— Senhor Jorge? O que faz aqui?
— Podemos conversar?
— Sim, entre por favor!
Pietro vai até a sala.
— Senhor Jorge?
— Era com você mesmo que eu queria falar?
— Comigo?
— Nunca pensei que mataria dois coelhos com uma cajadada só.
— Eu e Pietro sempre estamos juntos. Diz Kely
— O que o senhor quer comigo?
— Primeiro, temos que ir até a casa da senhora Mittis.
— Aconteceu algo com ela? Diz Pietro
— Não, mas vai acontecer
— Do que está falando? Kely diz se aproximando dele sorrateiramente
— Eu sei quem matou sua irmã
— O que?
— E é a mesma coisa que irá matar a Mittis hoje, temos que nos apresar, eliminá-lo essa noite
— Espera! Agora você irá nos dizer quem matou Dona. Kely diz acima do tom.
— Eu irei, mas temos que nos apresar
— O senhor veio de longe por que não se senta?
— Pietro temos que ir!
— Tudo bem, vou me trocar e pegar o carro.
Pietro vai até o quarto para colocar a camisa e desce, enquanto isso Kely já arrumada pega sua
bolsa e abre a porta, Jorge sai primeiro e eles seguem em direção ao carro, em uma arrancada Pietro segue para casa de Mittis. Depois de um tempo eles chegam até a casa de Mittis e em seguida tocam a campainha, o mesmo som de salto alto surge e vai ficando cada vez maispróximo, até que alguém abre a porta.— Senhora Mittis .... Kely é interrompida quando aparece outra pessoa, cabelos escuros, alta,
pele negra, um lindo batom laranja e um vestido florido.— Posso ajudar?
— Sim, essa é a casa da senhora Mittis, onde ela está?
— Desculpe senhora, mas não tem ninguém aqui com esse nome
— Como não, viemos aqui algumas semanas atrás.
Jorge aperta silenciosamente a mão de Pietro sem que a estranha perceba.
— Senhor, algum problema? Ela pergunta para Jorge - Acho que já nos conhecemos, não?
— Creio que não, obrigado pelo seu tempo e desculpe
— Não se preocupe
Jorge se vira e segue para o carro novamente, Kely e Pietro também voltam a senhora estranha fecha a porta e os espia pela janela.
— O que foi aqui? Diz Pietro
— Ela é um deles
— Como assim um deles?
— Kely, vamos voltar para sua casa, temos que agir logo.
Eles se olham um pouco.
— Pietro?
— Desculpe, achei que ele ia falar mais alguma coisa, sei lá, ele sempre faz essa cara
estranha Pietro liga o carro e segue de volta para casa de Kely.— Alô!
— Sou eu
— Notícias?
— Eles apareceram aqui e você não adivinha com quem
— Na verdade, eu adivinho sim
— Ah não tem graça brincar com você
A estranha diz enrolando o fio do telefone e mordendo os lábios.
— Não mude de assunto
— Desculpe, é que eu não consigo resistir. Um suspiro vem do outro lado da linha.
— Desculpe, vieram atrás daquela velha
— Mittis?
— Não poderia ser outra
— Então ele vai interferir de novo?
— Parece que ele não se lembra o que aconteceu da última vez, irei precisar de uma ajuda sua
— O que quiser
— Quero que seja essa noite
— Estava esperando tanto por isso
Ela diz esfregando uma perna na outra, segurando a barra da saia.
— Não troque de assunto
— Entendi, fique tranquilo farei hoje, posso precisar de ajuda
— Use quem quiser
— Certo, pena não poder usar você querido
— Você tem trabalho a fazer
O cara misterioso desliga o telefone na cara dela, fazendo um bico ela coloca o telefone no gancho e vai para outro cômodo. No caminho para casa Jorge resolve passar no mercado, ele coloca no carrinho inúmeros sacos de sal, alguns temperos, algumas folhas e plantas, ele se vira para Kely e Pietro os olhando como se faltasse algo.
— Vocês têm dinheiro? Os dois se olham querendo jogar a responsabilidade para cima de alguém.
— Ele apareceu na sua casa
— Pietro você ... Com raiva Kely vai até o caixa com os garotos e paga a conta
— Vão assar as plantas?
Os três se olham e depois olham para a moça do caixa.
— O carvão, sal e plantas. Foi uma piada
— Pena não ter sido engraçada. Diz Jorge A moça do caixa nem o responde e termina de passar as compras. Chegando em casa.
— Preciso nos camuflar
— O que?
— Kely pegue o sal o coloque nas beiras das portas e janelas
— Pietro, preciso que pegue o carvão e coloque dentro de vários potes e deixe-os aberto. Ele olha para os dois parados.
— Aposto que ninguém quer morrer essa noite
Rapidamente eles se mexem e saem fazendo o que foi pedido, Jorge usa as plantas para colocar em pontos estratégicos da casa, enquanto isso a gata os observa, enquanto Jorge está ocupado ele passa em frente à gata e escuta um barulho de sino, rapidamente ele fica imóvel e com os olhos esbugalhados, paralisado pelo som que ecoa algumas vezes.
— Terminamos com o sal e o carvão. Pietro diz colocando a mão sobre o ombro de Jorge, ele se assusta.
— Tudo bem?
— Preciso falar com Kely
Ele se vira indo para outro cômodo.
— Kely, precisamos conversar
(Som da campainha)
— Está esperando alguém? Diz Jorge.
— Não!
— Olhe pelo olho mágico. Sussurrando Pietro diz.
Kely vai até a porta e olha pelo olho mágico, era a policial que estava cuidando do caso de Dona.
— A policial!
— Kely abre a porta
— Senhora Kely?
— Isso.
— Pietro está?
— Ah ele ... Kely é interrompida pelos seus próprios pensamentos, ela olha bem para a policial.
Pietro não mora aqui, por que veio aqui primeiro?— Ele está?
— Acho que você não me ouviu
Enquanto isso, Jorge se coloca à frente de Pietro protegendo-o.
— Senhora vou perguntar apenas mais uma vez, ele está ou não está?
— Não, ele não mora aqui
— Acho que a senhora não deveria mentir
Os olhos da policial ficam brancos, Kely muito astuta fecha a porta na cara dela, se virando
para os dois, ela coloca o sal na porta e sai de perto dela.— O que vamos fazer? Diz Kely.
— Ele já sabe que estou aqui
— Ele quem?
— Espere! Jorge faz um sinal com o indicador sobre a boca.
Pela janela eles conseguem ver a policial rodeando a casa deles, o silêncio vai tomando conta
da situação, Kely olha para Pietro e ele está com a cara de medo mais engraçada que alguém poderia ver.— Pietro se controla
— Estou tentando eu juro
— Parece que ela foi embora. Diz Kely.
Eles voltam a se pôr em pé, pois estavam encurvados pelo medo, de repente, pela janela da
cozinha uma pedra enorme é arremessada, quebrando a janela e caindo em cima da mesa,quebrando-a, Pietro grita com medo, mas os outros apenas se afastam. A pedra era enorme quem conseguiria levantar algo assim? Pietro coloca a mão sobre o peite tentando se acalmar, Jorge o olha.— Você é bem escandaloso
— Vai me dizer que não tomou um susto?
Jorge olha fixamente para Pietro.
— A idade deve ter te petrificado
Kely vai até o buraco feito pela pedra e olhando para fora percebe que não tem ninguém.
— Acho que ela já se foi, será que dá para você nos explicar o que está acontecendo?
— Sim, antes vamos limpar essa bagunça. Kely olha para o buraco e fazendo cara de
triste.— Minha janela, tinha acabado de trocar, ainda estou pagando
— Logo você coloca outra. Diz Jorge objetivo.
Eles limpam a bagunça e fecham o buraco com sacos plásticos preto, passando fita de ponta a ponta, enquanto isso o gato os observa. Em fim a noitece, eles já tinham fechado o buraco e estavam na sala, onde Kely tinha removido todos os móveis e colocado em outro cômodo, Jorge faz um círculo no chão com sal e no centro coloca uma cadeira.
— Kely preciso que se sente
— Quando vai começar a falar? Kely menciona cruzando os braços
— Certo, não sei quanto tempo temos então vou dizer logo
— Como assim quanto tempo? Pietro questiona
— Sei quem matou sua irmã
— O mesmo que mandou aquela policial aqui hoje. Diz Kely
— E o mesmo que certeza irá voltar essa noite
— De quem estamos falando? Pietro parece um pouco perdido
— Sidney. Kely responde
— Sim
— Mas o que ele tem a ver com a morte de Dona?
— A muito tempo, quando eu ajudava seu pai com esse tipo de trabalho, fui ficando por dentro de tudo o que acontecia e acabei desenvolvendo algumas técnicas para acessar o outro plano. Em uma dessas vezes eu consegui localizar a casa de Sidney e consegui ver que ele estava tramando um plano para abrir o portal.
— Mittis nos disse algo sobre isso. Diz Pietro
— Pensei que você era bem burrinho
Pietro tenta dizer algo, mas logo engole as palavras.
— O que devemos fazer? Diz Kely.
Jorge suspira e olha para os dois colocando as mãos sobre a cintura.
— Preciso ensinar algumas coisas para vocês, ah Kely. Ela o olha.
— Acabei esquecendo, seu gato ...
O telefone toca.
— Desculpe Jorge eu vou atender. Kely sai da cozinha seguindo para sala e tira o telefone do
gancho.— Alô! Alô?
Ela olha para os dois sem entender nada, conseguia ouvir alguém respirando do outro lado da
linha.— Quem é? Alô!
A linha cai. Jorge sai da cozinha seguindo pelo corredor até a sala.
— Vamos, venham até aqui
— O que vamos fazer? Diz Pietro
— Preciso ensinar a você algumas coisas pelo menos para essa noite
— Essa noite? Pietro questiona
— Sim, creio que eles não nos deixaram sair ilesos sabendo de tanta coisa
— Mas sabendo de que?
— Calma Pietro acho que sei do que Jorge está falando. Jorge balança a cabeça para Kely - O que precisamos fazer?
— Certo, para atingir o outro plano algumas coisas devem ser preparadas, Kely sei que você
consegue fazer isso involuntariamente, mas você precisa aprender como ligar e desligar isso, por favor sente na cadeira.— Ok. Ela se senta na cadeira, Jorge termina de colocar mais uma camada de sal no círculo.
— Certo, preciso que feche os olhos, pense em algum lugar e relaxe o corpo, irei fazer com que você viaje de um plano para outro, Pietro preciso que fique ao lado dela.
— Certo
Pietro se posiciona
— Pietro como já deve saber quando se viaja entre os planos o corpo fica como uma casa oca,
sendo assim, aquelas coisas conseguem localizar o viajante pelos rastros astrais, para que isso não acontece o guardião deve cuidar do corpo.— E como eu faço isso
— Você fica atrás dela e apenas coloca uma das mãos em cima do ombro dela, isso vai fazer com que a energia de Kely se encontre com a sua e crie um caminho alternativo
— Ele vai tipo, fazer um nó entre as energias?
— Isso mesmo, vai dificultar a localização dela
Enquanto isso Kely praticamente caiu no sono, mas ela não estava dormindo podia ouvir a voz
deles, em alguns instantes ela abre os olhos, olhando ao redor ela não consegue ver nada por que tudo está coberto por neblina.— Onde eu estou? Não consigo ver nada.
Kely anda de um lado para outro, tenta correr, mas parece que está andando em círculos, até que de repente ela ouviu um barulho similar, algo que já tenha ouvido antes, ela segue o barulho, andando em passos largos sem parar, até que encontra uma varanda e nela Mona está sentada. O som era o sino de Mona balançando.
— Mona? O que faz aqui?
Ela lambe uma das patas fazendo um barulho.
— O que há lá dentro?
Kely abre a porta e ao entrar ela se depara com algo assustador.
— Eu estou em casa! Pietro, Jorge. Ela tenta fazer movimentos perto deles, falar alto, mas nada funciona - Por que eles não me escutam?
Ela continua tentando, mas sem sucesso.
— O que são essas linhas? A energia estava bem nítida naquele plano - Acho que são as linhas
de energia corporal, Jorge e Mittis falaram sobre isso, o que devo fazer aqui? Do outro lado do plano.— Quando ela vai voltar? Já escureceu
— Não posso fazer com que ela volte, se eu interferir ela poderá ficar presa lá.
— Droga, o que podemos ...
Um barulho no piso de cima ecoa pelas escadas.
— O que há lá em cima?
— Não sei, mas aconteça o que acontecer não tire a mão do ombro dela
— Vou tentar
Jorge segue pelo corredor, o barulho ainda continua, ele sobe as escadas.
— Olá! Kely?
— Hey, Psiu!
Kely se vira e se depara com algo surreal.
— Eu sou você!
— O que? Como isso pode.
— Eu sei você deve estar bem preocupada, preciso falar logo com você, seus amigos correm
perigo.— O que? Preciso voltar
— Não pode, você precisa combater o que está por vir
— E o que está por vir?
— Não tenho tempo para explicar, anda, agora veja você está sentada, sente-se sobre você e
conecte-se com seu corpo, assim que fizer isso irá abrir a chave em seu cérebro— Que chave?
— A chave entre os dois planos, só assim você poderá ajudar seus amigos e ver o que acontece desse lado, eles ainda não te encontraram por que seu guardião está cuidando do caminho.
— Pietro?
— Sim, veja, enquanto ele manter a mão em cima de seu ombro, você estará bem, agora se sente Kely se senta e fecha os olhos. Lá em cima Jorge vasculha um dos quartos, mas não encontrou nada, seguindo para outro quarta ele abre a porta sorrateiramente, logo seus olhos ficam brancos e parece que algo o segura o atirando no chão. Kely abre seus olhos o castanho claro mudou para um branco transparente.
— Kely! Pietro diz entusiasmado
Algo vem rapidamente na direção de Kely e Pietro fazendo com que eles se arrepiem, Kely
aperta suas mãos sobre as pernas.— Kely o que está vendo? “Essa sensação, parece que um peso veio em meu corpo”. Pietro
pensa.Enquanto isso Jorge ainda está com dificuldades tentando se soltar daquilo, lá em baixo o gato aparece ao lado de Pietro.
— Mona sai daqui.
Kely olha fixamente para frente como se algo estivesse lá, Jorge também, olha fixamente para
aquele além, tentando sussurrar algo. O gato olha para Pietro aquele som de sino ecoa chegando até os ouvidos de Pietro. Logo após seus olhos ficam brancos e ele consegue ver também. Aquilo era aterrorizante, ele tinha assas como de um morcego, dois olhos esbugalhados, garras enormes e afiadas, ele tentava atacar Kely, mas ela estava barrando-o, uma barreira de luz não deixava aquele monstro passar, com as garras ele tentava atacá-la, mas a barreira ricocheteava os ataques, fazendo ele gritar, creio que estava sentindo dor.Kely estava fixada na cadeira, parecia que ela estava fazendo uma força tremenda até que seu nariz começa a sangrar.
— O que devo fazer?
Algo toca o ombro de Pietro, ao olhar para o lado, ele vê nitidamente sorrindo para ele e pegando em sua mão.
— Dona?
Uma lágrima genuína rola pelo seu rosto, caindo e tocando o chão, logo Dona se desfaz em um
enorme faixo de luz fazendo aquilo recuar, lançando os dois monstros para fora da casa, Jorge cai ao chão tossindo e tentando recuperar o ar, Kely cai da cadeira desmaiada, os monstros tentam entrar novamente, mas a casa estava envolta em uma luz branca pulsante que os machucava quando desferiam um ataque, desistindo eles recuam voando pelo céu.- Kely, Kely?
Ela abre os olhos sem saber onde está.
— Puxa, ainda bem que você está bem
— Pietro?
— Sim sou eu. Ele sorri
— Cuidado para levantar. Jorge fala ajudando Kely a se pôr de pé.
— Acabou?
— Creio que sim, eles nos pegaram de surpresa, mal consegui fazer algo por vocês, mas
ainda bem que Pietro estava por perto.— Na verdade, eu não fiz nada
— Como assim? Kely questiona, com uma das mãos sobre a cabeça
— Venha se sente.
Pietro pega uma cadeira para Kely e ela se senta.
— O que foi que eu vi?
— Kely aquilo são alguma das coisas que mandaram para dar um jeito em nós, demônios.
— Mas eu achei que eles só
— Atacavam pelo sono?
— Sim
— No nosso caso, quando estamos vendo o outro plano, entramos em um transe é como se
estivéssemos dormindo, mas Pietro o que aconteceu lá? Eles olham para Pietro esperando umaresposta.— Não fui eu, na verdade vi que vocês estavam com problemas e não sabia o que fazer, até
que ouvi um barulho, Mona estava aqui e quando percebi, Dona apareceu bem aqui do meu lado, pude ver seu rosto por mais uma vez, depois disso uma luz enorme atravessou a casa e quando acordei Jorge estava tentando te acordar, estou me sentindo bem fraco e com fome— Isso se chama Perda de energia corporal, quando se usa uma grande quantidade de energia
você pode sofrer dois efeitos colaterais, um deles é o sangramento e o outro é a própria perda de energia— Por isso que eu sangrei?
— Sim, mesmo não sabendo você se focou em criar um campo protetor para que o demônio não te ferisse, se ele conseguisse encostar em você estaria perdida
— Como assim? Kely pergunta
— Aqueles eram Devoradores de memórias, caso eles encostem em vocês ou vocês sofram um
arranhão parte de boas memórias irão sumir e com o tempo vocês não se lembrariam mais de ninguém, criar um campo de força foi a melhor escolha, mesmo não sabendo como estava fazendo aquilo. Pietro cruza os braços, Kely conseguiu se recompor.— E o que faremos agora? Diz Kely.
— Precisamos arrumar essa bagunça e tentarmos descansar. Diz Jorge.
— Sim vamos limpar tudo isso e deitarmos, estou exausto, não consigo mais ficar ... em ... pé
Pietro desmaia, sua cabeça se colide com o chão o barulho ecoa fazendo com que Jorge e Kelycorram para acudi-lo. Aos poucos Pietro fecha seus olhos e entra em um sono profundo.Abrindo os olhos aos poucos, Mona está sobre Pietro, ele se vê deitado na cama de Kely, Mona se levanta e desce da cama, Pietro coloca a mão sobre sua cabeça sentindo a dor, ele se coloca sentando na cama, seus pés tocam o chão de madeira fria, ele desce até a sala, percebe que tudo estava arrumado, os móveis em seus devidos lugares, andando pelo corredor ele escuta barulhos de marteladas, ao entrar na cozinha Kely estava arrumando as janelas, parecia que ela tinha comprado algumas persianas e estava colocando sobre o buraco, ela olha pra trás evê Pietro em pé sem camisa, os gominhos poderiam deixar qualquer um maluco, mas ela já estava acostumada em ver isso.— Olha só, você acordou.Colocando uma das mãos sobre a nuca Pietro diz:— Por quantas horas eu dormi?— Bom para ser mais precisa, umas 48 horas— O que?
Entrando pela porta da frente do hospital às pressas Pietro e Jorge correm até a recepção, Pietrosegura Mona em seus braços.— Por favor, onde está Kely Vanguarda?— Seu nome?— Pietro, sou amigo dela— Bom, pelos registros ela está no quarto descansando agoraPietro fica olhando fixamente para aquela moça.— E qual é o quarto?— Assim, desculpe, final do corredor a direita quarto 7.— Obrigado.Eles seguem para o quarto, dobrando o corredor são barrados por um médico que saia doquarto de Kely.— Ei ei, esperem um pouco, onde vão?— Saiu do quarto da Kely, como ela está?— Bem, mas quem são vocês?— Amigos, somos amigos, como ela está?— Calma meu jovem, ela está bem, dormido agora
Depois de algumas horas eles chegam ao aeroporto, já estava na última chamada para o embarque, assim que eles escutam saem correndo para a plataforma, todos com algumas malas, como Thomas estava sem nenhuma, ele sugere ajuda à Pietro, que logo lhe dá uma de suas malas.— Rápido não podemos perder o voo. Diz Mittis.Todos se apresam e passam pelo portão.— Ufa, achei que não conseguiríamos. Diz Kely— Essa foi por pouco. Pietro diz sentindo orgulho.— Não fiquem tão entusiasmados garotos, não se esqueçam o porquê dessa viagem— Não se preocupe Jorge, estamos aqui por isso mesmo. Diz Pietro - A propósito onde estáThomas?— Ele está na primeira classe. Diz Mittis - Se separou de nós assim que conseguimos passar pelo portão.— Kely, acha que
Kely acorda com pequenos fachos de luz em seu rosto atravessando a janela, franzindo a testa ela protege seus olhos da luz do sol, virando para o outro lado ela vê um bilhete sobre o criado mudo, ela o pega “Decidi deixar você dormir bastante, estamos tomando café, beijo de bom dia. Pietro”, Kely sorri de canto depois que termina de ler o bilhete.— Te odeio às vezes, mas te amo.Kely pula da cama e segue para o banheiro, tira a roupa e antes de entrar ela olha no espelho eem seu braço está a cicatriz deixada pela raiz negra.— Não importa como, eu vou acabar com isso.É uma promessa Kely toma um banho longo, ao terminar ela se seca, escolhe uma roupa bem leve, pois está um calorzão lá fora, amarra o cabelo e segue para o restaurante do hotel, chegando próximo ao elevador, um rapaz sai dele e ao passar do seu lado ela sente um arrepio, ela o olh
No hotel todo mundo se prepara para a noite, Mittis tinha feito um ritual de bloqueio em cada umdeles, para que Paola ou qualquer outra pessoa não os encontrasse, logo depois de se arrumarem um a um desce e aguarda no hall do hotel.— Por que Kely está demorando tanto? Diz Pietro.— Calma rapaz, mulher demora assim mesmo. Diz Jorge.O barulho do elevador toca anunciando que alguém havia chegado ao térreo, a porta se abre.— Ah ela chegou! Jorge afirma.Pietro olha e se depara com Kely saindo do elevador, ela está usando um vestido vermelho deseda, parece que quando ela anda o vestido vai se esvoaçando no ar, uma fenda que desce sobre sua coxa brilhante, um lindo colar, seu cabelo amarrado, feito um coque, o som do salto ecoa sobre o piso de mármore, ela parecia uma modelo.— Estávamos aguardando você mocinha. Diz Mittis.— Des
Passados dois dias o assunto ainda rendia na televisão, a causa ainda não tinha sido encontrada,explodir o segundo andar da biblioteca nacional em um dia de evento e ninguém ser notado não era algo normal, todos os noticiários de todos os estados estavam cobrindo essa matéria.— As investigações sobre a explosão do andar comunal da biblioteca do Rio de Janeiro ainda estão sendo avaliada, parece que nenhum item foi levado, mas a grande maioria está no meio dos destroços, aqui é Mariana...Jorge desliga a televisão enquanto Kely assistia e Pietro apenas ouvia, ele estava tentando lerum livro.— Precisamos conversar. Diz Jorge. O que está fazendo?— Isso era dela, estou tentando aprender algum ritual novo. Diz Pietro— Entendi, sentem-se aquiTodos sentam ao redor da mesa, ainda estavam no hotel, deviam se
Depois de se olharem fixamente um tom de voz alarmante ecoa.— Kely, seu rosto!— O seu também!Eles correm até um espelho e ao se verem percebe que seus cabelos haviam ficado esbranquiçados e em torno de seus olhos, surgiram algumas rugas, olhando suas mãos percebem que também estão envelhecidas.— Jorge? Pietro e Kely falam com medo— Calma, isso se resolverá depois que vocês tirarem um sono bem tranquilo e longo, vocês doisusaram muita energia corporal e além do mais, Kely você conseguiu utilizar a divisão de alma.— Divisão?— De alguma forma seu corpo emprestou metade de sua energia para ajudar Pietro do outrolado— Também não sei explicar como fiz isso, quando percebi estava emanando uma energia muitoalta e não conseguia mais parar— Parece qu
Todos seguem direto para casa de Kely, chegando lá Pietro a coloca sobre a cama, Calyu a examina.— Deixa comigo— CertoCalyu começa um ritual de cura somente para garantir que Kely sobreviva, mesmo que estejaapenas dormindo.— Jorge! Matheus grita estando no corredor de baixoLogo Jorge desce para ver por que Matheus o chamou.— Diga amigo— Tenho que te falar algo, venha aqui na cozinhaEles seguem para cozinha.— Acabei de ter uma visão— Qual?— Luci ainda está viva— O que?— Sim— Não achei que seria tão fácil destruí-la— Nem eu, pude ver nitidamente para onde ela foi— Qual o lugar?Matheus faz um sinal com a mão solicitando que Jorge se aproxime, ele cochicha em seu ouvido.— Você tem certeza?