mas hoje não havia salvação para ele.Todo o terror que ele fez a minha diabinha passar acabaria hoje, não há mais nada que ele tenha para dizer que impedirá que corte suas mãos antes de matá-lo, agora chegou o momento de fazê-lo pagar.Estava calmo, controlado, mas dentro de mim, uma tempestade rugia. Ele havia tocado onde não deveria tocar. Oleg não era apenas um homem que se infiltrou entre meus gerentes, ele havia se metido em assuntos que dizem respeito apenas à minha
Camilla ScottAcordei e vi que estava sozinha em meu quarto, sabia que Miley e meu pai estavam em algum lugar. Desde que acordei, eles não têm se afastado muito de mim. Estava tentando me ajeitar na cama quando a porta se abre e vejo uma das enfermeiras entrando com um sorriso no rosto.— Que tal tomar um banho para ir dar um pequeno passeio? — Ela disse e ouvia em sua voz o tom de travessura que possuía.— Adoraria sair dessa cama e desse quarto um pouco! — Digo, recebendo ajuda para levantar.Já me imaginava andando um pouco pelo corredor em frente ao meu quarto e quem sabe ir até a frente da UTI Neonatal onde minhas crianças estavam. Mas quando ultrapassamos as portas decoradas com flores e carrinhos infantis, sentia o meu coração acelerado, a mente em um turbilhão de dúvidas e incertezas por ainda não fazer ideia de como cuidar de uma criança.O ambiente ao meu redor era tão intimidador: incubadoras, monitores bipando, enfermeiras se movendo coordenadamente. E, no centro de tudo, o
Camilla ScottCaminho devagar em direção ao meu quarto e vejo que a porta do quarto estava entreaberta, olho pela fresta e o vejo sentado na poltrona ao lado da cama, com o rosto iluminado pela luz do abajur. Havia uma tranquilidade em Benjamin que sempre me desarmava, como se ele fosse um porto seguro em meio ao caos do mundo. Ele estava lendo um livro, mas eu sabia que seus pensamentos estavam longe, talvez comigo, talvez com nossos filhos.Entrei devagar, sem fazer barulho, mas ele me percebeu. Fechou o livro e levantou o olhar para mim, seus olhos brilhando com aquela intensidade que me fazia sentir como se ele pudesse ver diretamente minha alma.— Finalmente chegou… — ele disse, com um sorriso terno.Sua voz era um abrigo, um lugar onde eu poderia descansar.Caminhei até ele lentamente, com a mão em cima da minha cirurgia e noto quando a enfermeira que estava comigo me deixa sozinha com o meu marido. O meu coração estava acelerado como sempre ficava quando estava perto dele. Mesmo
Benjamin ScottPassou um pouco mais de um mês que estávamos aqui no hospital. Além de meus quatro filhos terem nascido, os filhos dos meus primos e o da minha cunhada nasceram enquanto esperávamos que Julian, Vincenzo, Will e Giorgia estivessem prontos para irem para casa.Não posso negar que estava tenso enquanto observava Camilla preparando tudo para a nossa partida. O nosso quarto no hospital estava todo organizado para nos dar um pouco de conforto e privacidade.Ergo o olhar e estava tudo pronto. As malas estavam empilhadas perto da porta, e as cadeirinhas dos bebês já estavam aguardando por eles no carro. A sensação era surreal. Após semanas de idas e vindas ao hospital, por mais que quisesse ficar aqui vinte quatro horas, tinha assuntos para resolver e sempre tinha que sair por alguns instantes.Mas hoje finalmente estaríamos indo para casa. Nós e nossos quatro pequenos milagres.Olhei para o espelho tentando ajustar mais uma vez a camisa que estava usando. Olhando para a camisa
Benjamim ScottOs dias têm se passado lentamente e mesmo assim estamos felizes e completos com a nossa família em casa. Sempre imaginei como seria a minha vida após tomar uma decisão tão drástica quanto largar a batina, mas nunca pensei que seria assim.Deitado no sofá no quarto de brinquedo dos nossos filhos, com Camilla ao meu lado, observando os nossos bebês que estavam de bruços, olhando para o espelho à frente deles, sentia que o meu coração estava leve. Leve de um jeito que nem o peso de fazer parte da máfia poderia tirar.Camilla estava a todo vapor, tentando organizar uma rotina para os nossos pequenos como uma profissional. Com ela ainda deitada sobre o meu peito, deslizava a mão por suas costas enquanto observávamos nossos bebês com admiração. Camilla sempre teve algo nela que mostrava o quanto era forte, determinada e que gostava de exercer controle e agora estava ainda mais evidente. Entre risadas e olhares cúmplices, nossos filhos estavam nos ensinando sobre o caos e o amo
Camilla ScottSair de casa foi quase uma maratona. Benjamin se mostrou paciente enquanto deixava uma lista de recomendações para as duas babás que ficaram com o nosso quarteto, assim como para Sophia e Amélia que surgiram em casa a procura do marido e de Ravi.Não queria sair, mas entendi que esse momento com meu Bispo é importante, não apenas para ele, mas para mim também. Preciso relembrar que não sou apenas a mãe de quatro bebês lindos que estão começando a falar, mamãe. O que está deixando o meu marido enciumado.Hoje, nosso carro vermelho e esportivo, totalmente diferente da mini van que usamos quando é preciso levar o nosso quarteto para alguma consulta. Ainda não tive coragem de levá-los para passear, temo que possamos sofrer alguma emboscada e dificultar a vida de Benjamin que não está tão fácil como imagino.— Tão pensativa! — Ele diz ao segurar a minha mão.— Apenas me dando conta de quão somos afortunados…Sorrio ao notar que ele estacionou o carro no estacionamento do resta
Camilla ScottO restaurante para onde ele nos trouxe fica escondido entre os prédios da cidade, pequeno e acolhedor, com janelas grandes que ofereciam uma vista perfeita da neve caindo do lado de fora. As velas sobre as mesas lançavam sombras suaves nas paredes, criando uma atmosfera íntima que parecia ter sido feita sob medida para nós dois.Sentamos em uma mesa no canto mais reservado, longe de olhares curiosos que nos olhavam com um pouco de medo ao perceber que estava ao meu lado. Benjamin parecia diferente esta noite, ele estava mais relaxado, quase despreocupado, talvez a nossa diversão no carro tenha surtido o efeito que desejava. O observava enquanto ele tirava o casaco e ajeitava o cabelo de um jeito casual que me fazia esquecer como respirar.Durante o jantar, conversamos sobre coisas simples: como a neve sempre o fazia lembrar dos invernos da sua infância, as últimas notícias da fábrica de uísque e até mesmo sobre o livro que estava lendo. Mas havia algo na maneira como ele
Giorgia ScottO primeiro dia na universidade deveria ser sobre liberdade, independência e novas oportunidades. Mas, para mim, era apenas mais uma extensão do controle sufocante dos meus pais. Benjamin e Camilla Scott, ícones de força e influência, não conseguiam aceitar que eu podia cuidar de mim mesma.Então, aqui estou eu, caminhando pelo campus com dois brutamontes me seguindo como sombras inconvenientes.Respiro fundo, tentando ignorar a sensação de ser vigiada, mas a cada passo deles ouvia ecoar como um lembrete irritante de que, na mente dos meus pais, eu sou um alvo ambulante para qualquer um que deseje o poder de meu pai.— Relaxe, Giorgia, é só o primeiro dia — murmuro para mim mesma, ajustando a alça da mochila no ombro.Enquanto atravesso o corredor do prédio de engenharia, olho para o mapa do campus no celular, tentando me localizar. Foi nesse momento que aconteceu. Esbarrei em alguém com força suficiente para quase perder o equilíbrio. Livros e papéis caíram no chão, e eu